A vida é mesmo cheia de armadilhas, surpresas,
reviravoltas. Como diz um amigo no pôquer, o jogo vira; como citei numa
postagem recente, o imponderável joga suas cartas.
Fernando Henrique Cardoso foi apenas a quarta escolha
do então presidente Itamar Franco para ministro da Fazenda. Foi na gestão dele,
porém, que a equipe econômica concluiu a formulação do que viria a ser o plano Real.
A partir disso todo mundo sabe a história: embalado pelo sucesso do plano de
estabilização econômica e combate à inflação, FHC virou presidente da República
e foi reeleito.
Dilma Rousseff era apenas a ministra de Minas e
Energia do governo Lula, sem nenhum traquejo político nem pretensão eleitoral. O
destino se encarregou de tirar do caminho os favoritos para a sucessão do
petista, os então ministros José Dirceu (Casa Civil) e Antônio Palocci Filho
(Fazenda) - ambos caíram após denúncias. Dilma, então, foi realocada na Casa
Civil, tornou-se a “gerente” do governo e a favorita de Lula para a eleição. Hoje
é presidente da República.
Já o ex-prefeito e atual deputado federal Paulo Maluf
(PP-SP) era o favorito do partido de sustentação do governo militar para ser o
primeiro presidente civil após 21 anos de ditadura. Esteve bem perto de ser
eleito, mas perdeu no colégio eleitoral para Tancredo Neves. Bateu na trave - a
vida, o destino, não quis que Maluf fosse presidente.
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