Fonte: Giuliano Guandalini, “A construção da democracia”, Veja, edição 2.344, ano 46, número43, 23/10/13, p. 17, 20-1.
quarta-feira, 30 de outubro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:48 | 0 comentários
A nossa herança maldita
Fonte: Giuliano Guandalini, “A construção da democracia”, Veja, edição 2.344, ano 46, número43, 23/10/13, p. 17, 20-1.
Marcadores: desenvolvimento, Francis Fukuyama, geopolítica, história
quinta-feira, 3 de outubro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 04:30 | 0 comentários
Uma cidade sem lideranças
Será que vamos ter que reclamar ao bispo...?
Marcadores: desenvolvimento, Limeira
segunda-feira, 30 de setembro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:00 | 0 comentários
Iracemápolis completa uma história inacabada em Limeira
Então Iracemápolis vai mesmo receber uma unidade da Mercedes-Benz.
Excelente notícia!
Iracemápolis, assim, fecha um ciclo que começou em Limeira muitas décadas atrás.
Muita gente não sabe, mas o jardim Mercedes - na região do antigo zoológico de Limeira, hoje praticamente uma extensão do centro - tem este nome justamente em razão da montadora alemã. A empresa tinha adquirido aquela área em Limeira bem como a antiga Machina S. Paulo com a intenção de instalar uma fábrica na cidade.
Não sei exatamente por qual motivo, mas o fato é que o projeto não foi adiante. Tempos depois, a prefeitura decidiu lotear a área da empresa. Houve uma negociação direta entre a Mercedes e o então prefeito Paulo D´Andréa - que chegou a receber de presente da montadora um belo relógio de parede, segundo me contou na sua última entrevista. Por ética, ele cogitou recusar o presente.
A Mercedes topou vender a área com a condição de que o loteamento levasse o nome da empresa.
A Machina S. Paulo foi vendida muitos anos depois.
E Limeira nunca recebeu uma unidade da montadora alemã - uma das marcas mais conceituadas de veículos do mundo.
Coisa que Iracemápolis agora consegue.
É inevitável citar: Piracicaba com a Hyundai, Sumaré e Itirapina com a Honda, Indaiatuba com a Toyota e agora Iracemápolis com a Mercedes. E Limeira...? De protagonista vai assumindo o papel de coadjuvante...
Limeira ficou sem nada porque faltou-lhe política e políticos.
Em tempo: para não dizer que Limeira ficou sem nada, a cidade recebeu empresas satélites das montadoras, ou seja, algumas fornecedoras de autopeças.
Complemento postado em 1/10 - O investimento da Mercedes em Iracemápolis chegará a 170 milhões de euros (cerca de R$ 510 milhões na cotação de hoje). Um valor que Limeira provavelmente não atingirá em dois anos (se não levar mais...).
Marcadores: desenvolvimento, Iracemápolis, Limeira, Mercedez-Benz
segunda-feira, 19 de agosto de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 21:17 | 0 comentários
O novo e o velho Brasil
O Nordeste brasileiro foi (talvez ainda seja) durante décadas o símbolo maior do nosso atraso (mais até do que regiões mais pobres, como o Norte) e da desigualdade de renda. Ao lado de paraísos naturais que atraem a atenção do mundo inteiro existiam bolsões de miséria e pobreza que reduziam o ser humano ao mais indigno dos seres.
Nada diferente do que se encontra em qualquer cidade de médio e grande portes do Brasil, mas lá estava tudo muito escancarado - talvez pelo fato da região ser um importante polo turístico, atraindo pessoas de fora. Suas belezas e suas feridas estavam expostas cruamente.
Com o crescimento da economia brasileira nos últimos anos e os programas de distribuição de renda do governo, o Nordeste passou a atrair investimentos. Antes relegado a segundo plano, virou foco de grandes corporações nacionais e internacionais.
Naturalmente, ainda se ouve por aí que o mercado consumidor está no Sul-Sudeste, notadamente no eixo Rio-São Paulo. Isto é verdade, mas é inegável que a paisagem nordestina vem mudando. A região talvez seja um bom exemplo do "novo Brasil' que se anunciou ao mundo, embora mantenha marcas do "velho Brasil" que todos conhecemos, como vi nas proximidades de Fortaleza e em Pecém, distrito de São Gonçalo do Amarante, no Ceará.
Na mesma área, conheci o porto de Pecém - um importante projeto de desenvolvimento do estado e da região Nordeste. Chamou minha atenção numa rodovia um gigantesco corredor de ferro que passava sobre nossas cabeças, como uma passarela. É destinado a levar produtos diretamente ao porto, pelo que soube.
Um contraste da infraestrutura que falta de um lado e sobra de outro.
Fui até o Ceará em razão de um megaprojeto: a construção de uma usina siderúrgica na região de São Gonçalo do Amarante. Um investimento de cerca de R$ 5 bilhões, capital nacional (da Vale do Rio Doce) e sul-coreano. Trata-se de um bom exemplo de atração de dinheiro e da movimentação da economia em nível nacional e internacional. Para se ter uma ideia, parte da obra da usina está sendo tocada por uma construtora de Limeira, interior de São Paulo. Coisa de centenas de milhões de reais e três anos de trabalho.
Os investimentos levaram novos sotaques à região, literalmente invadida por paulistas e sul-coreanos. Eles lotam restaurantes e ocupam hotéis e pousadas inteiras (no caso da empresa de Limeira, um escritório foi construído lá). Injetam recursos na economia local. E vem mais por aí, afinal dinheiro atrai dinheiro.
Soube dia desses que quando a usina estiver funcionando terá 15 mil funcionários - um terço da população de São Gonçalo. Estas pessoas certamente não encontrarão moradias suficientes na cidade - ou seja, novos investimentos serão necessários. Eles trarão mais gente de fora, cada um carregando na bagagem sua cultura, promovendo um intercâmbio que, se bem aproveitado, enriquecerá a região em outros aspectos que não somente o econômico.
Há, portanto, perspectivas positivas para áreas do Brasil antes destinadas ao esquecimento. Como persistem desafios gigantescos. Uma situação que pode ser bem exemplificada pelas torres que crescem na capital Fortaleza e pelas palhoças que se vê a poucos quilômetros, na região metropolitana.
* As fotos são minhas e de Thiago Mettitier
segunda-feira, 29 de julho de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:14 | 0 comentários
Com renda menor, Limeira fica atrás de cidades médias no IDH-M
A situação de Limeira no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), divulgado nesta segunda-feira (29/7) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), pode ser lida sob duas óticas.
A positiva: a cidade deu um salto na década de 2000 - como, de resto, fez todo o Brasil em média (em 20 anos, o IDH das cidades brasileiras cresceu 47,5%).
A negativa: a cidade está na rabeira do ranking considerando os municípios paulistas de porte semelhante.
Sob este último aspecto, o cenário é desalentador. Pode-se dizer que os anos 2000, se não foram de atraso como na década anterior, foram no mínimo "perdidos". E a culpa é de todos, notadamente do Poder Público, catalisador de sucessos e fracassos de uma cidade.
O IDH-M de Limeira atingiu 0,775 no ano de 2010 (base do estudo divulgado agora). No ano 2000, o índice era de 0,700.
Embora esteja na faixa considerada de alto nível, Limeira fica atrás de Americana (0,811), Piracicaba (0,785), São Carlos (0,805), Araraquara (0,815), Bauru (0,801), Sorocaba (0,798), Franca (0,780), Araçatuba (0,788) e Rio Claro (0,803).
A comparação com a vizinha Americana é exemplar na medida em que ambas desfrutam de "benesses" semelhantes - como localização e população. A diferença nos índices é grande - de 0,775 para 0,811.
Segundo o estudo, entre 2000 e 2010 o índice referente à educação foi o que apresentou a maior alta em termos absolutos em Limeira. Renda ficou na rabeira.
A cidade ocupa a 178 posição no ranking nacional entre 5.565 municípios; no Estado, é a 90 - uma vergonha para alguém que está entre as 25 maiores economias de São Paulo.
Na análise dos índices setorizados, vê-se que Americana teve desempenho igual ao de Limeira: a maior alta foi em educação, seguida de longevidade e renda.
Olhando os números das duas cidades, porém, percebe-se uma diferença substancial: a expectativa de vida em Limeira é maior do que em Americana, mas a cidade vizinha tem um desempenho educacional muito superior, o mesmo ocorrendo com a renda (e para muitos especialistas há uma relação direta entre estes dois aspectos, escolaridade e renda).
O IDH-M confirma o que muito se fala: Limeira é uma cidade pobre, embora seja uma das economias mais fortes do país. É, portanto, no quesito renda que a cidade precisa melhorar para dar um salto de qualidade e de desenvolvimento econômico, social e humano de que tanto necessita.
Com a palavra os nossos governantes!
RANKING DO IDH-M
Araraquara - 0,815
Rio Claro - 0,803
LIMEIRA - 0,775
RANKING DO IDH-M POR RENDA
Bauru - R$ 1.163,86
Araraquara - R$ 1.080,66
Rio Claro - R$ 1.049,16
Fonte: Pnud
Marcadores: desenvolvimento, IDH, Limeira
sábado, 6 de julho de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 06:51 | 0 comentários
Uma cidade esquecida perde oportunidades
Marcadores: aeroporto, desenvolvimento, Limeira
quinta-feira, 21 de junho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:20 | 0 comentários
Limeira vende mais de R$ 1 bi ao exterior
As exportações
de Limeira atingiram no ano passado o melhor desempenho desde que os dados começaram
a ser divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento.
No total, a cidade vendeu para outros países US$ 567,526 milhões (algo em torno de R$ 1,152 bilhão pela cotação de hoje
do dólar).
O mês com maior número de vendas ao exterior no ano passado foi agosto, com US$ 55,556 milhões.
Os setores que dominaram as exportações foram os de alimentação/insumos e papel/celulose. Os setores de máquinas, autopeças e folheados também merecem destaque.
A Ajinomoto foi a empresa com maior número de vendas ao exterior (US$ 166 milhões), seguida da Bahia Sul Celulose (US$ 128 milhões). Na sequência aparecem Iochpe-Maxion, TRW Automotive, CP Kelco, Mahle Metal Leve, Dohler América Latina, Indústrias Machina Zaccaria, Papirus Indústria de Papel, Unigres Cerâmica, Galle Bijouterias e Máquinas Furlan.
Os principais destinos dos produtos limeirenses não se alteraram em relação a 2010: Estados Unidos (US$ 137 milhões ou 24% do total), Japão (US$ 77,8 milhões) e Argentina (US$ 59,9 milhões).
Merece destaque a ascensão da China como rumo das exportações de Limeira. O país asiático subiu do oitavo lugar no ranking em 2010 para o quarto lugar no ano passado. De um ano para outro, o volume vendido aos chineses subiu de US$ 10,138 milhões para US$ 33,6 milhões (ou 231% a mais).
As importações de Limeira seguiram o mesmo desempenho e voltaram a bater recorde em 2011. No total, a cidade comprou de outros países US$ 231,701 milhões em produtos (algo em torno de R$ 463 milhões). Este volume representa um aumento de 32,6% em relação ao verificado em 2010 (quando já se tinha registrado um número recorde).
As principais compras feitas pelas empresas limeirenses foram na China (US$ 45,323 milhões ou 48,6% a mais do que em 2010), Japão (US$ 36,921 milhões), Itália (US$ 27,531 milhões), Estados Unidos (US$ 20,498 milhões) e Alemanha (US$ 16,305 milhões).
O saldo comercial de Limeira fechou 2011 em US$ 335,825 milhões (ou US$ 58,426 milhões a mais do que no ano anterior).
Exportações de Limeira ano a ano:
2000 .......... US$ 271.520.968,00
Importações de Limeira ano a ano:
2000 .......... US$ 37.557.213,00
2001 .......... US$ 65.018.375,00
2002 .......... US$ 55.945.923,00
2003 .......... US$ 59.118.103,00
2004 .......... US$ 70.750.779,00
2005 .......... US$ 84.320.688,00
2006 .......... US$ 91.073.177,00
2007 .......... US$ 112.862.189,00
2008 .......... US$ 140.902.298,00
2009 .......... US$ 125.310.080,00
2010 .......... US$ 174.513.963,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento
* Leia mais sobre o assunto aqui.
Marcadores: desenvolvimento, economia, exportação, Limeira, mercado
terça-feira, 19 de junho de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 22:08 | 0 comentários
Cenário que encanta o mundo
Esta postagem é uma homenagem à Rio+20, a conferência das Nações Unidas (ONU) sobre ecologia, meio ambiente e desenvolvimento sustentável que acontece no Rio de Janeiro de 13 a 22 de junho - 20 anos após a Rio-92 (ou Eco-92).
Nas primeiras fotos (aéreas), é possível ver a mundialmente famosa baía de Guanabara; nas demais, a Barra da Tijuca e a Cidade da Música - bonito, polêmico e caro projeto iniciado no governo César Maia (DEM) e ainda não concluído.
Marcadores: desenvolvimento, ecologia, evento, fotos, meio ambiente, ONU, paisagem, Rio de Janeiro