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quarta-feira, 30 de outubro de 2013 | | 0 comentários

A nossa herança maldita

(...) Para o cientista político Francis Fukuyama, as teorias sobre o desenvolvimento quase sempre pecam pela "abstração excessiva (o vício dos economistas)" ou pelo "particularismo excessivo (problema comum a muitos historiadores e antropólogos)". (...)

Por que o Brasil e outros países latino-americanos enfrentam tamanha dificuldade para modernizar as suas instituições?
Existem, em primeiro lugar, razões históricas. Os espanhóis e os portugueses implantaram na região suas instituições pré-modernas. Além disso, não foram sociedades compostas inteiramente de colonos europeus, mas sobrepostas, de maneira desigual, a uma vasta população de indígenas, tratados como escravos. No Brasil, assim como no Caribe, a economia foi moldada ao redor do açúcar, uma agricultura baseada em grandes propriedades e mão de obra escrava. Trata-se de um modelo cujo resultado é a desigualdade. Não havia os incentivos para constituir uma burocracia administrativa de qualidade nas colônias. Em razão desse estágio inicial de profunda desigualdade, as instituições foram se moldando para servir às elites. Nunca houve o princípio de oferecer educação de qualidade a toda a população. Desde que a elite estivesse atendida, bastava.

Por que outros países, principalmente na Ásia, conseguiram se desenvolver em um espaço relativamente curto de tempo, ao contrário do que vemos na América Latina?
O Japão, a Coreia do Sul, Taiwan, todos os chamados Tigres Asiáticos, possuem população relativamente pequena, muito mais homogênea, além de um forte senso de identidade nacional. Isso facilitou. Esses países investiram muito na formação de uma elite burocrática altamente capacitada. Houve ainda o investimento maciço em educação. Na América Latina, historicamente mais desigual, a trajetória tem sido mais lenta. Houve avanço no acesso da população ao ensino, mas persiste um grande desnível na qualidade da educação, sobretudo aquela oferecida aos mais pobres. Os países asiáticos foram capazes de resolver essa questão mais rapidamente. (...)

Fonte:
Giuliano Guandalini, “A construção da democracia”, Veja, edição 2.344, ano 46, número43, 23/10/13, p. 17, 20-1.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013 | | 0 comentários

Uma cidade sem lideranças

“É uma vergonha para Limeira.”

Assim reagiu um amigo, sem nenhum envolvimento político-partidário, trabalhador comum, vigia noturno, a respeito da confirmação da instalação de uma unidade da Mercedes-Benz em Iracemápolis.

Um outro amigo, mais ligado à área política, embora não atuante, perguntou-me: “E aí, qual a repercussão da Mercedes?”

Respondi com a frase do amigo vigia.

Por mais que pareça simplista, a frase desse meu amigo resume muito do sentimento do limeirense comum: o de quem se sente abandonado.

Limeira, há tempos, carece de líderes.

Tomemos a história recente do município. Nos últimos 20 anos, seis prefeitos comandaram a cidade: Jurandyr Paixão, Pedro Kühl, José Carlos Pejon, Silvio Félix, Orlando Zovico e agora Paulo Hadich.

Nenhum deles foi o líder que os limeirenses esperam.

Paixão era o que mais possuía características de liderança, mas fez um mandato (1993-96) desgastado, sem grandes realizações, envolto em polêmicas – como a concessão do sistema de água e esgoto. Deixou a prefeitura com um alto índice de rejeição e de forma um tanto melancólica para quem fora deputado federal e ditara os rumos políticos da cidade por quase quatro décadas.

Kühl assumiu com respaldo popular e apoio do empresariado por sua ligação com a Associação Comercial e Industrial (Acil) e a maçonaria. Fez, porém, um governo tímido e, embora tenha ensaiado assumir voos mais altos (foi candidato a deputado federal) e vivesse manifestando sua amizade com o então governador Mário Covas (PSDB), nunca conseguiu se impor politicamente além das fronteiras limeirenses nem sequer dar à cidade um papel relevante no Estado e no país.

Pejon fez um “meio governo” (assumiu após a renúncia de Kühl e ficou pouco mais de dois anos no cargo). Tentou deixar algumas marcas, como a compra do Edifício Prada para sediar a prefeitura, mas passou longe de colocar a cidade no mapa político do Estado e do país, por mais que tenha tentado se aproximar da cúpula do PSDB estadual.

Félix, tal como Paixão, exibia traços de liderança, mas a soberba e a ambição desmesurada impediram que alçasse voos. Era mal visto no governo estadual por críticas que fazia à gestão Geraldo Alckmin (PSDB). Um deputado disse certa vez que dava vergonha agendar audiências do então prefeito com secretários estaduais porque, ao invés da necessária humildade para quem vai passar o chapéu, Félix costumava querer saber mais que o anfitrião.

Tinha certa influência junto à liderança do PDT (leia-se o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, hoje no Solidariedade), mas viu sua carreira política afundar diante do escândalo de corrupção que atingiu seu governo. Acabou melancolicamente cassado.

Zovico mal teve tempo para ser prefeito (comandou a cidade por dez meses após a cassação de Félix).

Hadich assumiu há pouco. Tem perfil de liderança, comandou entidades e conseguiu arregimentar forças para sair candidato a prefeito – e vencer. O seu modo de governar, porém, impede que se destaque. Adota uma postura retraída, silenciosa, não consegue transmitir à população a imagem de um comandante (e, queira ou não, o prefeito é um comandante).

Independentemente do perfil, porém, o fato é que nenhum dos chefes do Executivo – nem qualquer outra liderança política – conseguiu dar a Limeira um papel mais relevante no contexto estadual e federal, para fazer jus à posição da cidade como uma das principais economias de São Paulo.

É certo que uma conquista como a Mercedes passa muito além da figura do prefeito. Diria até que, entre tantos fatores relevantes (como a oferta de mão-de-obra), o aspecto político é secundário. O que não significa que não seja importante.

Valmir de Almeida (PT), prefeito de Iracemápolis, não é responsável direto e maior pela atração da nova empresa. Mas é também responsável e, naturalmente, colherá os frutos políticos.

Está, como Hadich, no início de gestão. Mais do que Hadich, contudo, “comprou a briga” quando a cidade se viu ameaçada de perder a empresa ao cobrar publicamente o Sindicato dos Metalúrgicos – que ameaçava melar a negociação entre prefeitura e Mercedes.

E que fique claro: ao tratar da falta de lideranças em Limeira, não falo apenas do chefe do Executivo.

Neste episódio da Mercedes, o que mais chama a atenção é o silêncio generalizado: o cidadão comum entende que “é uma vergonha para Limeira” e não se vê praticamente ninguém indignar-se.

Onde foi parar a capacidade de indignação? Onde estão os líderes da oposição? E os ex-prefeitos? O que disse a respeito o presidente da Acil? E do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo)? Que plano estas e outras entidades, mais o Poder Público, têm para que a cidade deixe de ser coadjuvante e assuma um papel de protagonista na região?

O que disseram os vereadores? E os secretários municipais? E o empresariado em geral? E a imprensa?

Ou então acharemos eternamente normal Limeira assistir à instalação de megaempresas ao seu redor (Hyundai em Piracicaba, Honda em Sumaré e Itirapina, Toyota em Indaiatuba, além da Mercedes em Iracemápolis, só para ficar nas montadoras de veículos) sem que a cidade se coloque como alternativa viável para receber estas e outras multinacionais – papel que já desempenhara no passado?

Será que vamos ter que reclamar ao bispo...?

segunda-feira, 30 de setembro de 2013 | | 0 comentários

Iracemápolis completa uma história inacabada em Limeira

Então Iracemápolis vai mesmo receber uma unidade da Mercedes-Benz.

Excelente notícia!

Iracemápolis, assim, fecha um ciclo que começou em Limeira muitas décadas atrás.

Muita gente não sabe, mas o jardim Mercedes - na região do antigo zoológico de Limeira, hoje praticamente uma extensão do centro - tem este nome justamente em razão da montadora alemã. A empresa tinha adquirido aquela área em Limeira bem como a antiga Machina S. Paulo com a intenção de instalar uma fábrica na cidade. 

Não sei exatamente por qual motivo, mas o fato é que o projeto não foi adiante. Tempos depois, a prefeitura decidiu lotear a área da empresa. Houve uma negociação direta entre a Mercedes e o então prefeito Paulo D´Andréa - que chegou a receber de presente da montadora um belo relógio de parede, segundo me contou na sua última entrevista. Por ética, ele cogitou recusar o presente.

A Mercedes topou vender a área com a condição de que o loteamento levasse o nome da empresa.

A Machina S. Paulo foi vendida muitos anos depois.

E Limeira nunca recebeu uma unidade da montadora alemã - uma das marcas mais conceituadas de veículos do mundo.

Coisa que Iracemápolis agora consegue. 

É inevitável citar: Piracicaba com a Hyundai, Sumaré e Itirapina com a Honda, Indaiatuba com a Toyota e agora Iracemápolis com a MercedesE Limeira...? De protagonista vai assumindo o papel de coadjuvante...

Limeira ficou sem nada porque faltou-lhe política e políticos.

Em tempo: para não dizer que Limeira ficou sem nada, a cidade recebeu empresas satélites das montadoras, ou seja, algumas fornecedoras de autopeças.

Complemento postado em 1/10 - O investimento da Mercedes em Iracemápolis chegará a 170 milhões de euros (cerca de R$ 510 milhões na cotação de hoje). Um valor que Limeira provavelmente não atingirá em dois anos (se não levar mais...).

segunda-feira, 19 de agosto de 2013 | | 0 comentários

O novo e o velho Brasil

O Nordeste brasileiro foi (talvez ainda seja) durante décadas o símbolo maior do nosso atraso (mais até do que regiões mais pobres, como o Norte) e da desigualdade de renda. Ao lado de paraísos naturais que atraem a atenção do mundo inteiro existiam bolsões de miséria e pobreza que reduziam o ser humano ao mais indigno dos seres.

Nada diferente do que se encontra em qualquer cidade de médio e grande portes do Brasil, mas lá estava tudo muito escancarado - talvez pelo fato da região ser um importante polo turístico, atraindo pessoas de fora. Suas belezas e suas feridas estavam expostas cruamente.

Com o crescimento da economia brasileira nos últimos anos e os programas de distribuição de renda do governo, o Nordeste passou a atrair investimentos. Antes relegado a segundo plano, virou foco de grandes corporações nacionais e internacionais. 

Naturalmente, ainda se ouve por aí que o mercado consumidor está no Sul-Sudeste, notadamente no eixo Rio-São Paulo. Isto é verdade, mas é inegável que a paisagem nordestina vem mudando. A região talvez seja um bom exemplo do "novo Brasil' que se anunciou ao mundo, embora mantenha marcas do "velho Brasil" que todos conhecemos, como vi nas proximidades de Fortaleza e em Pecém, distrito de São Gonçalo do Amarante, no Ceará. 






Na mesma área, conheci o porto de Pecém - um importante projeto de desenvolvimento do estado e da região Nordeste. Chamou minha atenção numa rodovia um gigantesco corredor de ferro que passava sobre nossas cabeças, como uma passarela. É destinado a levar produtos diretamente ao porto, pelo que soube. 

Um contraste da infraestrutura que falta de um lado e sobra de outro.





Fui até o Ceará em razão de um megaprojeto: a construção de uma usina siderúrgica na região de São Gonçalo do Amarante. Um investimento de cerca de R$ 5 bilhões, capital nacional (da Vale do Rio Doce) e sul-coreano. Trata-se de um bom exemplo de atração de dinheiro e da movimentação da economia em nível nacional e internacional. Para se ter uma ideia, parte da obra da usina está sendo tocada por uma construtora de Limeira, interior de São Paulo. Coisa de centenas de milhões de reais e três anos de trabalho.

Os investimentos levaram novos sotaques à região, literalmente invadida por paulistas e sul-coreanos. Eles lotam restaurantes e ocupam hotéis e pousadas inteiras (no caso da empresa de Limeira, um escritório foi construído lá). Injetam recursos na economia local. E vem mais por aí, afinal dinheiro atrai dinheiro.

Soube dia desses que quando a usina estiver funcionando terá 15 mil funcionários - um terço da população de São Gonçalo. Estas pessoas certamente não encontrarão moradias suficientes na cidade - ou seja, novos investimentos serão necessários. Eles trarão mais gente de fora, cada um carregando na bagagem sua cultura, promovendo um intercâmbio que, se bem aproveitado, enriquecerá a região em outros aspectos que não somente o econômico.

Há, portanto, perspectivas positivas para áreas do Brasil antes destinadas ao esquecimento. Como persistem desafios gigantescos. Uma situação que pode ser bem exemplificada pelas torres que crescem na capital Fortaleza e pelas palhoças que se vê a poucos quilômetros, na região metropolitana.





* As fotos são minhas e de Thiago Mettitier

segunda-feira, 29 de julho de 2013 | | 0 comentários

Com renda menor, Limeira fica atrás de cidades médias no IDH-M

A situação de Limeira no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), divulgado nesta segunda-feira (29/7) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), pode ser lida sob duas óticas. 

A positiva: a cidade deu um salto na década de 2000 - como, de resto, fez todo o Brasil em média (em 20 anos, o IDH das cidades brasileiras cresceu 47,5%).

A negativa: a cidade está na rabeira do ranking considerando os municípios paulistas de porte semelhante.

Sob este último aspecto, o cenário é desalentador. Pode-se dizer que os anos 2000, se não foram de atraso como na década anterior, foram no mínimo "perdidos". E a culpa é de todos, notadamente do Poder Público, catalisador de sucessos e fracassos de uma cidade.

O IDH-M de Limeira atingiu 0,775 no ano de 2010 (base do estudo divulgado agora). No ano 2000, o índice era de 0,700.

Embora esteja na faixa considerada de alto nível, Limeira fica atrás de Americana (0,811), Piracicaba (0,785), São Carlos (0,805), Araraquara (0,815), Bauru (0,801), Sorocaba (0,798), Franca (0,780), Araçatuba (0,788) e Rio Claro (0,803).

A comparação com a vizinha Americana é exemplar na medida em que ambas desfrutam de "benesses" semelhantes - como localização e população. A diferença nos índices é grande - de 0,775 para 0,811.

Segundo o estudo, entre 2000 e 2010 o índice referente à educação foi o que apresentou a maior alta em termos absolutos em Limeira. Renda ficou na rabeira.

A cidade ocupa a 178 posição no ranking nacional entre 5.565 municípios; no Estado, é a 90 - uma vergonha para alguém que está entre as 25 maiores economias de São Paulo.

Na análise dos índices setorizados, vê-se que Americana teve desempenho igual ao de Limeira: a maior alta foi em educação, seguida de longevidade e renda.



Olhando os números das duas cidades, porém, percebe-se uma diferença substancial: a expectativa de vida em Limeira é maior do que em Americana, mas a cidade vizinha tem um desempenho educacional muito superior, o mesmo ocorrendo com a renda (e para muitos especialistas há uma relação direta entre estes dois aspectos, escolaridade e renda).

O IDH-M confirma o que muito se fala: Limeira é uma cidade pobre, embora seja uma das economias mais fortes do país. É, portanto, no quesito renda que a cidade precisa melhorar para dar um salto de qualidade e de desenvolvimento econômico, social e humano de que tanto necessita.

Com a palavra os nossos governantes!

RANKING DO IDH-M

Araraquara - 0,815
Americana - 0,811
São Carlos - 0,805
Rio Claro - 0,803
Bauru - 0,801
Sorocaba - 0,798
Araçatuba - 0,788
Piracicaba - 0,785
Franca - 0,780
LIMEIRA - 0,775

RANKING DO IDH-M POR RENDA

Bauru - R$ 1.163,86
Americana - R$ 1.161,68
Piracicaba - R$ 1.143,20
Araraquara - R$ 1.080,66
São Carlos - R$ 1.079,45
Sorocaba - R$ 1.107,19
Rio Claro - R$ 1.049,16
Araçatuba - R$ 1.036,09
LIMEIRA - R$ 910,85
Franca - R$ 846,57

Fonte: Pnud

sábado, 6 de julho de 2013 | | 0 comentários

Uma cidade esquecida perde oportunidades

Há algum tempo, ouvi de um membro do alto escalão municipal uma frase que diz muito sobre a última década em Limeira. “Qualquer dia vou fazer um cálculo de quanto a cidade perdeu por não criar oportunidades no melhor momento da economia brasileira e mundial”.

A afirmação, claro, foi uma referência ao governo do prefeito cassado Silvio Félix (PDT), entre 2005 e 2012 – que coincidiu com o auge do governo Lula (2003-2010).

Em outras palavras, o que se pretendeu dizer é que Limeira paga o preço hoje por ter perdido o bonde da história.

Incluo nesta análise a década de 1990 e todos os governos que passaram por ela – Jurandyr Paixão (1993-96), Pedro Kühl (1997-2002) e José Carlos Pejon (2002-03), o único dos três que chegou a esboçar (não vou entrar no mérito se a iniciativa foi eleitoreira ou não) um plano econômico para o município.

Reforço o termo “esboçar” porque o plano lançado na época era tímido e deixava muito a desejar em relação às modernidades que outras cidades já apresentavam, como a atração de empresas de alta tecnologia e mão-de-obra qualificada.

Pois bem: nos últimos dias, jornais locais destacaram a notícia de que Rio Claro, Iracemápolis e Cordeirópolis - cidades vizinhas a Limeira - juntaram-se para implantar um aeroporto regional.

Enquanto isto, Limeira esboça (a repetição do termo é proposital e visa demonstrar a mesma fragilidade válida para o plano de desenvolvimento citado) há uma década um projeto de aeroporto, já destacado neste blog. Surgido com finalidade eleitoral, virou motivo de piada após 11 anos – e de investigação, já que uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) foi instaurada na Câmara Municipal a fim de apurar os gastos públicos com o projeto que não sai do papel.

Uma outra mostra de como Limeira perdeu o bonde pode ser visto em recente reportagem da “Folha de S. Paulo”/UOL sobre a procura de cidades para servirem de base às seleções na Copa do Mundo de 2014. O Estado de São Paulo, por sua infraestrutura, tem se destacado, mas Limeira nem é mencionada porque não se preocupou e, portanto, não se preparou para tal.

Em tempo: para não ser só pessimista, a mesma pessoa que pronunciou a frase que abriu esta postagem mostrou-se otimista em relação ao futuro da cidade.

É esperar para ver...

quinta-feira, 21 de junho de 2012 | | 0 comentários

Limeira vende mais de R$ 1 bi ao exterior

As exportações de Limeira atingiram no ano passado o melhor desempenho desde que os dados começaram a ser divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento. No total, a cidade vendeu para outros países US$ 567,526 milhões (algo em torno de R$ 1,152 bilhão pela cotação de hoje do dólar).

O valor representa um aumento de 27% em relação ao total registrado em 2010 e de 13,7% na comparação com o melhor ano das exportações (2008).

O mês com maior número de vendas ao exterior no ano passado foi agosto, com US$ 55,556 milhões.

Os setores que dominaram as exportações foram os de alimentação/insumos e papel/celulose. Os setores de máquinas, autopeças e folheados também merecem destaque.

A Ajinomoto foi a empresa com maior número de vendas ao exterior (US$ 166 milhões), seguida da Bahia Sul Celulose (US$ 128 milhões). Na sequência aparecem Iochpe-Maxion, TRW Automotive, CP Kelco, Mahle Metal Leve, Dohler América Latina, Indústrias Machina Zaccaria, Papirus Indústria de Papel, Unigres Cerâmica, Galle Bijouterias e Máquinas Furlan.

Os principais destinos dos produtos limeirenses não se alteraram em relação a 2010: Estados Unidos (US$ 137 milhões ou 24% do total), Japão (US$ 77,8 milhões) e Argentina (US$ 59,9 milhões).

Merece destaque a ascensão da China como rumo das exportações de Limeira. O país asiático subiu do oitavo lugar no ranking em 2010 para o quarto lugar no ano passado. De um ano para outro, o volume vendido aos chineses subiu de US$ 10,138 milhões para US$
33,6 milhões (ou 231% a mais).

As importações de Limeira seguiram o mesmo desempenho e voltaram a bater recorde em 2011. No total, a cidade comprou de outros países US$
231,701 milhões em produtos (algo em torno de R$ 463 milhões). Este volume representa um aumento de 32,6% em relação ao verificado em 2010 (quando já se tinha registrado um número recorde).

As principais compras feitas pelas empresas limeirenses foram na China (
US$ 45,323 milhões ou 48,6% a mais do que em 2010), Japão (US$ 36,921 milhões), Itália (US$ 27,531 milhões), Estados Unidos (US$ 20,498 milhões) e Alemanha (US$ 16,305 milhões).

O saldo comercial de Limeira fechou 2011 em US$
335,825 milhões (ou US$ 58,426 milhões a mais do que no ano anterior).

Exportações de Limeira ano a ano:

2000 .......... US$ 271.520.968,00
2001 .......... US$ 264.219.131,00
2002 .......... US$ 252.190.664,00
2003 .......... US$ 281.594.368,00
2004 .......... US$ 302.695.350,00
2005 .......... US$ 449.564.541,00
2006 .......... US$ 439.849.457,00
2007 .......... US$ 413.318.031,00
2008 .......... US$ 498.888.787,00
2009 .......... US$ 378.906.439,00
2010 .......... US$ 446.913.661,00 
2011 .......... US$ 567.526.674,00 

Importações de Limeira ano a ano:


2000 .......... US$ 37.557.213,00

2001 .......... US$ 65.018.375,00
2002 .......... US$ 55.945.923,00
2003 .......... US$ 59.118.103,00
2004 .......... US$ 70.750.779,00
2005 .......... US$ 84.320.688,00
2006 .......... US$ 91.073.177,00
2007 .......... US$ 112.862.189,00
2008 .......... US$ 140.902.298,00
2009 .......... US$ 125.310.080,00
2010 .......... US$ 174.513.963,00
2011 .......... US$ 231.701.349,00 

Fonte: Ministério do Desenvolvimento

* Leia mais sobre o assunto aqui.

terça-feira, 19 de junho de 2012 | | 0 comentários

Cenário que encanta o mundo

Esta postagem é uma homenagem à Rio+20, a conferência das Nações Unidas (ONU) sobre ecologia, meio ambiente e desenvolvimento sustentável que acontece no Rio de Janeiro de 13 a 22 de junho - 20 anos após a Rio-92 (ou Eco-92).








Nas primeiras fotos (aéreas), é possível ver a mundialmente famosa baía de Guanabara; nas demais, a Barra da Tijuca e a Cidade da Música - bonito, polêmico e caro projeto iniciado no governo César Maia (DEM) e ainda não concluído.