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quinta-feira, 24 de setembro de 2015 | | 0 comentários

E Lucerna ganha sua sinfonia...

Há um ano, o "Jornal da Cultura" (TV Cultura, seg. a sáb., 21h) exibiu uma reportagem que eu gravei um mês antes, em Lucerna, na Suíça, sobre o trabalho de Tod Machover, um maestro que compõe sinfonias para cidades a partir de sons captados "in loco" e também enviados por moradores. A primeira delas foi para Toronto, no Canadá.

Na ocasião, Machover estava captando os sons. Pois bem: um ano depois a sinfonia foi concluída e apresentada como sucesso, no dia 5 de setembro, durante o Festival de Lucerna, no magnífico KKL Luzern.

O resultado você confere aqui:



É impossível não ouvir referências à água - elemento mais do que presente numa cidade que cresceu ao redor de um famoso lago, que leva seu nome.

Em tempo: Machover caminha agora para sua quinta cidade no projeto. A próxima a ter sua própria sinfonia é Detroit (EUA).

terça-feira, 16 de dezembro de 2014 | | 0 comentários

Trabalhando... (na Suíça para o "Eco")

Série de reportagens gravadas na Suíça para o programa “Repórter Eco”, da TV Cultura (dom., 17h30):

- Qualidade da água (a partir do minuto 1:45):


- Energias renováveis (a partir do minuto 5:10):



- Produtos orgânicos (já no início do bloco):

quinta-feira, 30 de outubro de 2014 | | 0 comentários

Tentação!

Só para deixar com vontade, água na boca, inveja, desejo...: o verdadeiro chocolate suíço!








segunda-feira, 27 de outubro de 2014 | | 0 comentários

O mundo é belo

Recentemente, fiz um “road show” de divulgação do Peru, a convite do governo daquele país e da PromPerú. Ao planejar minha apresentação, tive forçosamente – e prazerosamente – que pensar sobre aquele país, que tive a oportunidade de visitar em maio último.

Ao “rever” o Peru que guardei na memória, reforcei a convicção de viajante de que não existe país melhor do que outro. São apenas diferentes.

Assim, o Peru é tão único e singular quanto a Suíça.

Os vídeos a seguir são bons exemplos do que falei. Ambos mostram a beleza de suas regiões. 

Um Peru mágico e sinônimo de riqueza histórica e cultural:



uma Suíça exemplo de beleza e perfeição:

segunda-feira, 20 de outubro de 2014 | | 0 comentários

O museu Rosengart - e as paixões de Angela

Uma coleção iniciada por uma garota de 17 anos deu origem a um museu na Suíça com obras de alguns dos principais pintores do século 20. A dona da coleção foi amiga de Pablo Picasso e chegou a ser retratada por ele.

Impressionistas franceses como Renoir, Paul Cézanne, Camille Pissarro e pintores figurativos como o italiano Modigliani. Nomes que enfeitam as paredes da antiga sede do Banco Nacional em Lucerna, uma das mais encantadoras cidades suíças. O prédio de 1924 abriga hoje este outro tipo de tesouro. São cerca de 300 pinturas e desenhos escolhidos por Siegfried Rosengart, um famoso vendedor de obras de arte que morreu em 1985, e sua filha Angela. Escolhas feitas com o coração, diz a fundadora do museu que leva o sobrenome da família.



A coleção começou com um pequeno quadro de Paul Klee, comprado por Angela com seu próprio salário quando ela tinha apenas 17 anos. Foi o início de uma paixão - o museu tem 125 pinturas e desenhos do famoso pintor suíço.

  
A outra paixão nasceu após um encontro com Pablo Picasso. Angela conta que o famoso pintor espanhol era amigo do seu pai, que o conheceu em paris em 1914. “Ele era educado e disse ao meu pai: ‘que filha adorável!’”, recorda. A amizade foi parar nas telas. Uma jovem Angela foi retratada por Picasso em pelo menos cinco quadros. Eles não podem ser filmados, devido aos direitos autorais, mas as sessões de pintura ficaram eternizadas nas fotos feitas por Siegfried Rosengart.

Além das imagens, Angela guarda as lembranças dos encontros com uma pessoa que ela define como “generosa e muito amiga”. “Ele sempre tinha ideias para fazer algo especial”, diz ela. A coleção inclui 32 pinturas e cerca de 100 desenhos de Picasso.

Para guardar seus tesouros, Angela criou uma fundação em 1992. Dez anos depois, abriu o museu. Quando eu pergunto se ainda se encanta com a coleção, ela responde enfática: “Com certeza. Eu passeio todos os dias pelo museu, encontro as pessoas e vejo a paixão delas pelos quadros. Faço isto com muito prazer.”

E se alguém ficou curioso em saber quanto vale a coleção, Angela diz que nunca se interessou por isso. Para ela, as obras têm um valor que nenhum dinheiro pode pagar...


Em tempo: a entrevista com Angela Rosengart foi reproduzida também na rádio Cultura FM 103,3. Ouça aqui.

* A último foto foi tirada por Adrien Genier

segunda-feira, 8 de setembro de 2014 | | 0 comentários

Uma sinfonia para Lucerna

A cidade de Lucerna, na Suíça, sedia até o próximo dia 14 um dos maiores festivais de música clássica do mundo. Este ano, a programação inclui uma atividade diferente: a comunidade foi convidada a colaborar na composição de uma sinfonia para a cidade.

O ronco de um motor no trânsito, o barulho do ônibus e da fonte. Vida urbana combinada com a natureza. As aves no lago, o ruído dos pássaros na ponte medieval, a água batendo suavemente no barco a vapor... Transformar os sons de uma cidade numa sinfonia é o desafio do compositor americano Tod Machover. Ele desembarcou em Lucerna com o compromisso de dar a uma das mais encantadoras cidades suíças a sua própria música. “Toda cidade tem seus próprios sons", disse.

Na moderna sala de concertos de Lucerna, as apresentações do festival atraem pessoas de todo o mundo. 


 


Do lado de fora, é o trabalho de Tod que chama a atenção. Ele saiu às ruas para captar opiniões e ruídos. Andou às margens do lago, ouviu sotaques e idiomas diferentes. “Num lugar quieto como lucerna”, falou, “é preciso atenção e paciência para ouvir os sons”. Por exemplo: dos trens e barcos.

O compositor pediu também para as pessoas enviarem sons da cidade, qualquer som.

Depois, tudo vai ser trabalhado em estúdio com ajuda da tecnologia. O compositor é ligado ao Laboratório de Mídia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, um dos mais renomados do mundo. É lá que sons, como da água, devem virar notas musicais. O trabalho vai durar um ano.

Parece difícil, mas o resultado Toronto conhece bem. A maior cidade do Canadá foi a primeira a ganhar uma sinfonia para chamar de sua.


Quando eu pergunto se seria possível fazer uma composição com o trânsito caótico de São Paulo, o compositor interrompe: “mas em São Paulo o trânsito não anda!". Depois, confessa que adoraria fazer o projeto. “São Paulo é uma das grandes cidades do mundo”, afirmou.

Ele lembrou até de quando esteve num barzinho e viu um músico tocando com duas colheres: “eu nunca ouvi nada igual”.

Pelo jeito, só falta o convite.

* Texto original de reportagem feita para o "Jornal da Cultura" (seg. a sáb., 21h)