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quarta-feira, 28 de agosto de 2013 | | 0 comentários

Limeira não tem dinheiro para novas escolas e UBS, diz secretário

Um palacete do século 19 como cenário para discutir a cidade do século 21. Ou o que se pretende para ela nos próximos anos. O histórico Palacete Levy, no centenário largo Boa Morte, no Centro de Limeira, sediou a audiência pública da prefeitura a respeito do PPA (Plano Plurianual) 2014-2017. O evento - na noite de terça-feira (27/8) – reuniu cerca de cem pessoas.

O PPA é o instrumento que oficializa o planejamento do município para quatro anos. Em outras palavras, é o plano real de governo, aquele passível de execução e não o feito pela marquetagem político-eleitoral durante as campanhas.

De acordo com o PPA, que será enviado à Câmara Municipal nesta sexta-feira (30), Limeira deverá ter uma receita de R$ 4,383 bilhões nos próximos quatro anos – R$ 1,084 bilhão só em 2014. O valor inclui possíveis repasses de convênios com os governos estadual e federal (isto significa que o valor estará obrigatoriamente acima do orçamento do município para os próximos anos).

Da prefeitura propriamente, serão R$ 3,970 bilhões de receita em quatro anos (fora as autarquias, empresas de economia mista e Instituto de Previdência).

Os principais convênios em discussão envolvem três áreas: mobilidade (por meio do PAC, o Plano de Aceleração do Crescimento do governo federal), modernização da máquina pública e aeroporto.

A maior fatia da receita irá para educação (R$ 943 milhões em quatro anos), seguida da saúde (R$ 769 milhões) e obras (R$ 645 milhões – neste caso com receitas extras dos convênios).

Os principais investimentos previstos no PPA e a origem dos recursos são:

  • 8 creches (5 já garantidas em convênio) – R$ 11,750 milhões – governo federal
  • 3 quadras poliesportivas
  • reforma do Limeirão – R$ 4,6 milhões - governo federal
  • reforma de centros esportivos - R$ 5 milhões – governo federal
  • pista de atletismo – R$ 7 milhões – governo federal
  • novo Fórum – R$ 12,6 milhões – governo estadual (mais R$ 3,2 milhões de contrapartida da prefeitura)
  • aeroporto – R$ 85 milhões – governo federal (mais R$ 5 milhões de contrapartida da prefeitura)
  • terminal interurbano – R$ 25 milhões – operação de crédito
  • segundo viaduto Boa Vista/Centro – R$ 17,5 milhões – governo federal
  • viaduto da avenida Lauro Corrêa da Silva – R$ 42 milhões – operação de crédito
  • viaduto do Cotil/Enxuto – R$ 18,4 milhões – operação de crédito
  • viaduto da avenida Laranjeiras/Vila Queiroz – R$ 28,750 milhões – operação de crédito
  • construção de passarelas – R$ 19,5 milhões – operação de crédito
  • piscinão do Tiro de Guerra – R$ 25 milhões – governo federal
  • marginais nas rodovias – R$ 85 milhões – governo estadual (mais R$ 40 milhões da prefeitura; o município tentará esta contrapartida junto ao governo federal)
  • duplicação da Limeira/Cordeirópolis (SPV-17) – R$ 21,5 milhões – governo federal
  • revitalização da avenida Costa e Silva – R$ 30 milhões – governo federal

Não foi citado nenhum projeto para construção de um ginásio de esportes, uma demanda da comunidade esportiva há anos.

SEM DINHEIRO
Apesar dos valores milionários, o secretário de Governo e Desenvolvimento, Mauro Zeuri, afirmou que a prefeitura praticamente não tem dinheiro para obras. Ele descartou, assim, a construção de escolas e unidades de saúde (UBS) com verba do município. A cidade só ganhará novas unidades educacionais e de saúde se houver convênios com os governos estadual e federal.

“UBS ou qualquer outra coisa nós vamos conseguir construir se vier recurso externo. Não tem recurso próprio da prefeitura para fazer. O recurso (do município) vai ser usado para contrapartidas”, disse o secretário, deixando clara a estratégia do governo Paulo Hadich (PSB): usar o pouco que sobrar de investimentos para garantir convênios de maior valor com os governos federal e estadual.

Zeuri citou que a discussão a respeito de alguns convênios está mais adiantada e de outros ainda em fase embrionária. Deixou evidenciada a aposta na ajuda federal. E criticou o governo estadual – do PSDB. “Convênio com o governo do Estado é difícil fazer e quando faz custa mais caro pra gente (do que com o governo federal)”, afirmou.

O secretário criticou também o governo do ex-prefeito Pedro Kühl – sem citá-lo - ao falar das vias marginais. “O governo do prefeito que era muito amigo do governador não pediu as marginais para Limeira”, falou, em referência à propalada amizade entre Kühl e o então governador Mário Covas, ambos do PSDB.

Na época, quando o governo estadual definia o processo de concessão das rodovias, Limeira deixou de pedir a duplicação do Anel Viário (que liga duas vias concedidas à iniciativa privada), como manifestou o então secretário estadual de Transportes, Michael Paul Zeitlin. Já Mogi-Mirim foi contemplada, bem como Piracicaba conseguiu o seu recentemente.

Sobre a duplicação da pista de Limeira para Cordeirópolis, Zeuri disse que não será possível cumprir o prazo acordado em 2012 por meio de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre prefeitura e Ministério Público (MP). O acordo prevê que a obra seja feita em dois anos; o secretário falou em quatro – o que exigirá novas tratativas junto ao MP.

Presente à audiência, o vice-prefeito Antônio Carlos Lima (PT) disse que o governo Hadich vem “trabalhando com muita dificuldade”. “Todo mundo sabe que ainda estamos executando o orçamento que recebemos”, falou.

Também estiveram na audiência os vereadores Wilson Cerqueira e Aloízio de Andrade (ambos do PT) e os secretários Marcelo Coghi (Agricultura), Alquermes Valvassori (Meio Ambiente), João Marcos Carrasco (Fazenda), José Luiz Rodrigues (Esportes), Marcos Paulino (Comunicação) e Andréa Soares Ganzert (Transportes), além de Zeuri, o único a se manifestar (ele apresentou o PPA).

Leia também:

segunda-feira, 12 de agosto de 2013 | | 0 comentários

As cadeirinhas, agora na TV

quinta-feira, 4 de outubro de 2012 | | 0 comentários

Um pouco de trabalho (ou novo investimento)

Mais uma reportagem feita para o “Jornal da Cidade” (TV Jornal de Limeira, segunda a sábado, 19h30):


PS: estou torcendo muito para que os novos shoppings da cidade sejam um sucesso!

domingo, 2 de outubro de 2011 | | 0 comentários

E a Nissan se foi...

Limeira ganhou a nova planta da Samsung, é verdade, mas a cogitada vinda da Nissan ruiu.

O presidente mundial do grupo Renault/Nissan esteve com a presidente Dilma Rousseff e confirmou que a nova fábrica da montadora japonesa será em Resende, no estado do Rio de Janeiro.

Limeira enfraqueceu-se na disputa, segundo o blog apurou, não só por uma questão pragmática (o temor pela falta de mão-de-obra suficiente para atender os novos investimentos na cidade) como também pelo apoio de um grande empresário à cidade fluminense.

Leia as reportagens na “Folha de S. Paulo” (é preciso ter senha do jornal ou do UOL) e em “O Estado de S. Paulo” sobre os investimentos da Nissan.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010 | | 0 comentários

Limeira é 2ª em anúncios de investimentos na região em 2009

Após despencarem nos três primeiros anos do governo Silvio Félix (PDT), como já mostrou este blog (veja aqui), os investimentos anunciados em Limeira se recuperaram e deixaram a cidade com o segundo melhor desempenho da região em 2009. É o que aponta o levantamento feito anualmente pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados). No total, foram anunciados 11 investimentos em Limeira, que somam US$ 60,66 milhões.

Só Rio Claro teve desempenho melhor no ano passado, com US$ 63,18 milhões (dos quais US$ 43 milhões são fruto da parceria público-privada firmada com a Foz do Brasil para tratamento de esgoto). Atrás de Limeira, aparecem Piracicaba (US$ 49,89 milhões), Americana (US$ 20,61 milhões) e Sumaré (US$ 11,86 milhões). São Carlos, um dos principais polos tecnológicos do país, teve investimentos de US$ 13,24 milhões.

Não custa lembrar que, após a publicação da postagem anterior, em meados do ano passado, o prefeito criticou o Seade. Félix manifestou na ocasião que o levantamento era um “chutômetro” e que a metodologia usada pela fundação era “furada” (veja
aqui).

Dos investimentos anunciados para Limeira em 2009, segundo o Seade, destaca-se a multinacional japonesa Yachiyo/Honda: US$ 30,23 milhões, metade do total da cidade no ano. A empresa está implantando uma unidade nas margens da Via Anhanguera.

As demais empresas que anunciaram investimentos para Limeira em 2009 foram Doce Vida (implantação), Hospital Frei Galvão/Santa Casa (ampliação), Maxxi Atacadista/Wal-Mart (implantação - US$ 14,38 milhões), Senac (ampliação), Sindicato dos Comerciários (implantação de nova sede), Siscom (implantação - US$ 5,8 milhões), Sixtini (implantação), Supermercados Covabra (implantação nova loja - US$ 6,21 milhões), Tennis One (implantação) e Wal-Mart (implantação).

Americana teve nove investimentos anunciados, Piracicaba somou 14 (destaques para a Cosan, com US$ 16,49 milhões, e a CNH-Case New Holland/Fiat, com US$ 15 milhões), Rio Claro teve sete, Sumaré cinco e São Carlos seis.

Em todo o Estado, o Seade somou 742 anúncios de investimentos no ano passado. Eles totalizaram US$ 28 bilhões, um aumento de 20% em relação a 2008 (US$ 23,7 bilhões). A pesquisa de investimentos (Piesp) tem como base os anúncios publicados por grandes jornais, como “Folha de S. Paulo”, “Estado de S. Paulo”, “Valor Econômico” e “Gazeta Mercantil”.

Apesar do resultado positivo de Limeira em nível regional e do crescimento expressivo em relação aos anos anteriores, os números ainda estão muito distantes do período de 2001 a 2004, notadamente a partir de 2002, no governo José Carlos Pejon (agora integrado à equipe de Félix). Nesse período, o ano que teve investimentos mais modestos anunciados registrou um valor três vezes maior do que o verificado em 2009.

1998 ..... 2 anúncios ..... US$ 252 milhões

1999 ..... 5 anúncios ..... US$ 26,81 milhões
2000 ..... 6 anúncios ..... US$ 32,08 milhões
2001 ..... 16 anúncios ..... US$ 89,9 milhões
2002 ..... 14 anúncios ..... US$ 515,74 milhões
2003 ..... 30 anúncios ..... US$ 285,02 milhões
2004 ..... 13 anúncios ..... US$ 173,06 milhões
2005 ..... 6 anúncios ..... US$ 3,03 milhões
2006 ..... 9 anúncios ..... US$ 5,29 milhões
2007 ..... 16 anúncios ..... US$ 14,43 milhões
2008 ..... 10 anúncios ..... US$ 18,48 milhões*
2009 ..... 11 anúncios ..... US$ 60,66 milhões

Fonte: Seade

* PS: do total de dez investimentos anunciados em 2008, um deles não se concretizou: o da empresa Worksheep. A empresa investiria US$ 3,01 milhões para uma fábrica na unidade da antiga União, mas o negócio não chegou a ser implantado em definitivo.