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quinta-feira, 19 de setembro de 2013 | | 1 comentários

Álbum de viagem

Vi dia desses no álbum de fotos da seção de Turismo do site da "Folha de S. Paulo" as imagens do fotógrafo Marco Ankosqui feitas em Canoa Quebrada, famoso ponto turístico do Ceará. O trabalho me remeteu às fotos que eu fiz na praia de Cumbuco, nos arredores de Fortaleza (CE):


 





Claro que as minhas fotos não se comparam com as de Ankosqui: ele usou máquina profissional; eu, amadora. Ele É profissional; eu, amador.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013 | | 0 comentários

O novo e o velho Brasil

O Nordeste brasileiro foi (talvez ainda seja) durante décadas o símbolo maior do nosso atraso (mais até do que regiões mais pobres, como o Norte) e da desigualdade de renda. Ao lado de paraísos naturais que atraem a atenção do mundo inteiro existiam bolsões de miséria e pobreza que reduziam o ser humano ao mais indigno dos seres.

Nada diferente do que se encontra em qualquer cidade de médio e grande portes do Brasil, mas lá estava tudo muito escancarado - talvez pelo fato da região ser um importante polo turístico, atraindo pessoas de fora. Suas belezas e suas feridas estavam expostas cruamente.

Com o crescimento da economia brasileira nos últimos anos e os programas de distribuição de renda do governo, o Nordeste passou a atrair investimentos. Antes relegado a segundo plano, virou foco de grandes corporações nacionais e internacionais. 

Naturalmente, ainda se ouve por aí que o mercado consumidor está no Sul-Sudeste, notadamente no eixo Rio-São Paulo. Isto é verdade, mas é inegável que a paisagem nordestina vem mudando. A região talvez seja um bom exemplo do "novo Brasil' que se anunciou ao mundo, embora mantenha marcas do "velho Brasil" que todos conhecemos, como vi nas proximidades de Fortaleza e em Pecém, distrito de São Gonçalo do Amarante, no Ceará. 






Na mesma área, conheci o porto de Pecém - um importante projeto de desenvolvimento do estado e da região Nordeste. Chamou minha atenção numa rodovia um gigantesco corredor de ferro que passava sobre nossas cabeças, como uma passarela. É destinado a levar produtos diretamente ao porto, pelo que soube. 

Um contraste da infraestrutura que falta de um lado e sobra de outro.





Fui até o Ceará em razão de um megaprojeto: a construção de uma usina siderúrgica na região de São Gonçalo do Amarante. Um investimento de cerca de R$ 5 bilhões, capital nacional (da Vale do Rio Doce) e sul-coreano. Trata-se de um bom exemplo de atração de dinheiro e da movimentação da economia em nível nacional e internacional. Para se ter uma ideia, parte da obra da usina está sendo tocada por uma construtora de Limeira, interior de São Paulo. Coisa de centenas de milhões de reais e três anos de trabalho.

Os investimentos levaram novos sotaques à região, literalmente invadida por paulistas e sul-coreanos. Eles lotam restaurantes e ocupam hotéis e pousadas inteiras (no caso da empresa de Limeira, um escritório foi construído lá). Injetam recursos na economia local. E vem mais por aí, afinal dinheiro atrai dinheiro.

Soube dia desses que quando a usina estiver funcionando terá 15 mil funcionários - um terço da população de São Gonçalo. Estas pessoas certamente não encontrarão moradias suficientes na cidade - ou seja, novos investimentos serão necessários. Eles trarão mais gente de fora, cada um carregando na bagagem sua cultura, promovendo um intercâmbio que, se bem aproveitado, enriquecerá a região em outros aspectos que não somente o econômico.

Há, portanto, perspectivas positivas para áreas do Brasil antes destinadas ao esquecimento. Como persistem desafios gigantescos. Uma situação que pode ser bem exemplificada pelas torres que crescem na capital Fortaleza e pelas palhoças que se vê a poucos quilômetros, na região metropolitana.





* As fotos são minhas e de Thiago Mettitier

segunda-feira, 17 de junho de 2013 | | 0 comentários

Lembranças cearenses

E como o "Bem, Amigos" que mencionei na postagem anterior foi transmitido ao vivo de Fortaleza (CE), nada melhor do que buscar inspiração de uma cidade com paisagem inspiradora - à noite, tal como no programa.

Afinal, Fortaleza me deu bons momentos este ano.








* As fotos são minhas e do amigo Thiago Mettitier

quinta-feira, 23 de maio de 2013 | | 0 comentários

Imagens que inspiram

E a gente nunca está só... 


Nunca mesmo (rs)...



* Praia de Iracema, Fortaleza (CE)

sábado, 18 de maio de 2013 | | 2 comentários

Publicidade no espelho?

Não sei se o pior é quem colocou a placa deste modo (não houve nenhum efeito de câmera ou edição no computador) ou se quem a deixa assim numa revenda de marca tão relevante. Está lá em Fortaleza (CE):


* A foto é do amigo Thiago Mettitier

quinta-feira, 16 de maio de 2013 | | 0 comentários

Imagens que inspiram


Vista a partir de um antigo píer perto da praia de Iracema, em Fortaleza (CE).

* A foto é do amigo Thiago Mettitier

quarta-feira, 8 de maio de 2013 | | 1 comentários

Imagens que inspiram


Praia de Cumbuco, Ceará.

* A foto é do amigo Thiago Mettitier

PS: estava inspirado o rapaz, hein Bárbara (rs)?!

sexta-feira, 3 de maio de 2013 | | 2 comentários

Uma viagem rumo a Pecém

Semana passada tive a oportunidade de conhecer a região do Porto de Pecém, em São Gonçalo do Amarante (CE). Tinha certa expectativa pelo lugar dada a “propaganda” que se faz dele Brasil afora como um dos grandes projetos de desenvolvimento do país, um dos principais da região Nordeste e talvez o principal do estado do Ceará.

Imaginava, portanto, algo grandioso (já postei neste blog e no Piscitas – travel & fun que tudo na vida é uma questão de expectativa, a surpresa ou decepção é proporcional ao grau de expectativa que se nutre em relação a uma pessoa, um lugar, etc).

O Porto de Pecém surgiu ainda como projeto, ideia, em meados da década de 1990, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Foi inaugurado em 2002 apresentando como uma de suas principais vantagens o fato de ser um dos portos mais próximos para exportações aos Estados Unidos e Europa.

Pois bem: durante o trajeto de cerca de 50 quilômetros entre a capital Fortaleza e Pecém, um distrito de São Gonçalo, praticamente não vi placas indicando o famoso porto. Elas só surgem, e com certa abundância, quando se chega à cidade (seja o vilarejo de Pecém ou São Gonçalo propriamente). Pensei: como pode um dos principais projetos de desenvolvimento do país ser tão mal sinalizado?

Tampouco havia placas indicando Pecém ou São Gonçalo. Sabe-se que é para lá porque se olha no mapa ou no GPS. Aliás, nem Cumbuco - uma das praias mais famosas do estado - tinha seu acesso indicado na rodovia (chegar até ela exige que se acesse a tal Lagoa do Bananal; se ninguém tivesse me dito isto talvez eu estivesse procurando até agora...).

Há duas formas de chegar até o porto: pela rodovia CE-085 (que cruza o interior) ou pela via que margeia o litoral. Imaginei que o acesso pela rodovia seria melhor e mais rápido. Engano: embora esteja em condições até razoáveis, oferecendo aqui e acolá belas paisagens, a estrada possui pista simples (um trecho chamado de anel viário está em duplicação, mas não se vê nada mais do que uma pista de areia esperando pavimentação e uma ponte que liga nada a lugar nenhum).


Isto exige muita paciência devido aos longos congestionamentos de caminhões com destino ao porto. Em razão disto, tornou-se comum o uso do acostamento (de terra e esburacado) pelos carros e eu não tive outra alternativa também caso quisesse chegar ao destino num horário adequado.



A partir do momento que você deixa a CE-085 em direção à praia (afinal, o porto está lá...), terá ainda que percorrer longos quilômetros. E correrá o risco de se perder em uma ou outra estrada que surge do nada. Apenas quando aparece uma rotatória vem a luz: uma placa. Não espere perguntar para algum outro motorista porque nesse momento o tráfego já é quase nulo (não sei qual trajeto os caminhões tomam porque em dado momento eles sumiram..).

Na volta, optei por seguir via litoral e reduzi o trajeto em mais de uma hora (só não sei se seria assim o dia todo – certamente o tráfego de caminhões por ali é reduzido porque muitos trechos são de uma avenida que corta os bairros rumo a Fortaleza).

E o porto, afinal? Um pedacinho de estrutura num canto de terra em meio a um mar incrivelmente esverdeado e brilhante pelos raios do sol. Vi apenas um ou dois daqueles guindastes gigantes que movimentam os contêineres. Uma ou duas docas, quatro berços disponíveis (posso estar enganado nos números, não vi o projeto nem a carta náutica, estou apenas falando das minhas impressões – para se ter uma ideia, o Porto de Paranaguá, no Paraná, possui 28 berços).




Ou seja: o grande projeto de Pecém me pareceu um porto isolado, pequeno, de acesso difícil (não pelas condições da estrada e sim pela falta de placas na pista) e aparentemente com pouco movimento em comparação ao que se imagina de um porto - para quem já conheceu o de Santos, no litoral paulista, e o de Valparaíso, no Chile.

Em tempo: segundo o governo do Ceará, no ano passado o Porto de Pecém movimentou 4,15 milhões de toneladas de produtos, 22% a mais do que em 2011.