O governo Paulo Hadich (PSB) deveria repensar suas relações com o governo estadual de Geraldo Alckmin (PSDB) - alvo de crítica recente do secretário municipal de Governo e Desenvolvimento, o petista Mauro Zeuri.
É possível que o PSB de Hadich tenha candidato a presidente (o governador de Pernambuco, Eduardo Campos), o que indicaria um rompimento ao menos temporário com o governo federal petista, e é provável que indique o candidato a vice na chapa reeleitoral de Alckmin (já há acertos neste sentido entre os comandos federal e estadual do PSDB e PSB) após a defecção do PSD do atual vice (?) Guilherme Afif Domingos - ministro da Micro e Pequena Empresa do governo Dilma Rousseff (PT).
Assim, com Alckmin ainda favorito em São Paulo, o PSB colocaria os dois pés no Palácio dos Bandeirantes, o que poderia abrir portas no Estado para a Prefeitura de Limeira. Isto, porém, exigirá que o governo Hadich reveja suas manifestações (ao menos publicamente) sobre o governo estadual.
Aliás, ao que tudo indica, pessebistas e petistas - unidos em Limeira - estarão em campos opostos na eleição de 2014 tanto no plano estadual quanto no federal.
Será interessante ver se a administração municipal terá comportamento republicano, como se espera.
terça-feira, 3 de setembro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 09:26 | 0 comentários
Um aviso (e um pouco de futurologia)
sexta-feira, 24 de maio de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 13:00 | 0 comentários
Essa tal governabilidade...
A oposição costumeiramente critica – com razão - as nomeações
meramente político-eleitorais no alto escalão do governo federal. Tudo em nome
da campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
sábado, 11 de maio de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 11:00 | 0 comentários
Agora, Alckmin tem que falar!
Já usei este título neste blog para uma outra situação. Recorro a ele novamente em razão de recente discurso do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Durante evento de lançamento de um programa estadual, o tucano resolveu ter um acesso de sinceridade. Deixou de lado a demagogia típica dos políticos e falou o que todos os cidadãos sabemos - embora muitos prefiram ignorar. Disse textualmente:
"(O) povo não sabe de um décimo do que se passa
contra ele. (...) Se não, ia faltar guilhotina para a Bastilha, para
cortar a cabeça de tanta gente que explora esse sofrido povo brasileiro."
"O sujeito fica rico, bilionário, com fazenda,
indústria, patrimônio e não acontece nada. E o coitado do honesto é execrado. É
desolador. (...) A corrupção, o paraíso é o Judiciário. Todo mundo diz:
'Na hora que for para Justiça vai resolver'. Vai levar 20 anos."
sexta-feira, 11 de novembro de 2011 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 16:42 | 0 comentários
Alckmin, Kassab, Constância e a eleição de 2012
Marcadores: Alckmin, Constância Félix, eleição, Kassab, política
terça-feira, 5 de abril de 2011 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 21:25 | 0 comentários
Limeira? Faltou...
Um evento ocorrido na manhã desta terça-feira é o exemplo mais vivo do esquecimento de Limeira junto às esferas políticas estaduais. Pela terceira vez este ano, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) esteve em Piracicaba. O objetivo foi lançar a obra do contorno da cidade, um novo anel viário com nove quilômetros de pistas duplas que vai custar R$ 78,1 milhões – dinheiro a ser investido pela concessionária Rodovias do Tietê.
Anel viário semelhante ao que Limeira luta há anos para tentar fazer com recursos próprios (o trecho da obra que teve um aporte de pouco mais de R$ 6 milhões do Estado está parado há meses...).
Durante a visita, o governador anunciou a abertura de licitação para a duplicação de 5,5 quilômetros da Rodovia SP-308, entre Piracicaba e Charqueada. O total a ser investido é de R$ 27,5 milhões, recursos dos cofres estaduais. Numa tacada só, mais de R$ 100 milhões de investimentos.
Muito disso se deve à instalação – com apoio do governo estadual – de uma unidade da montadora coreana Hyundai em Piracicaba (o anel viário dá acesso à futura fábrica).
Nos discursos, deputados com base eleitoral em Piracicaba – como Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB, federal) e Roberto Morais (PPS, estadual) – destacaram o trabalho político de bastidores feito junto ao governo do Estado para garantir os investimentos. Trabalho reforçado pelo prefeito da cidade, Barjas Negri, expoente do PSDB paulista, ex-ministro da Saúde do governo Fernando Henrique Cardoso e ex-secretário de Habitação no governo Alckmin.

Otoniel, registre-se, eleito muito mais por sua representatividade junto à igreja da qual faz parte do que pela cidade que o acolheu (onde teve 4.090 de um total de 95.971 votos, ou seja, apenas 4% da sua votação partiu de Limeira).
Não bastasse a falta de representatividade política, o diálogo entre Otoniel e o prefeito de Limeira, Silvio Félix (PDT), caminha mal. Aliás, é exagero falar em diálogo – o deputado reclamou publicamente de não ter sequer recebido um telefonema do prefeito após a conquista de uma vaga no Congresso.
Para se somar a estes problemas, Félix optou por confrontar o então candidato Alckmin e o tucanato estadual durante a campanha de 2010 (leia aqui). E, fechando a história, o prefeito de Limeira não esteve no evento desta terça em Piracicaba (ao contrário de outros prefeitos, que prestigiaram a visita do governador) e sequer enviou um representante.
Arrisco-me a dizer que Limeira era a única cidade da região sem representante de nenhum poder (Executivo ou Legislativo) nem de entidades. NENHUM!
O único limeirense no evento foi o presidente do diretório municipal do PSDB, José Vanderlei de Carvalho. De Iracemápolis, por exemplo, estavam o vice-prefeito Denílson Granso (PMDB) e o vereador Cláudio Cosenza Filho (PSDB).
Deste jeito, não dá para Limeira reclamar da falta de prestígio. Afinal, para o governador, a cidade sequer “existiu” em sua visita.

Em tempo 1: como chefe do Executivo e defensor dos interesses da cidade, Félix deveria deixar o estrelismo de lado e participar da recepção ao governador. Ou ele acha que sua atitude prepotente vai dar resultado para a cidade?
Em tempo 2: a obra do contorno de Piracicaba deve gerar dois mil empregos entre diretos e indiretos.

Marcadores: Alckmin, governo, Limeira, obras, Piracicaba, política, Silvio Félix
quarta-feira, 5 de maio de 2010 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 22:46 | 0 comentários
Félix decide pisar em ovos
O prefeito Silvio Félix (PDT) mudou. Decidiu pisar em ovos. Da neutralidade nas eleições de 2006, ele agora optou pelo engajamento. E pode pagar caro por isso – justamente em razão daquilo que critica.
Até agora, o pedetista vinha tentando tirar de letra a acirrada disputa eleitoral que se desenha para este ano. Navegou com tranquilidade e habilidade na onda lulista ao receber com pompa, em 23 de janeiro, a então ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, pré-candidata à presidência pelo PT (leia aqui). Na ocasião, houve troca de elogios entre ambos. Félix ainda rasgou elogios ao relacionamento do governo Lula com os prefeitos. Disse que antes, de Brasília só se recebiam fotos. Hoje, obtêm-se verbas.
Menos de um mês depois, o mesmo Félix que rasgou elogios ao governo do PT recebeu o então governador José Serra, pré-candidato do PSDB à presidência e o mais ferrenho adversário de Dilma. Foi na inauguração do Ambulatório Médico de Especialidades (AME), um investimento de quase R$ 10 milhões anuais do Estado na cidade. E Félix navegou na onda tucana, com a mesma habilidade.
Pois os tempos mudaram. O prefeito compareceu ao lançamento da pré-candidatura do senador petista Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo. E criticou o governo do PSDB no Estado. Ao menos é o que indica o site do PT. “O que tenho visto é que o governo Lula mudou muito a relação com os prefeitos e com os municípios, na distribuição de verbas do PAC, no atendimento e no respeito aos Prefeitos. Sonho com um governo no Estado que tenha a mesma postura republicana”, disse Félix (leia aqui).
Em tempo: uma interessante análise sobre esta declaração foi feita pelo jornalista Rafael Sereno no blog “O Informante” (clique aqui).
Não há nenhum problema em Félix declarar apoio publicamente a Mercadante – até porque o PDT é da base aliada do governo Lula e, como este blog já informou, os petistas de lá (do governo federal) já enquadraram os de cá (de Limeira) por causa da postura oposionista de seus membros em relação ao governo pedetista municipal (leia aqui).
A questão é que Félix tem mais três anos de mandato e tudo indica que o PSDB vai faturar mais uma eleição no Estado (o ex-governador e pré-candidato do partido, Geraldo Alckmin, lidera com muita folga as pesquisas de intenção de voto). Se as previsões se confirmarem nas urnas, a dúvida é: estará abalada a relação do governo estadual tucano com a prefeitura de Limeira? Félix conseguirá recuperar o espaço provavelmente perdido com não apenas o apoio à candidatura de Mercadante, mas também – e principalmente – à crítica ao modo tucano de governar o Estado?
Só o tempo dará a resposta.
O fato é que Félix colocou a mão na cumbuca. E isso pode custar caro.
Em tempo: pré-candidata a deputado estadual pelo mesmo PDT, a primeira-dama Constância Félix foi questionada por mim sobre sua postura política, caso eleita, num eventual governo Alckmin. A resposta pode ser vista aqui. Só para registrar: a resposta foi dada antes da manifestação de Félix.