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terça-feira, 3 de setembro de 2013 | | 0 comentários

Um aviso (e um pouco de futurologia)

O governo Paulo Hadich (PSB) deveria repensar suas relações com o governo estadual de Geraldo Alckmin (PSDB) - alvo de crítica recente do secretário municipal de Governo e Desenvolvimento, o petista Mauro Zeuri.

É possível que o PSB de Hadich tenha candidato a presidente (o governador de Pernambuco, Eduardo Campos), o que indicaria um rompimento ao menos temporário com o governo federal petista, e é provável que indique o candidato a vice na chapa reeleitoral de Alckmin (já há acertos neste sentido entre os comandos federal e estadual do PSDB e PSB) após a defecção do PSD do atual vice (?) Guilherme Afif Domingos - ministro da Micro e Pequena Empresa do governo Dilma Rousseff (PT).

Assim, com Alckmin ainda favorito em São Paulo, o PSB colocaria os dois pés no Palácio dos Bandeirantes, o que poderia abrir portas no Estado para a Prefeitura de Limeira. Isto, porém, exigirá que o governo Hadich reveja suas manifestações (ao menos publicamente) sobre o governo estadual.

Aliás, ao que tudo indica, pessebistas e petistas - unidos em Limeira - estarão em campos opostos na eleição de 2014 tanto no plano estadual quanto no federal. 

Será interessante ver se a administração municipal terá comportamento republicano, como se espera.

sexta-feira, 24 de maio de 2013 | | 0 comentários

Essa tal governabilidade...

A oposição costumeiramente critica – com razão - as nomeações meramente político-eleitorais no alto escalão do governo federal. Tudo em nome da campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

Chegou-se ao cúmulo de ter um ministro (Guilherme Afif Domingos) do PSD, recém-ingresso na base aliada, que ao mesmo tempo é vice-governador de São Paulo, estado governado pelo PSDB, principal sigla da oposição.

Ocorre que, como diz o ditado, “pau que bate em Chico, bate em Francisco”. O que se critica lá se pratica cá.

Pois o que faz, por exemplo, o PSDB em São Paulo? A imprensa noticiou esta semana um acordo entre o governador Geraldo Alckmin e o PRB do deputado federal Celso Russomanno. Em troca de apoio político à campanha da reeleição do tucano, um cargo no secretariado.

Russomanno disputou a eleição para governador em 2010 e foi um dos principais críticos de Alckmin na ocasião, com ataques ferozes, principalmente em relação aos pedágios (considerados “caros”) e à insegurança. Quatro anos depois, estará lá no palanque tucano, pregando a reeleição daquele a quem criticou. E, registre-se, após os dados da violência terem piorado.

São as nuvens da política brasileira, como já se tornou folclórico dizer - o que muitos, infelizmente, consideram normal.

Afinal, o que é e para que serve a tal “governabilidade”?

Já que é em nome dela que todo tipo de acordo é feito, desconfio que a dita cuja tem custado caro ao Brasil.

***

“O ingresso do PRB no governo tucano foi noticiado ontem pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo’.”

A frase acima saiu na “Folha de S. Paulo” de ontem (23/5). A isto se dá o nome de ética, transparência, respeito ao jornalismo e à concorrência.

Infelizmente, é fato raro...

sábado, 11 de maio de 2013 | | 0 comentários

Agora, Alckmin tem que falar!

Já usei este título neste blog para uma outra situação. Recorro a ele novamente em razão de recente discurso do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Durante evento de lançamento de um programa estadual, o tucano resolveu ter um acesso de sinceridade. Deixou de lado a demagogia típica dos políticos e falou o que todos os cidadãos sabemos - embora muitos prefiram ignorar. Disse textualmente:

"(O) povo não sabe de um décimo do que se passa contra ele. (...) Se não, ia faltar guilhotina para a Bastilha, para cortar a cabeça de tanta gente que explora esse sofrido povo brasileiro."

"O sujeito fica rico, bilionário, com fazenda, indústria, patrimônio e não acontece nada. E o coitado do honesto é execrado. É desolador. (...) A corrupção, o paraíso é o Judiciário. Todo mundo diz: 'Na hora que for para Justiça vai resolver'. Vai levar 20 anos."

Pois bem: agora que Alckmin resolveu ser sincero deveria fazer o serviço completo. Se sabe o que nós, povo, não sabemos (ou sabemos apenas um décimo), que fale!

A que exatamente ele se referia?

O povo tem o direito de saber!

Em tempo: questionado pela imprensa no evento, o governador não quis comentar as declarações.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011 | | 0 comentários

Alckmin, Kassab, Constância e a eleição de 2012

Ao ler o título desta postagem, você deve estar perguntando: o que tem a ver a eleição para a Prefeitura de São Paulo e a conquista de uma vaga de deputada pela primeira-dama de Limeira, Constância Félix (PDT)?

A resposta é: tudo!

A chamada “grande imprensa” tem noticiado nos últimos tempos as articulações de bastidores visando a eleição para a prefeitura paulistana em 2012. No campo da situação, as conversas giram em torno da manutenção da aliança PSDB-DEM que conquistou o poder há oito anos. Para tanto, há dois caminhos:

1) a candidatura do vice-governador Guilherme Afif Domingos, aliado de primeira hora do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, na fundação do PSD;

2) o racha da aliança e o lançamento de candidaturas próprias do PSD e PSDB.

No primeiro cenário, Afif seria cabeça de chapa e o PSDB indicaria o vice. A chapa teria apoio de Kassab e do governador Geraldo Alckmin (PSDB), mantendo a aliança. O grande problema é convencer o PSDB a abrir mão da disputa como cabeça da chapa. O tucanato tem quatro pré-candidatos e nenhum deles parece disposto a deixar o páreo em favor da aliança.

No segundo cenário, o PSD lançaria um candidato (Afif ou o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles) sem apoio dos tucanos. Neste caso, o PSDB entraria na disputa, o que exigiria a formação de um bom arco de alianças.

É neste momento que Constância pode se dar bem. Sabedor dos obstáculos internos que se apresentam, Alckmin está articulando para reforçar sua base aliada na Assembleia Legislativa e, consequentemente, a aliança eleitoral. Depois de atrair o PP de Paulo Maluf (a quem ofereceu o comando da CDHU, a companhia habitacional do Estado), o governador foca agora o PDT do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. Ambos já iniciaram as conversas, conforme relato recente do jornal “Folha de S. Paulo”.

Para contar com o apoio do PDT (o partido apoiou o PT na eleição de 2010 no Estado), Alckmin está disposto a oferecer um cargo no alto escalão. Ou seja, uma secretaria. Neste caso, é provável que um deputado estadual seja o escolhido. Isto abriria uma vaga na Assembleia para o primeiro suplente do partido, que vem a ser justamente Constância.

Não é à toa que o prefeito Silvio Félix (PDT) vem buscando, desde o início do ano, estreitar os laços com Alckmin após tecer duras críticas no ano passado ao “jeito PSDB de governar”, como este blog já mostrou (ver aqui).

Félix sabe que a vaga de Constância na Assembleia passa necessariamente pelo governador (ou pela disposição deste de “puxar” um deputado para o alto escalão do governo).

Independentemente do PSDB optar pelo cenário 1 ou 2, a aliança com o PDT segue em vista, já que a ideia inicial é reforçar o peso do partido para não ficar tão fraco nas negociações com o PSD.

Agora é esperar para ver como é que fica.

terça-feira, 5 de abril de 2011 | | 0 comentários

Limeira? Faltou...

Um evento ocorrido na manhã desta terça-feira é o exemplo mais vivo do esquecimento de Limeira junto às esferas políticas estaduais. Pela terceira vez este ano, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) esteve em Piracicaba. O objetivo foi lançar a obra do contorno da cidade, um novo anel viário com nove quilômetros de pistas duplas que vai custar R$ 78,1 milhões – dinheiro a ser investido pela concessionária Rodovias do Tietê.

Anel viário semelhante ao que Limeira luta há anos para tentar fazer com recursos próprios (o trecho da obra que teve um aporte de pouco mais de R$ 6 milhões do Estado está parado há meses...).


Durante a visita, o governador anunciou a abertura de licitação para a duplicação de 5,5 quilômetros da Rodovia SP-308, entre Piracicaba e Charqueada. O total a ser investido é de R$ 27,5 milhões, recursos dos cofres estaduais. Numa tacada só, mais de R$ 100 milhões de investimentos.


Muito disso se deve à instalação – com apoio do governo estadual – de uma unidade da montadora coreana Hyundai em Piracicaba (o anel viário dá acesso à futura fábrica).

 Nos discursos, deputados com base eleitoral em Piracicaba – como Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB, federal) e Roberto Morais (PPS, estadual) – destacaram o trabalho político de bastidores feito junto ao governo do Estado para garantir os investimentos. Trabalho reforçado pelo prefeito da cidade, Barjas Negri, expoente do PSDB paulista, ex-ministro da Saúde do governo Fernando Henrique Cardoso e ex-secretário de Habitação no governo Alckmin.


Limeira, como se sabe, há anos carece de representatividade na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional. Desde 1998, quando os então deputados Elza Tank (estadual) e Jurandyr Paixão Filho, o Jurinha (federal), deixaram seus postos, a cidade contou só com a presença recente do pastor Otoniel de Lima (PRB), deputado estadual entre 2007 e 2010 e agora federal.

Otoniel, registre-se, eleito muito mais por sua representatividade junto à igreja da qual faz parte do que pela cidade que o acolheu (onde teve 4.090 de um total de 95.971 votos, ou seja, apenas 4% da sua votação partiu de Limeira).

Não bastasse a falta de representatividade política, o diálogo entre Otoniel e o prefeito de Limeira, Silvio Félix (PDT), caminha mal. Aliás, é exagero falar em diálogo – o deputado reclamou publicamente de não ter sequer recebido um telefonema do prefeito após a conquista de uma vaga no Congresso.

Para se somar a estes problemas, Félix optou por confrontar o então candidato Alckmin e o tucanato estadual durante a campanha de 2010 (leia aqui). E, fechando a história, o prefeito de Limeira não esteve no evento desta terça em Piracicaba (ao contrário de outros prefeitos, que prestigiaram a visita do governador) e sequer enviou um representante.

Arrisco-me a dizer que Limeira era a única cidade da região sem representante de nenhum poder (Executivo ou Legislativo) nem de entidades. NENHUM!

O único limeirense no evento foi o presidente do diretório municipal do PSDB, José Vanderlei de Carvalho. De Iracemápolis, por exemplo, estavam o vice-prefeito Denílson Granso (PMDB) e o vereador Cláudio Cosenza Filho (PSDB).

Deste jeito, não dá para Limeira reclamar da falta de prestígio. Afinal, para o governador, a cidade sequer “existiu” em sua visita.

Alckmin, aliás, rasgou elogios à cidade anfitriã. “Sou pindamonhangabense, mas apaixonado por Piracicaba. Tem cidade mais bonita do que Piracicaba?”. E, no encerramento do discurso, emendou: “Agora só falta o XV (de Piracicaba, tradicional time local) subir!”. Recebeu aplausos.


Em tempo 1: como chefe do Executivo e defensor dos interesses da cidade, Félix deveria deixar o estrelismo de lado e participar da recepção ao governador. Ou ele acha que sua atitude prepotente vai dar resultado para a cidade?

Em tempo 2: a obra do contorno de Piracicaba deve gerar dois mil empregos entre diretos e indiretos.

PS: a foto abaixo é para mostrar como a vida de jornalista é fácil...

quarta-feira, 5 de maio de 2010 | | 0 comentários

Félix decide pisar em ovos

O prefeito Silvio Félix (PDT) mudou. Decidiu pisar em ovos. Da neutralidade nas eleições de 2006, ele agora optou pelo engajamento. E pode pagar caro por isso – justamente em razão daquilo que critica.

Até agora, o pedetista vinha tentando tirar de letra a acirrada disputa eleitoral que se desenha para este ano. Navegou com tranquilidade e habilidade na onda lulista ao receber com pompa, em 23 de janeiro, a então ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, pré-candidata à presidência pelo PT (leia aqui). Na ocasião, houve troca de elogios entre ambos. Félix ainda rasgou elogios ao relacionamento do governo Lula com os prefeitos. Disse que antes, de Brasília só se recebiam fotos. Hoje, obtêm-se verbas.

Menos de um mês depois, o mesmo Félix que rasgou elogios ao governo do PT recebeu o então governador José Serra, pré-candidato do PSDB à presidência e o mais ferrenho adversário de Dilma. Foi na inauguração do Ambulatório Médico de Especialidades (AME), um investimento de quase R$ 10 milhões anuais do Estado na cidade. E Félix navegou na onda tucana, com a mesma habilidade.

Pois os tempos mudaram. O prefeito compareceu ao lançamento da pré-candidatura do senador petista Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo. E criticou o governo do PSDB no Estado. Ao menos é o que indica o site do PT. “O que tenho visto é que o governo Lula mudou muito a relação com os prefeitos e com os municípios, na distribuição de verbas do PAC, no atendimento e no respeito aos Prefeitos. Sonho com um governo no Estado que tenha a mesma postura republicana”, disse Félix (leia aqui).

Em tempo: uma interessante análise sobre esta declaração foi feita pelo jornalista Rafael Sereno no blog “O Informante” (clique aqui).

Não há nenhum problema em Félix declarar apoio publicamente a Mercadante – até porque o PDT é da base aliada do governo Lula e, como este blog já informou, os petistas de lá (do governo federal) já enquadraram os de cá (de Limeira) por causa da postura oposionista de seus membros em relação ao governo pedetista municipal (leia aqui).

A questão é que Félix tem mais três anos de mandato e tudo indica que o PSDB vai faturar mais uma eleição no Estado (o ex-governador e pré-candidato do partido, Geraldo Alckmin, lidera com muita folga as pesquisas de intenção de voto). Se as previsões se confirmarem nas urnas, a dúvida é: estará abalada a relação do governo estadual tucano com a prefeitura de Limeira? Félix conseguirá recuperar o espaço provavelmente perdido com não apenas o apoio à candidatura de Mercadante, mas também – e principalmente – à crítica ao modo tucano de governar o Estado?

Só o tempo dará a resposta.

O fato é que Félix colocou a mão na cumbuca. E isso pode custar caro.

Em tempo: pré-candidata a deputado estadual pelo mesmo PDT, a primeira-dama Constância Félix foi questionada por mim sobre sua postura política, caso eleita, num eventual governo Alckmin. A resposta pode ser vista aqui. Só para registrar: a resposta foi dada antes da manifestação de Félix.