Para quem não entende os motivos do propalado rombo da Previdência Social, leia o trecho a seguir de uma entrevista dada pelo ministro Garibaldi Alves Filho ao jornal “O Estado de S. Paulo” no último dia 3 de abril.
“Há uma grave distorção (entre a previdência do servidor público e a da iniciativa privada) e o País perdeu a capacidade, às vezes, de se indignar. Os servidores não chegam a 1 milhão de pessoas e a necessidade de financiamento é de R$ 52 bilhões. Por outro lado, a outra Previdência (INSS) tem necessidade R$ 42 bilhões para beneficiar 24 milhões de pessoas. Não responsabilizo os servidores. Para mim, está muito claro que as vantagens atribuídas aos servidores no curso de suas carreiras, como as incorporações de vencimentos, acabaram gerando essa distorção. É essa despesa que o País não pode continuar a pagar. Por isso existe o projeto criando um fundo de pensão para os servidores. Hoje os servidores não têm teto de aposentadoria (no INSS é de R$ 3.689).”
O que o ministro chama de “grave distorção” é, via de regra, privilégio. Basta reparar que os servidores não têm, ao contrário dos demais trabalhadores, um teto para a aposentadoria.
E eu ainda achava que, conforme o artigo 5° da Constituição Brasileira, “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”.
* Para ler a íntegra da entrevista, clique aqui.
terça-feira, 5 de abril de 2011 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:08 | 0 comentários
Trabalhadores e trabalhadores...
Marcadores: aposentadoria, previdência
terça-feira, 18 de maio de 2010 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 22:59 | 0 comentários
A bomba brasileira
O desenvolvimento brasileiro, fruto dos avanços dos últimos 15 anos, está se refletindo em setores diversos, da economia à saúde, da educação à demografia. Enquanto cai a taxa de natalidade, cresce a expectativa de vida. Ou seja: a população jovem cresce menos e a terceira idade se expande. A pirâmide etária brasileira, que eu aprendi no Ensino Médio, já está virando um barril.


A questão foi tema de entrevista dada por Giambiagi à "Folha de S. Paulo", publicada segunda-feira (17/5). "A essência do problema é essa progressiva mudança demográfica. No ano 2000, o número de pessoas com 60 anos ou mais era de 14 milhões de pessoas, enquanto o número de jovens, entre zero e 14 anos, era de 51 milhões. O perfil apontado pelo IBGE para 2050 é que a população jovem irá diminuir em termos absolutos de 51 para 28 milhões de pessoas. Já a população idosa de 60 anos ou mais vai aumentar de 14 para 64 milhões. Em 2050 teremos mais de três vezes o número de idosos, em termos absolutos, por população economicamente ativa do que hoje. Esse é o desafio", citou (clique aqui para ler).
Na mesma entrevista, Tafner deu uma dimensão do problema:
* A imagem da pirâmide foi retirada do blog "dia a dia, bit a bit", de Silvio Meira.
Marcadores: análise, futuro, previdência, sociedade