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quarta-feira, 3 de outubro de 2012 | | 0 comentários

O jornal

O jornal - aquele relatório diário da estupidez e da genialidade da espécie - nunca antes deixara de sair. Agora, sumira do mapa.
Tom Rachman, "Os imperfeccionistas" (p. 377)

segunda-feira, 1 de outubro de 2012 | | 0 comentários

A autocrítica

(...) Pelo visto, tenho algum parafuso a menos. Falta algum cromossomo. O gene da inteligência. Sou defeituoso. Então, pergunto o seguinte, Schop: posso ser considerado culpado pelos meus defeitos? Sabe, minhas falhas são culpa minha?
Tom Rachman, "Os imperfeccionistas" (p.363)

sábado, 29 de setembro de 2012 | | 0 comentários

A traição

Não pode subir. É possível que seu quarto esteja ocupado. (...) O remetente alega que Annika vem transando com outro cara enquanto Craig está no trabalho. (...) 'Quando você vai dormir à noite, o lençol está manchado pelo esperma dele', diz a mensagem.
Tom Rachman, "Os imperfeccionistas" (p. 267)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012 | | 0 comentários

A profissão

- (...) Mas o jornalismo parecia uma profissão de macho alfa.
- O jornalismo consiste em um bando de idiotas fingindo ser machos alfas – comenta ela. (...)
- Estou farta da pirataria das agências de notícias – explica ela. – Seria bom desgrudar o ouvido do telefone e sair para fazer reportagens de vez em quando.
Tom Rachman, “Os imperfeccionistas” (p. 216)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012 | | 0 comentários

O ser humano

- (...) Mas será que você não está sendo meio ingênuo? Sabe, afirmando que não quer nada das pessoas? Que não tem um motivo oculto? Todos têm um. Mostre a pessoa e as circunstâncias e eu indicarei o motivo. Até os santos têm: para se sentir mais santos, na certa.
- Um pensamento bastante cínico.
- Realista.
- É o que os cínicos sempre dizem. (...)
Tom Rachman, “Os imperfeccionistas” (p. 166)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012 | | 0 comentários

Os amigos

- Você não era meu inquilino, era meu amigo. Não me devia nada.
Jimmy sorri.
- Você tem um ponto de vista maluco em certos aspectos, Sr. Herman Cohen.
(...)
Enquanto Herman o escuta, visualiza essa vida do amigo acabado. Ao contrário do que sempre acreditou, os dois não são gradações do mesmo homem, ele a versão medíocre, o amigo, a superlativa. São pessoas totalmente diferentes (...).
Os dois se despedem antes de Jimmy passar pela segurança, e Herman se dirige à saída, mas para em frente às portas automáticas. Talvez Jimmy precise dele para algo. E se houver um problema?
Tom Rachman, em “Os imperfeccionistas” (p. 137)

domingo, 16 de setembro de 2012 | | 0 comentários

Reflexão

O que realmente temo é o tempo. (...) Ele é o verdadeiro demônio: fustiga-nos quando preferíamos ficar à toa, levando o presente a passar a toda velocidade, impossível de ser contido, e quando se vê, tudo se torna passado, um passado que não se aquieta, que flui, formando histórias espúrias. Meu passado... não parece nem um pouco real. A pessoa que o vivenciou não fui eu. É como se o meu eu atual estivesse sempre se dissolvendo. Tem aquela frase de Heráclito: “Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio, pois as águas já não são as mesmas, nem a pessoa”. Está certíssima. Gostamos dessa ilusão de continuidade e a chamamos de lembrança. O que explica, talvez, por que nosso maior temor não é o fim da vida, mas o fim das lembranças.
Gerda Erzberger, personagem de “Os imperfeccionistas”, livro de Tom Rachman (altamente recomendável, principalmente para jornalistas)