O jornal - aquele relatório diário da estupidez e da genialidade da espécie - nunca antes deixara de sair. Agora, sumira do mapa.
Tom Rachman, "Os imperfeccionistas" (p. 377)
quarta-feira, 3 de outubro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 06:18 | 0 comentários
O jornal
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segunda-feira, 1 de outubro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 23:53 | 0 comentários
A autocrítica
(...) Pelo visto, tenho algum parafuso a menos. Falta algum cromossomo. O gene da inteligência. Sou defeituoso. Então, pergunto o seguinte, Schop: posso ser considerado culpado pelos meus defeitos? Sabe, minhas falhas são culpa minha?
Tom Rachman, "Os imperfeccionistas" (p.363)
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sábado, 29 de setembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 16:30 | 0 comentários
A traição
Não pode subir. É possível que seu quarto esteja ocupado. (...) O remetente alega que Annika vem transando com outro cara enquanto Craig está no trabalho. (...) 'Quando você vai dormir à noite, o lençol está manchado pelo esperma dele', diz a mensagem.
Tom Rachman, "Os imperfeccionistas" (p. 267)
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quinta-feira, 27 de setembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 22:32 | 0 comentários
A profissão
- (...) Mas o jornalismo parecia uma profissão de macho
alfa.
- O jornalismo consiste em um bando de idiotas fingindo ser
machos alfas – comenta ela. (...)
- Estou farta da pirataria das agências de notícias –
explica ela. – Seria bom desgrudar o ouvido do telefone e sair para fazer
reportagens de vez em quando.
Tom Rachman, “Os imperfeccionistas” (p. 216)
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quarta-feira, 26 de setembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:19 | 0 comentários
O ser humano
- (...) Mas será que você não está sendo meio ingênuo? Sabe,
afirmando que não quer nada das pessoas? Que não tem um motivo oculto? Todos
têm um. Mostre a pessoa e as circunstâncias e eu indicarei o motivo. Até os
santos têm: para se sentir mais santos, na certa.
- Um pensamento bastante cínico.
- Realista.
- É o que os cínicos sempre dizem. (...)
Tom Rachman, “Os imperfeccionistas” (p. 166)
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segunda-feira, 24 de setembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 13:16 | 0 comentários
Os amigos
- Você não
era meu inquilino, era meu amigo. Não me devia nada.
Jimmy sorri.
- Você tem
um ponto de vista maluco em certos aspectos, Sr. Herman Cohen.
(...)
Enquanto
Herman o escuta, visualiza essa vida do amigo acabado. Ao contrário do que
sempre acreditou, os dois não são gradações do mesmo homem, ele a versão medíocre,
o amigo, a superlativa. São pessoas totalmente diferentes (...).
Os dois se despedem
antes de Jimmy passar pela segurança, e Herman se dirige à saída, mas para em
frente às portas automáticas. Talvez Jimmy precise dele para algo. E se houver
um problema?
Tom Rachman,
em “Os imperfeccionistas” (p. 137)
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domingo, 16 de setembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 22:15 | 0 comentários
Reflexão
O que realmente temo é o
tempo. (...) Ele é o verdadeiro demônio: fustiga-nos quando preferíamos ficar à
toa, levando o presente a passar a toda velocidade, impossível de ser contido,
e quando se vê, tudo se torna passado, um passado que não se aquieta, que flui,
formando histórias espúrias. Meu passado... não parece nem um pouco real. A
pessoa que o vivenciou não fui eu. É como se o meu eu atual estivesse sempre se
dissolvendo. Tem aquela frase de Heráclito: “Ninguém se banha duas vezes no
mesmo rio, pois as águas já não são as mesmas, nem a pessoa”. Está certíssima.
Gostamos dessa ilusão de continuidade e a chamamos de lembrança. O que explica,
talvez, por que nosso maior temor não é o fim da vida, mas o fim das
lembranças.
Gerda Erzberger, personagem
de “Os imperfeccionistas”, livro de Tom Rachman (altamente recomendável,
principalmente para jornalistas)
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