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sexta-feira, 10 de abril de 2015 | | 0 comentários

Frases

“Não acho que os protestos sejam coisa de ‘coxinha’ ou da mídia. Já existia mídia no governo Lula e ele tinha 85% de aprovação.”
Cândido Vaccarezza, ex-deputado federal pelo PT-SP

“Porém, a sociedade não aceita sacrifício algum, até porque na campanha eleitoral do ano passado a maioria que votou em Dilma entendeu que não haveria sacrifício algum, caso ela fosse eleita.
Eduardo Guimarães, em artigo no "Blog da Cidadania", postado em 2/4/15

quinta-feira, 19 de março de 2015 | | 0 comentários

Só para constar

No momento em que o Brasil celebra 30 anos de vida democrática, com a posse do primeiro presidente civil após duas décadas de ditadura miliar, faço um registro histórico necessário:

- o PT boicotou a eleição de Tancredo Neves, caminho de conciliação possível para a volta da democracia ao país e ameaçou até punir três deputados que votaram a favor de Tancredo na eleição indireta do Colégio Eleitoral (os três deixaram o partido para evitar a punição);

- o PT não aceitou votar a favor da nova Constituição de 1988;

- o PT não aceitou votar a favor do projeto que criou o Plano Real;

- o PT não aceitou votar a favor da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que significou um marco no combate ao descalabro das contas públicas no país (o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, chegou a fazer um "mea culpa" a respeito quando já estava no governo).

Não farei comentários. A história se encarrega disso.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015 | | 0 comentários

O dia em que a República caiu (não caiu?)

A impressão ao ver o noticiário sobre a Operação Lava Jato, cuja nova fase ganhou o sugestivo nome de “My Way”, foi a de que a República cairia. E o PT, se possível fosse, acabaria (porque, para mim, o partido que um dia admirei morreu faz tempo).

Se o tesoureiro petista João Vaccari Neto estava tão interessado em esclarecer as “infundadas acusações” que vêm sendo feitas contra ele (não pela “imprensa golpista” nem pelo “pretenso golpista juiz Sérgio Moro”, conforme blogs vermelhos, e sim por executivos em processos de delação colhidos pela Polícia Federal e Ministério Público), uma dúvida: por que se recusou a abrir a porta de sua casa para a PF? 

Se tanto queria esclarecer os fatos, por que precisou de um mandado coercitivo para ser levado a depor?

Quem não deve, não teme – diz o velho ditado.

Ditados, porém, não podem nem devem servir como indício de culpa. A todos os acusados, o benefício (legal, ademais) da dúvida e o princípio da inocência.

Mas que está cada vez mais complicado, está.

* Leia também:

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015 | | 0 comentários

Frase

“O descenso moral do PT não é um espetáculo bonito, mas é didático.
Hélio Schwartsman, filósofo, em coluna na “Folha de S. Paulo”

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014 | | 0 comentários

Estelionato eleitoral petista chega à educação em SP

Não só em nível federal que o PT pratica estelionato eleitoral. Agora é a vez de São Paulo. Após passar várias campanhas (inclusive a mais recente, para o governo do Estado) com seus candidatos atacando a aprovação automática na rede estadual, a prefeitura da capital – liderada pelo petista Fernando Haddad – anunciou justamente a aprovação de alunos que não conseguiram nota suficiente para passar de ano. Em ouyras palavras, aprovação automática.

Faça o que eu digo, não faça o que eu faço... Ou: ouça o que eu digo, mas não repare no que eu faço... Ou: critico o que tu fazes, digo que não faço, mas faço.

E quando eu digo que são todos farinha do mesmo saco...

terça-feira, 2 de dezembro de 2014 | | 0 comentários

O fim ou a salvação do PT

Encontrei dia desses um conhecido economista, da lista dos "bã-bã-bãs" que sempre aparecem na mídia, e comentei que a indicação de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda representaria, a média prazo, o fim do PT.

Obviamente, não uma extinção de direito, mas de fato - fruto do "estelionato" eleitoral decorrente da guinada definitiva à direita, em direção oposta à origem das bandeiras petistas.

A resposta que ouvi desse economista é bastante interessante e vai no sentido oposto: "O Joaquim Levy vai salvar o PT!".

Tendo a achar que os dois movimentos não são excludentes.

É esperar para ver...

sexta-feira, 28 de novembro de 2014 | | 0 comentários

Vem aí o governo tucano de Dilma!

De Armínio Fraga - ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso e principal aliado para a área econômica do candidato derrotado do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves, durante a campanha eleitoral: “Para os salários continuarem a crescer, os programas sociais continuarem a crescer, é preciso que a economia cresça”.

De Joaquim Levy – ex-secretário do Tesouro no governo Lula e futuro ministro da Fazenda do segundo governo Dilma Rousseff ao ser anunciado no cargo: "Se a gente não tiver crescimento, (...) é sempre mais difícil fazer qualquer política pública".

Armínio Fraga defendia a redução do papel dos bancos públicos.

Joaquim Levy disse que irá acabar com os repasses de recursos do Tesouro para os bancos públicos, iniciados no governo Lula e estendidos por Dilma.

Que me perdoem os petistas apaixonados, a esquerda sem capacidade de raciocínio e que abre mão de suas convicções e aqueles que acusam qualquer opinião contrária de ser neoliberal, tucana, da mídia golpista ou algo do gênero, mas ao ver os primeiros passos do segundo mandato de Dilma e comparar com a recém-encerrada campanha eleitoral, não há outra classificação a fazer senão “estelionato”.

Dilma deveria, por ofício, pedir desculpas aos seus eleitores e à nação. Não pelo que faz agora, que são passos necessários e aparentemente acertados, mas pelo que pregou na campanha e pelos ataques que fez – justamente a medidas que ela agora adota.

Como Dilma e o PT não tem humildade suficiente para pedir desculpas, nem o jogo político permite tal cena, os eleitores dela deveriam assumir este papel. Um mea-culpa já bastaria.

Fica, como registram algums colunistas, um sentimento estranho de se sentir enganado, mas ao mesmo tempo de saber que ela dá alguns sinais de que fará o que de fato precisa ser feito. O que Aécio chamou na campanha de “medidas impopulares” e que Dilma tanto criticou – e agora faz.

E olha quem nem falei do aumento dos combustíveis (também necessário) e da nomeação de Kátia Abreu para a Agricultura...

Leia também:

- Que ministério é este, Dilma?

domingo, 23 de novembro de 2014 | | 0 comentários

Que ministério é este, Dilma?

Brincadeira ouvida na última sexta-feira (21/11): o senador Aécio Neves (PSDB-MG) jogou no lixo o rascunho do ministério que pretendia montar caso vencesse as eleições presidenciais. Reeleita, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi lá, pegou o rascunho para fuçar – e gostou do que viu...

Claro que a brincadeira carrega uma gigante dose de ironia, mas o que dizer de um ministério supostamente de esquerda (ou de centro-esquerda, como queira) com a senadora Kátia Abreu (PMDB-GO), representante maior do agronegócio, à frente do Ministério da Agricultura e com Joaquim Levy, provável ex-Bradesco e ex-secretário da área econômica nos governos Fernando Henrique Cardoso, na Fazenda?

Nem Aécio faria melhor...

“O primeiro movimento para o novo governo parece feito em marcha a ré”, registrou Janio de Freitas em coluna na “Folha de S. Paulo”. Para o jornalista Clóvis Rossi, também em artigo na “Folha”, trata-se de um “estelionato eleitoral”.

Em tempo: quando escrevo esta postagem, a imprensa já noticia reações contra a possível indicação de Kátia Abreu e pressões sobre a presidente Dilma para rever a escolha.

PS (acrescentado em 25/11): para reforçar o que escrevi, o jornalista Ricardo Melo (que aparenta nutrir certo apreço pelo petismo) sentenciou em recente coluna na "Folha":
(...) A política de agradar a Deus e ao Diabo encontra seus limites no sistema capitalista - embora no Brasil nem tarefas democráticas básicas, como a reforma agrária, ainda tenham sido cumpridas. 
 Mesmo com todas estas condicionantes, o triunvirato econômico que se dá como fechado para o próximo governo extrapola os limites da moderação. Na fase final da campanha, Dilma Rousseff abraçou o slogan de governo novo, ideias novas. Nada mais velho e cheirando a mofo do que os nomes aparentemente indicados para o núcleo duro da economia. (...)

Outro jornalista, Valdo Cruz, também em artigo na "Folha", acrescenta duas observações importantes:
(...) Total incoerência com o discurso eleitoral, daí a tristeza no mundo petista. Pior, porém, seria insistir nos erros que estavam levando o país a um quadro de estagflação. 
Agora, depois dos bons sinais na escolha da nova equipe, é preciso saber como Dilma Rousseff exercerá seu papel de árbitra da economia.

A última observação só o tempo irá responder...

PS (acrescentado em 28/11): a menção a Marina Silva existente nesta postagem, agora eliminada, estava incorreta. Ao contrário do que foi mencionado, ela nunca ocupou o ministério da Agricultura no governo Lula, e sim o do Meio Ambiente.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014 | | 0 comentários

Era Dilma 2: futuro incerto

O prognóstico foi feito neste blog um dia antes do segundo turno.

Com menos de um mês pós-eleição, ele começa a se desenhar.

No campo econômico, a reeleita Dilma Rousseff (PT) enfrenta um desafio sem tamanho: em uma semana ela viu sua equipe adotar medidas duras que atribuía ao adversário, como o aumento dos juros e do preço dos combustíveis, sem contar a manobra para esconder o rombo nas contas públicas.

Considere-se ainda um ministro da Fazenda demitido há dois meses, em plena campanha, mas que segue no cargo. E um futuro ministro que mostra-se cada vez mais incerto, já que as sondagens presidenciais não têm encontrado eco diante do pouco espaço que o caráter de Dilma costuma conferir aos seus auxiliares.

Some-se ainda a artilharia da senadora petista Marta Suplicy, que deixou o Ministério da Cultura criticando a política econômica de Dilma e a falta de credibilidade do governo.

Na política, a presidente enfrenta desafios tão ou mais delicados. Na Câmara Federal, vê seu inimigo Eduardo Cunha (RJ), do “aliado” PMDB, assumir a dianteira na disputa pela presidência da Casa.

No ministério, críticas públicas de Marta e do secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho – ambos lulistas de carteirinha.

A esquerda petista (sim, ainda existe esquerda no PT) também fez uma cobrança pública em carta aberta a Dilma, Lula e ao comando do partido:

Vencemos a batalha eleitoral pela reeleição da presidência da república, mas é evidente que as massas trabalhadoras e a juventude sancionaram severamente nosso partido nas urnas. (...) 
 Apesar de todos os erros do nosso partido e do Governo, a classe trabalhadora deu mais uma chance ao PT. Mas, um partido que ganha a eleição e perde nos centros políticos e econômicos do país está fadado ao fracasso. Para reverter este processo é preciso parar com a agitação sobre uma suposta constituinte e reforma política, que é uma forma de contornar os problemas concretos atuais e remeter sua resolução para um futuro nebuloso, e finalmente não levará a nada. Sem esperar mais, já, imediatamente, é preciso retomar a iniciativa política governando para as massas e atendendo às suas reivindicações (...).

A fatura eleitoral começa a ser cobrada (vem aí Gilberto Kassab como ministro...).

E tem ainda o escândalo da Petrobras a rondar o Planalto.

O que vai ser daqui pra frente é incerto, daí ser prematura qualquer previsão a respeito do futuro de Dilma.

Um fato, porém, é inegável: nenhum presidente (nem Fernando Collor) assumiu o mandato num clima tão desfavorável como Dilma fará a partir de 1° de janeiro.

***

Conforme a carruagem andar, a reeleição de Dilma poderá decretar o fim do PT. Se não oficialmente, ao menos em razão do desempenho nas urnas - hipótese apresentada pelo jornalista Igor Gielow em coluna na “Folha de S. Paulo”:

(...) O escândalo da Petrobras ameaça a todos, mas só um partido corre risco existencial com ele: o PT. 
 Em seus governos, o partido colocou a estatal no topo da agenda; fez controle inflacionário ao represar reajustes de combustível, enquanto Lula embebia as mãos com petróleo, à Getúlio. Para cada descoberta no pré-sal, contudo, parece ter havido uma contrapartida obscura. 
 PMDB, PP e outros estão citados, mas o PT tinha o leme. Depois de sobreviver ao mensalão e sofrer derrotas apesar de reeleger Dilma, o que sobrará do partido se o que se insinua na Lava Jato for comprovado?

Leia também:

terça-feira, 11 de novembro de 2014 | | 0 comentários

A carta de Marta: o que disse uma petista

Trecho da carta de demissão da agora ex-ministra Marta Suplicy, do PT:

(...) Todos nós, brasileiros, desejamos, neste momento, que a senhora seja iluminada ao escolher sua nova equipe de trabalho, a começar por uma equipe econômica independente, experiente e comprovada, que resgate a confiança e credibilidade ao seu governo e que, acima de tudo, esteja comprometida com uma nova agenda de estabilidade e crescimento para o nosso país. Isto é o que hoje o Brasil, ansiosamente, aguarda e espera. (...)

(...) O que Marta escreveu, com outras palavras, foi o seguinte: o governo perdeu a credibilidade e não tem agenda. Comprometeu a estabilidade da moeda e o crescimento da economia. A recuperação depende da qualidade do ministério que está por vir, especialmente da equipe econômica.

Considerando-se a forma, Marta não quis fazer de sua saída um ato administrativo. Ela converteu o trivial num ato político. (...)

Fonte: Josias de Souza, "Marta saiu como navio que abandonou os ratos", Blog do Josias/UOL, postado em 11/11/14.

Se tivessem sido ditas por Aécio Neves, o candidato tucano derrotado por Dilma Rousseff em outubro, as palavras de Marta não soariam estranhas. Tendo sido dita por uma petista de carteirinha, da ala pró-Lula e até então ministra de Estado, são um canhão na já arranhada credibilidade do governo.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014 | | 0 comentários

Nós (quem?) x eles (quem?)

O maior mal que o PT fez ao Brasil ao longo dos últimos anos não foi exatamente o enorme grau de corrupção (porque isto, infelizmente, ocorre em praticamente todos os governos). Tampouco foi o gigantesco aparelhamento da máquina pública e o silêncio financiado de sindicatos e entidades que outrora gritavam por justiça e ética.

O principal estrago da passagem do PT pelo governo foi, como escreveu recentemente o jornalista Fernando Rodrigues na “Folha de S. Paulo”, o “clima de país partido”. “Na narrativa petista, o Brasil hoje se divide entre ricos contra pobres, regiões Norte e Nordeste contra as demais.”

Uma divisão acentuada este ano com “o discurso do medo, o estímulo ao ódio e ao combate em áreas nas quais seria melhor buscar convergências”.

Um eterno clima de Fla x Flu...

quarta-feira, 10 de setembro de 2014 | | 1 comentários

A mentira petista (mais uma)

O que mais me dá orgulho em minha profissão é ter a exata consciência de que a informação é a principal arma de qualquer cidadão contra abusos - do mercado, de autoridades, etc.

Basta, por exemplo, um pouco de informação para saber que o PT age de modo mentiroso e leviano quando tenta imputar em Marina Silva (PSB) a "pecha" de candidata dos banqueiros.

Vamos a algumas poucas razões:

1) é fato histórico que os maiores lucros dos bancos em toda a história ocorreram exatamente no ciclo petista de poder (2003-2014);

2) o presidente do Banco Central do governo Lula foi ninguém menos do que Henrique Meirelles, oriundo justamente do mercado financeiro (ex-BankBoston);

3) o governo Lula não tomou medida alguma que desfavorecesse os bancos ou o mercado de capitais, ao contrário: manteve a política ortodoxa que tanto criticava no governo Fernando Henrique Cardoso;

4) até a segunda prestação de contas, os bancos e suas empresas deram à candidatura Dilma Rousseff (PT) nada menos do que R$ 9,5 milhões, mais que o dobro do valor doado a Marina (R$ 4,5 milhões).

Fatos à parte, não é verdade que a eventual autonomia (ou independência) do Banco Central afetará a política de definição dos salários (mínimo incluído). Esta prerrogativa é exclusiva do governo e pode, como nos últimos anos, estar embasada em lei fixada pelo Congresso.

Não defendo a candidatura de Marina ou a autonomia do BC, não sou especialista para dizer que tal medida seria benéfica ou não. Tampouco sou opositor ferrenho do governo Dilma (embora, por princípio, seja de qualquer governo). 

Sou apenas radicalmente contra armadilhas que visam ludibriar a opinião pública (e o PT, como outros governos, virou mestre nisso).

Informação, brasileiro, informação... Basta informação - chega de acreditar na marquetagem dos programas eleitorais!

* Leia também:

- Desconstruindo Marina

- PT faz justiça ao 'PIG' (acrescentado em 17/9)

segunda-feira, 8 de setembro de 2014 | | 0 comentários

Só para registrar

O PT faz hoje a mesma propaganda do medo da qual foi vítima em eleições passadas e contra a qual saiu vitorioso em 2002, empurrado pelo slogan de que "a esperança vai vencer o medo".

E o PT faz hoje exatamente o que sofreu e criticou no passado porque virou, desde que chegou ao poder, um partido igual a todos os outros.

Um partido sem escrúpulos, abjeto, que faz tudo pelo poder e a quem tudo vale em razão do poder.

Como já decretei neste blog que o PT que eu conhecia morreu em 19/8/2009, não me surpreende que a tática do marqueteiro João Santana na atual campanha eleitoral leve exatamente ao mesmo lamaçal de outrora. O lamaçal dos partidos sem escrúpulos.

quarta-feira, 9 de julho de 2014 | | 1 comentários

PT do discurso e da prática

Disse o vice-presidente do PT, Alberto Cantalice, a respeito da histórica derrota da Seleção Brasileira para a Alemanha por 7 a 1 na semifinal da Copa 2014, segundo a "Folha de S. Paulo": "Enquanto máfias continuarem a comandar o futebol brasileiro, tanto os grandes clubes como a seleção ficarão nesta merda!".

Máfias, diga-se de passagem, que receberam todo o carinho, apoio e endosso do governo e da pessoa do sr. Luiz Inácio Lula da Silva, o dono do PT...

segunda-feira, 30 de junho de 2014 | | 0 comentários

O PT de hoje

Deu na "Folha de S. Paulo":

Em Alagoas, só um petista se animou disputar cadeira de deputado. Por decisão de Lula, o partido apoiará Renan Filho (PMDB) ao governo e Fernando Collor ao Senado (PTB).

Que fase! E depois os petistas querem dizer o quê?

Quem te viu, quem te vê, PT... Pensar que um dia Luís Inácio falou...

***

Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
São trezentos picaretas com anel de doutor
Eles ficaram ofendidos com a afirmação
Que reflete na verdade o sentimento da nação
É lobby, é conchavo, é propina e jeton
Variações do mesmo tema sem sair do tom
Brasília é uma ilha, eu falo porque eu sei
Uma cidade que fabrica sua própria lei
Aonde se vive mais ou menos como na Disneylândia
Se essa palhaçada fosse na Cinelândia
Ia juntar muita gente pra pegar na saída
Pra fazer justiça uma vez na vida
Eu me vali deste discurso panfletário
Mas a minha burrice faz aniversário
Ao permitir que num país como o Brasil
Ainda se obrigue a votar por qualquer trocado
Por um par se sapatos, um saco de farinha
A nossa imensa massa de iletrados
Parabéns, coronéis, vocês venceram outra vez
O congresso continua a serviço de vocês
Papai, quando eu crescer, eu quero ser anão
Pra roubar, renunciar, voltar na próxima eleição
Se eu fosse dizer nomes, a canção era pequena
João Alves, Genebaldo, Humberto Lucena
De exemplo em exemplo aprendemos a lição
Ladrão que ajuda ladrão ainda recebe concessão
De rádio FM e de televisão
Rádio FM e televisão
("Luís Inácio [300 Picaretas]", de Herbert Vianna)

sexta-feira, 16 de maio de 2014 | | 0 comentários

Lula, o ardiloso (ou "#calaabocalula)

É insuperável a capacidade do ex-presidente Lula de falar besteiras.

E não pense que isto se deve à ignorância. Lula é mais esperto (no sentido positivo e negativo) do que sonha nossa vã filosofia. Cada palavra que sai de sua boca é medida milionésimos de segundo antes a fim de produzir um efeito estritamente pensado e calculado para beneficiá-lo.

Foi sempre assim, desde que Lula é Lula.

O ex-presidente acredita na tese - e a pratica - de que uma mentira repetida mil vezes pode virar uma verdade. Sabe que tem carisma para esta alquimia.

Vamos aos fatos:

1 – Em entrevista ao jornal baiano “A Tarde”, Lula disse o seguinte: "O que eu acho estranho é que toda a época de eleição aparece alguém com uma denúncia contra a Petrobrás, que desaparece logo depois das eleições”.

Basta alguém confrontar o ex-presidente com a verdade indiscutível de que as denúncias partiram de investigações feitas pela POLÍCIA FEDERAL, comandada pelo governo da ex-ministra-poste Dilma Rousseff. Caíram, portanto, no colo da oposição (que, por si só, em 12 anos, nunca teve capacidade de produzir estragos ao governo).

2 – Lula citou em artigo no jornal espanhol “El País” que a Copa no Brasil virou "objeto de feroz luta política eleitoral". Escreveu: "À medida que se aproxima a eleição presidencial de outubro, os ataques ao evento tornam-se cada vez mais sectários e irracionais".

Mais uma vez, a oposição não seria capaz, por si só, de usar a Copa contra o “status quo” político. A oposição é ineficiente, incapaz e burra.

Ao dizer o que disse, Lula simplesmente ignora o sentimento de grande parte (não digo de todos) dos brasileiros. Basta sair às ruas e ouvir as vozes clamando quase que como num deserto.

Irracional, portanto, é o ex-presidente.

Ou somos todos nós...

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sábado, 3 de maio de 2014 | | 0 comentários

"O PT cometeu um erro", disse Lula (em 2005)

O ex-presidente Lula disse recentemente, em entrevista a um jornal português, que “o tempo vai se encarregar de provar que o mensalão teve 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica".

Como o Brasil é um país sem memória, não custa dar uma forcinha ao próprio Lula e relembrar o que ele disse numa entrevista à TV Globo em 2005 a respeito do mesmo mensalão:

“São erros! E tanto é que foram punidos. O Genoíno saiu da presidência do PT, o Silvinho não está mais no PT, e o José Dirceu perdeu o mandato. O Delúbio saiu do PT”.

Mais: “o PT cometeu um erro que é de uma gravidade incomensurável! Todo mundo sabe – e sabe o PT hoje, e sabe quem cometeu os erros – que o PT cometeu um erro que será de difícil reparação pelo próprio PT. O PT vai sangrar muito para poder se colocar diante da sociedade outra vez, com uma credibilidade que ele conquistou ao longo de 20 anos”.

Para ver e ler a íntegra da entrevista, é só clicar aqui.

Felizmente, a tecnologia está aí para lembrar o que muitos fazem questão de tentar esquecer (ou apagar...).

segunda-feira, 7 de abril de 2014 | | 0 comentários

O gesto de Vargas e a verborragia de Falcão

Está mais do que explicado porque o "nobre" deputado André Vargas (PT-PR) fez - numa solenidade ao lado do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa - o gesto que caracterizou a prisão dos "mensaleiros" petistas: o braço erguido com o punho cerrado. 

Vargas compartilha, digamos, dos mesmos "ideais".

E o "nobre" presidente do PT, Rui Falcão, ainda fala de modo genérico em "denúncias não comprovadas". Há algo mais claro do que os grampos feitos pela Polícia Federal no caso?

Aliás, creio que Falcão viva mesmo em outro planeta - ou eu estou no lugar errado ao imaginar que o presidente do PT pudesse manifestar algo diferente do que falou a respeito do escândalo envolvendo a compra pela Petrobras de uma refinaria em Pasadena (EUA). 

Na mesma entrevista em que citou o caso do colega deputado, Falcão classificou o caso da Petrobras como "uma campanha contra a empresa".

Então façamos assim: o presidente do PT pega o dinheiro dele e compra um imóvel que um ano antes valia 16 vezes menos. Será que ele topa fazer esse tipo de negócio???

Negócio que a própria presidente da República afirmou que nunca seria feito caso ela soubesse das reais condições propostas (se é que de fato não sabia - neste caso deveria ter procurado saber como presidente do Conselho de Administração da estatal).

Sem contar que a presidente da República diz uma coisa e a Petrobras dá uma explicação diferente.

Mas, para Falcão, é apenas "uma campanha contra a empresa".

Ele deve ter mesmo razão. Se o tucanato queria vender, como acusam, os petistas preferem mesmo quebrar a Petrobras.

quinta-feira, 13 de março de 2014 | | 0 comentários

O pragmatismo da esquerda

Tive dia desses uma frutífera conversa com alguém “de esquerda”. Da velha esquerda, aquela utópica, mas que soube se adaptar ao pragmatismo do poder.

Foi uma conversa interessante e chocante. Respeitosa, naturalmente, mas ainda assim chocante pelos conceitos que ouvi.

Cuba foi definida como uma “democracia diferente”.

A oposição na Venezuela (que teve 49% dos votos na última eleição presidencial) foi citada como uma “pequena minoria turbulenta”.

"Esta pretensa alternativa ao capitalismo é uma casca. Enfrenta uma ameaça existencial não dos jovens cantando nas praças, mas do fato de que a Venezuela é uma ruína disfuncional, caótica e em desintegração", escreve (Rory) Carroll, correspondente em Caracas por seis anos. 
De fato, uma inflação de 56%, desabastecimento agudo e uma criminalidade fora de controle tornariam a situação caótica mesmo que não houvesse a "guarimba".
Fonte: Clóvis Rossi, “As duas Caracas e a ‘guarimba’”, Folha de S. Paulo, Mundo, 27/2/14.

E o que mais me chocou: a ação petista que resultou no mensalão, as alianças inescrupulosas feitas pelo PT e as medidas meramente eleitoreiras foram defendidas como “meios” para um suposto “fim” justificável.

Mentor da estratégia de poder petista, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e preso por corrupção, foi apresentado como alguém que historicamente aceitou fazer “qualquer coisa” (e aí vale qualquer coisa mesmo) para atingir seus "ideais" de um estado pretensamente socialista.

Para quem leu “O Príncipe”, de Maquiavel, está explicada a guinada petista no poder.

Chamou minha atenção isto tudo ter sido mencionado com muita naturalidade, como se de fato qualquer caminho servisse para (supostamente) melhorar o país e evitar que os adversários neoliberais “vendessem a nação”. “Tudo em nome da nossa verdade pois ela nos libertará”, pensam.

(...) Esse processo é lento e exige diálogo e respeito às diferenças, porque a lição número um para a consolidação democrática é ter presente que oposição é importante e que ninguém é melhor ou está mais certo porque está no poder. 
O político que se julga onipotente porque ganhou uma eleição é incompetente. Ignorar o que dizem as oposições é a melhor maneira de minar um projeto democrático. Ninguém governa sozinho, e quem é eleito representa a todos, e não apenas aos seus eleitores. Demonizar a oposição é tentador, mas conduz ao autoritarismo e à tragédia. (...)
Fonte: Alexandre Vidal Porto, "Máquina de fazer tiranos", Folha de S. Paulo, Mundo, 8/3/14.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013 | | 0 comentários

"Dos que tanto amam odiar a imprensa"

Primeiro, eles acusavam a imprensa de ser um "partido de oposição" e pouca gente se incomodou. A acusação era tão absurda que não poderia colar. Numa sociedade democrática, relativamente estável e minimamente livre, os jornais vão bem quando são capazes de fiscalizar, vigiar e criticar o poder. O protocolo é esse. A normalidade é essa. Logo, o bom jornalismo pende mais para a oposição do que para a situação; a imprensa que se recusa a ser vista como situacionista nunca deveria ser atacada. Enfrentar e tentar desmontar a retórica do poder, irritando as autoridades, é um mérito jornalístico. Sendo assim, quando eles, que se julgavam aguerridos defensores do governo Lula, brandiam a tese de que a imprensa era um "partido de oposição", parecia simplesmente que os jornalistas estavam cumprindo o seu dever - e que os apoiadores do poder estavam simplesmente passando recibo. Não havia com o que se preocupar.

Depois, as autoridades subiram o tom. Falavam com agressividade, com rancor. A expressão "partido de oposição" virou um xingamento. Outra vez, quase ninguém de fora da base de apoio ao governo levou a sério. Afinal, os jornais, as revistas e as emissoras de rádio e televisão não se articulavam nos moldes de um partido: não seguiam um comando centralizado, não se submetiam a uma disciplina tipicamente partidária, não tinham renunciado à função de informar para abraçar o proselitismo panfletário. Portanto, acreditava-se, o xingamento podia ser renitente, mas continuava sendo absurdo.

Se os meios de comunicação tivessem passado a operar como partido unificado, com o intento de sabotar a administração pública, o que nós teríamos no Brasil seria um abalo semelhante ao que se viu na Venezuela em 2002.

(...) No Brasil, não tivemos nada parecido. Nossa imprensa, convenhamos, é preponderantemente de direita e, muitas vezes, apresenta falhas de caráter, algumas inomináveis, mas nunca se perfilou com a organicidade de um partido político. Por todos os motivos, a acusação continuava sem pé nem cabeça.

Mas o fato é que começou a colar e o cenário começou a ficar esquisito. Agora, as inspirações até então submersas daquela campanha anti-imprensa afloram com mais nitidez. (...) Na falta de uma oposição de verdade que pudesse servir de vilã cruel, na falta de um satanás mais ameaçador para odiar (a "herança maldita" de FHC não funciona mais como antagonista imaginária), querem fazer valer essa ficção ufanista de que o País vai às mil maravilhas, só o que atrapalha a felicidade geral é esse maldito partidarismo da imprensa. A tese pode ser doidona, mas está funcionando. Alguns quase festejam: "Viva! Achamos um inimigo para combater! Vamos derrotar os editores de política deste país!".

Deu-se, então, um fenômeno estranhíssimo: as forças instaladas no governo, como que enfadadas do ofício de governar, começaram a fazer oposição à imprensa. Dilma Rousseff jamais embarcou na cantilena, o que deve ser reconhecido e elogiado, mas está cercada de profetas que veem em cada redator, em cada fotojornalista, uma ameaça ao equilíbrio institucional. (...)

Fonte:
Eugênio Bucci, “O Estado de S. Paulo”, Opinião, 26/12/13, p. 2 (íntegra aqui).