Uma palavra: dinheiro. Tirando honrosas exceções (já vamos lá), o investimento em grandes circos desportivos é ruinoso no curto e no longo prazos. (...)
* Leia também (acrescentado em 19/3):
- Os Jogos Olímpicos não serão positivos para o Rio
* Reflexões sobre uma incessante busca *
terça-feira, 10 de março de 2015 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 15:02 | 0 comentários
Marcadores: Copa do Mundo, esportes, João Pereira Coutinho, livro, Olimpíadas
segunda-feira, 5 de agosto de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 21:23 | 0 comentários
O Brasil é realmente um país rico. Riquíssimo. Bilionário!
Recente levantamento do Ministério do Esporte apontou que o custo para a realização da Copa do Mundo de 2014 já chega a R$ 28 bilhões.
Agora, cálculo feito pelo UOL Esporte aponta que a realização das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro já tem um custo de R$ 29,2 bilhões.
Ou seja: são mais de R$ 57 bilhões para dois eventos - que, sim, trarão divisas para o país, fomentarão o turismo e, quiçá, deixarão algum legado para a sociedade e as cidades.
Ainda assim são R$ 57 bilhões... Num país onde existe miséria e faltam saúde e educação de qualidade parece um número indecente considerando que são dois eventos privados e de muito lucro para seus organizadores.
Só para comparar, o custo para a realização da Copa e Olimpíada é maior que os R$ 50 bilhões anunciados pela presidente Dilma Rousseff como ajuda para a mobilidade urbana nas cidades após os protestos de junho.
E depois não querem que o povo saia às ruas...
Marcadores: Brasil, Copa do Mundo, Olimpíadas
quinta-feira, 23 de maio de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 10:40 | 0 comentários
Escrevi recentemente neste blog sobre os problemas dos aeroportos brasileiros às vésperas da Copa das Confederações (junho), Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016).
O governo informa que obras estão encaminhadas. Um balanço foi divulgado esta semana. Olhe e analise.
Se você esteve em algum aeroporto recentemente sabe do que estou falando.
Marcadores: aeroportos, Brasil, Copa do Mundo, infraestrutura, Olimpíadas
quinta-feira, 16 de agosto de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 09:00 | 0 comentários
Quando se fala em Olimpíadas, um dos principais temas em
discussão é o tal legado – ou seja, o que vai restar para a comunidade após as
duas semanas de jogos e gastos cada vez mais bilionários para sediar o evento.
Marcadores: esporte, jogos, Olimpíadas
domingo, 12 de agosto de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:11 | 0 comentários
Marcadores: John Lennon, Londres, música, Olimpíadas
sábado, 11 de agosto de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 10:48 | 0 comentários
Eu trocaria todos os poemas de Baudelaire por uma nadadora olímpica" - escreveu Céline. Talvez o leitor e a leitora não compartilhem da predileção do escritor francês pelas nadadoras e preferissem abrir mão das "Flores do Mal" (ou mesmo de todas as flores da literatura ocidental) por uma saltadora lituana, um velocista jamaicano, uma jogadora de vôlei de praia - qualquer uma, desde que viesse em seus diminutos trajes, correntinha no tornozelo e um pouco de areia, só um pouco, grudada no bumbum.
As opções são infinitas, afinal, os Jogos Olímpicos são, além de um evento esportivo, um negócio bilionário e uma opereta geopolítica, um rico catálogo para as mais diversas fantasias.
Quantas donas de casa não têm, desde o dia 27, em seus devaneios cheirando a Limpol, casos secretos com remadores dinamarqueses? Quantos maridos preguiçosos não encontraram o ânimo perdido, inflados pela brisa que soprou as velas nas provas femininas de windsurfe?
De repente o garoto esquece o vestibular, a tabela periódica, a Guerra do Peloponeso, os ditongos crescentes, decrescentes e nasais e fica ali, diante da TV, os globos oculares seguindo as coxas saltitantes da ginasta romena - ah, se ela me desse só uma chance, cinco minutos, eu me virava na mímica, fazia uma rosa de guardanapo, largava o cursinho, passava o resto dos meus dias lavando pratos em Bucareste pela ginasta romena, pelas coxas da ginasta romena!
Ter um rosto bonito é resultado da injusta loteria do cosmos, mas um corpo, não: basta fazer exercício - e exercício, bom, é basicamente só o que fazem esses 10.500 atletas, desde criancinhas. O resultado está aí, em HD e "wide screen", pelos quatro cantos do planeta.
Londres-2012, aliás, é a primeira Olimpíada a que boa parte dos brasileiros assiste em alta definição, e a qualidade da imagem deixa estranhamente próximos, quase tangíveis, esses e essas que o tubo catódico só ajudava a endeusar. Você vê narinas arfantes, panturrilhas contraindo-se e expandindo-se, vê poros, pintas, suor e fios de cabelo.
Por alguns momentos, a dona de casa acha que os remadores dinamarqueses estão em seu sofá, o marido desanimado vê as velejadoras singrando seu carpete, o garoto abre os braços para segurar a ginasta romena que se desequilibra na trave.
Vamos sonhando, minha gente. Para isso também serve a Olimpíada, para alimentar devaneios e solitárias esperanças. "Solitária Esperança", por coincidência, é o nome de uma das musas destes Jogos, a goleira americana Hope Solo. Ok, um professor de inglês certamente discordaria de minha libérrima tradução, mas e daí? Eu trocaria todos os professores de inglês pela goleira americana.
Fonte: Antonio Prata, "Corpos olímpicos são catálogo para diversas fantasias", UOL, postado em 10/8/12.
Marcadores: Antonio Prata, beleza, esporte, Olimpíadas
segunda-feira, 20 de junho de 2011 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 09:49 | 0 comentários
Marcadores: Congresso, Copa do Mundo, corrupção, governo, Olimpíadas, Otoniel
domingo, 19 de junho de 2011 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:20 | 0 comentários
A edição deste domingo - 19/6 - da "Folha de S. Paulo" está bem elaborada, notadamente naquilo que o jornal tem de melhor, a análise e a opinião. Por isso, decidi compartilhar aqui alguns textos (infelizmente, o acesso a eles exige senha da "Folha" ou do UOL).
É espantoso como há quem se espante com as notícias em torno dos preparativos para que o país receba a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. Como se todos não soubessem o que já era público e notório desde que o Brasil se candidatou a sediar os dois maiores eventos do mundo. (...)
E você, por que não reage?
Juca Kfouri, E qual é a surpresa? (Esportes)
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