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quinta-feira, 21 de julho de 2011 | | 0 comentários

Ainda a farra da Copa (e o #foraricardoteixeira)

Outro dia, escrevi neste blog um texto intitulado “Mais sobre a farra da Copa”

O assunto parece óbvio. Nesta quinta-feira, porém, um novo capítulo foi acrescentado à história: o governo de São Paulo anunciou que vai destinar pelo menos R$ 50 milhões (fala-se em R$ 70 milhões) para o futuro estádio do Corinthians. Tudo para garantir a abertura da Copa do Mundo na capital.

Não custa lembrar que, desde a escolha do Brasil para sede da Copa, todas as autoridades envolvidas (incluindo o sr. presidente da CBF e do Comitê Organizador Local, Ricardo Teixeira) garantiram que não haveria dinheiro público nas obras dos estádios (não vou sequer considerar a questão dos empréstimos do BNDES, um banco estatal, financiado com dinheiro do contribuinte...).

O que se vê agora, anos depois, é a destinação direta – como anunciado hoje - de dinheiro público, no caso do contribuinte paulista, para um estádio privado, um evento privado, que dará lucro para poucos. Pior: um secretário de Estado teve a ousadia de dizer que a decisão não passou sequer pelo governador Geraldo Alckmin (leia aqui).

Então ficamos assim: eu, você e todos os demais contribuintes paulistas vamos ajudar, com nossos parcos e suados recursos, a construir um estádio privado (ainda que o dinheiro seja destinado às estruturas provisórias) só para garantir a realização da Copa no Estado e sem que o governador eleito tenha dado seu aval.

Eu não quero participar desta farra. Tenho, pois, a opção de suspender temporariamente o pagamento de tributos ao Estado?

Gostaria muito que o governador e sua equipe respondessem a esta simples pergunta.

Em tempo: quando postei o texto já mencionado, um leitor do blog enviou uma pergunta. “E como que a população pode reagir a isso Rodrigo?”

Respondo: de várias maneiras. Primeiro, não aderindo às manifestações ufanistas, típicas do tempo da “pátria de chuteiras”. Segundo, tomando conhecimento de todas as manobras que estão sendo realizadas para garantir a realização da Copa em benefício de poucos. Terceiro: protestando de todos os meios possíveis e legais.

Para isso, acaba de ser criado um site bem interessante, o “Fora Ricardo Teixeira”. Sugestivo, não? Acesse e veja como participar (só para antecipar, você pode dar uma singela colaboração para esse movimento citando a hashtag #foraricardoteixeira no Twitter). Eu já fiz isto! E você, por que não reage?


PS: além da resposta do governador à pergunta citada neste blog, gostaria também que a presidente Dilma Rousseff ou alguém de seu estafe respondesse à questão levantada pelo jornalista no vídeo acima: “Quando que o governo brasileiro vai dizer basta?”

sexta-feira, 27 de agosto de 2010 | | 0 comentários

Copa - um balcão de negócios

Em uma nota conjunta, o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 (leia-se Ricardo Teixeira), a prefeitura e o governo de São Paulo anunciaram hoje que o futuro estádio do Corinthians vai sediar a abertura do Mundial no Brasil. A opção foi apresentada pelo sr. Teixeira, conforme notícia do UOL (leia aqui).

Nada contra a escolha nem o Corinthians não fosse o fato motivado por interesses particulares, frutos de disputas políticas (potencialmente não republicanas).

Ao ler o noticiário, porém, restou-me uma dúvida (uma?): se o Morumbi não tem capacidade para sediar a abertura da Copa, já que a Fifa exige uma capacidade de pelo menos 60 mil espectadores, entre outras adaptações, como o futuro estádio do Corinthians poderá atender todas exigências se o projeto prevê 48 mil lugares? Será que o Comitê Organizador local fará vistas grossas a isso? Terá sido apenas coincidência o fato do presidente do Corinthians ter sido o chefe da delegação brasileira na Copa da África?

O próprio presidente corintiano escancarou as interferências políticas ao afirmar hoje (leia aqui) que sua principal função no cargo era impedir que jogos da Copa ocorressem no estádio do rival São Paulo.

Aliás, o presidente do Corinthians pregou também hoje a alternância de poder. “O que falo muito e brigo é pela alternância de poder. Por mais que a situação financeira seja boa, não se pode ficar mais que três ou quatro anos à frente de um clube”, disse, conforme citação do UOL.


Ele poderia, então, contribuir com o futebol brasileiro liderando um movimento para que haja alternância no poder na própria entidade máxima do futebol no país, a CBF, comandada pelo sr. Teixeira há mais de 20 anos. Senhor que o presidente do Corinthians apoia...

Por essas e outras que, infelizmente, não dá para apoiar a Copa no Brasil. Lamentavelmente, as previsões de que o Mundial seria um grande baçcão de negócios se confirmam cada vez mais...