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domingo, 30 de agosto de 2015 | | 0 comentários

A nova era digital: reflexões sobre o pau de selfie

(...) Em um mundo altamente tecnológico, o "pau de selfie" se destaca pelo aspecto tosco. Os que esperavam carros voadores e lentes multifuncionais se viram decepcionados pela realidade: o invento mais popular do ano é um bastão.

Atrás dessa aparente simplicidade, porém, se esconde uma revelação profunda sobre o mundo contemporâneo. Como o velho cajado que amparou nossos antepassados, o “pau de selfie” nos oferece segurança diante de um mundo perigoso. Não é só a nossa proteção no isolamento mas uma resposta a essa angústia do ser humano contemporâneo – a de constatar sua própria existência.

Fonte: Emilio Lezama, tradução de Francesca Angiolillo,
“Papparazi de nós mesmos”, Folha de S. Paulo, Ilustríssima, 30/8/15.

segunda-feira, 17 de março de 2014 | | 0 comentários

Uma revolução em três letras - www

(...) O que os criadores da internet conceberam foi, na prática, uma máquina global para produzir surpresas. A web foi a primeira surpresa realmente grande, e ela veio de um indivíduo, o físico Tim Berners-Lee. Em 12 de março de 1989 ele escreveu a primeira proposta do que viria a ser a web e, com um grupinho de auxiliares, escreveu os softwares e arquitetou os protocolos necessários para implementá-la. E então a lançou para o mundo, colocando-a no servidor de internet da Cern (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) em 1991, sem precisar pedir a autorização de ninguém.

(...) Em 1455, Johannes Gutenberg lançou sozinho uma transformação no ambiente de comunicações que vem moldando a sociedade desde então. Antes de Berners-Lee ninguém fizera algo comparável.

(...) Escritores como Nick Carr estão convencidos de que sim. Carr acha que as pessoas são menos contemplativas hoje porque a web as distrai. "À exceção dos alfabetos e dos sistemas numéricos", ele escreve, "a internet é possivelmente a mais poderosa tecnologia de alteração da mente que jamais se disseminou". Mas se a tecnologia tira, ela também dá. Para cada tecnopessimista como Carr há pensadores como Clay Shirky, Jeff Jarvis, Yochai Benkler, Don Tapscott e muitos outros (entre os quais eu me incluo) para os quais os benefícios superam, por muito, os custos.

Fonte: John Naughton (Clara Allain, trad.), “Estrada sem fim”, Folha de S. Paulo, Ilustríssima, 16/3/14.

segunda-feira, 26 de março de 2012 | | 0 comentários

Situação da Imprensa 2012 - novo relatório

Os dispositivos móveis desempenham um papel cada vez mais importante no consumo de notícias, enquanto o Twitter e o Facebook são pouco utilizados para tal, segundo o relatório Situação da Imprensa 2012, publicado no dia 19 de março pelo Projeto pela Excelência no Jornalismo do Centro de Pesquisas Pew. O estudo concluiu que as redes sociais são fontes de informação complementares, não substitutas, destacando, ainda, a importância dos agregadores no consumo de notícias.

Segundo o estudo, mais de um quarto (27%) dos americanos se informa por meio de dispositivos móveis, sendo que 44% dos adultos possuem um smartphone e aproximadamente 20%, um tablet. O volume de notícias consumidas pelas americanos parece estar aumentando, indica o relatório.


No entanto, o crescimento da audiência online não está compensando a queda na circulação dos veículos impressos, visto que, "em 2011, as perdas com publicidade superaram os ganhos com o digital", de acordo com o relatório. "Em suma, a indústria das notícias não está mais perto de um novo modelo de faturamento do que estava há um ano e perdeu mais terreno para os rivais na indústria tecnológica. Porém, cada vez mais evidências sugerem que as notícias estão se tornando uma parte importante da vida das pessoas. Isso, no fim das contas, poderá garantir o futuro do jornalismo".


Entre outras conclusões e tendências apontadas pelo estudo estão:


- Os dispositivos móveis aumentaram em 9% o tráfego nos sites de grandes jornais.


- 54% dos americanos usam ativamente o Facebook, passando 14 vezes mais tempo na rede social do que em grande sites de notícias a cada mês.


- Apenas 9% dos consumidores de notícias digitais dizem que "muito frequentemente" se informam por links postados no Facebook e no Twitter, enquanto 36% disseram ir diretamente aos sites de notícias. Já 32% usam serviços de busca e 29% frequentemente se informam por meio de agregadores.


- Pela primeira vez em uma década, a audiência da TV cresceu: o aumento foi de 4,5%.


- Mais 100 jornais deverão lançar sistemas de cobrança pelo acesso ao conteúdo digital, os chamados "paywalls", nos próximos meses, juntando-se ao cerca de 150 que já cobram pelas notícias online.


Fonte: Summer Harlow/AP, "Importância dos dispositivos móveis no consumo de notícias é cada vez maior, diz estudo", Blog Jornalismo nas Américas (Knight Center for Journalism in the Americas). 

domingo, 14 de março de 2010 | | 0 comentários

Os 20 anos de revolução virtual

Uma das maiores organizações de mídia do mundo, financiada com dinheiro público num dos modelos mais bem sucedidos em todo o globo, a inglesa BBC acaba de lançar um trabalho extraordinário sobre a revolução virtual. Trata-se de uma série de reportagens, vídeos (inclusive em 3D), blog e portal com um tsunami de informações.

A ideia principal é mostrar a evolução da rede mundial – a famosa World Wide Web, ou simplesmente www para os íntimos – e como isso impactou as nossas vidas, sob vários aspectos, nos últimos 20 anos.




São tantos produtos ligados a essa série que é quase impossível descrevê-los. As reportagens (em TV, rádio e Internet) ganharam o nome de SuperPower, ou SuperPoder.

Tem também um blog, que traz – entre outras coisas - um interessante texto sobre a figura do Homo interneticus, uma evolução do Homo sapiens, algo que nenhum cientista acreditava ser possível.

No portal, você é atraído para um teste de (web) comportamento. O objetivo é descobrir que tipo de “animal internético” você é. Oito espécies foram identificadas – eu sou um web bear, cujas características são ser solitário, adaptável e “slow-moving”. Claro que essas características devem ser entendidas como comportamento de um internauta, a figura do animal é mera alegoria.

Ao ler a descrição, é incrível como podemos visualizar nossos comportamentos do dia-a-dia na Internet. No meu caso, as três características significam, por ordem, que eu me relaciono pouco com as outras pessoas nas redes sociais (de fato, não tenho Orkut, Facebook, etc), eu consigo fazer várias coisas ao mesmo tempo (como atualizar o blog e ver –emails e vídeos) e procuro respostas exatas quando uso ferramentas de busca, isso me torna mais preciso, mas com menores chances de descobrir algo diferente, novo ou inusitado.

Segundo a BBC, “o comportamento social online é uma fascinante área de estudos para os cientistas. Eles gostariam de compreender as relações entre o tempo gasto online e o tipo de fontes de informação que os internautas escolhem”.

O trabalho mostra ainda, por meio de mapas, a evolução da Internet no mundo na última década. De acordo com a BBC, mais de 1,7 bilhão de pessoas usam a Internet no mundo. E esse número não para de crescer. A cada segundo, seis novas conexões são feitas. Veja a seguir os mapas de 1998 e 2008:





Outros mapas mostram, por meio de uma configuração moderna, os principais usos da Internet em vários campos (mídia, redes sociais, etc):

Tipos de uso


Mídia


Pesquisa


Redes sociais


Varejo


* Os mapas foram tirados da BBC.

Importante: todo o material está em inglês.