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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012 | | 0 comentários

Tempo das cavernas

"No messages
No e-mails
No calls"

Tecnologia pra quê?

quinta-feira, 21 de julho de 2011 | | 0 comentários

O centenário de um visionário

McLuhan está novamente na moda. Seu "O Meio é a Massagem" pode ser lido hoje como uma profecia realizada. Está ali um diagnóstico persuasivo do que ocorre com nossas vidas na medida em que submergem no vórtice da mídia (internet incluída).

Ainda nos anos 60, olhando para a televisão, conseguiu catalogar questões que estão na ordem do dia. 

Previu o fim da privacidade, chamando os meios eletrônicos de "imensa revista de fofoca que nada deixa passar" e onde "não há modo de apagar os erros da juventude". Soa familiar, não? 

Previu que a escola e a academia enfrentariam crises crescentes em razão do seu apego ao texto e o preconceito com outras formas de representação e colaboração, consideradas não sérias. McLuhan propõe como antídoto o humor, dizendo que "uma piada pode ter mais significado que as obviedades comprimidas entre duas capas". Mal sabia que o humor emergiria como a linguagem por excelência da internet. E que a crítica feita há mais de 40 anos ainda é válida.

Previu também a crise do direito autoral e a cultura do remix. Dizia que "qualquer um pode hoje tornar-se tanto autor quanto editor". A fórmula seria "copiar um capítulo deste livro, outro daquele, desapropriação instantânea". Elogiava o amador e dizia que "nossa cultura oficial luta para forçar os novos meios a fazer a tarefa dos antigos".

McLuhan era um homem que ouvia o chamado do século 21 enquanto lutava contra a rigidez herdada do 19. 

ALDEIA QUEBRADA
Mas, tão importante quanto seus prenúncios, está aquilo que não foi capaz de prever. Sua "aldeia global" desagrega-se hoje em infinitas minialdeias, reunindo pessoas com ideias e gostos similares, sem muito contato umas com as outras. 

Citando Poe, confiava na capacidade do homem de "reconhecer padrões". Essa seria nossa tábua de salvação para sobreviver ao redemoinho das mídias.
Não vislumbrou, no entanto, que o processamento de padrões acabaria automatizado e concentrado em algumas empresas, superando de vez qualquer romantismo humanista no embate entre homem e mídia.

MÍDIA TOTAL
Também não previu que empresas como Google, Apple ou Facebook teriam como ambição incorporar todas as mídias e conteúdos (livros, TV, celulares e a própria internet com sua justaposição de meios), o que aponta para o surgimento de uma mídia onisciente de todas as outras.

No centenário de McLuhan, sua obra pode ser lida não apenas como vaticínio bem-sucedido mas também como um conto moral, a nos inspirar cautela. 

Fonte: Ronaldo Lemos, “Intelectual faz diagnóstico do embate entre homem e mídia”, Folha de S. Paulo, Ilustrada, 21/7/11, p. F3.
McLuhan from mc luhan on Vimeo.

* Para ler mais, clique aqui (é preciso ter senha do jornal ou do UOL)

sábado, 29 de janeiro de 2011 | | 0 comentários

A resposta da Agência Brasil

Tenho o “péssimo” hábito de escrever para ouvidorias de empresas para fazer apontamentos e críticas. No caso da “Folha de S. Paulo”, faço isso com certa frequência – sempre recebo resposta do(a) ombudsman, embora poucas vezes tenha visto a queixa resolvida nas páginas do jornal.

O fato é que no mundo corporativo moderno, esse instrumento de contato entre empresa/serviço público e o cliente/contribuinte tem se mostrado útil e relevante. Desde que exista uma estrutura capaz de receber as manifestações, dar andamento a elas e, quando possível e conveniente, adotá-las.

Algum tempo atrás, enviei uma crítica à Ouvidoria da Agência Brasil - órgão oficial de notícias do governo federal. Ontem, recebi um e-mail assinado por David Silberstein, assessor do órgão, informando o que segue: “sua demanda foi tema da Coluna do Ouvidor publicada na edição de hoje (28) da Agência Brasil”.

O texto da coluna, enviado pelo mesmo e-mail, também pode ser acessado
aqui e está reproduzido abaixo:

Boas notícias para os leitores da Agência Brasil


Paulo Machado
Ouvidor da Agência Brasil

Brasília - Há um ano publicamos neste espaço a coluna “O dia em que a Agência Brasil virou blog”, tratando das demandas recebidas pela Ouvidoria sobre a insatisfação dos leitores com problemas tecnológicos no site da ABr. No dia 12 de fevereiro de 2010, o portal saiu definitivamente do ar, depois de apresentar problemas técnicos de funcionamento por mais de dois meses. Voltou ao ar dois dias depois no formato de blog e assim permaneceu durante todo o ano passado até o momento presente.

Nesse período foram feitas algumas modificações emergenciais e pontuais, mas em geral a qualidade de acesso e navegação manteve-se muito aquém da desejada pelos leitores. É isso que se pode constatar a partir das manifestações recebidas. Elas tratavam de problemas como: a ausência de nuvem de assuntos, falhas no mecanismo de buscas, desaparecimento de notícias, fotos e reportagens do acervo, dificuldades para baixar arquivos, falta de ferramentas de interatividade, impossibilidade de assinatura do RSS por temas de interesse, ausência de áudio e vídeo e muitos outros.

Durante todo esse tempo a Ouvidoria foi o único canal por meio do qual o público reivindicou, sugeriu e inclusive protestou. Cumprimos nossa função fazendo a voz dos usuários chegar a quem de direito, por todos os caminhos possíveis. Neste sentido, a Ouvidoria consolidou-se como veículo democrático de participação direta dos leitores e também como instrumento de gestão – revistas todas as demandas do período os gestores da EBC podem saber exatamente o que os usuários esperam em termos de performance tecnológica do site para que ele esteja à altura das expectativas.

A seguir algumas das demandas recebidas nos últimos três meses:

De Rodrigo Piscitelli: “Uma crítica ao visual da home page: as legendas das fotos do canto superior direito são praticamente ilegíveis. Aparecem em letras finas, na cor branca, dentro das imagens”;

De Elvis Cedro: “Gostaria de saber se vocês pretendem voltar o site com as notícias em forma de áudio? Gostava muito daquele formato”;

De Andre Souza: “Conheci, hoje, o site de noticias de vocês e gostei muito, tem bastante conteúdo. O único problema que vejo é a falta de interatividade com o usuário final, como votação e comentários”;

De Fabricio Zuardi: “Gostaria de reportar um erro com relação ao álbum da visita de Lula ao Haiti: nenhuma das fotos carrega.”;

De Gorette Brandão: “Por que a página da Agência Brasil não inclui caixa de envio (correio) em cada página de texto noticioso? Isso facilitaria o encaminhamento das matérias para outras pessoas, como sugestão de leitura. É um recursos habitualmente oferecido em portais de notícias.”;

De Roque Lopes: “Estou precisando de fotos de crack. No site da Agência tinha, mas depois da mudança não acho mais. Seria possível eu conseguir algumas? A quem me dirijo?”;

De Ricardo T. Simabuku: “Tenho a página da Agência Brasil como página inicial da internet em meu local de trabalho e a leio diariamente. Por isso, sugiro um aperfeiçoamento na disponibilização das informações, para facilitar a leitura: nos links de imagens (canto superior direito da página, logo acima de "últimas notícias") é utilizada letra de cor branca que, no caso de fotos claras, dificulta a leitura. Para melhorar a visualização desses textos, sugiro criar uma caixa em separado somente com o texto e não aparecer o texto sobre a imagem.”.

Mas foi em resposta à demanda da leitora Hannah Rebeca que finalmente veio a boa notícia. Hannah escreveu: “Sou uma cidadã que entra todos os dias para acompanhar as noticias e fotos neste site que é com certeza o mais atualizado do seu gênero. Percebi que no inicio de 2010 o site regrediu para esta versão que é pouco funcional, pouco dinâmica e feia. Verifiquei que a Agência Brasil possui o melhor conteúdo mas a pior apresentação comparando com todos os sites do seu gênero. O que a EBC tem feito para melhorar o site para que ele acompanhe as tendências da internet de hoje e quando os usuários usufruirão destas mudanças? Terei que utilizar este mesmo site ruim por mais um ano?”.

A resposta: “A EBC tem uma nova versão da Agência Brasil em fase de homologação. Tão logo finalizada, será disponibilizada para o público.”