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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015 | | 0 comentários

Flor azul

Seu moço,
Faça um favor.
Pegue água cristalina,
Bote neste regador,
e regue aquela flor azul.
Ela é a mais bela 
entre todas as flores,
do Jardim dos olhos de minha Mãe.

(De Rodrigues Lima, dedicado à mãe dele – e, com licença que peço, extensivo a todas as mães)

sábado, 20 de julho de 2013 | | 0 comentários

Um pouco de poesia


Em tempo: isto era parte de uma exposição sobre o famoso poeta paulistano - um dos pais do modernismo. A mostra estava no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, tempos atrás.



sábado, 8 de junho de 2013 | | 0 comentários

Um pouco de Vinicius

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos -
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.

Assim será a nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos -
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.

Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai -
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.

Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte -
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

(“Poema de Natal”, de Vinicius de Moraes)

domingo, 28 de abril de 2013 | | 0 comentários

Apenas um poema

Abril é o mais cruel dos meses, concebendo
Lilases da terra entorpecida, confundindo
Memória com desejo, despertando
Lerdas raízes com as primeiras chuvas.
(...)
‘Tu me deste os primeiros jacintos faz um ano;
(...)
- No entanto, ao voltarmos, tarde, do jardim dos jacintos,
Teus braços repletos, teus cabelos úmidos, eu não podia
Falar, e meus olhos se turvaram, não me sentia
Nem vivo nem morto, e não sabia nada,
Olhando no âmago da luz, só o silêncio.

(Trechos do poema “A terra devastada”, de T. S. Eliot, tradução de Ivo Barroso)