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quarta-feira, 11 de setembro de 2013 | | 0 comentários

Frase

“Não posso dizer que consigo ser feliz, porque não sou, mas ao menos no Brasil tenho a esperança de um dia voltar a ser.”
Edward Delfino, advogado norte-americano, sobrevivente dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, em entrevista à “Folha de S. Paulo”

domingo, 21 de abril de 2013 | | 0 comentários

As bombas em Boston e a imprensa na berlinda

O caso dos atentados a bomba em Boston durante a famosa maratona internacional na última segunda-feira (15/4) reacendeu o debate a respeito do trabalho da imprensa. Tudo porque alguns dos principais veículos de informação dos Estados Unidos, na ânsia de sair na frente (dar um “furo”, no jargão jornalístico, uma informação em primeira mão), deram uma notícia equivocada (cometeram uma “barriga”, também no jargão da imprensa, informação falsa).

Uma agência de notícias e depois, em série, a rede CNN, Fox News e outros informaram que um suspeito havia sido preso. A polícia norte-americana precisou vir a público negar a informação. De fato, ninguém tinha sido detido.

Erros deste tipo costumam ocorrer em coberturas tensas e inesperadas como a dos atentados. Via de regra, a pressa para informar faz com que jornalistas e editores “pulem” etapas importantes da apuração, aumentando significativamente o risco de erros (ou das famosas “barrigas”).

No Brasil, notabilizou-se o chamado caso da escola Base na década de 1990 (responsáveis por uma escola infantil de São Paulo foram acusados indevidamente de abusar das crianças e a imprensa “embarcou” nas denúncias).

O que me chamou a atenção no caso foi o quase pioneirismo da CNN no erro. No ano passado, tive a oportunidade de conhecer a sede da emissora em Atlanta (EUA) e conversar com os principais jornalistas e executivos da empresa.

Um dos diretores do CNN Wire, Kurt Muller, falou do risco de erros em coberturas de maior vulto. Ele destacou o sistema que havia sido criado – o Wire - justamente para evitar a divulgação de informações erradas. Uma das ações foi centralizar a apuração dos dados que vinham de várias fontes e equipes e unificar a posterior divulgação.

Muller citou o caso da prisão do terrorista saudita Osama bin Laden, informada pela CNN antes mesmo do governo norte-americano (um “furo” arriscado). O diretor explicou que apenas quatro pessoas em toda a rede, ele incluído, podiam autorizar a divulgação de uma informação deste nível e baseada em fontes não identificadas.

Foi basicamente o que ocorreu no caso de Boston – as informações foram atribuídas a fontes oficiais.

Obviamente, não creio em má-fé da imprensa (principalmente da CNN, que conheci). Naturalmente, houve um erro de apuração (não sei exatamente se exclusivamente pela pressa ou por dar um nível de confiança exagerado a uma determinada fonte ou a determinadas fontes).

Muller talvez pudesse responder.

Leia também:

domingo, 11 de setembro de 2011 | | 0 comentários

11/9 - Uma homenagem


Sobre o 11 de Setembro neste blog e no blog Piscitas:


segunda-feira, 13 de setembro de 2010 | | 0 comentários

Uma ferida em solo americano

Neste final de semana, assisti a um interessante documentário sobre os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001. Já faz nove anos e ainda fico indignado cada vez que revejo aquelas cenas. Lembro de cada detalhe daquele dia, de como recebi a notícia, na hora do almoço, das reações durante a tarde, da apuração no Jornal de Limeira, do fechamento enlouquecido da edição, às 4h da madrugada.

Escrevi no meu blog sobre viagens, o Piscitas, que Nova York aprendeu a viver o 11 de Setembro (clique aqui para ler). Por sorte, é uma data que está muito mais no jornal do que no cotidiano da cidade. Isso, obviamente, tem um lado extremamente positivo, de retorno à vida pulsante de uma cidade vibrante.

Contudo, paradoxalmente, Nova York não esquece o 11 de Setembro – nem deve. Aquele episódio está em cada esquina. A gente se depara com ele nos momentos e lugares mais inusitados. Como no mural “Tiles for América”, sobre o qual também escrevi no Piscitas (leia aqui). Em monumentos mais formais, como o que homenageia os bombeiros mortos naquele trágico dia. Ou numa simples pedra num jardim.

Para quem não viu o documentário, recomendo. Está na grade do canal GNT. Ele tem como foco o relatório da comissão independente do Congresso norte-americano que investigou o caso. Traz depoimentos incríveis e emocionantes, que me fizeram chorar. Como o do homem que conseguiu descer dezenas de andares até o quarto piso, momento em que a torre do World Trade Center desabou sobre sua cabeça. Toneladas de ferro e concreto e ele ali, debaixo dos escombros, vivo.

O documentário chama-se “11/9: Em Solo Americano”. O trailer segue abaixo:



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