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segunda-feira, 20 de outubro de 2014 | | 0 comentários

O museu Rosengart - e as paixões de Angela

Uma coleção iniciada por uma garota de 17 anos deu origem a um museu na Suíça com obras de alguns dos principais pintores do século 20. A dona da coleção foi amiga de Pablo Picasso e chegou a ser retratada por ele.

Impressionistas franceses como Renoir, Paul Cézanne, Camille Pissarro e pintores figurativos como o italiano Modigliani. Nomes que enfeitam as paredes da antiga sede do Banco Nacional em Lucerna, uma das mais encantadoras cidades suíças. O prédio de 1924 abriga hoje este outro tipo de tesouro. São cerca de 300 pinturas e desenhos escolhidos por Siegfried Rosengart, um famoso vendedor de obras de arte que morreu em 1985, e sua filha Angela. Escolhas feitas com o coração, diz a fundadora do museu que leva o sobrenome da família.



A coleção começou com um pequeno quadro de Paul Klee, comprado por Angela com seu próprio salário quando ela tinha apenas 17 anos. Foi o início de uma paixão - o museu tem 125 pinturas e desenhos do famoso pintor suíço.

  
A outra paixão nasceu após um encontro com Pablo Picasso. Angela conta que o famoso pintor espanhol era amigo do seu pai, que o conheceu em paris em 1914. “Ele era educado e disse ao meu pai: ‘que filha adorável!’”, recorda. A amizade foi parar nas telas. Uma jovem Angela foi retratada por Picasso em pelo menos cinco quadros. Eles não podem ser filmados, devido aos direitos autorais, mas as sessões de pintura ficaram eternizadas nas fotos feitas por Siegfried Rosengart.

Além das imagens, Angela guarda as lembranças dos encontros com uma pessoa que ela define como “generosa e muito amiga”. “Ele sempre tinha ideias para fazer algo especial”, diz ela. A coleção inclui 32 pinturas e cerca de 100 desenhos de Picasso.

Para guardar seus tesouros, Angela criou uma fundação em 1992. Dez anos depois, abriu o museu. Quando eu pergunto se ainda se encanta com a coleção, ela responde enfática: “Com certeza. Eu passeio todos os dias pelo museu, encontro as pessoas e vejo a paixão delas pelos quadros. Faço isto com muito prazer.”

E se alguém ficou curioso em saber quanto vale a coleção, Angela diz que nunca se interessou por isso. Para ela, as obras têm um valor que nenhum dinheiro pode pagar...


Em tempo: a entrevista com Angela Rosengart foi reproduzida também na rádio Cultura FM 103,3. Ouça aqui.

* A último foto foi tirada por Adrien Genier

quinta-feira, 18 de setembro de 2014 | | 0 comentários

Maias e incas: arte e história

Tive a oportunidade de ver recentemente na Oca, do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, a exposição “Mayas: revelação de um tempo sem fim”, a maior mostra sobre esta antiga civilização pré-colombiana já montada no Brasil.



A exposição me fez lembrar a visita que fiz em maio ao Peru. Lá, estive em dois museus – bem distintos – que retratam as 24 civilizações que formaram o país.

O Museu Larco, na capital Lima, ocupa o espaço de uma antiga fazenda erguida sobre uma huaca (espécie de local sagrado de antigas civilizações). Ele possui a maior coleção de peças pré-colombianas em cerâmica do mundo: 54 mil. O curioso é que tudo fica numa espécie de acervo técnico, que pode ser visitado normalmente.

Há também peças especiais que formam a exposição. Todas as 24 civilizações são retratadas.

   
Um outro destaque é a área destinada à arte erótica. Naturalmente, as peças chamam a atenção. Em geral, elas mostram o que se podia ou não praticar (neste último caso as figuras aparecem como caveiras – era a forma de educar usando a caveira como símbolo do pecado e da morte). Incluem-se neste item práticas como beijo na boca e masturbação.

Algumas peças serviam como depositário de esperma, a “semente da vida”.


















Já o novíssimo museu Inkariy fica no coração do Vale Sagrado, perto de Cusco. Ele retrata algumas das principais civilizações que tiveram grande influência para a formação do atual Peru, tendo culminado no império inca (a maior e mais influente de todas).

Nesse museu, chama a atenção o nível de detalhamento e a perfeição com que cenas do cotidiano dessas civilizações são reproduzidas.

Vale a pena conferir!

segunda-feira, 28 de julho de 2014 | | 0 comentários

Um pouco de arte (passeando pelos museus de Chicago)

No Museu de Arte de Chicago, obras de grandes pintores norte-americanos como Edward Hopper (“Nighthawks”, de 1942 - primeiro quadro abaixo) e Grant Wood (“American Gothic”, de 1930 - terceiro quadro) e de artistas internacionais como Piet Mondrian, além dos famosos vitrais de Chagall:






  





Já no museu Field, registros da história da humanidade:




 Leia mais sobre Chicago no blog "Piscitas - travel & fun".

terça-feira, 17 de junho de 2014 | | 0 comentários

O MAC é pura diversão!

O renovado MAC (Museu de Arte Contemporânea) de São Paulo é uma boa opção de diversão - além de ser gratuito. Para quem curte arte e, em especial, a irreverência e as maluquices da arte contemporânea, é um prato cheio.


Há algum tempo, o museu se mudou para uma nova casa, a antiga sede do Detran, ao lado do Parque Ibirapuera. O acesso é fácil: basta pegar a passarela no portão 3 do parque.


Um dos trabalhos mais interessantes em exposição (até 30 de novembro de 2014) é "Transarquitetônica", de Henrique Oliveira. Ocupa um grande espaço e é interativo.

Trata-se, em resumo, de um grande labirinto que culmina numa espécie de túnel, feito com materiais que vão do tapume de madeira a blocos de cimento. Do alto, parece um tronco de árvore gigante (as raízes de fato estão lá e é assim que a obra começa), até virar uma espécie de barraco e depois alvenaria. O legal é que os visitantes atravessam a obra por dentro, escolhendo entre diversos caminhos que surgem.

Travessias e passagens, aliás, são uma constante na obra de Oliveira. "Vivenciando seus diversos ambientes, ao mesmo tempo em que recebe vários estímulos que envolvem praticamente todos os seus sentidos, o visitante é instado a refletir sobre as diversas transformações passadas pela arquitetura desde o racionalismo modernista - que é a tônica que rege o edifício de Niemeyer onde a peça está inserida - até as cavernas que serviam de abrigo ao homem e à mulher há milênios", escreve o curador Tadeu Chiarelli no folder de apresentação da obra.

  


Também no MAC, uma das peças mais divertidas (atração imperdível para as crianças) é o gato gigante (são mais de três metros de comprimento) da igualmente gigante Nina Pandolfo. Ah, não deixe de fazer carinho no bichano porque ele gosta - e agradece ronronando.


Vale a pena conferir ainda (até 30 de novembro de 2014) os "Cenários" coloridos e provocativos de Vânia Mignone. "As composições (...) remetem ao outdoor publicitário. Entretanto, Vânia nos propõe outro mundo, em que suas composições revelam-se como enigmas para o espectador. Estamos, quem sabe, diante do subtexto, das entrelinhas, ou da dimensão das nossas vidas que não é dita, nem necessariamente revelada, mas que está ali", anota a curadora Ana Magalhães no folder da mostra.


terça-feira, 24 de setembro de 2013 | | 0 comentários

Alguns

Já que numa recente postagem expus alguns quadros de alguns dos meus pintores favoritos, aí vão mais alguns. Começando com o surrealismo de Salvador Dalí:


A obra acima é "As acomodações do Desejo" (1929). O que segue abaixo é "Visões da eternidade" (1936-7):


Na sequência, a explosão de cores de Joan Miró (não anotei os títulos das obras):







Os quadros estão no MoMA, em Nova York, e no Instituto de Arte de Chicago (EUA).

quarta-feira, 21 de agosto de 2013 | | 0 comentários

Curiosidades do mundo egípcio


De alguma forma, os papirus e escritos egípcios foram alguns dos primeiros "jornais" da história. Não, obviamente, da forma como os concebemos na nossa sociedade, basicamente após a invenção da (im)prensa por Gutenberg, no século 15.

Fiz esta conexão quando visitei, pela segunda vez, o Metropolitan Museum, em Nova York (EUA), em abril de 2012. Destaco que foi a segunda visita porque acho curioso o fato de não ter pensado nisso antes - naquele e em outros museus. 

Ver de perto uma múmia egípcia era um dos meus sonhos de infância, tal como relatei no blog Piscitas - travel & fun ao falar dos dinossauros. Naquele mesmo blog, já descrevi meu primeiro encontro com uma múmia.

Confesso que estou um pouco enjoado de vê-las - são quase todas iguais. Algumas, porém, ainda me surpreendem, como a de Antjau, que encontrei no Royal Ontario Museum (ROM), em Toronto (Canadá). Ela tinha chamado minha atenção pelo fato de estar sem as faixas, com o corpo preservado à mostra. Mais surpreso fiquei quando tirei a foto e tive a nítida impressão de que a múmia estava olhando para mim...

Em tempo: Antjau era filho de Ankhhor com Tjesnitperet.
  



Como já tinha passado pelo Metropolitan, na segunda visita fotografei apenas curiosidades. Lembrei, por exemplo, de um documentário falando sobre as cores no Antigo Egito. Hoje, as pessoas olham para as pirâmides e templos e é comum imaginarem tudo aquilo descolorido (ou da cor de terra). Contudo, todas as edificações - as pirâmides incluídas - possuíam um colorido fantástico, cores vivas que davam às cidades egípcias uma energia e uma vibração incríveis, quase como os grafites na atualidade.

Ainda hoje, milhares de anos depois, é possível ver resquícios das pinturas em alguns prédios e objetos:






Ainda no Metropolitan, um acréscimo à exposição em relação à primeira visita que fiz, em 2007, mostrava os achados em um determinado templo, cujo nome não me recordo. Eram uma espécie de brinquedo, com bonecos, barquinhos, animais e casinhas reproduzindo a vida na sociedade egípcia. Uma foto indicava como o material tinha sido encontrado no templo:





Também chamou minha atenção a "descoberta" (nunca havia me tocado disto) de que os egípcios, além dos seres humanos, mumificavam seus animais - desde gatos, jacarés e lagartos a cabras. Foi o que vi no ROM:





Por fim, um estojo de maquiagem de milhares de anos. Os egípcios são famosos pelas pinturas na face:


E só para registrar, encontrei múmias também no Field Museum, em Chicago (EUA):



Meu encontro com o tesouro de Tutankamon fica para outra postagem. Posso adiantar que jamais eu vi tanto ouro na minha vida.