Mostrando postagens com marcador telejornalismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador telejornalismo. Mostrar todas as postagens

sábado, 1 de outubro de 2016 | | 2 comentários

Recordar é viver - Eleições 2012

Primeiro debate com os candidatos a prefeito de Limeira em 2012 - TV Jornal:



Segundo debate com os candidatos a prefeito de Limeira em 2012 - TV Jornal:

sexta-feira, 30 de setembro de 2016 | | 0 comentários

Série IFA 2016 - o admirável mundo novo da tecnologia

sábado, 20 de agosto de 2016 | | 0 comentários

Movimento Boa Praça ("Ordem do Dia")

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016 | | 0 comentários

"Ordem do Dia" - Guarda Compartilhada

| | 0 comentários

"Ordem do Dia" - Inclusão do deficiente

sábado, 6 de fevereiro de 2016 | | 0 comentários

A reportagem que não exibi

Nunca vi com bons olhos os famosos programas policialescos que atraem audiência - e, em alguns casos, dinheiro - para as emissoras. Até que me vi no epicentro de um deles.

Por dois anos, apresentei (não digo comandei porque minha participação na produção era mínima) um desses programas no interior de São Paulo. Foi uma experiência rica do ponto de vista de aprendizado (para colocar em teste todas as teorias e [pre]conceitos que tinha em relação ao formato).

Naturalmente, continua o reprovando de modo geral. Há um apelo barato e por vezes desrespeitoso, uma temática que pouco estimula a reflexão ao tratar a violência pela violência, sem contar o tom justiceiro e, em muitos casos, o desrespeito às leis - um levantamento divulgado recentemente apontou 12 leis afrontadas por diversos programas no país.

Claro que, ao assumir um programa com tais características, procurei na medida do possível mudar o tom. Não sou a pessoa mais adequada para dizer se isto foi alcançado (embora tenha ouvido depoimentos nesse sentido de muitos telespectadores).

A quem me pergunta, porém, costumo dizer que minha maior vitória à frente do programa foi justamente o que não foi exibido. 

Um episódio singular exemplifica isto: certa vez, recebi um telefonema na Redação dando conta de que um homem estaria vivendo numa casa com um cavalo. Detalhe: o cavalo não ficava no quintal, e sim dentro do imóvel. Quem fazia o relato era um vizinho preocupado com a situação do homem, um jovem.

Dirigi-me até o endereço com o cinegrafista e confirmei a situação. O jovem vivia de fato com o cavalo, que tinha um quarto à disposição, cheio de feno (ou algo semelhante). Em resumo, o rapaz era usuário de drogas e tinha sido de alguma forma "abandonado" pela família, que não aguentava mais cuidar dele. Coloquei aspas no verbo porque a família dava um dinheiro ao jovem, ou pagava o aluguel do imóvel (não me recordo). 

Fiz as imagens e entrevistei o jovem. Ele admitiu o uso de entorpecentes, criticou a família e disse que o cavalo era seu melhor amigo. Também cobrou a antecipação por parte de familiares de uma suposta herança (ou da parte que supostamente lhe caberia). 

A cena era indigna e degradante. Um homem dividindo um espaço sujo com um cavalo.

Ao chegar à Redação, entrei em contato com um parente e relatei o caso. Ouvi que "não adiantava ajudá-lo, que a família já tinha feito de tudo e tentado de tudo, mas que o jovem não tinha jeito". Também ouvi que os familiares ajudavam com pagamento de contas de água, luz ou algo assim e que a suposta herança não podia ser paga simplesmente porque não existia (não naquele momento).

Refleti muito se deveria ou não colocar a reportagem no ar. Conversei com alguns colegas. Pensei de que forma exibir o material contribuiria com aquele rapaz e com a promoção da cidadania. Não encontrava respostas satisfatórias. Até que ouvi de um colega a senha para a decisão. Disse ele: 

- Se for pro ar, será apenas mais uma dessas reportagens.

De tantas semelhantes que o programa historicamente tinha feito.

Naquele momento, diante daquela manifestação, eu - ainda no início de minha participação como apresentador - decidi que o material não seria exibido. E não foi.

| | 0 comentários

"Ordem do Dia" - Direito Esportivo

terça-feira, 6 de outubro de 2015 | | 0 comentários

"Admirável mundo novo"

Para quem não viu, segue a série de reportagens especiais que gravei para o "Jornal da Cultura" (TV Cultura, seg. a sáb., 21h) na IFA, em Berlim, na Alemanha - a maior feira de tecnologia da Europa (e, possivelmente, do mundo):









| | 0 comentários

"Saídas para a crise"

A TV Cultura promoveu recentemente uma série de ações visando discutir saídas para a atual crise política e econômica que assola o país. Programas especiais foram exibidos e um seminário de dois dias foi realizado em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo, a Assembleia Legislativa paulista e um núcleo de estudos da Universidade de São Paulo (USP).

Para o "Jornal da Cultura", a equipe de jornalismo produziu uma série de 12 reportagens. Fiz a primeira e a última, ou seja, a abertura e o encerramento da série. Foram uma espécie de diagnóstico:





Depois, como encerramento da campanha, cobri os dois dias do seminários que debateu - na sede da OAB-SP - soluções para a crise:





Um livro está sendo elaborado com as sugestões apresentadas no seminário. Ele será encaminhado aos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

quarta-feira, 1 de julho de 2015 | | 0 comentários

Televisão, esporte e jornalismo

Sobre o novo modo de apresentar as notícias na TV, notadamente na Rede Globo, na busca (quase) desesperada por audiência (e pelo público jovem, que está deixando de ligar a telinha), li uma interessante análise do crítico de TV da "Folha de S. Paulo"/UOL, Maurício Stycer: 

"O problema ocorre quando a informação é deixada de lado, e prevalece apenas o entretenimento (...)".

terça-feira, 9 de junho de 2015 | | 0 comentários

Trabalhando...

São Paulo também vira líder em turismo religioso (a partir do minuto 20):



Videogame é lazer preferido dos brasileiros:

quarta-feira, 6 de maio de 2015 | | 0 comentários

Trabalhando...

Livros de pintar para adultos (a partir do minuto 7:28):



A degradação do Centro paulistano ("JC Debate", após abertura):

sábado, 18 de abril de 2015 | | 0 comentários

Trabalhando...

Falta apoio para ex-detentos ganharem uma nova vida:



2015 começa com alta nas tarifas públicas:



sexta-feira, 10 de abril de 2015 | | 0 comentários

Trabalhando...

Internet influencia o comportamento para o bem e o mal:


Frango passou de símbolo do Real a sinônimo da crise - a partir do minuto 21:02:

terça-feira, 31 de março de 2015 | | 0 comentários

Trabalhando...

Uma “tardis” de debate com fãs do “Doctor Who” a partir do minuto 7:45:


Reportagem com a saltadora Fabiana Mürer a partir do minuto 7:15:

sexta-feira, 27 de março de 2015 | | 0 comentários

Uma casa ecológica no polo Norte

Kiruna, norte da Suécia. Aqui, o inverno é rigoroso - no pico da estação, a temperatura pode chegar a 45 graus negativos. Localizada num canto isolado do globo, 200 quilômetros acima do Círculo Polar Ártico, a cidade de 23 mil habitantes foi erguida sobre um verdadeiro tesouro: a maior mina de ferro do mundo. A mineração é a razão da existência de Kiruna. A cidade nasceu junto com a exploração desse recurso, o quarto mais presente no planeta. Daqui saíram 28 milhões de toneladas de minério cru no ano passado.

Para tirar tudo isto debaixo da terra, a empresa mineradora usa 1,7% de toda a energia da Suécia - é uma das maiores consumidoras do país. Mas com novas tecnologias, ela virou também fornecedora. A energia gerada no processo de mineração é reciclada e vai para o sistema de aquecimento da cidade. Hoje, ela representa 5% das necessidades de Kiruna.

No futuro, com um novo sistema que está em testes e deve começar a operar no meio do ano, será possível sustentar todo o sistema de aquecimento da cidade. Isto irá reduzir a demanda por energia, o que significa economia para os consumidores. E vai quase zerar o uso de combustíveis fósseis, uma boa notícia para o meio ambiente.

A medida também vai contribuir para a meta do governo sueco de reduzir pela metade o consumo de energia do país até 2050.

Mas a mina não trouxe só riqueza para Kiruna. Criou também um grande problema. A exploração avança em direção à área urbana e já afeta o subsolo. Pelo menos seis mil pessoas vão perder suas casas nos próximos anos. Para que a cidade não desapareça, a comunidade decidiu mudá-la de lugar. Um novo centro será construído três quilômetros para o leste. Problema que virou também oportunidade. Kiruna quer aproveitar a mudança para construir uma cidade mais sustentável. E o primeiro passo é fazer casas ecológicas - ou autossustentáveis. Um modelo já foi construído e está na fase de acabamento.

Como em Kiruna o sol se põe cada vez mais cedo no inverno, quando visitamos a casa já estava escuro. Num lugar com temperaturas tão baixas durante meses, um dos primeiros desafios da equipe que desenvolveu o projeto foi garantir aquecimento para os moradores. As paredes, por exemplo, são bem largas - tudo para segurar o ar quente dentro do imóvel e o ar frio fora. Ccom a mesma finalidade, a casa tem janelas amplas e com vidros duplos.

Além dos avanços tecnológicos, a casa sustentável conta com uma ajuda extra para o sistema de aquecimento. O calor gerado pelo próprio corpo humano. Desde que a nossa equipe chegou ao imóvel, por exemplo, a temperatura ambiente subiu um grau.
Seguindo o conceito de casa autossustentável, o aquecimento da casa aproveita também o calor dos equipamentos da cozinha e outros aparelhos elétricos.

E em tempos de crise hídrica no Brasil, a casa tem uma solução inteligente nos banheiros. Um sistema permite o reúso constante da água do banho. Assim que ela atinge o chão, passa por um filtro e é bombeada novamente para a rede. Não existe desperdício. Toda a água que circula pela casa é aquecida por um sistema especial. Ela chega fria, recebe calor e retorna aquecida.

De acordo com Mats Nilsson, chefe da empresa de energia municipal, a Tekniska Verken I Kiruna Ab, a construção da casa ecológica custa de 30% a 50% mais do que uma residência normal, mas ele explica que os custos de manutenção no dia a dia serão muito menores. “Algumas casas tradicionais em Kiruna usam 30 mil quilowatts por ano para aquecimento. Esta casa vai usar apenas cinco mil a seis mil. É muito dinheiro num ano”.

Embora o projeto tenha sido feito para uma cidade localizada quase no polo Norte, o diretor garante que os conceitos também podem ser aplicados num país tropical como o Brasil. “A ideia principal, de preservar a maior quantidade de energia possível, é uma boa ideia. Eu imagino que em condições tropicais, você estará isolando a alta temperatura do lado de fora e preservando uma boa temperatura do lado de dentro. Você reduz a quantidade de energia necessária para resfriar o ambiente.”


* Texto original de reportagem feita para o programa “Repórter Eco” (TV Cultura, dom., 17h30)

segunda-feira, 23 de março de 2015 | | 0 comentários

"O sal da terra" - uma ode a Salgado e ao planeta

Um mestre na arte de escrever com a luz. 


Nas últimas quatro décadas, Sebastião Salgado rodou o planeta como “testemunha da condição humana”. No Kuwait, registrou o “triste espetáculo” dos poços de petróleo incendiados por Saddam Hussein após a guerra em 1991. Com a série “Trabalhadores”, homenageou os “homens e mulheres que construíram nosso mundo”.

A trajetória do fotógrafo de 71 anos virou filme. Dirigido pelo filho Juliano em parceria com o alemão Win Wenders, “O sal da terra” estreou recentemente no Brasil após concorrer ao Oscar de melhor documentário.


Nascido em Aimorés, Minas Gerais, Sebastião Salgado mudou para a França em 1969. Premiado em todo o mundo, ele revela no filme um olhar apurado em busca da melhor imagem. Com suas fotos, denunciou tragédias como a sede e a fome na África, os horrores do genocídio em Ruanda e o drama dos refugiados.

Chocado com tanta tristeza, apostou num novo projeto: “Gênesis” - uma homenagem ao planeta. Percorreu 30 países em busca de cenas como a do nativo solitário no tronco seco, da imensidão da floresta e da beleza da vegetação refletida na água.

Mas se os homens são o “sal da terra”, à terra devem voltar. E salgado voltou para a fazenda da família, no vale do rio Doce, onde passou a infância. E o que viu foi uma terra arrasada. “Os pássaros, os jacarés e a majestosa mata não existiam mais...”, conta n o filme. “A mata que existia antes e se estendia por todas essas colinas era a mata Atlântica, a floresta tropical atlântica”, comenta.

Sem mata, sem vida... “Quando eu era menino, tínhamos uma pequena cascata. Mais tarde derrubaram a mata e a água desapareceu”, fala. Até que a mulher dele resolveu plantar a semente de uma ideia: recriar a floresta que fez parte da história de vida do marido. “Eu me lembro que na primeira plantação às vezes eu sonhava que tudo tinha morrido”, afirma Lélia Salgado.

Foram plantadas dois milhões e meio de mudas. O Instituto Terra recuperou 600 hectares de mata - uma área equivalente a 780 campos de futebol. Mais de mil nascentes ressurgiram. “Quando vemos uma árvore, pensamos só em sua verticalidade e beleza. Mas tudo depende da árvore: nossa água, nosso oxigênio...”, cita o fotógrafo. A maior batalha na recuperação da fazenda da família Salgado, porém, não foi vencer a terra seca: foi vencer as mentes, disse Juliano.

Agora, o projeto entra em uma nova etapa. Parcerias feitas pelo Instituto Terra vão garantir o plantio de 125 milhões de mudas nos próximos 25 anos. O reflorestamento será feito ao redor das 370 mil nascentes do rio Doce. O trabalho do instituto é um exemplo de que recomeçar é possível. 

Uma lição do fotógrafo que virou amigo dos gorilas e das baleiras e que vê poesia na força da natureza. “E pensar que essas árvores, que hoje têm três meses, atingirão o ápice daqui a 400 anos! Talvez a partir disso possamos medir o conceito da eternidade”, filosofa Salgado.

* Texto original de reportagem feita para o programa “Repórter Eco” (TV Cultura, dom., 17h30) - reportagem acrescentada em 4/5/15



* Leia também:


* O primeiro vídeo desta postagem é de divulgação

quinta-feira, 19 de março de 2015 | | 0 comentários

"Jornal da Cultura": "o bom combate"


segunda-feira, 2 de março de 2015 | | 0 comentários

Trabalhando...


Ops, alguém me flagrou trabalhando nesta segundona... 

Entrevista com o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, durante o protesto de seis centrais sindicais contra as medidas provisórias 664 e 665, que alteram regras de concessão de direitos trabalhistas. O ato ocorreu em frente à Superintendência Regional do Ministério do Trabalho no Centro de São Paulo. 

A foto é de Alexsander Gonçalves e foi retirada da página da Força no Facebook.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015 | | 0 comentários

Há um novo telejornalismo no ar?

Em tempos de mídias sociais, o jornalismo abre cada vez mais espaço para o entretenimento. Arrisca-se ao ultrapassar uma fronteira tênue – e perigosa. Há casos em que o show tem prevalecido em detrimento da informação.

A Igreja Universal do Reino de Deus, não é de hoje, usa a concessão da TV Record conseguida em nome de seu líder, o bispo Edir Macedo, para fazer proselitismo religioso e atender interesses políticos. Caso recente ocorreu no programa “Domingo Espetacular”, que “exibiu uma longa reportagem (26 minutos) sobre viciados em crack com o objetivo, na verdade, de divulgar o trabalho de um bispo da igreja junto a pessoas com este problema”, conta Mauricio Stycer em coluna na “Folha de S. Paulo”.

Na mesma coluna, Stycer cita as manifestações do âncora e editor-chefe do “Jornal Nacional”, da TV Globo, William Bonner, em redes sociais. “Talvez chame um pouco mais atenção pelo fato de se tratar de um jornalista, de quem se espera uma postura mais recatada, e não de um artista”.

Segundo o crítico de TV, a “questão é que esta fronteira está cada vez mais borrada”. “No caso de alguns jornalistas da Globo, parece haver um incentivo da própria emissora no sentido de que os profissionais adotem uma postura mais ‘humana’, mais ‘gente como a gente’”, observa.

Não sei se é uma política da emissora, mas é fato que muitos jornalísticos – da Globo e de outros canais - têm ganhado uma postura cada vez mais popularesca. Na linguagem inclusive. Em reportagens, é comum ouvir “a gasolina ‘tá’ cara” no lugar de “está”. Trata-se de uma concessão à linguagem falada, em confronto com a gramática formal. Mais que concessão, uma escolha.

Também é comum ver apresentadores de telejornais, antes restritos ao formalismo (talvez excessivo, é verdade) das bancadas, aderir a um jeito despojado de chamar as notícias. Adotam até um tom estridente, como se estivessem fazendo animação de auditório. “O jornal fica por aqui, a gente volta amanhã, um beijo pra vocês e juízo hein!” – ouvi dia desses.

Repito: num mundo cada vez mais sem fronteiras em razão das mídias sociais, talvez seja mesmo a hora de rever o formalismo dos telejornais (e do jornalismo em geral). Contudo, há que se questionar se a popularização é o melhor caminho.

Um texto, mesmo na TV, continua sendo um texto e tem regras, disse um colega jornalista dia desses.

Veja: não estou dizendo que o novo caminho é certo ou errado, melhor ou pior, apenas que é diferente. Concessões são sempre um risco, abrem espaço para o limiar do entretenimento, do show, da celebrização, que não deveriam se misturar com a tarefa de informar.

Mas e se funciona?

Aí a questão é: para quem? Por qual objetivo? Audiência meramente?

São apenas perguntas (provavelmente ainda sem respostas) para questões que atormentam.