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terça-feira, 25 de novembro de 2014 | | 0 comentários

Título mundial do Palmeiras é oficializado pela Fifa

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, recebeu nesta semana a confirmação, agora em documento da FIFA, que o Palmeiras é o primeiro campeão mundial interclubes. A informação está em cópia da ata da reunião do Comitê Executivo da entidade máxima do futebol, que atendeu um pedido do clube paulista de reconhecimento do título, encaminhado em 2001.

O Palmeiras conquistou o torneio internacional em 1951, derrotando a Juventus de Turim (Itália). No primeiro jogo, vitória paulista por 1 x 0, gol de Rodrigues. A segunda partida terminou empatada por 2 x 2, Liminha e Rodrigues marcaram pelo alviverde, enquanto Praest e Bonipertti anotaram pelos italianos. Os jogos aconteceram no Maracanã.

(...) A demanda do Palmeiras vinha desde 2001, quando o clube enviou um pedido de reconhecimento do título à FIFA e à CBF. A primeira resposta chegou ao Brasil em carta datada de 9 de março de 2007 e assinada pelo então secretário-geral da FIFA, Urs Linsi. “Após minuciosa pesquisa, temos o prazer em anunciar que a FIFA concorda com sua proposta e aceita a Copa Rio 1951 como a Primeira Copa Mundial dos Clubes. Portanto, gostaríamos de solicitar que façam chegar essa designação diretamente à Sociedade Esportiva Palmeiras”.

(...) Mais recentemente, em abril de 2013, em ofício assinado pelo atual secretário-geral da entidade máxima do futebol, Jérôme Valcke, referendou a decisão em carta enviada ao ministro Aldo Rebelo.

Intitulado “Reconhecimento da Copa Rio 1951 como a Primeira Copa Mundial de Clubes”, o documento afirma que “depois do grande sucesso da Copa do Mundo FIFA no Brasil em 1950, a CBD decidiu promover outro campeonato em parceria com a FIFA visando elevar a qualidade técnica do esporte. Isso foi alcançado na Copa Rio 1951”.

No encerramento da carta, Valcke afirma que “além de garantir uma excelente organização do evento, o Brasil também pôde, orgulhosamente, ver o clube brasileiro Palmeiras vencer a final do campeonato contra o Juventus”.

Participaram da Copa Rio 1951, além de Palmeiras e Juventus de Turim, o Vasco da Gama, o Nacional de Montevidéu, o Áustria Viena, o Sporting de Portugal e o Estrela Vermelha da Iugoslávia.

A campanha palmeirense na competição:

1º Fase
30/6/1951 - Olympique Nice-FRA 0x3 Palmeiras5/7/1951 - Estrela Vermelha-IUG 1x2 Palmeiras
8/7/1951 - Palmeiras 0x4 Juventus-ITA

Semifinal
11/7/1951 - Palmeiras 2x1 Vasco da Gama15/7/1951 - Vasco da Gama 0x0 Palmeiras

Final
18/7/1951 - Palmeiras 1x0 Juventus-ITA22/7/1951 - Juventus-ITA 2x2 Palmeiras

Fonte: site do Ministério do Esporte

quarta-feira, 16 de julho de 2014 | | 0 comentários

O balanço da Copa: uma análise isenta

Ante a gigantesca propaganda oficial que apontou a Copa 2104 como um sucesso, faço apenas alguns reparos necessários (para fechar o assunto):

1) a preparação brasileira para a Copa, ao contrário do que se tenta dizer agora (porque brasileiro costuma ter memória curta), não foi um sucesso. Ao contrário, foi um dos maiores fracassos de todas as Copas. Não custa lembrar que alguns estádios, inclusive o da abertura, ficaram "prontos" (?) aos "49 minutos do segundo tempo".

Aeroportos foram entregues com obras inacabadas, bem como sistemas viários (alguns deles receberam bela "maquiagem"). A Fifa (que não merece crédito, mas nisso teve razão) criticou durante todo o tempo o estouro dos prazos para o Mundial. 

Sem contar as obras previstas que sequer começaram...

Portanto, no que dizia respeito aos governos em geral, o Brasil falhou feio durante a preparação.

2) a organização da Copa só foi bem sucedida por um motivo essencial: o povo quis e permitiu. Como escreveu um analista internacional, organizar uma Copa não é tarefa tão difícil, a Fifa possui "expertise" e um roteiro bem feito, basta segui-lo. 

Se transporte e segurança funcionaram é porque, no caso do primeiro, houve feriados forçados que custaram muito à economia e, no caso do segundo, os brasileiros colaboraram ao trocar as manifestações de 2013 - que assustaram seleções, imprensa mundial e autoridades - por um clima festivo.

Será que a festa seria tão tranquila como foi se o povo decidisse novamente ir às ruas?

3) é preciso registrar que medidas de responsabilidade exclusiva da Fifa também falharam durante o Mundial, como a segurança dentro do campo de jogo e o escândalo dos ingressos.

segunda-feira, 16 de junho de 2014 | | 0 comentários

Isto é a Copa do Mundo, meus amigos!

(...) Os contribuintes brasileiros pagaram por esses camarotes, assentos que os fãs brasileiros jamais poderiam comprar. Em nome da família Blatter, gostaria de agradecer a vocês. E também um muito obrigado da empresa Taittinger, dona do contrato exclusivo de distribuição de champanhe. O contrato de hospitalidade corporativa de todos os estádios foi concedido por tio Sepp à empresa Match, da qual a empresa Infront, do sobrinho dele, Philippe Blatter, é dona de uma parte. Os proprietários majoritários da Match são os irmãos mexicanos Jaime e Enrique Byrom, trazidos para o mundo dos lucros do futebol algumas décadas atrás por João Havelange.

Os irmãos Byrom são sortudos. Eles têm também um contrato para fornecer todos os 3 milhões de ingressos da Copa do Mundo. Das entradas, 450 mil são reservadas para a elite nos camarotes com seus chefs, garçonetes e estacionamentos privilegiados. (...)

Os brasileiros que percorrem grandes distâncias para assistir aos jogos vão precisar de quartos de hotel, e nisso os irmãos podem ajudar. Tio Sepp deu a eles o contrato da indústria hoteleira (...).

Caso Sepp Blatter queira sair inteiro do aeroporto do Galeão, o Brasil precisa ser campeão da Copa do Mundo. Por isso, se Neymar, Fred ou Hulk quebrarem a perna ou se Marcelo sofrer um mal súbito como ocorreu com Ronaldo, em 1998, não há motivo para preocupação.

Por pior que seja o desempenho da seleção nos campos, Blatter tem muito poder sobre o resultado. No passado, alguns juízes das partidas não passaram de fantoches interessados apenas em viajar pelo mundo, receber quantias vultosas e participar de intercâmbios culturais nos bordéis. (...)

Fonte: Andrew Jennings, “Salvem o futebol das mãos da Fifa”, O Estado de S. Paulo, Aliás, 15/6/14, pg. 2-3.

terça-feira, 2 de julho de 2013 | | 0 comentários

O Brasil abriu mão de dinheiro para ter a Copa

Muito se discutiu nas últimas semanas a respeito da alocação de verbas federais para a realização da Copa do Mundo e da Copa das Confederações no Brasil. A questão foi focada nos gastos com a construção e reforma de estádios. A presidente Dilma Rousseff garantiu em discurso na TV que não há dinheiro público federal nas obras, o que é mentira.

Além de haver dinheiro público em obras nos estádios (por meio de subsídios e financiamentos), há uma gigantesca desoneração fiscal, garantida pela lei 12.350, de 20 de dezembro de 2010, assinada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em suma, são benefícios e isenções fiscais concedidos pelo governo brasileiro à Fifa (Federação Internacional de Futebol) e seus parceiros para a realização dos eventos.

Ora, na medida em que concede tais benefícios e isenções, o Brasil está abrindo mão de receber tributos. Portanto, está abrindo mão de dinheiro público. A lei é clara – e extensa. Veja alguns artigos:

Art. 3o - Fica concedida, nos termos, limites e condições estabelecidos em ato do Poder Executivo, isenção de tributos federais incidentes nas importações de bens ou mercadorias para uso ou consumo exclusivo na organização e realização dos Eventos, tais como:
 I – alimentos, suprimentos médicos, inclusive produtos farmacêuticos, combustível e materiais de escritório;
 II – troféus, medalhas, placas, estatuetas, distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos;
 III – material promocional, impressos, folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou utilizados nos Eventos;
 IV – bens dos tipos e em quantidades normalmente consumidos em atividades esportivas da mesma magnitude; e
 V – outros bens não duráveis, assim considerados aqueles cuja vida útil seja de até 1 (um) ano.
 Art. 7o - Fica concedida à Fifa isenção, em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização dos Eventos, dos seguintes tributos federais:   
 I – impostos: 
a) Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF); e 
b) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF);
 II – contribuições sociais
 III – contribuições de intervenção no domínio econômico
 Art. 9o - Fica concedida aos Prestadores de Serviços da Fifa, estabelecidos no País sob a forma de sociedade com finalidade específica para o desenvolvimento de atividades diretamente relacionadas à realização dos Eventos, isenção dos seguintes tributos federais: 
I – impostos
II – contribuições sociais 

Para se ter uma ideia, só para as obras dos estádios, os benefícios fiscais representam uma bolada de R$ 340 milhões, segundo a Receita Federal. Como já mostrou o UOL, somando medidas fiscais e subsídios, a conta chega a R$ 1,1 bilhão.

Não se trata de ser contra ou a favor da realização de eventos do gênero, mas apenas de tratar a coisa pública com zelo e transparência. O cidadão merece saber quanto, afinal, o Brasil está "pagando" e deixando de arrecadar para sediar a festa do futebol já que a falta de recursos costuma ser desculpa para a falta de ação dos governos em nível federal, estadual e municipal.

Leia também (acrescentado em 19/8):

- Gurgel recorre ao STF contra lei que concedeu isenção tributária ampla, geral e irrestrita à Fifa

sábado, 21 de julho de 2012 | | 0 comentários

Brasil, acerte as contas com sua história!

O Brasil realmente tem dificuldade em lidar com sua história. Enquanto os vizinhos sul-americanos estão levando ao banco dos réus (e condenando!) ditadores e colaboradores do regime militar, o máximo que o Brasil conseguiu fazer foi criar a tal Comissão da Verdade, cuja missão principal é investigar os fatos ocorridos entre 1946 e 1988, mais especificamente durante os 21 anos de ditadura.

Sobre eventuais punições, nada se fala.

A redemocratização já caminha para seu trigésimo aniversário e a principal via que liga as duas maiores metrópoles brasileiras, Rio de Janeiro e São Paulo, ainda carrega o nome de um dos presidentes do regime militar – a Via Dutra. E sequer se cogita dar um outro nome que mereça maior consideração dos brasileiros.

A mais recente polêmica envolve o nome do estádio construído no Rio para os Jogos Pan-Americanos de 2007. Apelidado de “Engenhão”, ele tem como patrono o ex-presidente da CBD (atual CBF, a Confederação Brasileira de Futebol) e da Fifa (Federação Internacional de Futebol), João Havelange.

Ocorre que Havelange é, junto com seu ex-genro e ex-presidente da CBF, Ricardo Terra Teixeira, um dos citados no
processo judicial que tramitou na Justiça suíça a respeito do pagamento de propina da falida ISL a dirigentes da Fifa.

No processo (disponível
aqui, em inglês), Havelange e Teixeira assumiram o envolvimento no caso de corrupção e se comprometeram a pagar uma certa quantia em dinheiro como acordo para não ter os nomes divulgados.

Desde que o processo veio a público, na última semana, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), é pressionado para que troque o nome do estádio.

Por enquanto, nenhuma palavra – até porque, como citado, o Brasil tem dificuldade em passar a limpo sua história.

Enquanto isso, Dutras e Havelanges vão ganhando honrarias e homenagens país afora. Algo a que, definitivamente, eles não fazem jus.

Leia também:

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010 | | 0 comentários

A Copa vai respirar novos ares

Pela primeira vez, a Copa do Mundo de Futebol vai para o Leste Europeu e para o Oriente Médio.

Em 2018, Rússia:



Em 2022, Qatar:



Polêmicas à parte (sei que a escolha dos países-sede não é nem um pouco republicana), acho interessante levar o Mundial para terras "nunca antes desbravadas" - em que pese opiniões contrárias interessantes que li hoje.