sexta-feira, 31 de outubro de 2014 | | 0 comentários

Trabalhando...

Justiça decreta sequestro de bens de ex-chefe do Departamento de Edificações da Prefeitura de São Paulo:


A partir de 1° de novembro, multas por ultrapassagens ficarão mais caras:

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Ensaio sobre o futuro governo DIlma

O tamanho dos desafios do segundo mandato de Dilma já foi dado apenas uma semana após a reeleição.

Na economia, elevação dos juros pelo Banco Central devido aos riscos de aumento da inflação.

Na política, derrota na Câmara Federal em um dos projetos mais simbólicos do governo, o decreto que criava os polêmicos conselhos populares.

Derrota, registre-se, capitaneada pelo aliado de primeira hora PMDB, do vice Michel Temer - o que mostra que não virão da oposição as principais dores de cabeça da presidente no Congresso e sim de sua própria base aliada, como tem sido até agora. Os partidos da base, PMDB à frente, prometem cobrar a fatura do apoio reeleitoral

* Leia também:

- Lula e o pé na porta

quinta-feira, 30 de outubro de 2014 | | 0 comentários

Constatação

Como é bonito ver algo que é feito com o coração.

Tudo, absolutamente tudo, ganha outra dimensão quando há uma dose de amor - na vida, no relacionamento, na profissão!

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Tentação!

Só para deixar com vontade, água na boca, inveja, desejo...: o verdadeiro chocolate suíço!








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"O Fla-Flu político emburrece”

(...) “Na maior parte do tempo, política é uma batalha entre interesses divergentes ou uma tentativa de equilibrar verdades parciais”. Ou seja, nem os petistas nem os tucanos estão sempre 100% certos ou 100% errados.

Mas, prossegue (David Brooks, colunista do “New York Times”), “nesse estado efervescente, torna-se [a política] uma batalha de luz e escuridão. Quando escolas, grupos comunitários e locais de trabalho se definem pela cor política de seus membros, (...), então toda comunidade fica mais burra porque não pode colher os benefícios de pontos de vista divergentes e de pensamentos em competição”. (...)

Fonte: Clóvis Rossi, “Folha de S. Paulo", Mundo, 30/10/14 (íntegra
aqui).

quarta-feira, 29 de outubro de 2014 | | 0 comentários

A proposta de Dilma e a fala de Renan

A presidente Dilma Rousseff (PT) está certa: a reforma política é necessária - é a "mãe" de todas as reformas porque é a raiz de grande parte dos males do nosso sistema político-eleitoral e dos governos em geral.

O presidente do Senado (argh!), Renan Calheiros (PMDB-AL), está certo do ponto de vista institucional: isto é dever do Congresso.

Que, registre-se, não faz nada há 20 anos, desde que projetos de reforma começaram a circular por lá. Lava as mãos conscientemente porque não quer tocar em privilégios seculares.

Dilma, ao citar a reforma e a necessidade de consulta popular no seu discurso da vitória, foi bem clara: o tema é uma "responsabilidade constitucional do Congresso". A sociedade deve ser mobilizada "num plebiscito por meio da consulta popular".

Embora legalmente os termos estejam tortos, como registrou Elio Gaspari em artigo na "Folha de S. Paulo", é preciso considerar a intenção da presidente reeleita.

E a intenção é: povo brasileiro, se não pressionar, a reforma não sai. O Congresso, senhor Renan Calheiros, já mostrou não ter interesse no assunto. Afinal, são duas décadas de embromação, não dois dias ou dois meses.

O que Dilma quis dizer também é que, após as jornadas de Junho de 2013, nenhuma reforma será legítima se não tiver a participação efetiva da sociedade, durante o processo e depois.

Entre o que disse Renan e Dilma, fico com a presidente.

Mas já que Renan fez questão de colocar os pingos nos "is" do ponto de vista institucional, que coloque seu cacife político em jogo para fazer a reforma avançar.

Em tempo: é preciso registrar também, como fez Gaspari no artigo já mencionado, que o tema da reforma é recorrente nos discursos petistas em momentos de crise. E a reeleição da presidente, embora festejada, é um momento de tensão do partido, que sabe a "bomba" política que terá pela frente no novo governo.

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"Custe o Que Custar"

Curtindo o "CQC" ao vivo, na Band - convite do querido Marcelo Tas!





E teve até a TV Cultura no "Top Five"...

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O papa falou - e reafirmou o que eu sempre disse

escrevi neste blog, quatro anos atrás, que sempre duvidei da história de Adão e Eva, da criação do homem e do mundo. Ou melhor, sempre considerei o Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, chamado de livro da Criação, como uma alegoria. Ou pedagogia da Igreja, como disse certa vez um padre.

Mesmo com a palavra de um religioso, explicada no post cujo link está acima, continuei ouvindo defesas radicais do criacionismo tal qual citado no Gênesis. E, diante de meus questionamentos ou argumentos, continuei sendo acusado de "homem de pouca fé" - ou nenhuma fé, já que duvidar da Criação tal qual citada na Bíblia seria duvidar do próprio Deus.

Pois bem: precisou que um papa progressista e revolucionário, como Francisco, dissesse a mesma coisa para que a comunidade católica entendesse meu ponto de vista: crer no evolucionismo ou na teoria do "Big Bang", a grande explosão que deu origem ao universo, em nada contradiz a crença em Deus como poder criador do universo.

Ao contrário, a reforça - como salientou o papa.

Será que agora, finalmente, poderei defender meu ponto de vista em paz? Ou alguém ainda vai querer reclamar com o bispo - porque com o papa não vai adiantar...

Em tempo: estive recentemente no Cern (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), o maior centro de pesquisas de física de partículas do mundo, na divisa da Suíça com a França. Foi lá que descobriram a chamada "partícula de Deus", o bóson de Higgs (mais detalhes aqui).

Ao conversar com os cientistas do Cern, perguntei se a teoria do "Big Bang" já estava consolidada para explicar a origem do universo. Disseram que sim. Daí questionei se a ciência já consegue explicar o que deu origem ao "Big Bang" e o que havia antes da tal grande explosão. E a resposta foi: não sabemos.

É neste vácuo científico onde, para os que creem, entra o poder de Deus.

* Leia também (acrescentado em 30/10):

- Bíblia não nos dá pistas claras sobre existência de Adão e Eva

segunda-feira, 27 de outubro de 2014 | | 0 comentários

Lembrete

Um detalhe importante a registrar: o Brasil realizou com sucesso a sétima eleição presidencial seguida, de modo legítimo - algo a saudar na vida republicana brasileira.

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O mundo é belo

Recentemente, fiz um “road show” de divulgação do Peru, a convite do governo daquele país e da PromPerú. Ao planejar minha apresentação, tive forçosamente – e prazerosamente – que pensar sobre aquele país, que tive a oportunidade de visitar em maio último.

Ao “rever” o Peru que guardei na memória, reforcei a convicção de viajante de que não existe país melhor do que outro. São apenas diferentes.

Assim, o Peru é tão único e singular quanto a Suíça.

Os vídeos a seguir são bons exemplos do que falei. Ambos mostram a beleza de suas regiões. 

Um Peru mágico e sinônimo de riqueza histórica e cultural:



uma Suíça exemplo de beleza e perfeição:

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O discurso de Dilma - uma esperança

Reeleita, Dilma Rousseff fez um discurso interessante. Deu passos em direção a uma posição estadista ausente até aqui.

Acenou também com diálogo (mais por necessidade do que por convicção ou humildade), mas evitou sequer mencionar o nome do seu adversário derrotado – um gesto de gentileza que soaria bem para quem falou em união e reconciliação.

O fato é que se Dilma for bem sucedida em metade do que se propôs a fazer apenas no discurso da vitória (não estou considerando nem as promessas marqueteiras de campanha), entrará para a história.

Contudo, há alguns aspectos a observar:

- Dilma apelou por união porque sabe bem as dificuldades que terá pela frente (a começar pelo “aliado” de primeira hora, o PMDB – principal beneficiário de um processo de impeachment, tema que paira pelo ar);

- pelo que se depreende do discurso de Dilma, a estratégia petista já está traçada para sustentar o governo: convocar a militância. Daí a menção, mais uma vez, a um plebiscito ou referendo sobre a reforma política. Mais do que os partidos aliados, é com o povo (ou os apoiadores e militantes) que a presidente pretende contar.

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Um perfil conhecido

(...) Motivar os eleitores enaltecendo as virtudes do povo e denunciando as elites corruptas e depredadoras que causam as adversidades da sofrida nação é uma estratégia muito antiga. E funciona. Rendeu grandes dividendos políticos aos coronéis Perón, Chávez e Putin, por exemplo. Suas práticas são conhecidas: prometer ao povo o que ele gosta de ouvir, ainda que seja impossível ou irresponsável cumprir essas promessas. E os resultados do populismo também são conhecidos: alta popularidade temporal do caudilho e danos permanentes à economia do país. E o surgimento de uma nova elite tanto ou mais corrupta do que a anterior. (...)

O perfil soa familiar? Personagens que a América Latina conhece bem...

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A arte de ensinar brincando

Conheci tempos atrás uma loja de bonecas diferente em São Paulo. Ela vende apenas produtos feitos à mão e com foco na diversidade e inclusão social. A ideia partiu de três irmãs - que, aliás, são bastante simpáticas. 

Na "Preta Pretinha", as bonecas reproduzem os diferentes matizes da raça humana: tem modelo gorda, magra, albina, negra, com síndrome de Down, portadora de deficiências físicas, cega, de todos os tipos, uma mais bonita do que a outra.





É, como se diz atualmente, uma loja-conceito - que trabalha com uma das questões mais relevantes dos tempos modernos, as minorias. Sem pedantismo ou qualquer intuito de catequisação. De forma pedagógica, criativa e lúdica, a "Preta Pretinha" ensina brincando. Ou brinca ensinando.

Vale a pena ir até lá nem que seja só para conhecer, como eu fiz. A loja fica na rua Aspicuelta, 474, no coração da vila Madalena.

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Frase

"As pessoas vestem a camisa do seu candidato como se fosse um time de futebol e não refletem mais. Prescindem de consciência própria."
Letícia Sabatella, atriz, em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo"

domingo, 26 de outubro de 2014 | | 0 comentários

Constatação 2

Quando foi lançado candidato a presidente, o senador Aécio Neves disse algo como "me deem a vitória em São Paulo que eu lhes darei a presidência do Brasil".

Pois bem: finalizada a eleição, São Paulo deu a Aécio quase sete milhões de votos de frente sobre a adversária. Aécio só esqueceu - ou não foi capaz - de fazer a lição de casa...

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O clima em imagem

Efeito da maior seca das últimas décadas, misturada à poluição do ar na região metropolitana de São Paulo:



Foto feita após decolagem do aeroporto de Guarulhos em 12/10/14.

sábado, 25 de outubro de 2014 | | 0 comentários

Constatação 1

Eleição perigosa a deste domingo: tenho uma leve sensação de que quem ganhar vai perder...

* Leia também (acrescentado em 27/10):

- País elege um gestor de crise, não o presidente

quinta-feira, 23 de outubro de 2014 | | 0 comentários

"A busca"

(...) Confie em seu coração, mas não se esqueça de que você está no deserto. 
Ninguém deixa de sofrer as consequências de cada coisa que se passa debaixo do sol.
Uma busca começa sempre com a Sorte de Principiante. 
E termina sempre com a Prova do Conquistador.

Fonte: blog do Paulo Coelho, postado em 23/10/14 (íntegra aqui).

PS: palavras sábias para este dia...

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Um prédio, uma obra de arte, uma atração

Visitar a Bienal de Arte de São Paulo é sempre um entusiasmo - pela criatividade que desperta e por nos provocar. Até o pavilhão que a abriga, no Parque do Ibirapuera, é uma atração, com seus traços modernistas e as curvas características de Oscar Niemeyer. Vale a pena conferir:






 


* As fotos são minhas e de Mirele Parronchi

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Frase

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada."
Clarice Lispector, escritora

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O Brasil que sairá das urnas é isto...

(...) Ganhando Aécio, ganhando Dilma, o Congresso vai impor as mesmas dificuldades que se conhecem até agora. (...)

Acho que uma vitória de Aécio pode ter efeitos "amargos", mas necessários, na macroeconomia, e tende a cercear a autocomplacência de um PT acostumado demais às práticas do poder. Acho que uma vitória de Dilma garante mais a expansão de iniciativas sociais, que não se resumem ao Bolsa Família.

Não voto em nenhum, se for para esperar controle real da corrupção, melhoria sensível na segurança ou na saúde pública. Todos sabem que, por mais que se tenha feito, falta muita coisa a fazer, e nenhum governo deixa de ter realizações ou omissões quanto a isso em seu currículo. (...)

Fonte: Marcelo Coelho, “Notícias da Jacu-Pêssego”, Folha de S. Paulo, Ilustrada, 22/10/14.

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Trabalhando...

Transformar a música em profissão é o sonho de muitos jovens:



A ofensiva dos publicitários contra a censura:

terça-feira, 21 de outubro de 2014 | | 0 comentários

Podemos! Queremos?

(...) Na Espanha, ainda que as ruas também tenham sido esvaziadas, o movimento dos indignados refluiu para assembleias em bairros ou cidades e, a partir delas, criou uma instância o mais parecida possível com um partido político.

Chama-se Podemos, capturou 1,2 milhão de votos nas eleições europeias de maio passado e elegeu cinco eurodeputados. (...)

Na Espanha, o Podemos lançou um tema que nem remotamente assoma no Brasil: o pagamento da dívida. Propõe não o calote, mas uma reestruturação ordenada, no pressuposto de que se trata de "uma questão de eficiência econômica e de necessidade".

No Brasil, a rubrica que mais consome recursos públicos, depois da Previdência, é o pagamento dos juros da dívida, mas trata-se de um item tabu. Reestruturar pode ou não ser factível, mas interditar o debate sobre o tema, como o fazem os grandes partidos, só torna mais urgente a necessidade de um Podemos tapuia, que tente resgatar e içar a bandeira das ruas. (...)

Fonte: Clóvis Rossi, "Não, não podemos", Folha de S. Paulo, Mundo, 21/10/14.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014 | | 0 comentários

Constatação

Quando falta visão, sobram inveja e incompetência.

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O museu Rosengart - e as paixões de Angela

Uma coleção iniciada por uma garota de 17 anos deu origem a um museu na Suíça com obras de alguns dos principais pintores do século 20. A dona da coleção foi amiga de Pablo Picasso e chegou a ser retratada por ele.

Impressionistas franceses como Renoir, Paul Cézanne, Camille Pissarro e pintores figurativos como o italiano Modigliani. Nomes que enfeitam as paredes da antiga sede do Banco Nacional em Lucerna, uma das mais encantadoras cidades suíças. O prédio de 1924 abriga hoje este outro tipo de tesouro. São cerca de 300 pinturas e desenhos escolhidos por Siegfried Rosengart, um famoso vendedor de obras de arte que morreu em 1985, e sua filha Angela. Escolhas feitas com o coração, diz a fundadora do museu que leva o sobrenome da família.



A coleção começou com um pequeno quadro de Paul Klee, comprado por Angela com seu próprio salário quando ela tinha apenas 17 anos. Foi o início de uma paixão - o museu tem 125 pinturas e desenhos do famoso pintor suíço.

  
A outra paixão nasceu após um encontro com Pablo Picasso. Angela conta que o famoso pintor espanhol era amigo do seu pai, que o conheceu em paris em 1914. “Ele era educado e disse ao meu pai: ‘que filha adorável!’”, recorda. A amizade foi parar nas telas. Uma jovem Angela foi retratada por Picasso em pelo menos cinco quadros. Eles não podem ser filmados, devido aos direitos autorais, mas as sessões de pintura ficaram eternizadas nas fotos feitas por Siegfried Rosengart.

Além das imagens, Angela guarda as lembranças dos encontros com uma pessoa que ela define como “generosa e muito amiga”. “Ele sempre tinha ideias para fazer algo especial”, diz ela. A coleção inclui 32 pinturas e cerca de 100 desenhos de Picasso.

Para guardar seus tesouros, Angela criou uma fundação em 1992. Dez anos depois, abriu o museu. Quando eu pergunto se ainda se encanta com a coleção, ela responde enfática: “Com certeza. Eu passeio todos os dias pelo museu, encontro as pessoas e vejo a paixão delas pelos quadros. Faço isto com muito prazer.”

E se alguém ficou curioso em saber quanto vale a coleção, Angela diz que nunca se interessou por isso. Para ela, as obras têm um valor que nenhum dinheiro pode pagar...


Em tempo: a entrevista com Angela Rosengart foi reproduzida também na rádio Cultura FM 103,3. Ouça aqui.

* A último foto foi tirada por Adrien Genier

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Por um debate racional

No atual debate eleitoral (como de resto em praticamente todos), impera uma grande dose de irracionalidade. Ela começa pela dificuldade de reconhecer acertos alheios. Algo que passa, reconheço, pela imaturidade do eleitor de distinguir um eventual gesto desse porte, como ocorreu no início do governo Dilma Rousseff, quando a atual presidente enviou uma carta elogiosa ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em razão do aniversário de 80 anos dele.

Para o bem da sociedade e da verdade, seria necessário que tucanos e petistas começassem por reconhecer os esforços bem sucedidos de cada governo antes de somente lhes apontar os erros. Isto ajudaria a colocar mais racionalidade no debate para discutir o que de fato interessa – os projetos de futuro.

Tal verdade, inconteste pelos desapaixonados, pode ser resumida pelo que escreveu recentemente na “Folha de S. Paulo” o vice-presidente do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), Marcos de Barros Lisboa:

No governo FHC ocorreram importantes avanços como a universalização da educação fundamental, os aumentos do salário mínimo e a introdução das políticas de transferência de renda. 
 A agenda social continuou no governo Lula, que teve o mérito de conceder-lhe maior proeminência na política. Reflexo de um país em que, finalmente, após mais de uma década de aperfeiçoamentos na condução da macroeconomia e reformas institucionais, a economia se tornara menos relevante, porque menos problemática. 
 Entre 2001 e 2009, o maior crescimento econômico, o desempenho do mercado de trabalho e o reajuste do salário mínimo, beneficiados pelo cenário externo e ganhos de produtividade, permitiram a melhora da qualidade de vida e a queda da desigualdade.

Apenas para documentar o que petistas fazem questão de negar, a respeito da origem das ações de transferência de renda, numa tentativa desonesta de apagar a história, eis a lei (10.836/04) que criou o programa Bolsa-Família:

        Art. 1o - Fica criado, no âmbito da Presidência da República, o Programa Bolsa Família, destinado às ações de transferência de renda com condicionalidades.
         Parágrafo único - O Programa de que trata o caput tem por finalidade a unificação dos procedimentos de gestão e execução das ações de transferência de renda do Governo Federal, especialmente as do Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à Educação - Bolsa Escola, instituído pela Lei nº 10.219, de 11 de abril de 2001, do Programa Nacional de Acesso à Alimentação - PNAA, criado pela Lei n o 10.689, de 13 de junho de 2003, do Programa Nacional de Renda Mínima vinculada à Saúde - Bolsa Alimentação, instituído pela Medida Provisória n o 2.206-1, de 6 de setembro de 2001, do Programa Auxílio-Gás, instituído pelo Decreto nº 4.102, de 24 de janeiro de 2002, e do Cadastramento Único do Governo Federal, instituído pelo Decreto nº 3.877, de 24 de julho de 2001.

Como também é verdade o que (honestamente) registrou o "Blog da Cidadania", um ferrenho defensor do petismo, por ocasião da carta de Dilma:

FHC foi realmente responsável pela estabilização da moeda. Lateralmente, mas foi. Não era economista, não criou nada, mas a imagem pública e internacional que detinha deu credibilidade ao plano. 
Lamentavelmente, porém, visando seu próprio projeto político, para arrancar do Congresso a emenda constitucional da reeleição e para efetivamente se reeleger FHC postergou a liberação da taxa de câmbio e, assim, produziu uma catastrófica crise cambial no país.

E contra fatos, só podem haver falácias, sofismas e mentiras. Nada mais.

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Um diagnótisco mundial

(...) Poucos acreditam na honestidade ou no altruísmo dos políticos, e os partidos já não são o lar natural dos idealistas. (...)

Governos paralisados e partidos políticos estancados continuam sem dar respostas críveis às novas demandas de sociedades em efervescência, que estão mudando a uma velocidade inalcançável para os que operam com ideias do passado.

Fonte: Moisés Naím, “O que acontece com a política” (“?Qué le passa a la política?”), El País, Internacional, 11/12/14.

sábado, 18 de outubro de 2014 | | 0 comentários

31ª Bienal de Arte de São Paulo

Como sempre polêmica, a Bienal de Arte de São Paulo segue até dezembro no pavilhão do Parque do Ibirapuera. Nesta 31ª edição, ela parece mais política (não que as edições anteriores não tivessem este viés, até porque do ponto de vista conceitual pode-se dizer que toda arte é por princípio um ato político, mas é que desta vez parece ter havido um foco especial no tema).

Aspectos religiosos também chamam a atenção em muitas obras.

Segundo o folder oficial, a bienal pretende analisar "o conflito por meio de projetos que têm em suas bases relações e confrontos não resolvidos: entre grupos diferentes, entre versões contraditórias da mesma história ou entre ideias incompatíveis". Os organizadores falam ainda em ação coletiva, imaginação e transformação.





























* As fotos são minhas e de Mirele Parronchi