terça-feira, 4 de agosto de 2015 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 07:22 | 0 comentários
Nós, os imbecis (?)
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quarta-feira, 1 de julho de 2015 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 10:46 | 0 comentários
Uma caixa de música pós-moderna
Você conhece aquelas antigas máquinas de música, geralmente encontrada nos bares dos Estados Unidos, as "jukeboxes"? Então, imagine agora uma moderna "jukebox", ou algo que utilize como ressonância os canais modernos - a Internet. O resultado é uma "PostmodernJukebox", assim mesmo, porque trata-se do nome de uma banda.
Tudo começou por iniciativa de um garoto apaixonado por música. Scott Bradlee decidiu reunir um grupo e produzir novas versões de clássicos, em ritmos que vão do jazz ao estilo Motown. Acrescente a isto instrumentos de qualidade, vozes afinadas e uma apresentação performática (que inclui até um palhaço de visual triste e voz arrepiante - ou "dourada" - interpretando a clássica "Royals").
O projeto começou arrecadando patrocínio por meio de um site de financiamento coletivo (crowdfunding). Nele, Bradlee explica a origem da sua ideia:
“Quando eu era criança, estava mais interessado na música da geração dos meus avós do que da minha própria. Decidi que queria aprender a tocar gêneros mais antigos, como o ragtime, jazz, blues, e gastei incontáveis horas ouvindo LPs antigos e tentando imitar no piano os sons que ouvia. Eu me tornei um pianista profissional e mudei-me para Nova York.
Lutei por alguns anos para encontrar trabalho e aprendi (surpreendentemente!) que o piano ragtime não era tão popular como antes. Eu não estava prestes a desistir; em vez disso, decidi pegar músicas atuais - os hits pop de hoje - e colocá-las em uma máquina do tempo para descobrir como soariam se fossem gravadas nos anos 20, 30, 40 e 50. Eu postei estas experiências no YouTube e de repente descobri que as pessoas realmente gostavam das minhas ideias. Decidi que queria usar meu canal para imaginar um universo alternativo em que as canções de hoje fossem escritas há meio século, durante os primeiros anos da indústria fonográfica.”
Atualmente, o PMJ posta toda quinta-feira um novo vídeo no Youtube. O material fez e faz tanto sucesso (o vídeo de "Royals" tinha mais de 13 milhões de visualizações meados de 2015) que o grupo já tem cerca de cem apresentações agendadas para este ano e 2016 em países como Canadá, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e, claro, várias cidades dos EUA.
Quem sabe qualquer hora eles não aparecem no Brasil?
Descobri o grupo numa conversa com o professor Marcelo Zuffo, diretor do Centro Interdisciplinar de Tecnologias Interativas (Citi), da USP (Universidade de São Paulo). É realmente impressionante a qualidade do trabalho, com um leve e refinado toque de humor.
Fica a dica: música de qualidade unida à tecnologia!
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sexta-feira, 10 de abril de 2015 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 06:36 | 0 comentários
Trabalhando...
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terça-feira, 17 de junho de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 14:00 | 0 comentários
Os jornais e o jornalismo têm futuro, diz Carr
Fonte: Sylvia Colombo, "A novela da mídia", Folha de S. Paulo, Ilustrada, 2/6/14.
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quarta-feira, 28 de maio de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 21:25 | 0 comentários
As mudanças no "NYT"
Para ela, a Redação precisou se habituar a leitores que esperam sempre uma página "nova" na internet e de mudança contínua de assuntos.
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terça-feira, 20 de maio de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 09:11 | 0 comentários
Vida visualizada - uma crítica sobre as redes sociais
"I forgot my phone", escrito por Charlene deGuzman e dirigido por Miles Crawford:
"Look up", dirigido por Gary Turk:
Leia também:
- Retrato de uma juventude
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segunda-feira, 17 de março de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 22:21 | 0 comentários
Uma revolução em três letras - www
Marcadores: comportamento, Internet, revolução digital
domingo, 16 de março de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:47 | 0 comentários
"Ciberescapismo"
Fonte: Sérgio Augusto, “O Estado de S. Paulo”, Aliás, 16/3/14, p. E9 (íntegra aqui).
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sábado, 18 de janeiro de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 03:43 | 0 comentários
"Papel = Internet"
Fonte: Álvaro Pereira Júnior, “Folha de S. Paulo”, Ilustrada, 18/1/14 (íntegra aqui).
Marcadores: Álvaro Pereira Júnior, Internet, multimídia, NY Times, webjornalismo
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 03:30 | 0 comentários
"Uma boa-nova"
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quarta-feira, 30 de outubro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:07 | 0 comentários
Sintomas dos novos tempos
Fonte: Nizan Guanaes, “Somos o que buscamos”, Folha de S. Paulo, Mercado, 29/10/13.
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domingo, 22 de setembro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 09:08 | 0 comentários
Dez minutos no Facebook - uma experiência
Folha - Não é de hoje que você questiona uma "banalização" promovida pela internet. Como essa ideia virou livro?
Bernardo Carvalho - Tive um processo longo de percepção de uma fascistização do mundo, de um jeito ambíguo, porque as pessoas criam o fascismo achando que estão encontrando a liberdade. A internet é libertária, democrática, mas também faz você entregar sua privacidade e se relacionar com corporações como se fossem Deus ou a natureza. Elas dizem: "Você não precisa pagar nada". E você se entrega acriticamente, porque a ideia de não fazer esforço é sedutora. E há o narcisismo, a exposição no Facebook, que pega um ponto central. É perverso, a conquista vai em pontos frágeis da psique, você se sente uma celebridade. Do ponto de vista político, você acha que está usando, mas está sendo usado. O livro expressa esse desconforto.
Na sua opinião, a internet apenas reflete um comportamento humano ou o reforça?
Talvez tenha acirrado algo que sempre existiu em potencial. Você não tem privacidade, mas pode ter anonimato, o que permite uma manifestação de imbecilidade sob a proteção do anonimato. Estava incomodado com isso e pensei nesse narrador que representa o ódio absoluto, o anonimato da internet. No livro há uma frase do [filósofo espanhol] Ortega y Gasset: "Todo povo cala uma coisa para poder dizer outra. Porque tudo seria indizível". O personagem tem a informação absoluta, mas nada do que ele diz quer dizer muito. Não adianta você saber um monte de coisas, ser informado na superficialidade midiática sem uma compreensão do mundo. Você só reproduz, não consegue mais produzir.
Fonte: Raquel Cozer, “Você acha que usa a Internet, mas estásendo usado por ela”, Folha de S. Paulo, Ilustrada, 21/9/13.
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domingo, 15 de setembro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 11:00 | 0 comentários
O futuro do "Grande Irmão"
Julian Assange - Estudo a Agência Nacional de Segurança [dos EUA] há 20 anos. A imagem foi composta de vazamentos, telegramas, inquéritos do Congresso, testemunhos de ex-funcionários. Uma imagem complexa, que precisava ler milhares de coisas. O importante das revelações de Snowden é que alguns documentos tornaram isso claro para as pessoas.
Há uma tendência importante na direção contrária. O que estamos vendo, com o fracasso da intenção de erguer um ataque à Síria, com as revelações, é o desenvolvimento de um novo corpo político internacional, de um novo consenso, de um novo "demos" [povo como unidade política]. Se a internet, por um lado, ampliou imensamente o poder dos Estados Unidos como Estado, por outro também produziu uma nova sociedade. É um tempo muito interessante, porque ou vamos derivar para essa distopia ou para esta nova cultura internacional fortalecida, que vai fornecer uma força prática e política de equilíbrio.
Fonte: Nelson de Sá, “Internet levará à distopia ou a uma cultura mais forte”, Folha de S. Paulo, Ilustrada, 15/9/13, p. E1.
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sexta-feira, 6 de setembro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 11:00 | 0 comentários
Você se sentia 100% seguro na Internet?
Como diz a canção, "deu no 'New York Times'" que a agência nacional de segurança dos Estados Unidos, a NSA, consegue "quebrar" qualquer código de segurança e privacidade na Internet.
Esta história toda da espionagem norte-americana me deixou com uma pulga atrás da orelha. Não em relação à minha segurança como internauta, ao contrário, como público das notícias. Afinal, sinceramente, alguém acreditava que existe algum meio de fazer da Internet 100% segura?
Desde que comecei a usar a rede mundial de computadores sempre soube que NÃO EXISTE segurança absoluta.
Daí a saber que alguém fica bisbilhotando as coisas é outra história, mas ficar espantando porque um bando de arapongas consegue romper ferramentas de segurança é uma certa inocência.
Marcadores: espionagem, EUA, Internet, segurança
segunda-feira, 26 de agosto de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 05:56 | 0 comentários
Os jornais e a Internet como negócio
Marcadores: Internet, jornais, tecnologia
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:57 | 0 comentários
O mundo da aviação na tela do computador
Conheci há pouco tempo um site muito legal. É o Flight Radar 24, um verdadeiro tesouro para as pessoas que, como eu, são apaixonadas pelo mundo da aviação. Ele permite visualizar, em tempo real (ou, no máximo, com atraso de cinco minutos), todos os voos no mundo.
Você escolhe uma determinada região e vê os aviõezinhos se locomovendo. Basta clicar em um deles para saber de qual companhia se trata, o número do voo, rota, tipo de aeronave, altitude, velocidade, etc. Uma riqueza de informações!
Se quiser fazer um teste, vale a pena: procure a região onde você mora e aguarde a passagem de algum avião. Quando avistá-lo no site, pode procurá-lo no céu. Já fiz isto várias vezes e sempre dá certo. Aliás, tornou-se uma diversão - minha e da minha mãe - procurar os aviões cruzando Limeira. "É batata!", como diria um conhecido.
Se você curte aviação e ainda não conhece o Flight Radar, uma dica: ao clicar num avião e ver todas as informações já mencionadas nesta postagem, observe um link azul, logo abaixo, escrito "cockpit view". Clique e mais do que dados do voo, você o acompanhará em tempo real a partir da visão dos pilotos (atenção: é preciso instalar o plug-in do Google Earth). É pura adrenalina!
Eu já cansei de ver aviões pousando no aeroporto internacional de Guarulhos. Dia desses, ao acompanhar um voo, vi até uma arremetida (ou aterrissagem descontinuada, na linguagem oficial). Conforme o avião se aproximava, ia descendo, descendo... até que na reta final começou a subir, subir... Foi até uns 1,8 mil metros, fez um longo círculo e retomou o procedimento de aterrissagem.
Aliás, por meio do site é possível ver as rotas de aproximação dos aeroportos, como a fila para descer em Guarulhos.
Também é possível deduzir quando há tráfego excessivo, já que os aviões começam a fazer curvas estranhas, como a que eu também flagrei.
Agora é com você: aperte o cinto e boa viagem!
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 05:30 | 0 comentários
Os riscos à vida privada
"A luta do WikiLeaks é uma luta
de muitas facetas. Em meu trabalho como jornalista, lutei contra guerras e para
forçar os grupos poderosos a prestarem contas ao povo. Em muitas ocasiões,
manifestei-me contra a tirania do imperialismo, que hoje sobrevive no domínio
econômico-militar da superpotência global.
Por meio desse trabalho, aprendi a dinâmica da ordem
internacional e a lógica do império. Vi países pequenos sendo oprimidos e
dominados por países maiores ou infiltrados por empreendimentos estrangeiros e
forçados a agir contra os próprios interesses. Vi povos cuja expressão de seus
desejos lhes foi tolhida, eleições compradas e vendidas, riquezas de países
como o Quênia sendo roubadas e vendidas em leilão a plutocratas em Londres e
Nova York. Expus parte disso e continuarei a expor, apesar de ter me custado
caro.
Essas experiências embasaram minha atuação como um cypherpunk.
Elas me deram uma perspectiva sobre as questões discutidas nesta obra, que são
de especial interesse para os leitores da América Latina.
A próxima grande alavanca no jogo geopolítico serão os dados
resultantes da vigilância: a vida privada de milhões de inocentes. (...)"
Fonte: Julian Assange, “Mensagens de um ativista digital”, Folha de S. Paulo, Tec, 4/2/13.
Marcadores: governo, Internet, Julian Assange, tecnologia
quinta-feira, 25 de outubro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:55 | 0 comentários
Qual o sentido da briga entre Google e ANJ?
(...) Não há mais dúvidas de que o modelo convencional de negócios das empresas jornalísticas é inadequado para a produção de notícias na internet. Desde o surgimento deste Código Aberto, há oito anos, alertamos que a Web inverteu as regras do mercado de notícias. Passamos de uma era de escassez (poucos jornais) para uma era de abundância informativa (só de blogs são 55 milhões no mundo inteiro), o que reduziu a commodity notícia a quase zero ao mesmo tempo em que acelerou a diversificação e recombinação de dados e informações graças às facilidades das redes virtuais.
A notícia está hoje em todos os lugares e cercá-la com os muros do direito autoral equivale a tentar enxugar gelo. A rentabilidade não está mais em guardá-la como uma commodity, mas na sua circulação. Quanto mais uma notícia circular mais pupilas e cérebros ela alcançará, ampliando a reputação de quem a produziu, distribuiu e comentou. Ter informação não é mais sinônimo de ter poder. Pelo contrário, o poder de influenciar outras pessoas depende da intensidade com que a informação circular entre estas pessoas.
(...) A decisão da ANJ responde ao interesse de executivos da indústria da comunicação jornalística de arrancar toda a rentabilidade possível antes que chegue um momento fatal, como ocorreu há dias com a revista norte-americana Newsweek, que aqui no Brasil foi o modelo seguido pela Veja. Para os executivos pode ser uma estratégia inteligente para garantir uma aposentadoria dourada, mas para nós, consumidores de informações, é uma péssima notícia.
Fonte: Carlos Castilho, "Jornais vs. Google: a briga que ninguém ganha", Observatório da Imprensa, Código Aberto, 23/10/12.
(...) Além da exigência de remuneração financeira, há na decisão da ANJ também uma disputa por poder na cadeia de valor da indústria jornalística, na opinião do jornalista Eugenio Bucci, professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). "Com o surgimento dos buscadores e agregadores de notícias na internet, os jornais perderam parte importante dessa cadeia de valor. Acho que a movimentação de sair de um serviço de busca é uma tentativa de dominá-la novamente", explica Bucci.
No caso de um jornal impresso, a empresa é dona da totalidade da cadeia de valor - da produção da notícia à entrega da publicação aos leitores. Na internet, para o conteúdo chegar ao leitor, parte desse valor fica com a indústria de telecomunicações, com a indústria de computadores e, mais recentemente, também com os intermediários como o Google.
"A questão é como vai ser remunerado o jornalismo independente", sintetiza Bucci. "(A saída dos grandes jornais do Google Notícias) pode ser um movimento infeliz, que se mostrará errado daqui a algum tempo". Mas, como ainda não há um modelo que garanta essa remuneração em longo prazo, as redações independentes têm que preservar o valor do que oferecem. No cenário que está se formando, uma matéria do New York Times acaba tendo o mesmo valor de uma matéria produzida por uma organização partidária", compara o jornalista.
Fonte: Isabela Fraga e Natalia Mazotte, "Boicote ao Google News resultou em queda de apenas 5% do tráfego na web, afirmam jornais brasileiros", Blog Jornalismo nas Américas, Knight Center for Journalism in the Americas, 25/10/12.
Marcadores: ANJ, Carlos Castilho, Eugênio Bucci, Google, Internet, jornalismo, mídia, webjornalismo
terça-feira, 16 de outubro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 08:19 | 0 comentários
A Net voltou (a dar problemas...)
Então é
assim: todos os dias você, cliente, tem problemas com a conexão de Internet da
Net. Aí um dia
você liga na central de atendimento e ouve o seguinte:
terça-feira, 21 de agosto de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 22:20 | 0 comentários
"Jornalismo de qualidade é bom negócio"
O jornalismo de qualidade é importante para os cidadãos de todo o mundo e é também um bom negócio. Essa foi a mensagem do palestrante que abriu o nono Congresso Brasileiro de Jornais, ontem, em São Paulo.
Gerente do serviço noticioso do jornal "The New York Times", Michael Greenspon detalhou o sistema de cobrança de conteúdo digital que o diário americano adotou em março de 2011.
Conhecido pelo nome de "paywall poroso", esse modelo permite o acesso gratuito a alguns textos por mês e permite que apenas assinantes leiam sem restrições.
"Alguns gurus diziam que não ia dar certo. Agora esses mesmos gurus dizem que esse modelo só funciona para o 'NYT'", afirmou Greenspon. "O modelo pode funcionar para qualquer um que ofereça jornalismo de qualidade."
Ele comparou a situação do jornal hoje e há dez anos.
Segundo o executivo, o número de assinantes mais do que dobrou, superando agora 2 milhões. O total de leitores do site passou de 10 milhões, em 2002, para 45 milhões agora. E o modelo majoritariamente dependente de publicidade deu lugar a uma divisão mais igualitária entre receita de assinaturas e receita comercial (que cresceu 10% no primeiro ano de cobrança pelo conteúdo).
"Deveríamos ter começado a cobrar antes", afirmou Greenspon. Segundo ele, uma pesquisa feita com leitores do "NYT" indicou que 40% das pessoas aceitam pagar pelo jornalismo que consomem.
No Brasil, a Folha foi o primeiro jornal a adotar o "paywall poroso", em junho.
Em outra apresentação do congresso da ANJ, o americano Bill Kovach defendeu o jornalismo colaborativo.
"Temos de usar a internet para ter um envolvimento mais profundo do público. Isso o dinheiro não pode comprar." Kovach é autor do livro "Os Elementos do Jornalismo", clássico nas escolas.
Ele citou o furacão Katrina, em 2005, como exemplo de jornalismo colaborativo, pela participação do público nas narrativas. "O Katrina alterou o fluxo de informação do cidadão para a mídia e da mídia para o governo."
Fonte: Folha de S. Paulo, Poder, "Jornalismo de qualidade é bom negócio, diz executivo do 'NYT'", 21/8/12 (a reportagem está sem assinatura de repórter).
Leia também:
- Futuro do jornal exige modelo híbrido na web
Marcadores: ANJ, Internet, jornais, jornalismo, Michael Greenspon, NY Times