sexta-feira, 10 de abril de 2015 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 06:34 | 0 comentários
"Cidades, bicicletas e protestos"
Marcadores: bicicleta, cidades, Raquel Rolnik, transporte, urbanismo
quinta-feira, 9 de abril de 2015 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 11:02 | 0 comentários
Lá & cá (Alemanha & Brasil)
Dia desses postei o exemplo de um banheiro rodoviário na Alemanha. Lá, a civilidade não é só para os humanos: os animais também têm vez (claro, sob dependência dos seus educados donos). Totens com saquinhos higiênicos estão por toda parte.
Sejamos justos: esta moda já chegou ao Brasil. Só resta aumentar a adesão por parte dos usuários por aqui...
Por falar em totem, tem também para abastecer, ou melhor, recarregar o carro - movido a energia.
Os pontos de ônibus são quase iguais aos nossos, só falta o painel eletrônico que informa o tempo de chegada das próximas linhas.
Mas quando os assuntos são transporte público e mobilidade urbana, aí é covardia comparar...
As ciclofaixas passam longe do improviso (ao contrário daqui). Tem até semáforo para os ciclistas!
Detalhe importantíssimo: os alemães pagam caro - bem caro! - para ter serviços assim, de qualidade. Mas cá entre nós: também não pagamos muito???
Pelo jeito não foi só no futebol que levamos uma sonora goleada...
Marcadores: Alemanha, curiosidade, mobilidade, transporte, viagens
quinta-feira, 24 de abril de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:24 | 0 comentários
Pelo subsolo de SP
Já postei neste blog registros fotográficos de várias estações e sistemas de metrô mundo afora, só não tinha postado ainda o de São Paulo. Aí vai, então:
Em tempo: falta ainda postar fotos dos metrôs que flagrei pelo leste europeu, mas ficará para outra ocasião.
Leia também:
- Pelos subsolos
- Os metrôs
Marcadores: metrô, São Paulo, transporte
sábado, 19 de abril de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 22:46 | 0 comentários
Debaixo da terra (2)
Já tinha postado aqui uma série de imagens a respeito das estações e sistemas de metrô nos EUA e Canadá. Agora, posto os que flagrei no ano passado num giro pelo Leste Europeu.
Em Berlim (Alemanha):
Em Munique (Alemanha):
E em Viena (Áustria):
Nestas e em várias outras cidades pelas quais passei há também modernos bondes, ou metrôs de superfície, como são chamados no Brasil, mas isto eu mostrarei em outra postagem.
Leia também:
- Pelos subsolos
- Os metrôs
Marcadores: Alemanha, Áustria, curiosidades, Europa, metrô, transporte, viagens
segunda-feira, 7 de abril de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:27 | 0 comentários
Mobilidade urbana - questão social, olhar artístico
São Paulo possui atualmente 74 quilômetros de trilhos de metrô, que transportam 4,7 milhões de passageiros por dia, além de 256 quilômetros de trilhos de trem da CPTM - o sistema conjunto de trilhos leva 7,3 milhões de pessoas todos os dias.
O foco, disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB) em evento promovido pelo jornal "Folha de S. Paulo" entre os dias 9 e 10 de outubro de 2013, é integrar cada vez mais os diversos modais. Ou seja, interligar os sistemas. Ele citou quatro obras de ampliação do metrô e outras três planejadas, além de três obras da CPTM e outras duas planejadas.
No mesmo evento, o prefeito Fernando Haddad (PT) defendeu seu projeto de mobilidade, que foca no transporte público com a abertura de corredores de ônibus. Ele lembrou que, historicamente, todo o investimento viário teve como beneficiário o carro, o que chamou de "privatização da superfície da cidade".
Disse também que a cidade não podia ter uma única aposta - sobre trilhos - para melhorar o transporte. E pregou um "redesenho" dos eixos de mobilidade paralelamente aos corredores. "O problema maior não é ter um carro, mas o modo de uso", falou.
A mobilidade urbana foi justamente o tema central da 10ª Bienal de Arquitetura de São Paulo, em 2013. A mostra - cujo slogan foi "Cidades: modos de fazer, modos de usar" - ocorreu em vários pontos da cidade, todos propositalmente próximos ao transporte público.
Estive em alguns deles. No Centro Cultural São Paulo (CCSP), o subtema foi "Modos de agir". Uma exposição estimulante e provocante, misturando textos, fotos e arte contemporânea. Logo na entrada, "Le grand ensemble" ("O grande conjunto"), de Matthieu Pernot:
Em um texto sobre o famoso edifício Copan, que possui 1.160 apartamentos, li uma expressão que me chamou a atenção, referência a um modelo habitacional soviético: "condensador social".
No trabalho do fotógrafo alemão Michael Wolf, um conceito interessante: "arquitetura da densidade". Conceito que pode ser visto na foto das vilas urbanas de Taipei, na China.
O carro ganhou papel central na mostra. Como na referência a Los Angeles (EUA), talvez algo semelhante ao que se vê em São Paulo (aposta em grandes vias, regiões desconectadas, transporte público deficiente):
Em "Carrópolis", uma proposta de reflexão. "O automóvel transformou profundamente as cidades a partir do fim da Segunda Guerra Mundial, quando os produtos de consumo foram se tornando cada vez mais acessíveis às massas. (...) O automóvel era, então, um signo de poder, liberdade e ascensão social, apontando para um futuro limpo e ordenado, feito de torres conectadas a vias amplas e atravessadas por máquinas velozes. Daí vieram Detroit, Los Angeles, Atlanta, Houston, Dallas, Brasília.
Acontece que a liberdade proporcionada pelo automóvel individual só funciona bem quando beneficia um número limitado de pessoas. No momento em que o carro se generaliza, o trânsito entope as ruas, os espaços públicos são sacrificados por obras viárias cada vez mais áridas e a mancha urbana se desmancha nos subúrbios: nos bairros-dormitórios, nas favelas, nos conjuntos habitacionais de baixa renda e nos condomínios de luxo", cita texto da mostra.
Tudo isso levado ao extremo em Las Vegas, onde a cidade praticamente se funde com a estrada.
Já em São Paulo, a necessidade das tais "obras viárias áridas" e a mancha urbana crescente podem ser vistas na evolução da marginal Tietê ao longo das décadas:
"Uma cidade muda não muda", dizia o cartaz. No Occupy Wall Street, o protesto dos 99% que não se beneficiam dos ganhos do capitalismo...
Um caos que vira notícia - e arte:
Que ganha inocência nas mãos e na mente das crianças:
Que tem como causa-efeito a verticalização desenfreada, representada pela junção de imagem e arte:
E, por fim, um dos resultados do caos urbano: a favela. E uma mostra do projeto de urbanização da favela "Nelson Cruz", no centro expandido da capital:
"Hoje, fica mais evidente que o espaço público não é o lugar do encontro, e sim do conflito, do atrito."
São Paulo, afinal, tem solução!?
Em tempo: evidentemente, falar de mobilidade em São Paulo sem discutir o chamado Minhocão, o elevado "Costa e Silva", não faz sentido. Ele talvez seja o símbolo mais polêmico de uma cidade que cresceu sem discutir esta questão.
O Minhocão, claro, fez parte da bienal representando o subtema "Modos de negociar" - mas isto será tratado em outra postagem.
Marcadores: arquitetura, bienal, cidades, mobilidade, São Paulo, transporte, urbanismo