Mostrando postagens com marcador cinema. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cinema. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 21 de julho de 2015 | | 0 comentários

Um guia para a ideologia

O que está por trás dos grandes sucessos do cinema, analisado pelo filósofo esloveno Slavoj Zizek:

segunda-feira, 23 de março de 2015 | | 0 comentários

"O sal da terra" - uma ode a Salgado e ao planeta

Um mestre na arte de escrever com a luz. 


Nas últimas quatro décadas, Sebastião Salgado rodou o planeta como “testemunha da condição humana”. No Kuwait, registrou o “triste espetáculo” dos poços de petróleo incendiados por Saddam Hussein após a guerra em 1991. Com a série “Trabalhadores”, homenageou os “homens e mulheres que construíram nosso mundo”.

A trajetória do fotógrafo de 71 anos virou filme. Dirigido pelo filho Juliano em parceria com o alemão Win Wenders, “O sal da terra” estreou recentemente no Brasil após concorrer ao Oscar de melhor documentário.


Nascido em Aimorés, Minas Gerais, Sebastião Salgado mudou para a França em 1969. Premiado em todo o mundo, ele revela no filme um olhar apurado em busca da melhor imagem. Com suas fotos, denunciou tragédias como a sede e a fome na África, os horrores do genocídio em Ruanda e o drama dos refugiados.

Chocado com tanta tristeza, apostou num novo projeto: “Gênesis” - uma homenagem ao planeta. Percorreu 30 países em busca de cenas como a do nativo solitário no tronco seco, da imensidão da floresta e da beleza da vegetação refletida na água.

Mas se os homens são o “sal da terra”, à terra devem voltar. E salgado voltou para a fazenda da família, no vale do rio Doce, onde passou a infância. E o que viu foi uma terra arrasada. “Os pássaros, os jacarés e a majestosa mata não existiam mais...”, conta n o filme. “A mata que existia antes e se estendia por todas essas colinas era a mata Atlântica, a floresta tropical atlântica”, comenta.

Sem mata, sem vida... “Quando eu era menino, tínhamos uma pequena cascata. Mais tarde derrubaram a mata e a água desapareceu”, fala. Até que a mulher dele resolveu plantar a semente de uma ideia: recriar a floresta que fez parte da história de vida do marido. “Eu me lembro que na primeira plantação às vezes eu sonhava que tudo tinha morrido”, afirma Lélia Salgado.

Foram plantadas dois milhões e meio de mudas. O Instituto Terra recuperou 600 hectares de mata - uma área equivalente a 780 campos de futebol. Mais de mil nascentes ressurgiram. “Quando vemos uma árvore, pensamos só em sua verticalidade e beleza. Mas tudo depende da árvore: nossa água, nosso oxigênio...”, cita o fotógrafo. A maior batalha na recuperação da fazenda da família Salgado, porém, não foi vencer a terra seca: foi vencer as mentes, disse Juliano.

Agora, o projeto entra em uma nova etapa. Parcerias feitas pelo Instituto Terra vão garantir o plantio de 125 milhões de mudas nos próximos 25 anos. O reflorestamento será feito ao redor das 370 mil nascentes do rio Doce. O trabalho do instituto é um exemplo de que recomeçar é possível. 

Uma lição do fotógrafo que virou amigo dos gorilas e das baleiras e que vê poesia na força da natureza. “E pensar que essas árvores, que hoje têm três meses, atingirão o ápice daqui a 400 anos! Talvez a partir disso possamos medir o conceito da eternidade”, filosofa Salgado.

* Texto original de reportagem feita para o programa “Repórter Eco” (TV Cultura, dom., 17h30) - reportagem acrescentada em 4/5/15



* Leia também:


* O primeiro vídeo desta postagem é de divulgação

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015 | | 0 comentários

De volta para o futuro (que virou presente)

Quem viveu os empolgantes anos 1980 certamente vibrou com as aventuras de Marty McFly e dr. Emmet Brown em "De volta para o futuro", principalmente o episódio no qual os personagens de Michael J. Fox e Christopher Lloyd vão parar no futuro.

Quem nunca quis ter, por exemplo, aquele skate voador usado por McFly?

E qual era o futuro retratado no filme, afinal? 2015!

Se você, assim como eu, ficou curioso em saber se alguma invenção pensada no filme virou realidade, basta acessar aqui.

* Leia também (acrescentado em 2/3):

- Uma cômica viagem aos anos 80

terça-feira, 12 de agosto de 2014 | | 0 comentários

"O mágico de Oz"

O filme que considero mais encantador e que marcou minha infância faz 75 anos!

Sempre que o vejo na TV, assisto novamente. E assim farei quantas vezes puder. 



Lembre-se que a coragem, o coração e a consciência moram dentro de você.

Ah, e não esqueça de seguir o caminho de pedrinhas amarelas...

terça-feira, 15 de abril de 2014 | | 0 comentários

A arca de Noé

“Noé” é um filme ruim. Ponto.

As licenças poéticas do diretor Darren Aronofsky são primárias, extremamente inverossímeis (há verossimilhança possível em se tratando da Bíblia?, diria um provocativo colega de trabalho ateu) e até risíveis (os guardiões de pedra, por exemplo).

Feita a ressalva, o filme merece alguns comentários. Deixo claro que não sou conhecedor de cinema, falarei apenas como mero espectador. “Noé” me pareceu dogmático em demasia.

Fica clara (não de modo positivo e sim no sentido de subestimar a inteligência do espectador) a intenção de transmitir a mensagem de que o ser humano foi o responsável pela destruição do planeta uma vez e está caminhando para o mesmo rumo. As lições de moral introduzidas nas falas do personagem-título não deixam margem para dúvida tamanha a falta de sutileza dos diálogos.

O filme se desenrola durante duas horas mediante este propósito para tomar, no final, a previsível mensagem de esperança depositada na raça humana. O homem é capaz de decidir pelo caminho “certo”. Temos uma chance, ufa!

Mas se tudo é tão ruim, por que comentar o filme? Porque algo salva “Noé” – e não se trata de Deus ou da arca propriamente. Em que pese a primariedade dos diálogos, que atiram sem dó na cabeça do espectador as intenções do discurso, “Noé” apresenta um interessante questionamento a respeito “liberdade da vontade”, como chamou o filósofo Luiz Felipe Pondé em artigo na “Folha de S. Paulo”.

Cabe a Noé, o personagem, decidir entre cumprir o que ele julga ser a vontade – e a ordem – de Deus ou seguir seu coração e, o que se provará no fim, sua vontade.

A solução, como já mencionei, é previsível. Mas ainda assim vale a reflexão proposta (por mais que o espectador deixe o cinema com a nítida sensação de que seria possível tratar do tema de modo menos fantástico).

Vale, então, a pena assistir? Depende de qual é o seu objetivo. Pela diversão, não. Para refletir, quem sabe.

PS (serei vulgar porque o enredo do filme pede): considere que a humanidade quase acabou porque um dos filhos de Noé não conseguiu dar uma simples trepadinha. Pobre Ham...! 

Em tempo: esta foi apenas mais uma das licenças poéticas do diretor.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013 | | 0 comentários

Que rumo tomou o cinema?

Vou me arriscar a tratar de um assunto sobre o qual pouco entendo: cinema.

Na verdade, não quero tratar da qualidade (ou falta dela) de algum filme especificamente. O comentário que pretendo fazer envolve os rumos da arte cinematográfica.

Fui recentemente ao cinema assistir a "Elysium". Antes da exibição vieram os tradicionais "trailers". E foi isto que despertou minha atenção: a tecnologia transformou o cinema em algo meramente "comercial". Não que há décadas os filmes não tenham este viés - a maioria deles tem. Ainda assim prevalecia o enredo (mesmo que este fosse ruim).

Agora, porém, parecem prevalecer o recurso da imagem 3D e do som "dolby surround" (sei lá se isto é moderno, usei a expressão só como ilustração da tecnologia sonora). 

É isto: o cinema se transformou num mero apêndice tecnológico. Os filmes são feitos em função da tecnologia - e o enredo vira detalhe, refém do impacto visual e sonoro que as modernas salas de exibição podem garantir ao espectador.

O cinema deixou de ser uma experiência enriquecedora do ponto de vista da história para se transformar numa experiência meramente auditiva e visual.

Obviamente (e felizmente) existem exceções. Este, contudo, é o problema: a arte da "sétima arte" está virando exceção quando deveria ser regra.

Em tempo: o comentário não tem nada a ver com o filme a que assisti.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013 | | 0 comentários

Memória cinematográfica

Não sei bem o motivo, mas o fato é que quando vejo este lugar assim, com rinque de patinação, lembro do filme "Esqueceram de Mim", sucesso nos anos 1990:





Em tempo: trata-se da praça do Rockefeller Center, em Nova York (EUA). Nem sei se ela aparece no filme, mas tenho certeza que a patinação no gelo aparece.

Aliás, lembrar de paisagens de cinema em NY é a coisa mais fácil que tem...

quinta-feira, 19 de setembro de 2013 | | 0 comentários

"Noah"



Este curta metragem mostra a "virtualização" das relações no mundo atual, na era do Facebook. Trata-se, como define o autor no Youtube, de um "fascinante estudo de comportamento (e romance) na era digital".

O filme - premiado na categoria "Melhor Curta Canadense" na edição deste ano do TIFF (Toronto International Film Festival), em Toronto, no Canadá - se passa todo na tela de um computador. É a obra de estreia dos diretores Walter Woodman e Patrick Cederberg.

quarta-feira, 15 de maio de 2013 | | 2 comentários

Dúvida cruel

Uma dúvida me atormenta há um ano: alguém sabe dizer quem é este "famoso" ator que eu encontrei numa gravação no Rockfeller Center, em Nova York (EUA), em abril de 2012?

Pela quantidade de gente que estava lá atraída (e, no caso das mulheres, suspirando...) pelo jovem ele realmente deve ser famoso, mas eu não o conheço.

Mariele Parronchi, você pode me ajudar?







PS 1: sim, eu perguntei quem era, mas não entendi o nome - nem dele nem do seriado que estava sendo gravado.

PS 2: Danilo Fernandes, olha o "naipe" da câmera!

PS 3 (acrescentado em 16/5): as respostas à dúvida já foram dadas. Elas podem ser vistas no campo de mensagens desta postagem.

sexta-feira, 13 de julho de 2012 | | 0 comentários

"Na Estrada"

Estreou hoje nos cinemas brasileiros a versão cinematográfica da saga de Jack Kerouac e cia. – a geração beat. O filme inspirado no clássico “On the road”, que sempre me inspira.



Não vejo a hora de assistir!

domingo, 24 de julho de 2011 | | 0 comentários

Flagrante italiano 8

Estes flagrantes vão para o colega Luiz Biajoni. O primeiro deles foi feito em Florença:



Os próximos foram feitos em Lucca:



sexta-feira, 15 de abril de 2011 | | 0 comentários

Tempos modernos



Homenagem a um gênio chamado Charles Spencer Chaplin. O ator, diretor, produtor e muito mais faria aniversário hoje se estivesse vivo. Em tempo: ele nasceu em 1889.

segunda-feira, 11 de abril de 2011 | | 0 comentários

"Tiro à ararinha"

"Rio", o desenho animado americano, mal estreou e já foi cobrado pelo que omitiu na tela. Ouvi resmungos de que o filme, uma esfuziante celebração da cidade, deixou de fora as mazelas, e que tudo nele é cartão-postal -o céu, o mar, o recorte das montanhas, as praias, o humor do carioca, as mulheres, a arquitetura. Não tem guerra de facções, nem batidas no morro, nem balas perdidas, nem mesmo bueiros explodindo.

Incrível como somos rigorosos. Quando se trata do nosso quintal, exigimos realismo e criticamos o estrangeiro que nos enxerga de forma ingênua e positiva. Já quando se trata desse estrangeiro e do que ele nos apresenta de si próprio, somos mais lenientes.

Quando Woody Allen rodou "Manhattan", em 1979, Nova York estava no auge da falência, sujeira, violência, insegurança e corrupção. Mas a NY que Woody mostrou foi um cenário de conto de fadas. E por que não? Afinal, "aquela" Manhattan também existia.

Cobra-se a falta de mazelas em "Rio", mas não se cobrou a falta dos cartões-postais em filmes de exploração da violência, como "Cidade de Deus" e "Tropa de Elite". No entanto, enquanto os tiroteios cruzavam a tela, os cartões-postais continuavam intocados na vida real e habitados pela maioria da população do Rio, que não vivia a "realidade" daqueles filmes.

Temos agora nova queixa: na trilha sonora de "Rio", não se ouve o "pancadão" do funk -como se este já fosse a nova música oficial da cidade, silenciando o samba, o choro e a bossa nova. Bem, em 1979 as ruas de Nova York estavam infestadas de disco music, break e hip-hop. Mas, para a trilha sonora de "Manhattan", Woody preferiu usar 13 melodias de George Gershwin, de ""S Wonderful" a "Rhapsody in Blue". Alguém se queixou?

O que a turma quer? A ararinha-azul abatida a tiros de fuzil ao sobrevoar a Rocinha, ao som da Tati Quebra-Barraco?

Fonte: Ruy Castro, "Folha de S. Paulo", Opinião, 11/4/2011.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010 | | 0 comentários

"Tropa de Elite 2", um filme necessário

1) A magnífica interpretação de Wagner Moura, insuportavelmente sincero. Wagner será sem dúvida e brevemente ator disputado pelo mercado internacional. Temos de ter cuidado para não perdê-lo.

2) O grande feito de um filme é juntar, como disse Brecht, diversão com ensinamento. “Tropa” é um gol nesse sentido. Eletrizante e profundo.

3) Pela coragem de José Padilha de abordar tão diretamente questões delicadas e presentes como as milícias dos morros. A coragem é uma das maiores virtudes humanas.

4) Pela objetividade de José Padilha ao reger o roteiro fazendo-o chegar a Brasília e depois de alguma forma premiando o Capitão Nascimento com a vida de seu filho. “Tropa” é tão emocionante que pode até influenciar no segundo turno.

5) Pela tenacidade e talento pelos quais José Padilha conseguiu tanto dinheiro para fazer este filme. Certamente vindo de fontes que ele, nem tão sutilmente assim, ataca.

6) Provar a possibilidade de o filme estourar bilheterias mantendo-se como filme de arte.

7) “Tropa de Elite 2” é o arauto, anuncia o futuro. Inaugura uma fase do cinema brasileiro na qual mais uma vez imitaremos os americanos, só que agora em uma das suas melhores virtudes. O grande cinema americano sempre fez filmes (de Grifth a Carlitos, Capra, Spielberg) com ênfase central na crítica de sua própria sociedade. Crítica franca, direta, ofensiva. Que é exatamente o que faz a “Tropa de Elite 2”. Que, sendo um mega sucesso, criará obrigatoriamente seguidores. E que será também benéfico para o nosso país.

8) Pela linguagem cinematográfica de José Padilha, baseada no modo de fazer usual do cinema americano porém com extrema competência, clareza, comunicabilidade e por que não dizê-lo, poesia.

9) Pela magnífica atuação dos atores no filme. Lembra Costa-Gravas nos seus melhores resultados, como é citado em uma cena. Sendo um filme político era preciso que os atores representassem politicamente. E é exatamente o que Padilha consegue. É impossível não destacar alguns, embora sejam todos excelentes: Irandhir Santos, Sandro Rocha, André Mattos, Maria Ribeiro!

10) Pela excelente dramaturgia do final do filme. Dizem que o final ideal de um filme ou peça teatral é aquele que diz algo que não foi dito antes na obra inteira. Algo que ilumina a narrativa para trás, como um farol retrovisor. Esse tipo de final é dificílimo de atingir, como em “O Inimigo do Povo” de Ibsen ou “Romeu e Julieta”. No momento em que o filme do Padilha, surpreendentemente pula para Brasília, cria um final excelente. Lança luz sobre todo o resto.

11) Em meio ao entusiasmo que o filme desperta, vem um sentimento ruim de desesperança e desespero. Posto que o filme nega o poder modificador de qualquer ação individual e, portanto, do próprio filme. Esta é uma questão filosófica grave, importante, que o filme levanta como resultado final. Quando responsabilizamos o sistema considerando-o uma força irreversível, de alguma forma não responsabilizamos ninguém. Muitos sistemas já foram desagregados pela ação individual. Mais um mérito de José Padilha em seu grande filme “Tropa de Elite 2”: levantar esta questão.

Fonte: Domingos Oliveira, em seu blog (para ver, clique aqui)

Minha avaliação: "Tropa de Elite 2" é simplesmente espetacular! Todos os brasileiros deveriam assisti-lo, quem sabe assim cresce a necessária intolerância com a corrupção.

quarta-feira, 30 de junho de 2010 | | 0 comentários

A volta de Odorico Paraguaçu

Em ano de eleição presidencial, o anúncio do lançamento de “O Bem Amado”, com direção de Guel Arraes e com Marco Nanini no papel principal, é um alento. Para o cinema nacional e para a conscientização do cidadão.