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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012 | | 0 comentários

Vou-me (de novo) embora pra Pasárgada

Em 10 de fevereiro de 2009, há quase três anos portanto, postei neste blog um poema de que gosto muito: "Vou-me embora pra Pasárgada", de Manuel Bandeira.

Queria postá-lo novamente. No entanto, como aquela postagem de fevereiro de 2009 diz EXATAMENTE o que eu pretendia dizer agora, inclusive com a dedicatória, apenas recomendo que você, caro leitor deste blog, acesse aquela antiga postagem - tão pertinente hoje - clicando
aqui.

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"Desencanto"

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...

Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca

Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.


(Manuel Bandeira)