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domingo, 21 de abril de 2013 | | 0 comentários

As bombas em Boston e a imprensa na berlinda

O caso dos atentados a bomba em Boston durante a famosa maratona internacional na última segunda-feira (15/4) reacendeu o debate a respeito do trabalho da imprensa. Tudo porque alguns dos principais veículos de informação dos Estados Unidos, na ânsia de sair na frente (dar um “furo”, no jargão jornalístico, uma informação em primeira mão), deram uma notícia equivocada (cometeram uma “barriga”, também no jargão da imprensa, informação falsa).

Uma agência de notícias e depois, em série, a rede CNN, Fox News e outros informaram que um suspeito havia sido preso. A polícia norte-americana precisou vir a público negar a informação. De fato, ninguém tinha sido detido.

Erros deste tipo costumam ocorrer em coberturas tensas e inesperadas como a dos atentados. Via de regra, a pressa para informar faz com que jornalistas e editores “pulem” etapas importantes da apuração, aumentando significativamente o risco de erros (ou das famosas “barrigas”).

No Brasil, notabilizou-se o chamado caso da escola Base na década de 1990 (responsáveis por uma escola infantil de São Paulo foram acusados indevidamente de abusar das crianças e a imprensa “embarcou” nas denúncias).

O que me chamou a atenção no caso foi o quase pioneirismo da CNN no erro. No ano passado, tive a oportunidade de conhecer a sede da emissora em Atlanta (EUA) e conversar com os principais jornalistas e executivos da empresa.

Um dos diretores do CNN Wire, Kurt Muller, falou do risco de erros em coberturas de maior vulto. Ele destacou o sistema que havia sido criado – o Wire - justamente para evitar a divulgação de informações erradas. Uma das ações foi centralizar a apuração dos dados que vinham de várias fontes e equipes e unificar a posterior divulgação.

Muller citou o caso da prisão do terrorista saudita Osama bin Laden, informada pela CNN antes mesmo do governo norte-americano (um “furo” arriscado). O diretor explicou que apenas quatro pessoas em toda a rede, ele incluído, podiam autorizar a divulgação de uma informação deste nível e baseada em fontes não identificadas.

Foi basicamente o que ocorreu no caso de Boston – as informações foram atribuídas a fontes oficiais.

Obviamente, não creio em má-fé da imprensa (principalmente da CNN, que conheci). Naturalmente, houve um erro de apuração (não sei exatamente se exclusivamente pela pressa ou por dar um nível de confiança exagerado a uma determinada fonte ou a determinadas fontes).

Muller talvez pudesse responder.

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segunda-feira, 15 de abril de 2013 | | 0 comentários

Boston, 15/4/12 - um ano antes das bombas

- Você viu as bombas na maratona de Boston?

A pergunta, oriunda de um conhecido, colocou-me de imediato numa máquina do tempo. Voltei um ano, exatamente um ano, exatamente a 15 de abril de 2012. E respondi, um tanto estupefato:

- Eu estava lá exatamente um ano atrás, na mesma rua, no mesmo lugar...

Era domingo, um domingo ensolarado e um tanto frio. Cheguei a Boston acompanhado por um ex-colega de trabalho, vindos de Washington D.C. no voo 1790 da JetBlue. Destino inicial: a Monsignor O´Brien Hwy, onde ficava nosso hotel.

Até então, meu colega e eu não tínhamos entendido a razão dos hotéis em Boston custarem bem mais do que em qualquer das outras cidades pelas quais passaríamos (eram pelo menos dez). Tampouco sabíamos porque era difícil achar vagas na cidade. Só descobrimos quando iniciamos nosso passeio. 

Ao chegar no centro histórico, encontramos uma estrutura toda montada para a famosa Maratona de Boston, uma das mais importantes e históricas provas de atletismo de rua do mundo. Para se ter uma ideia, ela foi criada em 1897, sendo a segunda mais antiga - atrás apenas da maratona olímpica. 

A prova ocorreria no dia seguinte, segunda-feira 16, feriado. Naquele domingo, portanto, o espaço que sediaria o evento estava parcialmente bloqueado, disponível para os pedestres. E como havia gente na cidade! Fora os locais, atletas profissionais e amadores de diversas partes do mundo - daí a razão dos hotéis lotados e dos preços altos.

Passeamos tranquilamente pelas ruas, vimos a estrutura de apoio aos participantes, as arquibancadas e os banners com o logotipo da prova - tudo pronto! Nas fotos a seguir, as grades dispostas na calçada eram para a maratona, bem como o estande montado em frente à igreja (aliás, os atentados foram ali perto).



Um ano depois, ao tomar conhecimento dos atentados a bomba, confesso que me deu uma sensação curiosa. Uma mistura de indignação com a capacidade humana de produzir atos insanos e, ao mesmo tempo, um sentimento de pertencimento. Como se eu - por conhecer aquele lugar e ter estado exatamente no mesmo ponto um ano atrás, no mesmo dia 15 de abril - tivesse algo a ver com a cidade. Senti como os locais devem ter sentido.

Também, naturalmente, fiquei com uma sensação de nostalgia. Um ano atrás eu caminhava pelas ruas de Boston, mas esta parte da história tem capítulos que são um tanto dolorosos até hoje. Enfim, coisas da vida...

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terça-feira, 13 de novembro de 2012 | | 0 comentários

Mais um pouco de Boston

Para fechar à altura da cidade as postagens sobre Boston, seguem as imagens da baía local (Boston Harbor), às margens do oceano Atlântico:






Em tempo: o prédio de arquitetura futurista é o tribunal de Justiça local.

Leia também:

- "Cidades aéreas" (1) 

- Canções de Boston

segunda-feira, 12 de novembro de 2012 | | 0 comentários

"Pise na grama!"

Já escrevi neste blog diversas vezes sobre a forma como nós, brasileiros, e os estrangeiros valorizamos (ou não) o espaço público. Os exemplos vieram geralmente dos parques vistos mundo afora. Só para registrar mais um, seguem flagrantes do Public Garden, o parque no coração de Boston (EUA):



Em tempo: dia desses, caminhando pelo Parque Cidade, em Limeira, uma pessoa me abordou falando justamente da ocupação dos espaços públicos. E como esta pessoa é leitora do blog, o que muito me honra, brincou: "eu sei que aqui não pode pisar na grama...".

* As fotos são minhas e de Carlos Giannoni de Araújo

Leia também:

- Espaço público

- As áreas verdes

- A "invasão" dos espaços públicos

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"Fiat lux"

A Old South Church, uma das muitas igrejas da área central de Boston (EUA), vista a partir da Dartmouth Street, em frente à Copley Square, durante o dia...


... e à noite:


sexta-feira, 9 de novembro de 2012 | | 0 comentários

Uma máquina musical que gera ondas de paz

Caminhando por Boston (EUA) no Public Garden, seu grande e belo parque central, deparei-me com uma figura singular. Um homem, já na altura dos seus 50-60 anos, tocava o que se podia chamar de um “instrumento” diferente. Inusitado. Ou um conjunto de instrumentos – esta talvez seja a melhor definição para “aquilo”. Seu nome? “Professor World Band”. Assim mesmo, com uma certa pretensão.

Rapidamente, um pequeno público começou a se formar ao redor daquele homem. Eu e um amigo também paramos para ver. Ele tocava sua música alegre e frenética, numa mistura de jazz, blues e ritmo country, dançava e animava as pessoas ao redor. Convidava as crianças para que pegassem bambolês que ele mesmo oferecia e entrassem na “onda”.

Uma onda: é este o objetivo do professor, conforme li em seu site. Uma onda de paz.



Ramblin´ Dan (seu suposto nome) diz ter nascido em Nova York (EUA) numa família de músicos. Após se formar em Ciências Botânicas, decidiu explorar o mundo por um ano. Para se manter, começou a tocar música na rua. Foi tão bom, diz ele, que manteve a atividade. Um ano virou dois, quatro, oito e agora já faz 25 anos que Ramblin´ está na estrada tocando.

Ele afirma já ter passado por 30 países com sua “única e maluca máquina de música” – a “Incrível Professor World Band”. De acordo com Ramblin´, a “máquina” foi pensada como uma “Geradora de Ondas de Paz”. Funciona mais ou menos assim: ela pega a energia da música, transforma em ondas de paz e espalha estas ondas para todo o mundo. A ideia é fazer as pessoas rirem, sorrirem e pensarem um pouco. “É a nossa contribuição para a paz mundial”, afirma.

Para muitos, ele pode ser louco. Maluco, doido. A “máquina” musical de fato é, como ele mesmo define.

Louco ou não, o “professor” diverte. Espalha animação de modo gratuito. Quem quiser entrar na onda é só seguir o ritmo que incrivelmente é gerado pelo movimento daquela “geringonça” musical.

Talvez Ramblin´ gostasse de entoar um verso de uma bonita canção brasileira: “Mas louco é quem me diz que não é feliz...”


* O vídeo foi retirado do site do "professor"

terça-feira, 6 de novembro de 2012 | | 0 comentários

Canções de Boston

Walking from the Arbourway
When spring has come at last
The trees are in their glory
As the taxis rush on past
The buildings are in twilight
The birds they spiral around
As we walk to Fenway Park
In Boston town

Go right on Longwood Avenue
To linger by the fence
With all its reeds and cattails out there
Pining in the wind
The lights come up
As the sun goes down
As we walk to Fenway Park
In Boston town

("As we walk to Fenway Park in Boston town", por Jonathan Richman)


I went back to Boston
Back to the City of Lost Love
I went back to the place
And recognized your face in the stone long gone

I walked around Harvard Square
All the runaway kids are still hanging out there
I took the red line a wrong way
Across the river Charles

Something's changed track
And they never fly
Reach up from the waves
You'll find that you're only waving goodbye

I went walking in Boston
A little bridge I used to walk on
I was slipping on a hog
And I flung into that sea of strong
Processing need not apply
For you to license to fly
Hey young lady don't be so suprised
You know you're not alone

("Boston", por Patty Griffin)

***

Chestnut Park on a saturday night
Mystical boys feelin alright
Raggedy wisdom falls from my hand
As the ladies of Cambridge know who I am

I've had dreams of Boston all of my life
Chinatown between the sound of the night
But if you leave I just don´t think I could take it
Take it

Graveyard freaks we're fallin in style
Lady's the pharaoh, Charles is the Nile
Thats a museum, thats a cool place
Stones of your fathers standin' today

("Boston [Ladies of Cambridge]", por Vampire Weekend)


Boston, USA
Here she comes now over the skyline
I'm home again, I'm feeling fine
There's the river Charles and Kenmore Square
I don't want to go anywhere
There's another show, get in the van
To another town to do it all over again
I can't wait to get back home 
To the city streets where I come from
To the Dirty Water of Boston, USA

It's 3 am and I'm still not done
I could walk these streets till I hit the dawn
You don't know what you've got till it's gone
I know this is where I belong
It looks like it's still early, get some beer
Let's catch the Green Line down to Kenmore Square
Can you tell me where they put the rat?
To those memories I still look back
To the Dirty Water of Boston, USA

It was a summer night by the Mass Ave Bridge
When I gave that girl a little kiss
She said "I don't think I can see you no more"
I said "If that's the case then I'll carry on
Because the city streets are all there is for me"
Friends come and go but these will always be
I'll take the C-town, Cambridge, all the rest
But I wont take no second best
To the Dirty Water of Boston, USA

("Boston, USA", por The Ducky Boys)

domingo, 4 de novembro de 2012 | | 0 comentários

"Cidades aéreas" (1)

Esta é uma outra série que inauguro no blog (embora algumas imagens do tipo já tenham sido postadas aqui, como de Atlanta, e no Piscitas - travel & fun, como de Las Vegas): trata-se cidades vistas do alto.

Além de proporcionar belas imagens e visões às vezes magníficas, observar uma cidade de um ângulo diferente - a partir do avião ou do alto de algum prédio ou torre - permite ver seus contornos e ter uma ideia de sua geografia e seu desenho urbano.

Abrindo a série, a principal cidade do estado de Massachusetts: Boston (EUA). Inicialmente a partir do avião:



Agora do observatório Skywalk no Prudential Tower (como ponto de referência, o rio Charles):











Em tempo: para quem notou tantas fotos seguidas de Boston, explico: não é nenhuma paixão doentia pela cidade (embora tenha gostado muito dela, a ponto de querer voltar). É que estou postando meus álbuns de viagem por cidade, daí a presença frequente de um mesmo lugar.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012 | | 0 comentários

Arquitetura: contrastes (1)

Várias cidades apresentam uma característica arquitetônica bastante singular: o antigo e o novo, o tradicional e o contemporâneo convivem lado a lado, frente a frente - algumas vezes num aparente confronto, é verdade; em outras, em perfeita harmonia.

Fotografar estes contrastes é, para mim, bastante interessante. Principalmente porque adoro viajar, adoro paisagens urbanas, cidades e aprendi a gostar um pouco de arquitetura por "osmose" durante a faculdade, já que durante dois anos convivi numa república com dois colegas futuros arquitetos.

A postagem "Arquitetura: contrastes" pretende ser uma série dos flagrantes que fiz por aí. Abrindo a série, Boston (EUA):

 


 

Em tempo: a próxima cidade da série será Chicago (EUA).

terça-feira, 30 de outubro de 2012 | | 0 comentários

Assim é... Harvard (2)

A Universidade de Harvard, uma das mais famosas do mundo, fica numa região bem interessante de Boston (EUA). A área consegue unir a tradição (arquitetônica e educacional) da instituição à modernidade dos nossos tempos e à agitação da juventude.

O local já foi mostrado pelo blog uma vez. Veja a seguir mais detalhes da região:










PS: li nesta data que o Brasil tem 85 alunos em Harvard.

domingo, 28 de outubro de 2012 | | 1 comentários

"Home, sweet home"

Casas tipicamente norte-americanas na parte "pobre" de Boston:



Em tempo: minha mãe achou as casas "bonitinhas".

quinta-feira, 25 de outubro de 2012 | | 0 comentários

Um local vibrante

Uma das regiões mais vibrantes de Boston (EUA) é, sem dúvida, a do Quincy Market. Ele fica bem ao lado do Faneuil Hall. Juntos, ambos formam um conjunto arquitetônico interessante, mostra da cidade do passado, mantendo a tradição do local. 

Ao mesmo tempo, a área ganhou atrativos especiais, com artistas de rua que agitam a galera de dia e à noite. É um ótimo local para passear, descansar, tomar uma cerveja ou um drinque, comer algo de maneira rápida.

Em resumo: parada obrigatória em Boston.





O Quincy foi erguido entre 1824 e 1826 (ou seja, tem exatamente a idade de Limeira) e seu nome é uma homenagem ao prefeito Josiah Quincy. A obra foi feita pouco após a elevação de Boston à condição de cidade (1822) já com o objetivo de servir como mercado, função que mantém até hoje (embora voltado mais para a área gastronômica).





Já o Faneuil Hall vem servindo como local de reuniões públicas e mercado desde 1742. Foi palco, por exemplo, de muitos discursos de Samuel Adams, o representante de Massachusetts na reunião que definiu a independência dos Estados Unidos.





Leia também:

- Os 50 tons de Boston