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quinta-feira, 28 de novembro de 2013 | | 0 comentários

Acidente no Itaquerão

Cheguei na Arena Corinthians, o famoso Itaquerão, cerca de uma hora após o acidente que causou a morte de dois funcionários da obra. O cenário era assustador:







Agora veja a minha cobertura do caso, com ao vivo e reportagem a partir do minuto 1:40 e ao vivo novamente no 35° minuto:



PS: postagem alterada, com acréscimo das fotos, em 14/1/14.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010 | | 0 comentários

Copa - um balcão de negócios

Em uma nota conjunta, o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 (leia-se Ricardo Teixeira), a prefeitura e o governo de São Paulo anunciaram hoje que o futuro estádio do Corinthians vai sediar a abertura do Mundial no Brasil. A opção foi apresentada pelo sr. Teixeira, conforme notícia do UOL (leia aqui).

Nada contra a escolha nem o Corinthians não fosse o fato motivado por interesses particulares, frutos de disputas políticas (potencialmente não republicanas).

Ao ler o noticiário, porém, restou-me uma dúvida (uma?): se o Morumbi não tem capacidade para sediar a abertura da Copa, já que a Fifa exige uma capacidade de pelo menos 60 mil espectadores, entre outras adaptações, como o futuro estádio do Corinthians poderá atender todas exigências se o projeto prevê 48 mil lugares? Será que o Comitê Organizador local fará vistas grossas a isso? Terá sido apenas coincidência o fato do presidente do Corinthians ter sido o chefe da delegação brasileira na Copa da África?

O próprio presidente corintiano escancarou as interferências políticas ao afirmar hoje (leia aqui) que sua principal função no cargo era impedir que jogos da Copa ocorressem no estádio do rival São Paulo.

Aliás, o presidente do Corinthians pregou também hoje a alternância de poder. “O que falo muito e brigo é pela alternância de poder. Por mais que a situação financeira seja boa, não se pode ficar mais que três ou quatro anos à frente de um clube”, disse, conforme citação do UOL.


Ele poderia, então, contribuir com o futebol brasileiro liderando um movimento para que haja alternância no poder na própria entidade máxima do futebol no país, a CBF, comandada pelo sr. Teixeira há mais de 20 anos. Senhor que o presidente do Corinthians apoia...

Por essas e outras que, infelizmente, não dá para apoiar a Copa no Brasil. Lamentavelmente, as previsões de que o Mundial seria um grande baçcão de negócios se confirmam cada vez mais...

sexta-feira, 9 de abril de 2010 | | 0 comentários

A revolta dos quatro grandes de SP

Será que o futebol brasileiro está começando a mudar? Numa atitude rara, os quatro grandes clubes de São Paulo decidiram se unir para cobrar do Clube dos 13 – organização que reúne os principais times brasileiros – uma postura de independência em relação à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a madrasta do futebol nacional.

Os presidentes de Santos, São Paulo, Corinthians e Palmeiras almoçaram nesta sexta-feira e elaboraram um manifesto conjunto como prévia da eleição no Clube dos 13, marcada para segunda-feira.

A história começou porque após anos de reinado de Fábio Koff (ex-presidente do Grêmio) à frente do Clube dos 13, surgiu um candidato de oposição: Kleber Leite, ex-presidente do Flamengo. O curioso é que o candidato da oposição acaba sendo o da situação, pois Leite tem apoio da CBF. Koff, neste caso, virou oposição (à confederação brasileira e a seu imperador, Ricardo Teixeira).

Parece confuso? E é. A verdade é quem nem Koff nem Leite vão mudar a estrutura do futebol nacional, marcada pela situação falimentar dos clubes.

No entanto, o racha - inédito no Clube dos 13 – já teve um efeito positivo: acionar uma importante e necessária discussão sobre a situação do futebol brasileiro e buscar alternativas – o que reforça minha tese de que mudanças tendem a ocorrer somente em momentos de tensão e inconformismo.

A união dos quatro grandes não vai se refletir na eleição do Clube dos 13. Palmeiras e São Paulo declararam voto em Koff. O Corinthians vai votar em Leite. O Santos ainda não decidiu. Independentemente do resultado, porém, o quarteto quer da nova gestão do Clube dos 13:

a) participação direta dos clubes na elaboração do calendário das competições;

b) participação direta na negociação de direitos de transmissão de TV e publicidade estática, que deve acontecer de forma transparente, sob regras claras, definidas em edital de concorrência;

c) promover uma completa revisão nas relações com as entidades nacionais e internacionais ligadas ao futebol;

d) gestionar (sic) junto aos seus pares para que se constitua uma liga independente no futebol brasileiro;

e) reforma estatutária da entidade, em especial no que se refere à limitação de mandatos.

Não há quem discorde de qualquer um dos itens.

A batalha não será fácil (nas urnas e após a eleição, seja quem for o vencedor). O fato é que os quatro grandes clubes paulistas (apesar do apoio do Corinthians ao candidato de Teixeira) decidiram enfrentar a CBF e mudar a estrutura do futebol nacional. E isso já é um grande passo. Um passo alentador.

Um alerta necessário: esta não é a primeira vez que clubes se unem para tentar mudanças no futebol brasileiro. Nem sempre (ou melhor, quase nunca) o resultado foi satisfatório.

Em tempo: o manifesto é assinado por Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro (Santos), Juvenal Juvêncio (São Paulo), Andrés Navarro Sanches (Corinthians) e Luiz Gonzaga Belluzzo (Palmeiras).