O maior empecilho à ampliação da rede de ciclovias em
cidades como São Paulo é a prioridade que os automóveis têm no trânsito urbano,
afirma o arquiteto e urbanista Fabiano Borba Vianna, mestre pela USP
(Universidade de São Paulo) e professor da PUC/PR (Pontifícia Universidade
Católica do Paraná).
"O espaço público não foi delegado ao automóvel, mas os
carros o foram ocupando quase por completo. Hoje, vemos que pedestres e
ciclistas brigam para retomar um espaço que já foi deles. O automóvel tem de
ceder um pouco de espaço a todos os demais modelos de transporte", disse.
Para ele, a resistência de administradores públicos em
decidir tomar espaço dos automóveis em favor de outras modalidades de
transporte é uma barreira maior para a criação de ciclovias do que fatores como
topografia ou custo.
"Falta decidir que o espaço das ruas tem de ser
compartilhado entre carros, pedestres e ciclistas. Em outras palavras, é
preciso diminuir o espaço do automóvel. E esse é um fator que barra a expansão
[do uso da bicicleta como meio de transporte], pois não é decisão simples,
principalmente no centro das grandes cidades", afirmou. (...)
Fonte: Rafael Moro Martins, “’É preciso diminuir o espaço ocupado pelo automóvel’, diz urbanista”, UOL, postado em 20/9/13.
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