quinta-feira, 29 de julho de 2010 | | 0 comentários

Lembranças da infância

Quem tem mais de 30 anos com certeza vai se lembrar da musiquinha a seguir. E vai sentir saudades.



Ich, por culpa de uma colega de trabalho, e unicamente dela, esta música não sai mais da minha cabeça.

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A educação do sr. Fernando Collor de Melo

O Brasil tem coisas que até Deus duvida.

Em 1989, elegemos presidente um cidadão chamado Fernando Collor de Melo (PTB). Um tal “caçador de marajás”. O resto da história todo mundo sabe.

Fosse este um país decente, este cidadão estaria fora da vida pública por toda a eternidade. Mas nossa democracia permitiu não só que ele se candidatasse novamente, como deu a ele um mandato de senador em 2006!

E eis que surge em 2010 o sr. Fernando Collor de Melo como candidato ao governo de Alagoas.

O mesmo cidadão que um dia foi presidente da República Federativa do Brasil, alvo de um processo de impeachment, cassado por corrupção, e que é capaz – no alto de sua soberba – de telefonar para um jornalista (no caso Hugo Marques, da revista “IstoÉ”) e travar o seguinte monólogo:




Para entender o motivo da ira do sr. senador da República, clique aqui.

Em tempo: o sr. Fernando Collor foi eleito presidente e senador por cidadãos brasileiros, não por marcianos. São os mesmos cidadãos que lhe dão hoje a liderança nas pesquisas para o governo de Alagoas.

Da mesma forma que dão a liderança nas pesquisas para o governo do Distrito Federal ao sr. Joaquim Roriz (PSC), que renunciou ao mandato de senador para não ser cassado e é acusado de liderar – quando foi governador - o esquema de corrupção que resultou no escândalo do “mensalão” do DEM e na cassação do ex-governador José Roberto Arruda, que por sua vez havia sido eleito após renunciar ao mandato de senador por violar o painel de uma votação secreta no Senado.

Sem falar nos José Sarney (PMDB-AP), Renan Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA), Paulo Maluf (PP-SP), os “aloprados” e “mensaleiros” do PT...

“Ó meu Brasil...!”

terça-feira, 27 de julho de 2010 | | 0 comentários

A resposta de Maluf: "maktub"

Aos 78 anos, Paulo Salim Maluf é um astro da política. Poucos fazem uso tão bem da retórica quanto o ex-governador e ex-prefeito de São Paulo. Poucos são tão inteligentes quanto ele.

Não vou entrar no mérito da atuação política de Paulo Maluf (PP-SP), até porque julgo ser desnecessário (basta lembrar qual o verbo popularmente atribuído ao malufismo). Contudo, é inegável a habilidade do hoje deputado federal e candidato à reeleição para atuar no meio político (marcado por práticas pouco republicanas).

Maluf esteve recentemente em Limeira (como faz, aliás, a cada quatro anos, sempre em época de eleição). Carregava a sua tradicional pasta, na qual guarda documentos de seus arquivos com encaminhamentos de obras e serviços em prol de cada município que visita. A pasta de Limeira já é antiga - esteve com ele em 2006 na sua última visita à cidade.

Na TV Jornal, Maluf preferiu dispensar a pasta. Ao ser alertado de que havia esquecido a dita cuja na mesa, o deputado apontou para a cabeça como quem dissesse: “está tudo aqui”. E estava mesmo. Diante de comentários de telespectadores, lembrou de encontros com os ex-prefeitos Sebastião Fumagalli e Waldemar Mattos Silveira, o Memau. Citou também os ex-deputados federais limeirenses Jurandyr Paixão Filho, o Jurinha, e Heitor Franco de Oliveira.

Antes da entrevista, Maluf baixou a guarda: “podem perguntar qualquer coisa”. Como um professor, recorreu à máxima de Chacrinha de que “quem não se comunica, se trumbica” - ainda que diante de perguntas delicadas. “Você não consegue falar com 200 milhões de pessoas de uma só vez.” Por isso, não despreza - ao contrário, valoriza - o poder dos meios de comunicação, grandes ou pequenos.

O deputado contou ter ido a uma rádio e ouvido do locutor, antes do bate-papo, quais assuntos não gostaria que fossem abordados. Citou não ter feito nenhum impedimento. Maluf faz essa aparente concessão porque sabe, de antemão, que os temas delicados de sua carreira política surgirão de qualquer maneira. Durante a entrevista, como se quisesse ser indagado sobre dinheiro fora do pais, denúncias de corrupção e ficha suja, repetiu que responderia sobre qualquer tema.

De fato, Maluf não perde a compostura. Às vezes recorre ao conhecido subterfúgio de fugir da pergunta. Fez isso quando questionado sobre quais benefícios trouxe a Limeira nos últimos quatro anos como deputado. Preferiu elogiar a deputada Aline Correa, sua colega de partido, citada como única intermediária dos pleitos limeirenses junto ao governo. Depois, emendou quase laconicamente: “o telefone do meu gabinete está à disposição...”.

Questionado sobre a assinatura junto do nome “Paolo Maluf” (assim mesmo, com “o”) que aparece na conta atribuída a ele no exterior, iniciou a resposta dizendo que nunca assina um cheque quando vai a um restaurante. Antes, havia afirmado que não é ilegal ter dinheiro fora do país, desde que a origem seja lícita e o valor declarado à Receita Federal.

Sobre o fato de ser considerado procurado pela Interpol (leia aqui), disse ter o mesmo endereço há mais de 40 anos e que não é obrigado a ir para os EUA depor. E criticou o governo por não defender um cidadão brasileiro.

E você pode estar pensando o que maktub (ou maktoub) tem a ver com tudo isso. Pois bem. Quando soube que iria entrevistar Maluf, fiquei pensando o que perguntar – afinal, ele é daqueles personagens a quem tudo já foi questionado. Sobre o tal “se o Pitta não for um bom prefeito...”, já falou centenas de vezes.

Até que uma curiosidade me veio à mente. Algo sobre o qual nunca ouvira Maluf falar. O que um político experiente como ele sente ao lembrar que quase foi presidente da República, que perdeu a eleição no colégio eleitoral aos 45 minutos do segundo tempo? Como um homem reage ao ter perdido a oportunidade de comandar o país, uma chance que Maluf sabe ter sido única em sua vida, o sonho de qualquer político?

A resposta foi: “maktub”. “Eu sou libanês e em árabe existe uma palavra: maktub. Ela quer dizer a carta, mas tem um outro sentido, o de estava escrito. É isso, estava escrito”, disse, resignado. Comentou que um conhecido certa vez lhe dissera que se tivesse escolhido o hoje presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AL), como candidato a vice em sua chapa, teria sido eleito. “Mas estava escrito que o presidente da chapa do Sarney ia morrer”, citou, referindo-se a Tancredo de Almeida Neves, presidente eleito que morreu dias antes da posse, abrindo espaço para Sarney, o vice que virou presidente.

Apesar do maktub, Maluf fez questão de observar que “estava mais preparado para ser presidente do que o Sarney”.

Já fora do ar, o deputado assumiu novamente tom professoral ao responder outra dúvida minha: afinal, quem ou o que o tira do sério? “Vou lhe dizer uma coisa: as pessoas não estão nem um pouco interessadas no mérito do que eu estou respondo. Estão prestando atenção no modo como eu estou dizendo. Se eu respondo com tranquilidade, sorridente, gostam do que eu digo. Se respondo com agressividade, não gostam. Por isso, nunca trato mal nenhum repórter”.

E Maluf se foi. Não sem antes dar nota dez a Lula como pessoa e nota 5 ao seu governo. “O governo dele é medíocre”.

Em tempo: o deputado prometeu voltar à TV Jornal em dezembro, mas é mais certo que retorne mesmo em 2014...

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O jogo vira...

Um amigo, quando está em apuros nas rodadas de pôquer, costuma brincar: "o jogo vira!".

Para quem duvida, o jingle da campanha do ex-presidente e senador Fernando Collor de Melo para o governo de Alagoas tira qualquer dúvida:

"É Lula apoiando Collor, é Collor apoiando Dilma pelo bem dos mais carentes. (...) Os três pelo bem de Alagoas."

É, o jogo vira...

domingo, 25 de julho de 2010 | | 0 comentários

"Jornalistas estão sofrendo de exaustão"

O New York Times observa esta semana que os jornalistas estão sofrendo cada vez mais cedo de fadiga e exaustão. Enquanto nos jornais impressos a adrenalina se concentrava na hora do fechamento, os jovens repórteres das redações online produzem o dia inteiro numa velocidade frenética.

A matéria cita o exemplo do site Politico, muito influente na política de Washington: repórteres extenuados costumam encontrar e-mails enviados de madrugada pelos seus chefes, reclamando de matérias que saíram só na concorrência. Novos tipos de cobrança aumentam a tensão. Na redação da Gawker em Manhattan, uma televisão mostra as matérias mais lidas em tempo real, com o nome do autor e o número de vezes que a página foi acessada. O resultado desse ambiente é um alto índice de rotatividade em algumas redações.

Duy Linh Tu, coordenadora do programa de mídia digital da Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, afirmou ao NYT que está preocupada com o “burnout”: “Quando meus alunos aparecem para uma visita, eles carregam a exaustão de uma pessoa que vem trabalhando há uma década, não um par de anos”.

Talvez outro motivo da fadiga seja o tipo de notícias que muitos repórteres são obrigados a buscar para preencher as necessidades do ambiente digital. Ao invés de bater perna em busca de uma boa história, aponta o NYT, eles ficam na frente do computador procurando qualquer coisa que possa impressionar os algoritmos do Google e chamar a atenção do leitor.

Volta e meia, esse clima de descontentamento se reflete em sátiras na internet. A revista de humor americana The Onion publicou um texto ironizando, do ponto de vista de um repórter, a cobertura das novas ferramentas digitais. O título diz: “Novo site de rede social muda a forma em que Oh, Jesus, esquece – deixe alguém mais escrever sobre essa droga”. No blog "Salvar um Jornalista", um ex-repórter espanhol criou depoimentos fictícios sobre os problemas nas redações e uma página de denúncias.

O site Editorsweblog argumenta que, se os jornais querem sobreviver, eles devem sim acompanhar o ritmo das notícias, mas também cuidar bem de seus funcionários. E cita uma pesquisa do Pew Research Center: 20% dos editores nos EUA acham que as redações estão pequenas demais para produzir além do mínimo necessário.


Fonte: Knight Center for Journalism in the Americas, publicado por Maira Magro em 22/7.

Em tempo: o “Salvar um periodista” ("Salvar um jornalista") é uma organização não governamental focada na reinserção social de jornalistas. Foi criada por Raúl Calabria, jornalista espanhol que após dez anos de experiência, duas graudações e um mestrado, não encontrava emprego. O trabalho da ONG é voltado a profissionais “em situação de risco (tanto psicológico como físico) para orientá-los sobre a saída deste inferno laboral”.

sábado, 24 de julho de 2010 | | 0 comentários

Fio do bigode

"Como pai, o dever de cumprir aquilo que está acertado é a mensagem que passo aos meus filhos e, em nome disso, que mantenho sempre a minha postura e posições em minha vida."
Muricy Ramalho, técnico de futebol, ao justificar a decisão de permanecer no Fluminense, que não o liberou para dirigir a seleção brasileira.

quinta-feira, 22 de julho de 2010 | | 0 comentários

Um festival para o impressionismo

Algumas cidades, regiões, países, são privilegiados em alguns aspectos. Vago, não? Pois bem. De junho a setembro deste ano, acontece na França, mais precisamente na região da Normandia, o Festival Impressionista. A programação reúne uma série de atividades, como pintura, cinema, teatro, fotografia, música, tudo ligado ao movimento impressionista que aflorou na região no século 19 e teve em Claude Monet talvez o seu maior expoente.

Dois fatos datam o nascimento do impressionismo: o Salon des Refusés (Salão da Recusa), ocorrido em 1863 em Paris e que reuniu os pintores excluídos do salão oficial, e o quadro “Impression, soleil levant”, pintado por Monet em 1872. “Uma tela que reflete maravilhosamente um modo de pintura que pretendia captar momentos efêmeros”, segundo o site oficial do festival, “um modo que prefere a cor à forma e que permite ao público reconstituir o que as pinceladas fragmentadas do artista dissociaram”.

Bem, teve ainda um outro fato: uma crítica (no sentido negativo mesmo) assinada por Louis Leroy sobre o quadro de Monet e que acabou por dar nome ao movimento ao satiricamente classificar os pintores como “impressionistas”.


Se a Normandia já era por si só um local de atração turística, o festival deu-lhe um brilho que promete fazer daquela região o coração do que há de melhor em arte na Europa nesta temporada de verão (lá). Não é à toa que essa área da França foi o destaque do caderno de Turismo da “Folha de S. Paulo” desta quinta-feira.

Encabeçando o festival está a exposição “Uma cidade para o Impressionismo: Monet, Pissarro, Gaughin em Rouen”, no Rouen Fine Arts Museum, em Rouen, uma cidade que Pissarro disse ser "tão bonita como Veneza”, “um lugar simbólico da pintura moderna”. E Rouen é só uma delas. Haverá também projeções de luzes nos monumentos, shows pirotécnicos, cruzeiros pelo rio Sena (cenário frequente dos artistas) e outras atividades ao ar livre, um verdadeiro roteiro pelos caminhos impressionistas na região.

A ideia é proporcionar uma “excepcional celebração” baseada no “espírito deste fascinante e ilustre movimento artístico”.

E se não bastassem os eventos, existem as paisagens da Normandia que tanto fascinaram os pintores impressionistas. Elas estão por toda parte, nas praias e suas falésias, nas igrejas, pelo rio e pelos campos. Os jardins de Monet em Giverny já foram tema de postagem neste blog (veja aqui). Uma mostra dessas paisagens e das atividades do festival pode ser vista no vídeo a seguir (em francês), disponível no site oficial:


Déjeuners sur l'herbe
Enviado por NormandieImpressionniste. - videos de Arte e de animação

O site traz uma lista de pintores por cidade. Tem também informações históricas e sobre os eventos do festival, além da programação completa.

Um aspecto interessante do festival é a união de forças para sua realização, incluindo os governos, as organizações da sociedade e a iniciativa privada – algo muitas vezes raro no Brasil.

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Justiça federal proíbe a queimada (em Araraquara)

Uma decisão dada pela Vara Federal de Araraquara ajuda a entender porque a Justiça é lenta no Brasil. A juíza federal Adriana Galvão Starr proibiu a queimada da palha da cana naquela região. Questão semelhante envolvendo uma lei de Limeira, fruto de projeto do presidente da Câmara, Eliseu Daniel dos Santos (PDT), já foi analisada pelo Supremo Tribunal Federal, que acabou liberando a queimada.

Ora, se a última esfera do Judiciário deu um parecer a favor da inconstitucionalidade de uma lei municipal que proibia a queimada de cana, por que a decisão não serve de jurisprudência para toda a Justiça Federal?

É fato que as questões tratadas na ação envolvendo a lei de Limeira e no processo em Araraquara são distintas do ponto de vista legal, mas no mérito tratam da mesma questão: a queimada faz mal à saúde, à fauna e à flora. Esta é a essência da questão, o que deveria ser considerado pela Justiça houvesse bom senso por parte dos juízes. Alguns deles, contudo, preferem a tecnicidade fria das normas.

No caso de Araraquara, a juíza anulou todas as licenças ambientais concedidas pela Cetesb (Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e Secretaria Estadual do Meio Ambiente para a safra 2011 autorizando a queima da palha da cana. Segundo a juíza, as autorizações só poderão ser concedidas após estudos de impacto ambiental (EIA/Rima) prévio avaliando as consequências dessa prática para a saúde e o meio ambiente (leia mais aqui).

Para a juíza, “a proteção do meio ambiente realiza-se por meio de competências administrativas comuns a todos os entes da federação”, o que derruba a tese de que só a União pode legislar sobre questões ambientais – tese defendida pelas associações de usineiros para contestar a lei antiqueimada limeirense. Reforça essa ideia o artigo 225 da Constituição Federal:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (grifos meus)

A sentença dada pela juíza clareia, na página 26, também outra questão sempre levantada pelos defensores das queimadas: "A nocividade da queima da palha da cana-de-açúcar ao meio ambiente e à saúde humana já fora atestada por diversos estudos. Ainda que inexistisse comprovação efetiva acerca da lesividade, a Constituição exige a realização de prévio estudo de impacto ambiental para as atividades POTENCIALMENTE (grifo original) causadoras de significativa degradação ambiental".

Se é dever do Estado zelar pela saúde e o meio ambiente, como prega a Constituição, é inconcebível a opção tomada pelo governo de São Paulo desde a gestão do ex-governador Mário Covas de liberar a prática da queimada. Por meio do decreto 42.056, de 6 de agosto de 1997, Covas prorrogou o fim das queimadas para 2021 no caso de áreas mecanizáveis e 2031 para as áreas não mecanizáveis. O ex-governador José Serra (PSDB) reduziu os prazos, mas ainda assim defendeu a prática. Serra chegou a classificar a lei antiqueimada de Limeira de “radical”, como já informou este blog (leia aqui).

Se os governantes paulistas não tiveram peito de enfrentar as usinas e seus interesses econômicos, caberia à Justiça restituir a proteção à saúde e ao ambiente. Foi o que fez a Justiça de Limeira ao conceder liminar anos atrás proibindo a Usina Iracema de usar o fogo em suas lavouras, em ação movida pela Promotoria do Meio Ambiente, assinada pelo promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua, decisão mantida posteriormente pelo Tribunal de Justiça e que resultou num Termo de Ajustamento de Conduta. Foi o que fez a juíza de Araraquara – aliás, uma bela sentença (leia a íntegra aqui).

Foi o que não fez o Supremo ao derrubar a lei municipal antiqueimada.

Agora, Eliseu Daniel ganhou uma importante arma na luta para restituir a lei de sua autoria.

Em tempo: sobre esta questão, o “Jornal Nacional” apresentou uma reportagem hoje.

quarta-feira, 21 de julho de 2010 | | 0 comentários

Lixo na prefeitura

Cena vista hoje pela manhã em Limeira: alguém resolveu usar as grades do histórico Edifício Prada - sede da prefeitura - como suporte de... lixo. A sacola ficou lá por mais duas horas pelo menos - eu a vi às 10h30 e depois às 13h.


Aliás, confesso que não entendo como alguém pode deixar uma sacola de lixo na sede da prefeitura ou mesmo pichar as suas paredes ou as da escola que fica logo em frente. Afinal, não há segurança particular ou Guarda Municipal vigiando o prédio?

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"Tente beijar mais e tuitar menos"

Eu estava indo de Washington para Nova York quando um carro colou atrás de mim -voando. Eu vi pelo retrovisor que a motorista falava no celular. Dias depois, eu conversava com um cara que costuma ir de Nova York a Nova Jersey. Ele apoia seu laptop na frente do carro para assistir DVDs enquanto dirige. "Eu só faço isso no trânsito. Não tem problema", diz.

Além das questões óbvias de segurança, por que alguém quer ou precisa falar ao telefone ou assistir a filmes enquanto dirige? Odeio soar como se fosse do século passado, mas qual o problema em só ouvir rádio? As maravilhas da tecnologia estão nos engolindo. Não as controlamos; elas nos controlam.

Nós temos celulares, Blackberrys, Kindles e iPads, e estamos mandando e-mails e mensagens de textos, batendo papo e tuitando. Tudo isso é parte do que eu acho ser um dos aspectos mais esquisitos da nossa cultura: o ritmo frenético que exige que façamos, no mínimo, duas ou três coisas a todo momento desde que acordamos. Por que ser multifuncional é considerado um talento?

Poderíamos facilmente achar que isso é uma inabilidade neurótica que nos impede de nos concentrarmos por mais de três segundos. Chega desse comportamento hiperativo, dessa tecnotirania e desse ritmo frenético que não para. Precisamos desacelerar e respirar. Não me oponho aos excepcionais avanços dos últimos anos. Não quero voltar para a máquina de escrever e ao papel carbono. Só acho que deveríamos tratar a tecnologia como qualquer outra ferramenta. Deveríamos controlá-la, moldando-a aos nossos propósitos.

Vamos deixar um pouco de lado nossos gadgets e passar o tempo sendo nós mesmos. Um dos problemas da nossa sociedade é que temos uma tendência, em meio a toda loucura que nos cerca, de perder de vista o que é verdadeiramente humano em nós -aquelas coisas bem especiais, a maior parte não material, que nos preenchem, dão sentido às nossas vidas, nos engrandecem e que nos permitem abraçar mais facilmente aqueles a nossa volta.

Há um personagem em uma peça de August Wilson que diz que todo mundo tem uma canção dentro de si e que você corre risco de perder essa canção. Se você perde o contato e esquece como cantá-la, você está sujeito a ficar frustrado e insatisfeito. Não acho que ficamos em contato com nossas canções ao tuitar ou digitar mensagens em nossos Blackberrys ou acumular amigos no Facebook. Precisamos reduzir os limites de velocidade de nossas vidas e saborear a viagem. Deixe o celular em casa de vez em quando. Tente beijar mais e tuitar menos. E pare de falar tanto. Ouça.

As outras pessoas também têm o que dizer. Quando elas não dizem, aquele silêncio glorioso dirá mais do que você jamais imaginou. Isso é quando você começará a ouvir a sua canção. Isso é quando os seus melhores pensamentos aparecerão, e você realmente será você.


Fonte: Bob Herbert, colunista do "New York Times", com tradução de Bruno Romani, Folha de S. Paulo, Tec, 21/7/10, p. 8.

Em tempo: para quem se interessar pelo tema, recomendo a leitura do capítulo 11 do livro de Thomas L. Friedman, "O mundo é plano". Intitulado "E quando todos tivermos audição de cachorro?", o capítulo discute as implicações na vida cotidiana (e na privacidade) das novas ferramentas tecnológicas. Segue um trecho:

As mesmas tecnologias que nos unem também nos dividem claramente. As mesmas tecnologias que nos permitem conectar uns com os outros, como nunca antes, também nos permitem interromper uns aos outros como nunca ocorrera. As tecnologias que conferem poder aos indivíduos para fazer o upload de seus conteúdos - por meio de blogs, podcasts e mensagens instantâneas -, e se inscreverem no mundo, também contribuem para tornar nossa linguagem mais áspera e empobrecer nosso discurso. Mas o mais perturbador, e ainda não totalmente compreendido, é o que sucede quando podemos não só ser autores de nosso próprio conteúdo e circulá-lo globalmente, como também, graças ao aperfeiçoamento da conectividade e dos mecanismos de busca, ler todo o conteúdo que as pessoas produzem a nosso respeito. O que ocorre quando a internet torna-se tão ubíqua e os buscadores tão refinados que, de uma hora para outra, podemos ouvir tudo o que é murmurado sobre nós? (p. 479)

segunda-feira, 19 de julho de 2010 | | 1 comentários

As melhores escolas de Limeira, segundo o Enem

Alunos do ensino médio das escolas particulares de Limeira têm um desempenho melhor do que os colegas da rede pública – com exceção das unidades técnicas. É o que revela o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por escola, divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério da Educação.

Das dez melhores escolas da cidade no Enem, seis são particulares. Considerando apenas as cinco melhores, quatro são privadas. A destoar nesta lista está o Colégio Técnico de Limeira (Cotil), que exibe a grife Unicamp.

Apenas sete escolas limeirenses tiveram média total (a soma das notas da prova objetiva e da redação) acima de 600 (para efeito de comparação, a escola com melhor desempenho do Brasil, o Colégio Vértice, de São Paulo, teve média de 749,7). Cinco dessas sete são particulares. Além do Cotil, a única pública com esse desempenho é a Etec “Trajano Camargo". Talvez não seja coincidência que as duas melhores unidades da rede pública tenham como foco o ensino técnico.

Das 35 escolas de Limeira que oferecem ensino médio (EMR) ou educação de jovens e adultos (EJA), 18 tiveram nota acima da média nacional – 500 (o que, embora positivo, não deve ser motivo de tanta comemoração considerando o baixo nível da educação no Brasil). Oito, porém, sequer atingiram a média do país. Fosse uma prova, estariam reprovadas. Nove unidades não tiveram médias.


Em Limeira, 1.536 alunos se inscreveram no Enem 2009, exatamente um terço do total de estudantes do ensino médio das 35 escolas.

Há quem considere o Enem um parâmetro de desempenho meramente individual e não da escola em si. Não são os alunos, contudo, o fruto do ensino de uma unidade? Obviamente há em qualquer escola estudantes de desempenho muito acima da média e outros muito abaixo. Neste sentido, checar quantos estudantes de cada unidade fizeram o Enem pode ajudar a evitar distorções.

Entretanto, não se deve negar que o exame é, sim, um parâmetro da qualidade do ensino. Não deve ser o único, mas não pode ser desconsiderado.

Tenho certeza de que se outras ferramentas de avaliação forem adotadas, o ranking não ficará muito diferente do apresentado pelo Enem. Sinal de que muitas escolas têm muito a melhorar.

DIFERENÇAS

No Brasil, segundo o MEC, persistem as agudas diferenças regionais. Não é à toa que das 20 melhores escolas do país no Enem, 12 ficam na região Sudeste. Também persiste o abismo - verificado em Limeira - que separa unidades particulares e públicas. Das 20 melhores, 18 são privadas (leia mais aqui).

Para corrigir essa distorção, não há outro caminho que não seja investimento. Atualmente, 25% do orçamento da União, estados e municípios são obrigatoriamente destinados à educação. Das duas, uma: o dinheiro é insuficiente (e neste caso é preciso investir mais) ou é mal gasto (neste caso é preciso garantir maior eficiência dos recursos).

Enquanto o Brasil tiver professores mal remunerados, desestimulados e mal preparados; metodologia atrasada e escolas com infraestrutura deficiente (em Limeira, há unidades onde os alunos não conseguem ficar na classe por causa do calor em razão do telhado de zinco, sem contar as instalações elétricas precárias), o ensino não vai melhorar.

É inaceitável que em pleno século 21, na era da produção e disseminação do conhecimento e da informação, persistam as velhas lousas de giz, a cópia da tarefa e a posição passiva dos estudantes.

* Para ler mais sobre educação neste blog, especificamente o desafio do ensino em Limeira e no Brasil, clique aqui.

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10 dicas para uma boa educação

Praticamente uma semana depois do presidente Lula enviar ao Congresso um projeto de lei que proíbe os castigos físicos contra crianças (leia aqui e aqui), nada melhor do que ajudar a plantar a cultura da paz.

Para isso, recorri às dez dicas para evitar conflitos entre crianças, adolescentes e adultos citadas pelo Programa de Combate à Violência contra a Criança e o Adolescente, apresentado recentemente em Limeira.

1) Acalme-se! Respire fundo antes de chamar a atenção da criança. Evite discutir sob o efeito da raiva.

2) Converse sempre com a criança e o adolescente. Entender porque algo está acontecendo é o primeiro passo para que, juntos, encontrem a solução.

3) Jamais recorra a tapas, insultos ou palavrões. Devemos tratar a criança de maneira respeitosa.

4) Não deixe que outras preocupações (cansaço, raiva ou estresse) sejam descarregadas na criança ou adolescente.

5) Converse sentado, somente com os envolvidos na discussão. Isso contribui para uma melhor comunicação.

6) Mantenha um tom de voz baixo e calmo, segure as mãos da criança enquanto você conversa, porque o contato afetuoso ajuda a gerar maior confiança e acalma a criança.

7) Considere sempre as opiniões e idéias da criança ou adolescente. Eles têm direito à liberdade e expressão e opinião.

8) Elogie quando a criança ou adolescente se comportar bem e quando não. Ao invés de dizer “você é um desastrado, nunca faz nada direito”, que tal tentar “Olha o que acaba de acontecer, como podemos evitar que aconteça de novo?”.

9) Busque expressar de forma clara quais são os comportamentos que aborrecem. Explique o motivo de suas decisões.

10) Se sentir que errou, peça desculpas à criança e ao adolescente. Eles aprendem com nossas atitudes.

E só para lembrar: o artigo 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) diz que “é dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”.

domingo, 18 de julho de 2010 | | 0 comentários

Uma visão dos jornais regionais

Estudantes do terceiro ano de Jornalismo do Isca Faculdades analisaram no primeiro semestre os principais veículos impressos da região – Limeira, Piracicaba, Americana, Rio Claro, Araras e Campinas. Dois títulos de cada cidade. A conclusão a que eles chegaram mostra a força do jornalismo regional e, ao mesmo tempo, evidencia quanto os jornais regionais ainda têm para avançar (e o positivo é saber que há espaço para progredir).

Após as análises, os estudantes responderam a um questionário com 13 perguntas abrangentes, sem possibilidade de explicações ou meio termo. A ideia era que eles fossem forçados a buscar a sensação geral que tiveram ao ler os jornais, tal como um leitor comum (embora, obviamente, com uma visão especializada). Foram no total 13 questionários. As respostas estão a seguir:

A publicidade interfere no campo editorial?
53,8% disseram que sim (sete respostas afirmativas)

Há independência editorial?
61,5% disseram que sim (oito respostas)

Há um viés político?
53,8% disseram que sim (sete respostas)

Os leitores podem se manifestar?
84,6% disseram que sim (11 respostas)

Há um viés sensacionalista?
69,2% disseram que não (nove respostas)

As imagens têm função informativa ou meramente decorativa?
66% disseram que a função informativa prevalece (só 12 responderam a questão)

O uso de cores tem um sentido editorial ou é meramente decorativo?
61,5% disseram que o sentido editorial prevalece (oito respostas)

Há investimento em reportagens?
53,8% disseram que não (sete respostas negativas)

Há interação com o leitor pela Internet?
69,2% disseram que não (nove respostas negativas)

O jornal é organizado?
61,5% disseram que sim (oito respostas)

O jornal segue padrões mordenos de desgin?
75% disseram que não (nove respostas negativas – só 12 responderam a questão)

O jornal cumpre sua função na comunidade?
92,3% disseram que sim (11 respostas)

De 1 a 10, que nota você daria para o site do jornal considerando as modernas ferramentas de informação e interação?
Média 5 (só 12 responderam a questão)

quinta-feira, 15 de julho de 2010 | | 1 comentários

Uma empresa, sete contratos (sem licitação)

Atende pelo nome de Magalhães Engenharia Ltda. a empresa que só este ano já foi contratada sete vezes pela Prefeitura de Limeira, sempre na modalidade compra direta, que dispensa licitação.

Chama a atenção o fato de que em seis das sete ocasiões, o trabalho teve valores muito semelhantes – cerca de R$ 14,8 mil. Os dados estão disponíveis no
Portal da Transparência da prefeitura.

Nos sete contratos, de janeiro a abril, a empresa faturou R$ 98.213,55. Os serviços foram prestados para quatro secretarias (três contratos são da área de Saúde).

A Magalhães acaba de completar dois anos de vida – surgiu em 12 de junho de 2008, como indica o Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral da empresa junto à Receita Federal. Ela está sediada na Rua Josephina Silmann Faber, 342, no Jardim Águas da Serra.

Só para esclarecer: a modalidade de compra direta está prevista na Lei 8.666/93, das Licitações.

Veja o teor dos contratos:


1) pintura do prédio da Assessoria Departamental de Saúde Mental: empenhado em 4 de janeiro pela Secretaria da Saúde. Valor: R$ 14.889,36;

2) substituição da rede de recalque de água no paço municipal: empenhado em 9 de janeiro pela Secretaria de Obras e Serviços Urbanos. Valor: R$ 9.237,90;

3) execucação de uma fosse séptica completa e filtro anaeróbico com sumidouro: empenhado em 4 de fevereiro pela Secretaria de Agricultura. Valor: R$ 14.800,30;

4) serviços de prolongamento da altura de alambrado com tela na Praça de Esportes “Eduardo Basso”: empenhado em 10 de março pela Secretaria de Esportes. Valor: R$ 14.747,60;

5) pintura do segundo andar da Assessoria Departamental de Saúde Mental: empenhado em 16 de março pela Secretaria de Saúde. Valor: R$ 14.889,36;

6) elaboração de projeto de hidráulica: empenhado em 16 de março pela Secretaria da Educação. Valor: R$ 14.757,43;

7) contratação de empresa (motivo não detalhado): empenhado em 22 de abril pela Secretaria da Saúde. Valor: R$ 14.891,60.

PS: o Portal da Transparência é uma ferramenta excepcional para garantir a devida transparência no serviço público. Ele revelou, por exemplo, que um projeto esportivo e social anunciado pela prefeitura no dia 16 de março deste ano (leia aqui) custará ao município R$ 60 mil. O valor foi emitido na ocasião da apresentação do projeto. Só para constar: a contratação se deu com inexegibilidade de licitação.

Nada contra o projeto (que, aliás, é muito importante e bem executado), mas tudo a favor da transparência do gasto público.

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Se a moda pega...

Veio da Alemanha – publicada originalmente no jornal "Münstersche Zeitung" e ontem no “The Guardian”, da Inglaterra – uma notícia que pode abrir uma jurisprudência mundial (já que localmente tenho certeza que abriu). Para tristeza dos patrões, notadamente daqueles que exigem uniforme para o trabalho.

Martin Schauder é um policial de 44 anos. Está na corporação desde os 16. Ele gasta cerca de 15 minutos todos os dias para vestir o seu traje e os equipamentos de ofício, incluindo roupa, cinto, arma, botas, entre outros apetrechos. No ano, “doa” de 45 a 50 horas de seu tempo para o patrão (no caso, o Estado).

Considerando que a tarefa de vestir o uniforme e tirá-lo posteriormente é parte do seu dia de trabalho e inconformado com o fato de não receber nada por isso, Schauder decidiu recorrer à Justiça para ganhar a “hora extra”.

Segundo o policial, se o trabalho começa às 13h, espera-se que ele esteja lá nesse horário já pronto, vestido e com seus equipamentos, do contrário seria punido. Logo, o tempo que gasta para se preparar deveria ser considerado como parte do trabalho.

O Estado, por sua vez, embora reconheça que vestir o uniforme leva certo tempo, negou-se a admitir o direito de Schauder à remuneração extra alegando que é dever de qualquer empregado vestir-se para ir ao trabalho.

Se o pedido por si só já é surpreendente e singular, mais surpreendente ainda foi o resultado. A Corte de Münster deu ganho de causa ao policial. Com isso, ele passa a ter direito a uma semana por ano de folga (ou compensada financeiramente) em razão do tempo gasto para se arrumar antes do trabalho.

Como está na polícia há 28 anos, Schauder pode ganhar uns seis meses de folga.

Em tempo: a polícia tem duas semanas para recorrer.

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Segredo da humanidade é revelado

Dois enigmas intrigam a humanidade há séculos: quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?

Agora, ao menos um deles foi respondido pelos cientistas de duas universidades da Inglaterra, as de Sheffield e Warwich. E a resposta muda o conceito que se tinha até então, o de que o ovo precedia o animal em razão de questões evolutivas (leia mais aqui).

Para os cientistas das duas universidades, a galinha é a origem de tudo. Os detalhes sobre essa incrível descoberta podem ser vistos na reportagem a seguir, do “Jornal da Globo”.



Resta agora saber qual o segredo de Tostines (e isto só vale para quem tem mais de 30 anos porque os mais novos sequer devem saber do que se trata...).

terça-feira, 13 de julho de 2010 | | 0 comentários

Para viajar...

Quem gosta de viajar e quer ler alguns relatos, crônicas e memórias de viagens, não deixe de passar pelo meu blog Piscitas - Travel & Fun. Basta clicar aqui.

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Exportações se recuperam - e Limeira vende até para o Irã de Ahmadinejad

A balança comercial de Limeira no primeiro semestre confirma o reaquecimento da economia este ano após uma queda de 24% nas vendas para o exterior verificadas em 2009 (leia mais aqui).

De janeiro a junho, o volume de exportações da cidade chegou a US$ 216,687 milhões (ou R$ 381 milhões pelo cotação do dólar nesta terça-feira, 13/9). Isso representa um aumento de 20,15% em relação ao volume registrado no mesmo período do ano passado (US$ 180,337 milhões).

As importações também cresceram: 42,9%. Saltaram de US$ 53,927 milhões no primeiro semestre de 2009 para US$ 77,070 milhões este ano (ou R$ 135,643 milhões).

Chama a atenção o desempenho da China no comércio com Limeira. O país caiu da segunda posição em 2008 para o 15° lugar este ano no ranking dos principais destinos dos produtos limeirenses - em 2009, já havia registrado uma queda, ficando na quinta posição. O principal destino dos produtos de Limeira, disparadamente, são os Estados Unidos. Os norte-americanos responderam por US$ 61 milhões das nossas vendas no primeiro semestre, 28% do total. Para efeito de comparação, a China comprou US$ 3,577 milhões em produtos limeirenses (1,65% do total).

Os chineses caíram também no ranking das importações. Depois de atingir no ano passado o topo na lista dos países que mais venderam para Limeira, a China voltou para o segundo lugar este ano, posição que ocupou em 2008 (em 2007, era a quinta colocada).

Até junho, os chineses tinham vendido para Limeira US$ 10,620 milhões (13,78% do total das importações limeirenses), pouco menos do que as vendas norte-americanas, que somaram US$ 11,442 milhões (14,85% do total). O terceiro lugar é da Itália, com US$ 10,567 milhões em vendas - 13,71% do total, muito perto do desempenho chinês. Estes mesmos três países lideravam o ranking no ano passado, em posições diferentes (China, Itália e EUA).

Os dados do comércio exterior, fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, apresentam um fato curioso. Na lista de destinos dos produtos limeirenses, em 29° lugar está o polêmico Irã, terra do presidente Mahmoud Ahmadinejad. O país islâmico comprou de Limeira no primeiro semestre deste ano um total de US$ 980.765 (ou R$ 1,726 milhão). Isso representa modestos 0,45% do total das exportações limeirenses.

Parece pouco, mas é mais do que Limeira vende para a Espanha, a 30ª colocada (US$ 882.491 ou 0,41%). Cuba, dos irmãos Raul e Fidel Castro, é a 28ª no ranking com um total de US$ 1,013 milhão comprados de Limeira no primeiro semestre (0,47% do total).

Tentei apurar quais produtos Limeira vende para o Irã, sem sucesso. No setor de folheados, alguns dos principais empresários e diretores da Associação Limeirense de Joias (ALJ) disseram desconhecer alguma negociação com o país de Ahmadinejad. No setor de alimentos, uma multinacional japonesa também negou ter vendas para aquele país. No setor de autopeças ninguém soube – ou quis - dar informações.

Na lista do Ministério do Desenvolvimento, os principais produtos vendidos por Limeira ao exterior este ano são “rodas, partes e acessórios para automóveis”, “ácido glutâmico”, “sais do ácido glutâmico”, “pectinas”, “papel fibra”, “aminoácidos e sais”, “freios e partes para tratores e automóveis”, “amidas acíclicas, derivados e sais”, “partes para motores a diesel ou semidiesel” e “outros bronzes”.

domingo, 11 de julho de 2010 | | 0 comentários

Isto é... Copa do Mundo

Há coisas que só o esporte é capaz de proporcionar. A Espanha chegou à Copa da África do Sul como uma das candidatas ao título – teria, para isso, que desafiar a fama de amarelar nas copas. A badalada campeã da Europa em 2008 foi para o primeiro jogo contra a Suíça como favorita. Perdeu por 1 a 0. O fantasma do amarelão voltou.

Logo a imprensa achou um culpado pela derrota. Ou melhor, uma culpada. Uma bela culpada. Seu nome é Sara Carbonero. Profissão: jornalista. Namorada do goleiro da seleção espanhola, Iker Casillas, a repórter estava atrás do gol naquele jogo. Foi citada como responsável por distrair o goleiro (que sequer teve culpa no gol da Suíça...).

Os dias se passaram e o final da história dentro de campo todos conhecem. A Espanha conquistou neste domingo seu primeiro título mundial ao bater a Holanda por 1 a 0 no final da prorrogação. Fora de campo, porém, a história de Casillas e Sara merecia um desfecho. E ele ocorreu, ao vivo, para toda a Espanha (e logo para o mundo) ver.

quinta-feira, 8 de julho de 2010 | | 0 comentários

As laranjinhas limeirenses

Marcas de Limeira que o "progresso" ajudou a apagar. As tradicionais laranjinhas de pedras portuguesas, que predominavam nas calçadas até anos atrás, hoje são raras. Deram lugar ao concreto e aos "modernos" pisos.

Estas aí eu flagrei na Rua Argentina, na Vila Castelar.


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O ensino em Limeira e o desafio brasileiro

Quanto mais difícil o ensino fica, menor é o nível de conhecimento dos alunos no Brasil. É o que revelou o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgado recentemente pelo Ministério da Educação (MEC). Feito a cada dois anos, ele aponta a qualidade do ensino no país a partir de dois conceitos: aprovação e desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. As notas variam de zero a dez (leia mais aqui).

Na região, o cenário não foge à regra nacional. Estudantes da 8ª série/9° ano do ensino fundamental têm nota inferior aos do chamado primeiro ciclo (4ª série/5° ano). Nas duas faixas, houve evolução em Limeira (após uma queda em 2007), Americana, Piracicaba, Araras e Rio Claro.

No primeiro ciclo, os melhores desempenhos são de Americana e Araras (notas 6,1 e 6,0 respectivamente). Piracicaba, Rio Claro e Limeira estão juntas com 5,6.

4ª série/5° ano
Cidade .......... 2005 .......... 2007 .......... 2009
Americana ....... 5,2 ........... 5,3 ............ 6,1
Piracicaba ....... 4,9 ........... 4,9 ............ 5,6
Araras ........... 5,2 ........... 5,2 ............ 6,0
Rio Claro ........ 5,1 ........... 5,3 ............ 5,6
Limeira ......... 5,3 ........... 5,1 ............ 5,6

No segundo ciclo, Araras e Rio Claro têm as melhores notas (4,9). Limeira aparece em seguida, com 4,8. Americana tem 4,7 e Piracicaba 4,5. Considerando as duas faixas, pode-se dizer que Araras tem o melhor ensino da região – ou que ao menos seus alunos têm os melhores desempenhos.

8ª série/9° ano
Cidade .......... 2005 .......... 2007 .......... 2009

Americana ....... 4,5 ........... 4,7 ............ 4,7
Piracicaba ....... 3,8 ........... 4,2 ............ 4,5
Araras ........... 4,3 ........... 4,4 ............ 4,9
Rio Claro ........ 4,7 ........... 4,7 ............ 4,9
Limeira ......... 6,4 ........... 4,5 ............ 4,8

No caso de Limeira, a nota do primeiro ciclo está dentro da meta (5,6) fixada pelo MEC – a da rede municipal é ainda maior (5,7). No segundo ciclo, porém, o cenário é outro. A nota dos alunos limeirenses está bem distante da meta (vale lembrar que este ciclo é oferecido apenas pela rede estadual).

4ª série/5° ano
Ano .......... Nota .......... Meta
2005 ......... 5,3 ............. ---
2007 ......... 5,1 ............. 5,3
2009 ......... 5,6 ............. 5,6
2011 ........................... 6,0
2013 ........................... 6,2
2015 ........................... 6,5
2017 ........................... 6,7
2019 ........................... 6,9
2021 ........................... 7,1

8ª serie/9° ano
Ano .......... Nota .......... Meta

2005 ......... 6,4 ............. ---
2007 ......... 4,5 ............. 6,5
2009 ......... 4,8 ............. 6,6
2011 ............................ 6,8
2013 ............................ 7,0
2015 ............................ 7,3
2017 ............................ 7,4
2019 ............................ 7,6
2021 ............................ 7,7


A educação é o grande desafio brasileiro no século 21 (até porque a melhoria do ensino provoca impactos positivos na saúde, na segurança e no emprego). Só ela poderá garantir o salto de qualidade e desenvolvimento de que o país necessita.

Para se ter uma ideia, a Coreia do Sul registrou em 2007 um total de 7.061 patentes, 18,8% a mais do que no ano anterior. Ficou em quarto no ranking mundial. A China somou 5.456 registros (sétimo lugar no ranking), uma alta de 38,1%, segundo dados da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI).

O Brasil ficou num modesto 24° lugar, com 384 patentes naquele ano – 14 vezes menos do que a China e 18 vezes menos que a Coreia do Sul (leia mais aqui). Há 30 anos, Coreia e Brasil estavam no mesmo patamar. O que garantiu o salto da primeira foi o investimento em... educação.

No Brasil, a falta de mão de obra qualificada até em funções básicas, como a de pedreiro, e o déficit de profissionais, como engenheiros, indicam que o ensino é, talvez, o grande gargalo estrutural que dificulta um crescimento maior da economia. Um gargalo que parece ter surgido do dia para a noite, já que durante anos falou-se somente na necessidade de investimentos em infraestrutura de transporte e energia, por exemplo.

Apenas como exemplo do abismo em que o Brasil se encontra, “cerca de 30 mil engenheiros saem das universidades por ano. Na Coreia do Sul, este número chega a 80 mil. Na China são 400 mil engenheiros por ano e na Índia 250 mil”, informou recentemente a Agência Brasil (leia aqui). Ressalvando o tamanho das populações, de cinco a seis vezes maior na China e Índia do que no Brasil, ainda assim o número brasileiro é muito pequeno.

Portanto, o desafio está colocado.

Sobre este assunto, o ministro da Educação, Fernando Haddad, concedeu uma interessante entrevista esta semana à rádio CBN comentando os resultados do Ideb – que tem como um de seus méritos o fato de estabelecer metas de melhoria do ensino.


terça-feira, 6 de julho de 2010 | | 0 comentários

Uma frase

"Só os loucos transformam."
Frase sensacional do jornalista Edney Silvestre, idealizador da série "Brasileiros", um exemplo de jornalismo na TV, em entrevista ao "Programa do Jô".

segunda-feira, 5 de julho de 2010 | | 0 comentários

“A pátria sem chuteiras” (e o choro de Salomão)

A seleção Dunga trouxe à tona um remanescente, na vida brasileira, de que o país tanto deveria se livrar quanto se recusa a encarar. Tudo na seleção, desde o primeiro momento, baseou-se em um exíguo corpo de ideias, e consequentes práticas, que caraterizam o mais deslavado autoritarismo. Era a velha e sempre viva regra: contra a liberalidade descontrolada, não a busca do equilíbrio, mas o autoritarismo.

No estilo anos 30 do século passado, o instrumento simbólico foi o patriotismo (com ou sem aspas). Os chamados à seleção seriam os que Dunga considerasse "dispostos a defender a seleção brasileira com todos os sacrifícios". Se assim foi o começo, no fim derrotado Dunga exaltava "esses jogadores que ficaram 52 dias distantes de tudo".

Proibidos de contato com a vista do seu público, proibidos de conversar com jornalistas, proibidos de reunir-se a familiares, proibidos, proibidos. Os 52 dias não foram de concentração, foram de repressão de uma parte e sujeição passiva de outra.


Exigência que Dunga estendeu à imprensa, posta, com bastante passividade, sob a boçalidade como tratamento pessoal e a censura como prática, nas proibições ao trabalho habitual de reportagem e na exiguidade das informações permitidas à população ansiosa. Autoritarismo explícito, na forma mais sentida pela imprensa, e nem por isso mais intolerada. Críticas houve, sim, cautelosas e superficiais; reação, nenhuma. Nem quando Dunga investiu, ao vivo e em cores, contra um comentarista equilibrado, competente, sempre bem humorado e educado, Alex Escobar, nem aí houve sequer um mínimo ato representativo de repulsa ao autoritarismo.

Dunga brindou-se como um ser coerente e foi consagrado como tal, nas ressalvas incluídas pelos críticos às próprias críticas. Ficou dado, assim, um novo nome para a prática da injustiça. Na concepção "coerente" de Dunga, de nada valeram o esforço e o mérito de ser o melhor ou estar melhor. Se jogadores caídos na reserva em seus times são chamados a preterir jogadores em fase de excelência, que seleção é essa? E o que significa para os preteridos? E com que autoridade representa o estágio verdadeiro futebol do país? Apenas valeu o voluntarismo autoritário.

Neste sentido, Dunga fez uma síntese exemplar, quando explicou a convocação de um jogador que está como terceiro goleiro no seu time: "Quando eu convoquei o Dani da primeira vez, ele veio contra a vontade do técnico dele e por isso foi posto na reserva quando voltou pra lá. E o que os outros jogadores iam dizer agora? "Olha o que o Dunga fez com ele...'". A prioridade não era a seleção, no sentido esperado, eram considerações particulares. Impostas a partir do poder. Não da coerência, do reconhecimento justo e dos deveres da função.

A todas as críticas, ou ao que sua visão paranóide tomou por tal, Dunga ofereceu como contraste a devoção e a entrega dos seus cativos à pátria. Não por acaso, na hora de partir para a cruzada patriótica a seleção fora receber a bênção do primeiro mandatário e de sua mulher devidamente paramentados em verde e amarelo.

Mas brasileira é que a seleção não foi, nunca. Futebol fosco e tosco, de gente insegura e desnorteada ante a possível adversidade, nenhum momento de brilho verdadeiro, jamais um encanto de brasilidade. E um histérico à beira do campo ao ver que seu autoritarismo não transpunha fronteiras. Tudo não passou de uma manifestação a mais, e inconteste, do autoritarismo persistente na vida brasileira.

Fonte: Janio de Freitas, Folha de S. Paulo, 4/7/10, Caderno Poder.




* O título original está entre aspas. O trecho em parênteses foi um acréscimo meu e está relacionado ao vídeo acima.

quinta-feira, 1 de julho de 2010 | | 0 comentários

A sujeira nossa de cada dia...

De vez em quando, deixo meu carro na garagem e vou ao trabalho a pé. São 20 minutos de caminhada praticamente plana (salvo um pequeno trecho). É uma oportunidade para contribuir com o meio ambiente e com o trânsito, além de praticar exercício (algo infelizmente raro no meu cotidiano).

Pois essa opção se mostrou também uma interessante oportunidade para analisar a cidade - ou mais propriamente uma parte do Centro -, sua movimentação, suas mudanças, sua vida. As impressões têm sido diversas. Um fato em particular, porém, chamou minha atenção desde a primeira vez: a sujeira.

É incrível como as pessoas jogam coisas na calçada! Sacos plásticos (geralmente de supermercados), embalagens de salgadinhos, de sorvete, folhetos de propaganda... Até um pé de meia eu já encontrei. Há também muitas folhas secas - indicação de que a varrição de rua tem falhado. Isso sem contar as calçadas que não recebem a devida manutenção por parte dos donos das casas.

Inconformado com tamanho descaso e falta de educação, decidi fotografar alguns trechos. Assim, quem sabe, nas próximas oportunidades eu encontre uma cidade mais limpa...


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"Copas do Mundo de A a Z"

Como seria um jogo de futebol disputado pelas letras do alfabeto? O M, que parece uma muralha, ficaria na zaga. O E, meia de ligação. O K, que tem jeito de atacante, nem precisaria se mexer muito: já nasceu com a perna prontinha para chutar o O no gol. O Y, com seus dois braços, se encarregaria de fazer as defesas. Só o B, meio fora de forma, talvez ficasse no banco. Ah, o X iria trabalhar, como sempre, no placar. Pois o alfabeto também entra em campo na exposição "Copas do Mundo de A a Z".

(...) Organizada pela equipe do museu, em conjunto com o jornalista Marcelo Duarte, que também é responsável pela a curadoria, a mostra conta com 26 salas, cada uma delas representada por uma letra do alfabeto.

Em um trajeto semelhante ao de um labirinto, os visitantes passam por espaços com diversos tamanhos, formas e cores. A exposição traz soluções expográficas diferenciadas - que vão de salas decoradas com imagens de galinhas (referência aos frangos tomados pelos goleiros) a reproduções de dribles em grafite feitas por Paulo Ito e figurinhas de época de grandes nomes do futebol - cada letra possui uma formatação, que complementa o conteúdo do ambiente.

Com projeto museográfico de Ronaldo Barbosa, a mostra apresenta a competição de forma lúdica, convidando todos a uma viagem por histórias das copas, por meio de vídeos, imagens, músicas e objetos que remetem ao tema.

Para Marcelo Duarte, "Copas do Mundo de A a Z" é uma ótima oportunidade de tratar o torneio de uma maneira diferenciada. "Queremos surpreender o visitante. Essa exposição é plasticamente muito bonita, com informações que ninguém imagina que vá encontrar", explica.

Logo no início, o visitante conhece um pouco mais sobre o país sede da Copa de 2010, a África do Sul. Em seguida, é a vez de acompanhar as "bolas foras" de alguns jogadores nos mundiais. Após "chocolates" e dribles desconcertantes, nada melhor do que relembrar o estilo marcante de atletas com seus penteados peculiares.

Fé, obras de arte e música também fazem parte dos outros ambientes da mostra, que em uma das últimas salas homenageia Paulo Machado de Carvalho, importante personagem do futebol brasileiro que dá nome ao estádio do Pacaembu.

De acordo com a diretora executiva do Museu do Futebol, Clara Azevedo, essa exposição não trata apenas de assuntos comuns ligados às Copas do Mundo. "Não temos a pretensão de elencar os fatos mais importantes ocorridos nos mundiais, e sim proporcionar aos visitantes pequenas experiências a partir de histórias e personagens curiosos. Cada letra do alfabeto traz uma entre milhões de possibilidades de abordar as Copas do Mundo".

Um dos objetivos da exposição é, também, dialogar o tempo todo com o acervo permanente do Museu do Futebol. Depois de passar pela letra N, por exemplo, os fascinados por estatísticas poderão ter mais detalhes na Sala Números e Curiosidades. Já a letra T remete a um dos espaços que mais chamam a atenção dos visitantes do museu: o da Exaltação.

"O museu tem um conceito moderno, as pessoas estão em busca de locais assim. Certamente quem for à mostra irá gostar e ficar ainda mais animado para conhecer o Museu do Futebol", ressalta Duarte.

Fonte: Governo de São Paulo (as fotos são de divulgação)


* O Museu do Futebol fica no Estádio do Pacaembu. A exposição vai até 31 de outubro. Mais informações, clique aqui.