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segunda-feira, 31 de agosto de 2015 | | 0 comentários

"Ryan"

Não é exatamente uma obra de arte, mas achei bem carinhoso - embora o Ryan mencionado não seja eu.


Em tempo: vi o cartaz na entrada do restaurante de um hotel em Halifax, no Canadá.

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Pelo bem comum

Mensagenzinha filosófica que eu flagrei em um banheiro de Montreal, no Canadá:


"Você pode querer deixar sua marca na vida, mas não deixe nenhuma no banheiro. Por favor, use a escovinha."

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014 | | 0 comentários

Violência policial: um desafio mundial

Deu no “National Post”, um dos principais jornais do Canadá, em 6 de fevereiro último: policiais de Montreal atiraram contra um homem que agia violentamente carregando um martelo. O homem morreu horas depois no hospital. A vítima - pai e filho numa família bem sucedida - começou a apresentar problemas mentais nos últimos anos.

O fato gerou várias perguntas: o homem teria recebido amparo do sistema de saúde? Os policiais tinham alternativa que não fosse atirar? Se tivessem usado a taser, arma não-letal que dá um choque paralisante, o homem seria controlado? Os policiais têm treinamento suficiente para lidar com conflitos?

Vê-se, pois, que a violência policial não é realidade – e polêmica – apenas no Brasil. Atinge também países desenvolvidos (em proporções infinitamente menores, naturalmente).

Como bem coloca o “NP”, há questões simples e práticas envolvidas na história. “As pessoas querem acreditar que seus policiais são todos craques em tiros, capazes de acertar com precisão um pequeno pedaço de metal viajando a milhares de metros por segundo em um alvo em movimento, 100% das vezes. A vida real é diferente, como qualquer policial irá dizer”, escreveu Matt Gurney.

Ele cita que a maioria dos atiradores amadores é provavelmente melhor do que os policiais. E questiona a qualidade do treinamento policial no Canadá (imagine no Brasil). Para isso, participou de um treinamento. “Éramos todos capazes de atirar em alvos de papel fixos em um ambiente calmo, com apoio e bem iluminado, onde nossas vidas não estavam em perigo e nosso sangue não estava cheio de adrenalina”.

Gurney menciona ainda que, para minimizar os próprios riscos, policiais simplesmente miram nas partes maiores do corpo na hora de atirar. Assim, reduzem a chance de erro – e aumentam a de letalidade. (Lembre-se que muitas vezes o alvo está escondido ou em movimento.)

Ainda assim, escreve Gurney, muitos tiros são errados. Um estudo feito anos atrás pelo Departamento de Polícia de Nova York constatou um índice de precisão de 34%. Ou seja: dois terços dos tiros eram “balas perdidas”.

“Uma bala que erra o alvo não vira pó. Segue até atingir algo. Se tivermos sorte, este algo será o chão ou uma parede. Se não, poderá ser uma pessoa inocente, talvez até um outro policial.”

Gurney esclarece que não pretende justificar a morte do indivíduo, tampouco dizer que os policiais não teriam alternativa para controlar a situação, e sim deixar claro que os oficiais ganhariam se tivessem um treinamento melhor – de tiros e para lidar com situações de conflito (ou com doentes mentais, como era o caso).

E finaliza: “policiais muitas vezes atiram para matar por uma razão – tentar algo diferente não só significaria aumentar a chance de erro, mas também o risco para os cidadãos próximos”.

Em tempo: o artigo de Gurney não discute a questão do preconceito, muito presente neste tipo de ação em países como Brasil e Estados Unidos (leia mais aqui e aqui). 

domingo, 20 de abril de 2014 | | 0 comentários

Os murais de Montreal

Já mostrei aqui exemplos de cena grafiteira de Montreal, no Canadá, uma das mais bonitas e vibrantes do mundo. Na postagem anterior, o foco principal foi a região do Quartier des Spectables, o Bairro dos Espetáculos.

Agora volto ao tema, com exemplos flagrados no St. Laurent Blvd., o Boulevard São Lourenço:





 



Leia também:

Os murais da Filadélfia

terça-feira, 8 de abril de 2014 | | 0 comentários

Igloofest: balada abaixo de zero

Segunda maior cidade do Canadá, na porção francesa do país, uma vida cultural movimentada, até no inverno. Estive em Montreal, em fevereiro, para conhecer uma festa diferente. Eram nove horas da noite, estava nevando, temperatura próxima de dez graus negativos. Fui até a Igloofest, uma das maiores festas de música eletrônica do mundo, para mostrar que é possível sim se divertir abaixo de zero.

 

 
  
Vista-se com uma roupa aquecida para encarar os desafios do inverno canadense e entre no clima da festa. A oitava edição, este ano, bateu recorde de público: 85 mil pessoas nos quatro finais de semana do evento, entre janeiro e fevereiro, bem mais que as 63 mil do ano passado.

Dany Galant, de 27 anos, prestigiou quatro noites. E garantiu que o frio não impede a diversão. “Sim, é possível se divertir no inverno em Montreal. A Igloofest é uma grande festa”, disse.

Diversão não falta. E a música eletrônica é só pano de fundo pra galera agitar. É preciso mesmo muita agitação para espantar o frio. Na boate a céu aberto, com neve caindo. Nos tambores do “Guitar Hero” gigante. Na sessão de fotos para uma rede social. Ou, para os corajosos, no escorregador do castelo de gelo.




   
A Igloofest é, na verdade, uma espécie de parque de diversões gelado. E divertido. O figurão aí embaixo, Vicent Di Paula, é prova disso. “Esta é a roupa para a festa hoje”, falou. Duas francesas também fizeram questão de provar que existe vida noturna com a neve. Uma delas até arriscou falar português. “Eu estudei comunicação...”.



A Igloofest recebe alguns dos maiores DJs do mundo. E é no palco principal que a galera bota pra ferver. Como uma grande boate. Sob as estrelas, com temperatura negativa. Para provar que diversão não tem limites. Ou melhor, não respeita nem termômetro.


A Igloofest acontece no Parque Jean-Drapeau, no Old Port de Montreal.

* Texto original de reportagem para o programa "Mais Cultura" (TV Cultura, seg.-sex., 13h):

segunda-feira, 17 de março de 2014 | | 0 comentários

Trabalhando... (no Canadá)

Para quem não viu, eis a seguir o “Matéria de Capa” que gravamos – o cinegrafista Adriano Tavares e eu – no Canadá:

terça-feira, 11 de março de 2014 | | 0 comentários

No Canadá, uma proposta na relação polícia-sociedade

Não é só no Brasil que a relação entre polícia e sociedade é turbulenta e polêmica. Nos EUA, o novo prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio, elegeu-se tendo como forte bandeira de campanha o fim da política de segurança chamada de “stop and frisk”, algo como pare e reviste.

Essa política, defendida por grupos mais conservadores como base da queda da criminalidade na cidade, é criticada pelos mais progressistas por ser considerada discriminatória – o poder dado à polícia de parar, revistar e interrogar as pessoas teria como alvo prioritário a população pobre e imigrante.

No Canadá, a abordagem policial também provoca polêmica. Em recente artigo publicado no jornal “National Post” (6/2/14), Jamil Jivani relatou a experiência pela qual passou em Toronto em 30 de outubro de 2013. Ele estava fora de seu apartamento, no distrito de Little Jamaica, porque o celular não funcionava bem dentro do imóvel. Conversava de forma amistosa com um colega a respeito de uma decisão que teria que tomar a respeito de sua carreira.

Em certo momento, escreve Jivani, uma viatura parou, dois policiais desceram e questionaram a razão dele estar na rua. “Dei uma respeitosa resposta explicando que vivia no prédio à esquerda e estava falando ao telefone com um amigo, mas para aqueles policiais eu batia com a descrição de uma pessoa que eles procuravam: um homem negro que estava esperando uma encomenda de drogas”.

Jivani se sentiu frustrado e ofendido pela suspeita de que pudesse estar envolvido em atividades ilícitas. Diz ter se sentido na obrigação de provar que não era a pessoa que os policias procuravam – ou seja, uma inversão do princípio legal, “culpado até prove ser inocente”.

Os policiais pediram uma identificação e o único documento que Jivani tinha no momento era a carteira de estudante da Universidade Yale. Os policiais checaram o sistema e verificaram que nada havia contra ele. Jivani chegou a dizer que conhecia a lei e espera não ser fichado sem motivo. “Gostaria de pensar que não fui fichado porque não fazia nada de errado – mas talvez seja porque usei as palavras certas a respeito da lei e apresentei minha carteirinha de estudante”.

Os policiais ainda fizeram meia dúzia de perguntas antes de partirem. “Eles continuaram sua busca enquanto eu fiquei me sentindo estereotipado e desrespeitado.”

Vê-se que a abordagem não é muito diferente da que ocorre no Brasil (talvez por aqui houvesse algum risco da pessoa levar uma surra ou até um tiro, conforme a reação). O preconceito está na raiz da situação tanto cá quanto lá.

O problema, portanto, é semelhante; distinta é a solução que se apresenta. A experiência vivida por Jivani fez com ele propusesse algo talvez inédito: encontros entre “abordados” e “abordadores”.

Em resumo: Jivani procurou os responsáveis pelo Departamento de Polícia de Toronto para tratar da mediação. O encontro ocorreu em 4 de dezembro. “Esperava ter a chance de aprender mais sobre a razão daquele incidente ter ocorrido e poder dar aos policiais a oportunidade de ouvirem minha perspectiva para melhorar eventuais abordagens no futuro”, apontou.

“Por sorte, minhas expectativas foram superadas. Os dois oficiais vieram preparados para discutir porque me abordaram, o que esperavam dos questionamentos que fizeram e porque não me ficharam. Mais importante para mim, também explicaram a decisão de pedir uma identificação e checar meu nome no sistema. Eles me deram respostas satisfatórias e foram receptivos às minhas críticas. Ao contrário da primeira vez que nos encontramos, eu senti que eles me viram como um indivíduo e um ser humano. Eu ainda não concordo com algumas decisões que eles tomaram naquela noite, mas me beneficiei por entender mais sobre o contexto que motivou o comportamento deles. Espero que eles também tenham se beneficiado do meu ‘feedback’ (...)”, escreveu.

Incrível, não? Uma experiência que poderia ser replicada em qualquer lugar do mundo democrático. Num momento em que se discute UPPs e etc, que tal tentar a mediação junto a nossos policiais?

Em tempo: um empresário da região norte de Toronto disse ao "The Globe and Mail" que não se sente mais seguro depois de testemunhar um tiroteio fatal na área.

“A troca de tiros ocorreu num bairro mais conhecido pelas lojas sofisticadas, restaurantes e imóveis do que pela criminalidade. (...) ‘Considero esta uma área top da cidade, mas ultimamente toda a cidade tem se tornado um lugar inseguro’”.
Só para se ter uma ideia, a taxa de homicídios em Toronto é de 2 a 3 para cada 100 mil habitantes. No Brasil, a taxa é de 25,8 - em Alagoas, chega a 61,8; em São Paulo é de 10,5.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

Corrida maluca

Estive recentemente no Canadá para fazer uma série de reportagens para a TV Cultura. Uma das atividades foi a inusitada (para nós, brazucas) Ice Canoe Race, a Corrida de Canoas no Gelo.




O vídeo da corrida está logo a seguir:



Leia também:

- Um hotel de gelo

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

Novas peças do destino

O destino (tenho escrito muito sobre ele ultimamente, não?) tem me pregado algumas boas peças. Já citei como fui parar novamente no Canadá. Pois bem. Quando lá cheguei, numa escala no aeroporto de Toronto, deparei-me justamente com o mesmo portão de embarque ao qual fui levado em abril de 2012 rumo a Montreal. 

Lá estava exatamente a mesma loja onde comprei naquela ocasião dois jornais ("The Globe and Mail" e "National Post") e uma camiseta para o meu pai. Desta vez a compra se restringiu a uma daquelas tomadas tipo universal.


A surpresa maior, porém, veio na outra escala em Toronto, no retorno ao Brasil. Fui até uma loja de conveniência que vendia de tudo, inclusive livros. Lembrei de uma obra que havia visto dois anos atrás, numa livraria naquela mesma cidade. 

Na ocasião, como eu estava no meio de uma viagem longa, preferi deixar para comprar o livro na última parada, em Chicago (EUA). Assim, evitaria peso desnecessário na mala. Quando cheguei à cidade norte-americana e procurei pelo livro, cujo nome havia pronunciado errado, recebi uma má notícia: a obra era de uma autora canadense e recente, portanto não havia chegado aos EUA ainda.

Tinha gostado tanto do pouco que li do livro que até uma foto da capa havia tirado para não esquecer o nome.


Pois agora, quando entrei na loja no aeroporto, a história me veio à mente: "Já pensou se eu encontro aqui aquele livro, 'Digital Age'!?" (novamente nome errado). Procurei nas seções - Turismo, Filosofia, Biografias, etc - e não vi nada que pudesse se relacionar ao tema.

Até que de repente... Opa! Um livro colorido, escondidinho, saltou à vista. Era ele! "The Virtual Self", de Nora Young. A autora e o título corretos estavam guardados no meu inconsciente. Não tive dúvida!

Comprei e já comecei a ler. Com um prazer redobrado por constatar que o destino, este pregador de peças, colocou-nos novamente frente a frente.

Tudo a seu tempo, no seu devido tempo.

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Transporte (con)gelado

Quem é apaixonado por carros não deve morar em países muito frios. Na neve, os veículos ficam simplesmente assim:



E não adianta limpar. Porque as ruas ficam assim:


As vias ganham uma mistura de sal e areia para que seja possível trafegar sobre a neve. Vira uma verdadeira melequeira. A única saída, portanto, é deixar o carro na garagem durante o inverno:


Ah, caso a opção seja pela bicicleta, é melhor também tomar cuidado...


PS: as fotos foram feitas recentemente em Montreal, no Canadá.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013 | | 0 comentários

Pontes

Já escrevi neste blog que gosto de túneis e pontes - pelo que simbolizam para a vida. Dos primeiros, já postei fotos. Faltavam as pontes.

Vistas por fora, de longe...


... e por dentro, de perto.


Em tempo: a primeira ponte fica na região de Niagara Falls, no Canadá, e a outra em Chicago (EUA).

quarta-feira, 2 de outubro de 2013 | | 0 comentários

História viva



O protesto mostrado nas fotos - flagrado em Niagara Falls, no Canadá, em abril de 2012 - era em favor da libertação de espiões cubanos detidos na Flórida (EUA) há anos.

Para entender bem esta história, recomendo a leitura do livro "Os últimos soldados da Guerra Fria", do jornalista Fernando Morais:





sexta-feira, 27 de setembro de 2013 | | 0 comentários

Flores, flores!

Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo

(“Flores”, de Paulo Miklos, Sérgio Britto, Charles Gavin e Tony Bellotto)

Nos países do hemisfério norte, da zona temperada, as estações do ano são muito mais definidas do que no sul, nas regiões tropicais. Em cada estação, uma paisagem diferente. Da ausência de folhas e flores no inverno branco e gelado ao colorido das flores na primavera, sem contar o tom vermelho-amarronzado predominante nas folhagens no outono e o verde vivo no verão, o cenário é sempre motivo de encanto.

Para esta postagem, trago imagens das flores vistas no auge da primavera em abril de 2012 nos Estados Unidos e Canadá. Além da cor, elas sempre dão uma nova energia às cidades ao simbolizarem o renascimento da vida após o tempo cinzento.

Em Nova York (EUA):



Em Chicago (EUA):















Em Toronto (Canadá):







E Niagara Falls (Canadá):