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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

Está difícil viver no Brasil!

Está realmente difícil viver no Brasil. Sinto-me assaltado todos os dias, dos mais diferentes modos. Vamos a apenas três casos recentes, resumidos:

CASO 1
Tenho um plano tipo controle da TIM, com valor mensal de R$ 49,90. No primeiro mês a cobrança veio ok. No mês seguinte, R$ 39,90. Como? “Um desconto”, informaram. Por qual motivo?, perguntei. “O sr. é o primeiro cliente que reclama de desconto.” Fiquei sem saber o motivo, talvez tenham gostado do meu nome...

Mês seguinte: R$ 143!

Paguei por uma ligação para Londres cerca de R$ 9. Tudo bem. E uma ligação para Limeira (SP) me custou quase R$ 16. Como????

Além disso, admitiram terem cobrado errado R$ 69,90 do plano de Internet, que não possuo. Dois dias depois recuaram e disseram que eu tinha usado a Internet. Depois de muita briga voltaram a descontar os R$ 69,90.

CASO 2
Tenho um outro plano controle da TIM, de R$ 29,90. Liguei na operadora em janeiro e pedi a conversão para pré-pago. Um mês depois, nova cobrança. Liguei para saber o que tinha ocorrido e a atendente: “É, realmente tem um protocolo do sr. em janeiro mudando o plano...”. Tá, e daí? A conta será cancelada?, quis saber. A resposta: “O sr. já recebeu a fatura? Porque para mim, no sistema (sempre o sistema!!!), não tem fatura gerada. Portanto não posso fazer a contestação. O sr. tem que ligar depois...”

Como assim eu recebo uma fatura em casa, de PAPEL, e não há fatura gerada no sistema? Quem imprimiu aquela m.?

CASO 3
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo me descontou R$ 20 de contribuição assistencial (o que é proibido por lei) no mês passado. Disse que não queria fazer tal contribuição (ora, é uma “contribuição” não?). Fui orientado a protocolar uma carta no sindicato, com cópia para a empresa onde trabalho. Assim fiz.

Este mês, novo desconto. Reclamei. Disseram-me que só os sócios do sindicato podem solicitar o fim da cobrança.

Ou seja: ou você se sindicaliza e paga a mensalidade ou o sindicato simplesmente pega o seu dinheiro na forma – ilegal! – de contribuição assistencial.

Trata-se, sem sombra de dúvida, de um modo velado de forçar o trabalhador a se sindicalizar.

Em tempo: esta prática não combina com o sindicato de uma categoria que deve, por princípio, zelar pela ética. Talvez por isto o jornalismo esteja tão... deixa pra lá.

Apenas como informação: numa consulta feita há alguns anos junto ao Ministério do Trabalho, fui informado de que a contribuição assistencial não pode ser descontada compulsoriamente do salário do trabalhador. Eventual previsão de desconto em convenção coletiva (como no caso do Sindicato dos Jornalistas) não está acima de qualquer lei. E não há legislação que torne obrigatória esta cobrança, só há lei para a contribuição sindical (paga uma vez ao ano e referente ao valor de um dia de trabalho).

Na Justiça, obtive há alguns anos uma liminar suspendendo tal desconto, em outra empresa. A decisão da juíza foi bastante clara:

"Concedo a tutela antecipada no tocante a suspensão dos descontos a título de contribuição assistencial, por evidenciados os requisitos insertos no artigo 273 do Código de Processo Civil, quais sejam, a verossimilhança do direito, pois referida contribuição somente é devida pelos empregados associados ao sindicato réu (...)".

Dez reais aqui, vinte acolá e assim o dinheiro nosso de cada dia – suado - vai sendo surrupiado por artimanhas de empresas e organizações sem que praticamente nenhum órgão oficial ou autoridade faça alguma coisa.

Quer reclamar? Gaste com um advogado... Ou procure o bispo... Ou mude de país!

PS: quem puder, compartilhe esta postagem nas redes sociais. Assim, quem sabe, mais gente se junta a esta queixa e as empresas começam a dar mais atenção aos clientes.

quinta-feira, 11 de julho de 2013 | | 0 comentários

Por que, afinal, aceitamos a violência passivamente?

Estava dia desses na casa de uns amigos assistindo – por tabela - a estes programas policiais que pululam pela TV. É inevitável vê-los e pensar que o Brasil está cada vez mais violento (sim, há um componente a ser considerado, o de que esta sensação tem relação direta com a maior quantidade de informação distribuída sobre o tema diariamente, mas isto não vem ao caso agora).

O fato é que eu pensei: por que, afinal, aceitamos tal situação passivamente?

Independentemente dos programas policiais aumentarem a sensação de violência, os números no Brasil estão longe dos de um país civilizado.

Tomemos o exemplo de Limeira: só nos primeiros cinco meses deste ano, os ladrões levaram nada menos que 848 veículos – média de quase seis por dia. Em 2012, foram levados 1.885 veículos (sendo 564 roubos, quando há ameaça e/ou violência) – média de cinco por dia.

Nos últimos 12 anos, o número de furtos e roubos de veículos só cresce, resultando num prejuízo milionário, como já mostrou este blog.

Os casos de furtos e roubos em geral (excluindo veículos) também aumentam anualmente. Foram 2.029 registros este ano até maio, média de 13,5 por dia (sem contar os casos que não chegam à polícia porque as vítimas, cansadas da impunidade, sequer registram a ocorrência).

Em 2012, os casos patrimoniais foram 4.497 (sendo 1.239 roubos) – média diária de 12 (menos do que já se verifica este ano).

Fora o prejuízo direto com as perdas patrimoniais e o risco à vida num assalto, os brasileiros pagamos uma fortuna com serviços e equipamentos de segurança privada. São câmeras de vigilância, cercas elétricas, vigilantes e seguro de casa e veículo.

O seguro de um carro médio numa cidade como Limeira, por exemplo, custa entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, dependendo do modelo e da idade do proprietário. Isto representa, em alguns casos, o que o dono ganha de salário mensal. Ou seja: há quem trabalhe um mês unicamente para pagar o seguro do carro.

O custo direto e indireto da criminalidade numa cidade como Limeira é praticamente incalculável, mas é fácil imaginar que atinja vários milhões de reais.

E, afinal, por que aceitamos tudo isto? Por que não reagimos? Por que aceitamos a ineficiência dos nossos políticos na (má) gestão da segurança?

Está realmente na hora de sairmos às ruas, de pararmos o país. Ou fazemos algo agora ou a barbárie da qual já estamos próximos nos dominará de vez.

Em tempo: as estatísticas da violência no Estado podem ser conferidas no site da Secretaria de Segurança Pública.

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sábado, 21 de agosto de 2010 | | 0 comentários

Não foi eu!

Uma barra de ouro avaliada em US$ 550 mil, que fazia parte do tesouro de um galeão espanhol naufragado no século 17 em frente à costa sudeste dos Estados Unidos, foi roubada do Museu Marítimo Mel Fisher (www.melfisher.org), em Key West (Flórida), denunciou nesta sexta uma funcionária.

A peça, de 74.85 onças (cerca de 2 kg), estava dentro de uma vitrine do estabelecimento, que reúne uma das maiores coleções de tesouros e peças de galeões afundados na região.

"Há outras peças muito valiosas, todas de naufrágios históricos, mas esta era famosa porque o público podia tocá-la dentro da vitrine onde estava exposta e sentir o ouro", disse à AFP a funcionária do museu, que pediu para não ter o nome divulgado.

O roubo ocorreu no entardecer de quarta-feira, pouco depois de o museu fechar suas portas, disse ela, acrescentando que o FBI e a polícia local investigam o ocorrido e as impressões digitais do ladrão.

A barra de ouro pertencia ao galeão espanhol "Santa Margarita", que afundou no litoral da Flórida, durante um furacão, em 1622. Havia sido encontrada em 1980 por Mel Fisher, um caçador de tesouros de Key West que criou, com sua coleção, o museu do mesmo nome.

Fisher encontrou anos depois, em 1985, o 'Nuestra Señora de Atocha', outro galeão do século 17 naufragado na zona, com grande quantidade de ouro, prata, moedas, joias e artefatos das colônias espanholas na América.

Fonte: AFP/UOL, 20/8/2010

PS: a mão na foto é minha, mas eu juro que sou inocente!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010 | | 0 comentários

Um triste recorde - e um prejuízo milionário!

Espere seis horas e conte mais um veículo roubado ou furtado em Limeira. É o que indicam as estatísticas de criminalidade divulgadas nesta terça-feira pela Secretaria Estadual de Segurança. Em 2009, os ladrões levaram nada menos que 1.373 veículos na cidade. É o maior índice da história! Representa um aumento de 34,6% em relação a 2008, que teve 1.020 veículos roubados e furtados.

Em 2009, houve 1.084 furtos de veículos – contra 874 do ano anterior. O mais preocupante, porém, é a escalada dos roubos. Eles praticamente dobraram de um ano para outro: 289 casos no ano passado ante 146 em 2008. Traduzindo: a violência está aumentando. Os ladrões estão ficando mais audaciosos.

Segundo um corretor de seguros entrevistado pelo jornalista André Montanhér em reportagem para a TV Jornal, o crescimento dos roubos de carros está ligado aos mecanismos tecnológicos usados na atualidade, como os rastreadores, que dificultam os furtos. Ainda assim, os ladrões estão furtando muito. Quase quatro vezes mais do que roubam.

Um crescimento dessa proporção revela, sem dúvida, um fracasso do sistema de segurança – principalmente considerando os investimentos em câmeras feitos pela prefeitura e o aparelhamento da Guarda Municipal. Esse indício vira convicção diante do aumento dos casos de furtos e roubos (exceto veículos) também verificado no ano passado. Os furtos saltaram de 2.718 em 2008 para 3.339 (+22,8%); os roubos cresceram de 943 para 1.215 (+28,8%) – e olha que houve nestes dois crimes uma subnotificação de 21%, segundo o Estado, em razão da paralisação de policiais civis durante alguns meses.

Não resta dúvida: os crimes patrimoniais são o mal a combater em Limeira.

Cenário idêntico (em números absolutos menores, claro) ocorreu em Iracemápolis. Já Cordeirópolis reduziu os furtos e roubos de veículos e os furtos em geral.

Importante: em Piracicaba, os furtos e roubos de veículos vêm caindo desde 2006 (no ano passado foram 1.717 casos, redução de 2,1% em relação a 2008 – índice semelhante ao verificado no Estado, o que significa que Limeira rema contra a maré). Em Americana, houve uma alta de 11% após dois anos em queda.

PREJUÍZO MILIONÁRIO
Nos últimos nove anos, os limeirenses tiveram 8.511 veículos levados pelos ladrões, uma média de 945 por ano. Considerando um valor médio de R$ 15 mil por veículo (há muitas motos e carros usados), chega-se a um espantoso prejuízo de R$ 127 milhões! Sendo um pouco mais modesto, tomando um preço médio de R$ 10 mil, ainda assim a conta assusta: R$ 85 milhões.

Muitos poderão dizer que parte desses números envolve o famoso golpe do seguro. Pode ser, mas ainda assim é um crescimento espantoso.

E para quem acha que a polícia pouco age, só no ano passado 1,2 mil pessoas foram presas em Limeira, 700 em flagrante e 500 por mandados judiciais. São mais de três prisões por dia, conforme balanço da Delegacia Seccional. Outros 190 menores foram apreendidos. Foram tirados de circulação na cidade 504 quilos de drogas e 140 armas. Ainda assim, 20 mil ocorrências chegaram aos distritos policiais e viraram boletins, quase 55 por dia!

Para o delegado seccional José Henrique Ventura, um dos fatores que contribuem para a criminalidade em Limeira são as rodovias. A cidade está num ponto estratégico, cercada por três das principais vias do país - Anhanguera, Bandeirantes e Washington Luiz -, sem contar as pistas para Piracicaba e Mogi-Mirim e algumas vicinais. E se não bastasse existem ainda 850 quilômetros de estradas rurais (mais que a distância de Limeira a Florianópolis, capital de Santa Catarina), que ficam com pouquíssima vigilância.

De positivo no ranking, 2009 teve apenas a redução dos assassinatos – foram nove, contra 12 no ano anterior. Nos últimos nove anos, 224 pessoas perderam a vida brutalmente em Limeira.

Com a palavra, as nossas autoridades.