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segunda-feira, 23 de março de 2015 | | 0 comentários

"O sal da terra" - uma ode a Salgado e ao planeta

Um mestre na arte de escrever com a luz. 


Nas últimas quatro décadas, Sebastião Salgado rodou o planeta como “testemunha da condição humana”. No Kuwait, registrou o “triste espetáculo” dos poços de petróleo incendiados por Saddam Hussein após a guerra em 1991. Com a série “Trabalhadores”, homenageou os “homens e mulheres que construíram nosso mundo”.

A trajetória do fotógrafo de 71 anos virou filme. Dirigido pelo filho Juliano em parceria com o alemão Win Wenders, “O sal da terra” estreou recentemente no Brasil após concorrer ao Oscar de melhor documentário.


Nascido em Aimorés, Minas Gerais, Sebastião Salgado mudou para a França em 1969. Premiado em todo o mundo, ele revela no filme um olhar apurado em busca da melhor imagem. Com suas fotos, denunciou tragédias como a sede e a fome na África, os horrores do genocídio em Ruanda e o drama dos refugiados.

Chocado com tanta tristeza, apostou num novo projeto: “Gênesis” - uma homenagem ao planeta. Percorreu 30 países em busca de cenas como a do nativo solitário no tronco seco, da imensidão da floresta e da beleza da vegetação refletida na água.

Mas se os homens são o “sal da terra”, à terra devem voltar. E salgado voltou para a fazenda da família, no vale do rio Doce, onde passou a infância. E o que viu foi uma terra arrasada. “Os pássaros, os jacarés e a majestosa mata não existiam mais...”, conta n o filme. “A mata que existia antes e se estendia por todas essas colinas era a mata Atlântica, a floresta tropical atlântica”, comenta.

Sem mata, sem vida... “Quando eu era menino, tínhamos uma pequena cascata. Mais tarde derrubaram a mata e a água desapareceu”, fala. Até que a mulher dele resolveu plantar a semente de uma ideia: recriar a floresta que fez parte da história de vida do marido. “Eu me lembro que na primeira plantação às vezes eu sonhava que tudo tinha morrido”, afirma Lélia Salgado.

Foram plantadas dois milhões e meio de mudas. O Instituto Terra recuperou 600 hectares de mata - uma área equivalente a 780 campos de futebol. Mais de mil nascentes ressurgiram. “Quando vemos uma árvore, pensamos só em sua verticalidade e beleza. Mas tudo depende da árvore: nossa água, nosso oxigênio...”, cita o fotógrafo. A maior batalha na recuperação da fazenda da família Salgado, porém, não foi vencer a terra seca: foi vencer as mentes, disse Juliano.

Agora, o projeto entra em uma nova etapa. Parcerias feitas pelo Instituto Terra vão garantir o plantio de 125 milhões de mudas nos próximos 25 anos. O reflorestamento será feito ao redor das 370 mil nascentes do rio Doce. O trabalho do instituto é um exemplo de que recomeçar é possível. 

Uma lição do fotógrafo que virou amigo dos gorilas e das baleiras e que vê poesia na força da natureza. “E pensar que essas árvores, que hoje têm três meses, atingirão o ápice daqui a 400 anos! Talvez a partir disso possamos medir o conceito da eternidade”, filosofa Salgado.

* Texto original de reportagem feita para o programa “Repórter Eco” (TV Cultura, dom., 17h30) - reportagem acrescentada em 4/5/15



* Leia também:


* O primeiro vídeo desta postagem é de divulgação

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015 | | 0 comentários

De volta para o futuro (que virou presente)

Quem viveu os empolgantes anos 1980 certamente vibrou com as aventuras de Marty McFly e dr. Emmet Brown em "De volta para o futuro", principalmente o episódio no qual os personagens de Michael J. Fox e Christopher Lloyd vão parar no futuro.

Quem nunca quis ter, por exemplo, aquele skate voador usado por McFly?

E qual era o futuro retratado no filme, afinal? 2015!

Se você, assim como eu, ficou curioso em saber se alguma invenção pensada no filme virou realidade, basta acessar aqui.

* Leia também (acrescentado em 2/3):

- Uma cômica viagem aos anos 80

terça-feira, 12 de agosto de 2014 | | 0 comentários

"O mágico de Oz"

O filme que considero mais encantador e que marcou minha infância faz 75 anos!

Sempre que o vejo na TV, assisto novamente. E assim farei quantas vezes puder. 



Lembre-se que a coragem, o coração e a consciência moram dentro de você.

Ah, e não esqueça de seguir o caminho de pedrinhas amarelas...

terça-feira, 15 de abril de 2014 | | 0 comentários

A arca de Noé

“Noé” é um filme ruim. Ponto.

As licenças poéticas do diretor Darren Aronofsky são primárias, extremamente inverossímeis (há verossimilhança possível em se tratando da Bíblia?, diria um provocativo colega de trabalho ateu) e até risíveis (os guardiões de pedra, por exemplo).

Feita a ressalva, o filme merece alguns comentários. Deixo claro que não sou conhecedor de cinema, falarei apenas como mero espectador. “Noé” me pareceu dogmático em demasia.

Fica clara (não de modo positivo e sim no sentido de subestimar a inteligência do espectador) a intenção de transmitir a mensagem de que o ser humano foi o responsável pela destruição do planeta uma vez e está caminhando para o mesmo rumo. As lições de moral introduzidas nas falas do personagem-título não deixam margem para dúvida tamanha a falta de sutileza dos diálogos.

O filme se desenrola durante duas horas mediante este propósito para tomar, no final, a previsível mensagem de esperança depositada na raça humana. O homem é capaz de decidir pelo caminho “certo”. Temos uma chance, ufa!

Mas se tudo é tão ruim, por que comentar o filme? Porque algo salva “Noé” – e não se trata de Deus ou da arca propriamente. Em que pese a primariedade dos diálogos, que atiram sem dó na cabeça do espectador as intenções do discurso, “Noé” apresenta um interessante questionamento a respeito “liberdade da vontade”, como chamou o filósofo Luiz Felipe Pondé em artigo na “Folha de S. Paulo”.

Cabe a Noé, o personagem, decidir entre cumprir o que ele julga ser a vontade – e a ordem – de Deus ou seguir seu coração e, o que se provará no fim, sua vontade.

A solução, como já mencionei, é previsível. Mas ainda assim vale a reflexão proposta (por mais que o espectador deixe o cinema com a nítida sensação de que seria possível tratar do tema de modo menos fantástico).

Vale, então, a pena assistir? Depende de qual é o seu objetivo. Pela diversão, não. Para refletir, quem sabe.

PS (serei vulgar porque o enredo do filme pede): considere que a humanidade quase acabou porque um dos filhos de Noé não conseguiu dar uma simples trepadinha. Pobre Ham...! 

Em tempo: esta foi apenas mais uma das licenças poéticas do diretor.

domingo, 13 de abril de 2014 | | 0 comentários

"No"

Belíssima história, inspirada em fatos reais, sobre a luta da sociedade pela democracia no Chile:

quinta-feira, 19 de setembro de 2013 | | 0 comentários

"Noah"



Este curta metragem mostra a "virtualização" das relações no mundo atual, na era do Facebook. Trata-se, como define o autor no Youtube, de um "fascinante estudo de comportamento (e romance) na era digital".

O filme - premiado na categoria "Melhor Curta Canadense" na edição deste ano do TIFF (Toronto International Film Festival), em Toronto, no Canadá - se passa todo na tela de um computador. É a obra de estreia dos diretores Walter Woodman e Patrick Cederberg.

segunda-feira, 18 de março de 2013 | | 0 comentários

Homenagem a NY

Um retrato da apaixonante Nova York na visão do diretor Sébastien Desmedt. Vale a pena!



PS: minhas visões de Nova York podem ser lidas no blog Piscitas – travel & fun.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012 | | 0 comentários

Um clássico para saudar a chuva

Uma homenagem à chegada da primavera (que começa às 11h44 deste sábado, 22/9):



(Ah, homenagem também à despedida do inverno, afinal a chuva chegou mesmo no último dia da estação mais fria do ano.)

segunda-feira, 23 de julho de 2012 | | 0 comentários

"Na Estrada" (3)

UOL - Kerouac e Cassady fizeram a viagem logo depois da Segunda Guerra. Você acha que seria possível fazer essa mesma viagem hoje, em que os tempos (e a cultura) são outros?
Garrett Hedlund - Acho que sim. Esses caras não eram comuns. É como dizia Einstein: os grandes espíritos enfrentam a oposição das mentes medíocres porque não se conformam a estes últimos. Quando eu era mais jovem, fui exatamente esse tipo de pessoa inconformada. Segui meu sonho de ser ator mesmo ouvindo do meu irmão mais velho: “Você quer ser ator?! Você não é um ator! Tom Hanks é um ator!” (risos). Sempre vai haver um tipo de gente que só consegue viver com aventura. Muitas outras pessoas podem perfeitamente viver com um trabalho das 9h às 5h, mas algumas simplesmente não conseguem suportar. Hoje em dia, de certo modo, é ainda mais fácil: se você quer muito viajar, é só pôr o pé na estrada.

Fonte: Thiago Stivaletti"Na Estrada": Garrett Hedlund diz que sempre foi inconformado como seu personagem no filme, UOL, 23/7/12.

Leia também:

"Na Estrada"
"Na Estrada" (2)

sexta-feira, 13 de julho de 2012 | | 0 comentários

"Na Estrada"

Estreou hoje nos cinemas brasileiros a versão cinematográfica da saga de Jack Kerouac e cia. – a geração beat. O filme inspirado no clássico “On the road”, que sempre me inspira.



Não vejo a hora de assistir!

domingo, 17 de julho de 2011 | | 5 comentários

Um "desafio" aos amigos


“Deus nos dá parentes, mas graças a Deus escolhemos nossos amigos.”
Ethel Watts Mumford

Despretensiosamente, assisti neste final de semana a um filme incrível. “Mary e Max” conta a história real de duas pessoas que sofriam de solidão. Tornaram-se amigas e trocaram correspondências durante 20 anos. Cresceram praticamente juntas, mas sem nunca se conhecer. Compartilharam alegrias (poucas) e angústias (muitas).

Inocente, depressivo e ao mesmo tempo empolgante, “Mary e Max” fala acima de tudo de amizade – talvez a mais nobre das relações humanas (considerando que amores, sejam entre pais e filhos ou entre casais, devem incluir necessariamente muita amizade).

O filme me tocou de um modo muito particular. Identifiquei-me com várias situações (não, não sofri “bullying” durante a infância). Tive vontade de chorar em alguns momentos, mas o riso despertado por muitas cenas desfez o nó na garganta.

“Mary e Max” fala, acima de tudo, de pessoas. Eu, você, cada um de nós, com nossas qualidades, defeitos, imperfeições, neuroses, alegrias. "Nós não escolhemos nossos defeitos. Eles são parte de nós e nós temos que viver com eles", como diz Max. E assim devemos nos aceitar, entendendo que ninguém é perfeito, vivendo e aprendendo. Simples assim.

Emocionado, fiquei com vontade de comprar várias cópias do filme e distribuir para alguns amigos. Estava quase decidido a fazer isso, mas mudei de ideia. Resolvi, então, escrever. E lançar uma espécie de desafio. Aí vai:

- gostaria que todos que lerem esta postagem assistam a “Mary e Max” (já está nas locadoras). Lembre-se de que se trata de uma história real. Inspire-se. E, em seguida, escreva para um amigo. Se eu fizer parte da sua lista, escreva para mim! Pode ser uma mensagem aqui ou por e-mail. Com o passar dos dias, verei quantas mensagens terei recebido.

Em tempos de modernidade, tecnologia, redes sociais, etc, será que ainda guardamos espaço para os amigos? Talvez um deles esteja esperando uma palavra sua, minha... E isto talvez possa mudar uma vida. Tal como em “Mary e Max”.

domingo, 29 de maio de 2011 | | 0 comentários

Drogas: uma discussão necessária

A “Folha de S. Paulo” deste domingo publicou uma interessante e elucidativa entrevista com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele fala de sua luta a favor da descriminalização das drogas. Presidente de honra do PSDB, FHC acaba de protagonizar um documentário chamado “Quebrando o tabu”, no qual defende sua ideia. O filme - imperdível! - mostra como a questão é tratada ao redor do mundo.


A seguir, um trecho da entrevista publicada na “Folha” (a íntegra pode ser liga aqui – é preciso ter senha do jornal ou do UOL):

Folha - Claramente, qual é a sua posição sobre as drogas?
FHC -
Eu sou a favor da descriminalização de todas as drogas.

Folha -
Cocaína, heroína?
FHC -
Todas, todas. Uma droga leve, tomada todo dia, faz mal. E uma droga pesada, tomada eventualmente, faz menos mal. Essa distinção é enganosa. Agora, quando eu digo descriminalizar, eu defendo que o consumo não seja mais considerado um crime, que o usuário não passe mais pela polícia, pelo Judiciário e pela cadeia. Mas a sociedade pode manter penas que induzam a pessoa a sair das drogas, frequentando o hospital durante um período, por exemplo, ou fazendo trabalho comunitário. Descriminalizar não é despenalizar. Nem legalizar, dar o direito de se consumir drogas.

Folha -
Os manifestantes da Marcha da Maconha, por exemplo, defendem a legalização, o direito de cada um fumar ou não o seu baseado.
FHC -
Eles defendem não só a legalização, como dizem: "Não faz mal". Eu não digo isso, porque ela faz mal. Agora, não adianta botar o usuário na cadeia. Você vai condená-lo, estigmatizá-lo. E não resolve. O usuário contumaz é um doente. Precisa de tratamento e não de cadeia.

quinta-feira, 26 de maio de 2011 | | 0 comentários

"Meia-noite em Paris"

Saiu o trailer do novo – e inspirador – filme de Woody Allen. Desta vez o cenário é a charmosa e encantadora Cidade Luz.



* Para ler mais sobre Paris, clique
aqui.

segunda-feira, 11 de abril de 2011 | | 0 comentários

"Tiro à ararinha"

"Rio", o desenho animado americano, mal estreou e já foi cobrado pelo que omitiu na tela. Ouvi resmungos de que o filme, uma esfuziante celebração da cidade, deixou de fora as mazelas, e que tudo nele é cartão-postal -o céu, o mar, o recorte das montanhas, as praias, o humor do carioca, as mulheres, a arquitetura. Não tem guerra de facções, nem batidas no morro, nem balas perdidas, nem mesmo bueiros explodindo.

Incrível como somos rigorosos. Quando se trata do nosso quintal, exigimos realismo e criticamos o estrangeiro que nos enxerga de forma ingênua e positiva. Já quando se trata desse estrangeiro e do que ele nos apresenta de si próprio, somos mais lenientes.

Quando Woody Allen rodou "Manhattan", em 1979, Nova York estava no auge da falência, sujeira, violência, insegurança e corrupção. Mas a NY que Woody mostrou foi um cenário de conto de fadas. E por que não? Afinal, "aquela" Manhattan também existia.

Cobra-se a falta de mazelas em "Rio", mas não se cobrou a falta dos cartões-postais em filmes de exploração da violência, como "Cidade de Deus" e "Tropa de Elite". No entanto, enquanto os tiroteios cruzavam a tela, os cartões-postais continuavam intocados na vida real e habitados pela maioria da população do Rio, que não vivia a "realidade" daqueles filmes.

Temos agora nova queixa: na trilha sonora de "Rio", não se ouve o "pancadão" do funk -como se este já fosse a nova música oficial da cidade, silenciando o samba, o choro e a bossa nova. Bem, em 1979 as ruas de Nova York estavam infestadas de disco music, break e hip-hop. Mas, para a trilha sonora de "Manhattan", Woody preferiu usar 13 melodias de George Gershwin, de ""S Wonderful" a "Rhapsody in Blue". Alguém se queixou?

O que a turma quer? A ararinha-azul abatida a tiros de fuzil ao sobrevoar a Rocinha, ao som da Tati Quebra-Barraco?

Fonte: Ruy Castro, "Folha de S. Paulo", Opinião, 11/4/2011.

sexta-feira, 25 de março de 2011 | | 0 comentários

"Rio" vem aí



Para saber mais, clique aqui.

sexta-feira, 11 de março de 2011 | | 0 comentários

Eles estão chegando!



Quem tem por volta de 30 anos de idade vai curtir muito!

Para mais informações, clique
aqui (no site é possível assistir ao trailer, baixar aplicativos para iPad e iPhone, jogar e até mandar um cartão virtual - o Smurfin´ Ecard).

Em tempo: a estreia do filme nos EUA está agendada para o dia 3 de agosto.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010 | | 0 comentários

"Tropa de Elite 2", um filme necessário

1) A magnífica interpretação de Wagner Moura, insuportavelmente sincero. Wagner será sem dúvida e brevemente ator disputado pelo mercado internacional. Temos de ter cuidado para não perdê-lo.

2) O grande feito de um filme é juntar, como disse Brecht, diversão com ensinamento. “Tropa” é um gol nesse sentido. Eletrizante e profundo.

3) Pela coragem de José Padilha de abordar tão diretamente questões delicadas e presentes como as milícias dos morros. A coragem é uma das maiores virtudes humanas.

4) Pela objetividade de José Padilha ao reger o roteiro fazendo-o chegar a Brasília e depois de alguma forma premiando o Capitão Nascimento com a vida de seu filho. “Tropa” é tão emocionante que pode até influenciar no segundo turno.

5) Pela tenacidade e talento pelos quais José Padilha conseguiu tanto dinheiro para fazer este filme. Certamente vindo de fontes que ele, nem tão sutilmente assim, ataca.

6) Provar a possibilidade de o filme estourar bilheterias mantendo-se como filme de arte.

7) “Tropa de Elite 2” é o arauto, anuncia o futuro. Inaugura uma fase do cinema brasileiro na qual mais uma vez imitaremos os americanos, só que agora em uma das suas melhores virtudes. O grande cinema americano sempre fez filmes (de Grifth a Carlitos, Capra, Spielberg) com ênfase central na crítica de sua própria sociedade. Crítica franca, direta, ofensiva. Que é exatamente o que faz a “Tropa de Elite 2”. Que, sendo um mega sucesso, criará obrigatoriamente seguidores. E que será também benéfico para o nosso país.

8) Pela linguagem cinematográfica de José Padilha, baseada no modo de fazer usual do cinema americano porém com extrema competência, clareza, comunicabilidade e por que não dizê-lo, poesia.

9) Pela magnífica atuação dos atores no filme. Lembra Costa-Gravas nos seus melhores resultados, como é citado em uma cena. Sendo um filme político era preciso que os atores representassem politicamente. E é exatamente o que Padilha consegue. É impossível não destacar alguns, embora sejam todos excelentes: Irandhir Santos, Sandro Rocha, André Mattos, Maria Ribeiro!

10) Pela excelente dramaturgia do final do filme. Dizem que o final ideal de um filme ou peça teatral é aquele que diz algo que não foi dito antes na obra inteira. Algo que ilumina a narrativa para trás, como um farol retrovisor. Esse tipo de final é dificílimo de atingir, como em “O Inimigo do Povo” de Ibsen ou “Romeu e Julieta”. No momento em que o filme do Padilha, surpreendentemente pula para Brasília, cria um final excelente. Lança luz sobre todo o resto.

11) Em meio ao entusiasmo que o filme desperta, vem um sentimento ruim de desesperança e desespero. Posto que o filme nega o poder modificador de qualquer ação individual e, portanto, do próprio filme. Esta é uma questão filosófica grave, importante, que o filme levanta como resultado final. Quando responsabilizamos o sistema considerando-o uma força irreversível, de alguma forma não responsabilizamos ninguém. Muitos sistemas já foram desagregados pela ação individual. Mais um mérito de José Padilha em seu grande filme “Tropa de Elite 2”: levantar esta questão.

Fonte: Domingos Oliveira, em seu blog (para ver, clique aqui)

Minha avaliação: "Tropa de Elite 2" é simplesmente espetacular! Todos os brasileiros deveriam assisti-lo, quem sabe assim cresce a necessária intolerância com a corrupção.

terça-feira, 24 de agosto de 2010 | | 0 comentários

Uma cidade em movimento

Uma bela - e imperdível - homenagem a Limeira feita pelo fotógrafo Hector Moreno. Ele teve a ousadia de abrir mão de pontos "fotogênicos" para captar cenas do cotidiano de uma cidade em constante movimento. O resultado, após quatro mil fotos, foi espetacular!

Time Lapse of Limeira from Hector Moreno on Vimeo.