Há um ano, o "Jornal da Cultura" (TV Cultura, seg. a sáb., 21h) exibiu uma reportagem que eu gravei um mês antes, em Lucerna, na Suíça, sobre o trabalho de Tod Machover, um maestro que compõe sinfonias para cidades a partir de sons captados "in loco" e também enviados por moradores. A primeira delas foi para Toronto, no Canadá.
Na ocasião, Machover estava captando os sons. Pois bem: um ano depois a sinfonia foi concluída e apresentada como sucesso, no dia 5 de setembro, durante o Festival de Lucerna, no magnífico KKL Luzern.
O resultado você confere aqui:
É impossível não ouvir referências à água - elemento mais do que presente numa cidade que cresceu ao redor de um famoso lago, que leva seu nome.
Em tempo: Machover caminha agora para sua quinta cidade no projeto. A próxima a ter sua própria sinfonia é Detroit (EUA).
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quinta-feira, 24 de setembro de 2015 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 06:30 | 0 comentários
E Lucerna ganha sua sinfonia...
Marcadores: Lucerna, música, Suíça, Tod Machover
segunda-feira, 8 de setembro de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 21:52 | 0 comentários
Uma sinfonia para Lucerna
A cidade de Lucerna, na Suíça, sedia até o próximo dia 14 um
dos maiores festivais de música clássica do mundo. Este ano, a programação
inclui uma atividade diferente: a comunidade foi convidada a colaborar na
composição de uma sinfonia para a cidade.
O ronco de um motor no trânsito, o barulho do ônibus e da
fonte. Vida urbana combinada com a natureza. As aves no lago, o ruído dos
pássaros na ponte medieval, a água batendo suavemente no barco a vapor... Transformar
os sons de uma cidade numa sinfonia é o desafio do compositor americano Tod Machover.
Ele desembarcou em Lucerna com o compromisso de dar a uma das mais encantadoras
cidades suíças a sua própria música. “Toda cidade tem seus próprios sons",
disse.
Na moderna sala de concertos de Lucerna, as apresentações do
festival atraem pessoas de todo o mundo.
Do lado de fora, é o trabalho de Tod
que chama a atenção. Ele saiu às ruas para captar opiniões e ruídos. Andou às
margens do lago, ouviu sotaques e idiomas diferentes. “Num lugar quieto como
lucerna”, falou, “é preciso atenção e paciência para ouvir os sons”. Por
exemplo: dos trens e barcos.
O compositor pediu também para as pessoas enviarem sons da
cidade, qualquer som.
Depois, tudo vai ser trabalhado em estúdio com ajuda da
tecnologia. O compositor é ligado ao Laboratório de Mídia do Instituto de Tecnologia
de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, um dos mais renomados do mundo. É
lá que sons, como da água, devem virar notas musicais. O trabalho vai durar um
ano.
Parece difícil, mas o resultado Toronto conhece bem. A maior
cidade do Canadá foi a primeira a ganhar uma sinfonia para chamar de sua.
Quando eu pergunto se seria possível fazer uma composição
com o trânsito caótico de São Paulo, o compositor interrompe: “mas em São Paulo
o trânsito não anda!". Depois, confessa que adoraria fazer o projeto. “São
Paulo é uma das grandes cidades do mundo”, afirmou.
Ele lembrou até de quando esteve num barzinho e viu um
músico tocando com duas colheres: “eu nunca ouvi nada igual”.
Pelo jeito, só falta o convite.
* Texto original de reportagem feita para o "Jornal da Cultura" (seg. a sáb., 21h)
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