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domingo, 22 de novembro de 2015 | | 0 comentários

Ninguém, de fato, está acima da lei

O advogado de defesa de um dos filhos do ex-presidente Lula disse em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo" e a outros veículos, a respeito de busca e apreensão feitas na empresa do jovem, que isto só ocorreu pela ligação familiar: "Prevaleceu o nome, o sobrenome da pessoa envolvida como motivação para o ato".

Petistas têm propalado que os filhos de Lula tornaram-se alvos de investigação unicamente porque são filhos do ex-presidente, numa suposta tentativa de agentes do Ministério Público e da Justiça de atingirem o pai.

Certamente, num estado democrático, ninguém deve ser alvo de investigação ou punição por ser filho deste ou daquele.

Mas, principalmente, num estado democrático, ninguém deve deixar de ser investigado ou punido por ser filho deste ou daquele (por exemplo, de um ex-presidente da República).

Vide os exemplos do Chile (com o filho da presidente Michelle Bachelet) e da Espanha (com a princesa Cristina).

Isto, sim, deve despertar a atenção daqueles que defendem a democracia.

terça-feira, 29 de julho de 2014 | | 0 comentários

Frase

“Lula era visto como a esperança de mudança e fez um governo à direita. Esfregou na cara das pessoas aquilo que anarquistas sempre disseram: não adianta mudar as peças do jogo se o problema é o jogo.”
Camila Jourdan, professora universitária, presa sob acusação de “quadrilha armada” pela suposta articulação de protestos violentos no Rio, em reportagem do jornal "Folha de S. Paulo"

quarta-feira, 9 de julho de 2014 | | 1 comentários

PT do discurso e da prática

Disse o vice-presidente do PT, Alberto Cantalice, a respeito da histórica derrota da Seleção Brasileira para a Alemanha por 7 a 1 na semifinal da Copa 2014, segundo a "Folha de S. Paulo": "Enquanto máfias continuarem a comandar o futebol brasileiro, tanto os grandes clubes como a seleção ficarão nesta merda!".

Máfias, diga-se de passagem, que receberam todo o carinho, apoio e endosso do governo e da pessoa do sr. Luiz Inácio Lula da Silva, o dono do PT...

sexta-feira, 16 de maio de 2014 | | 0 comentários

Lula, o ardiloso (ou "#calaabocalula)

É insuperável a capacidade do ex-presidente Lula de falar besteiras.

E não pense que isto se deve à ignorância. Lula é mais esperto (no sentido positivo e negativo) do que sonha nossa vã filosofia. Cada palavra que sai de sua boca é medida milionésimos de segundo antes a fim de produzir um efeito estritamente pensado e calculado para beneficiá-lo.

Foi sempre assim, desde que Lula é Lula.

O ex-presidente acredita na tese - e a pratica - de que uma mentira repetida mil vezes pode virar uma verdade. Sabe que tem carisma para esta alquimia.

Vamos aos fatos:

1 – Em entrevista ao jornal baiano “A Tarde”, Lula disse o seguinte: "O que eu acho estranho é que toda a época de eleição aparece alguém com uma denúncia contra a Petrobrás, que desaparece logo depois das eleições”.

Basta alguém confrontar o ex-presidente com a verdade indiscutível de que as denúncias partiram de investigações feitas pela POLÍCIA FEDERAL, comandada pelo governo da ex-ministra-poste Dilma Rousseff. Caíram, portanto, no colo da oposição (que, por si só, em 12 anos, nunca teve capacidade de produzir estragos ao governo).

2 – Lula citou em artigo no jornal espanhol “El País” que a Copa no Brasil virou "objeto de feroz luta política eleitoral". Escreveu: "À medida que se aproxima a eleição presidencial de outubro, os ataques ao evento tornam-se cada vez mais sectários e irracionais".

Mais uma vez, a oposição não seria capaz, por si só, de usar a Copa contra o “status quo” político. A oposição é ineficiente, incapaz e burra.

Ao dizer o que disse, Lula simplesmente ignora o sentimento de grande parte (não digo de todos) dos brasileiros. Basta sair às ruas e ouvir as vozes clamando quase que como num deserto.

Irracional, portanto, é o ex-presidente.

Ou somos todos nós...

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sábado, 3 de maio de 2014 | | 0 comentários

"O PT cometeu um erro", disse Lula (em 2005)

O ex-presidente Lula disse recentemente, em entrevista a um jornal português, que “o tempo vai se encarregar de provar que o mensalão teve 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica".

Como o Brasil é um país sem memória, não custa dar uma forcinha ao próprio Lula e relembrar o que ele disse numa entrevista à TV Globo em 2005 a respeito do mesmo mensalão:

“São erros! E tanto é que foram punidos. O Genoíno saiu da presidência do PT, o Silvinho não está mais no PT, e o José Dirceu perdeu o mandato. O Delúbio saiu do PT”.

Mais: “o PT cometeu um erro que é de uma gravidade incomensurável! Todo mundo sabe – e sabe o PT hoje, e sabe quem cometeu os erros – que o PT cometeu um erro que será de difícil reparação pelo próprio PT. O PT vai sangrar muito para poder se colocar diante da sociedade outra vez, com uma credibilidade que ele conquistou ao longo de 20 anos”.

Para ver e ler a íntegra da entrevista, é só clicar aqui.

Felizmente, a tecnologia está aí para lembrar o que muitos fazem questão de tentar esquecer (ou apagar...).

quinta-feira, 10 de abril de 2014 | | 0 comentários

Palavras traiçoeiras

Algumas vezes, as palavras dizem mais do que se pensa - ou se pretende. Elas traem. O noticiário desta quinta-feira (10/4/14) traz bons exemplos:

- “Não dá mais para ter desculpa porque a máquina agora está do jeito que a gente quer.”
Mauro Zeuri, agora secretário de Gestão Estratégica (antes Governo e Desenvolvimento) da Prefeitura de Limeira, em reportagem da “Gazeta de Limeira”

Taí o que dá falar sem pensar. A manifestação de Zeuri parte de dois pressupostos que o governo Paulo Hadich (PSB), do qual o secretário faz parte, tanto critica quando citados pela imprensa.

Ao dizer que “não dá mais para ter desculpa”, Zeuri deixa claro: 1) que antes dava-se desculpa pela ineficiência da máquina administrativa; e 2) havia ineficiência na máquina administrativa – e continua havendo, só não será mais possível dar desculpa, embora a previsão seja que o serviço melhore em razão das mudanças feitas na administração.

Hadich e seus asseclas, principalmente aqueles que gostam de perseguir a mídia, não tem do que reclamar se o próprio secretário – peça-chave no governo – admite uma coisa dessas.

Ô frase infeliz!

- “Poderíamos estar melhor, e a Dilma vai ter que dizer como é que a gente vai melhorar.”
Do ex-presidente Lula, em entrevista a um grupo de blogueiros amigos

"Se o próprio Lula diz que 'poderíamos estar melhor', é porque estamos bem mal. E ele apontou a culpada - que tem de se explicar, ou a coisa vai ficar feia para o lado dela (a sucessora dele, a presidente Dima Rousseff)."
(Fonte: Eliane Cantanhêde, “Lula no palanque”, Folha de S. Paulo, Opinião, 10/4/14, p. 2.)

- Temos que retomar com muita força essa questão da regulação dos meios de comunicação do país. (...) Queremos uma coisa mais digna, mais respeitosa. Quando vejo o tratamento a Dilma, é de falta de respeito e de compromisso com a verdade.”
Do ex-presidente Lula, em entrevista a um grupo de blogueiros amigos

"De onde se vê que, ao contrário das alegações formais, se trata realmente do controle de conteúdo. Com a 'regulagem' defendida pelo PT o Estado daria as balizas do tratamento considerado respeitoso em relação a autoridades, bem como firmaria os termos da verdade para com a qual os meios de comunicação estariam compromissados."
(Fonte: Dora Kramer, “Sem palavras”, O Estado de S. Paulo, Política, 10/4/14, p. A6.)

Nos dois casos de Lula, só não dá para dizer: “Ô língua solta” porque não se pode crer que o ex-presidente cometeu equívoco. Lula só fala de caso pensado.

- “Ela (inflação) subiu agora, acho que está no máximo, e a partir do próximo mês já ficará um pouco menor, depois, em maio, vem menor ainda e, em junho, menor ainda. Então ela é passageira."
Guido Mantega, ministro da Fazenda, em entrevista à imprensa

Neste caso, nem é preciso se alongar no comentário. A realidade nega o que diz o ministro. Aliás, tem alguém mais sem credibilidade em suas previsões econômicas do que Mantega? Faz quatro anos que ele fala que a inflação vai baixar e o PIB (Produto Interno Bruto) vai subir...

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

As batalhas perdidas de Haddad e Hadich

O ex-presidente Lula disse há dois meses, segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, que o prefeito Fernando Haddad (PT) perdeu a batalha da política e da comunicação na gestão à frente da prefeitura paulistana.

Pode-se dizer, sem medo de errar, que o mesmo ocorreu em Limeira com o governo Paulo Hadich (PSB).

E às vezes quando se perde a batalha da política e da comunicação, quem perde de fato não é o governante, é a cidade e, em última análise, a sociedade.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013 | | 0 comentários

Frase

“O povo foi para a rua pra dizer que precisa de mais coisas porque ele aprendeu a comer contra-filé e ele não quer voltar a comer acém. Ele quer comer filé de verdade.”
Lula, ex-presidente da República, ao comentar os protestos de junho no Congresso em solenidade para celebrar os 25 anos da Constituição brasileira

quarta-feira, 26 de junho de 2013 | | 0 comentários

Caminhando e cantando

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
(“Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré)

Em poucas horas, a Câmara dos Deputados derrubou a PEC 37 - que restringia o poder de investigação de crimes por parte do Ministério Público - e aprovou a destinação dos royalties do petróleo para a educação, duas das demandas dos manifestantes Brasil afora.

Depois da Copa das Confederações provar que o Brasil, quando quer, consegue fazer obras em tempo adequado (vide os estádios) e dos protestos de rua levarem, em poucos dias, à redução das tarifas de transporte e à votação de duas importantes medidas no Congresso de acordo com a vontade popular, será difícil para os políticos encontrarem a partir de agora desculpas para não agir em favor do povo.

Parece que finalmente a sociedade descobriu o caminho: o da voz nas ruas!

Que assim seja para todo o sempre. Amém!

***

Os protestos dos últimos dias me fizeram ainda mais fã do Jota Quest e do Skank. Os motivos podem ser vistos aqui

É isso aí: cada um dando o recado da forma que lhe é mais adequada! O importante é marcar posição, tomar um lado, posicionar-se, não se omitir.

Por falar em omissão, o que o digníssimo ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse e pensa a respeito dos protestos?

O que as mais variadas denominações religiosas - Igreja Universal do Reino de Deus, Assembleia de Deus, Igreja Renascer, etc - pensam a respeito dos protestos? Só vi manifestações de líderes católicos, como o cardeal dom Claudio Hummes.

Nestas horas, o silêncio também fala - e muito. Aliás, é significativo...

quinta-feira, 20 de junho de 2013 | | 0 comentários

Frase

“Sempre teríamos na transparência de nossos atos e na ética da vida política os valores fundamentais do PT, foi o que muitas vezes ouvi de você.”
Eduardo Suplicy, senador pelo PT-SP, em carta ao ex-presidente Lula

segunda-feira, 6 de maio de 2013 | | 0 comentários

Lula faz-me rir

"Você pode fazer o jogo político, aliança política, coalizão política, mas não precisa estabelecer uma relação promíscua para fazer política."

A frase foi dita pelo ex-presidente Lula em entrevista para um livro que tratará dos dez anos de governo petista no Brasil, conforme registrou a imprensa no final de semana.

Segundo Lula, o “PT precisa voltar a acreditar em valores que a gente acreditava e que foram banalizados por conta da disputa eleitoral”.

Não sei se é para rir ou chorar. Porque ouvir Lula falar isto é quase uma piada.

Justamente ele, que há menos de um ano não se importou em posar ao lado do ex-prefeito e hoje deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) - condenado por corrupção e procurado pela Interpol – só para garantir alguns segundos a mais na propaganda de rádio e TV na campanha que levou o ex-ministro Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo.

Quem senão Lula & cia. banalizou os valores petistas por conta das disputas eleitorais?

Merece algum outro nome que não promíscua a relação que o petismo – Lula à frente - estabeleceu com outros partidos quando chegou ao poder para garantir a chamada governabilidade?

Ou será que Lula e a presidente Dilma Rousseff fizeram/fazem nomeações técnicas para seus ministérios?

Dilma, aliás, acaba de confirmar a nomeação do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, para a Secretaria da Micro e Pequena Empresa visando unicamente garantir o apoio do PSD do ex-prefeito paulistano, Gilberto Kassab, ao projeto reeleitoral. Como fez ao nomear o senador Marcelo Crivella para o Ministério da Pesca em troca do apoio do PRB (leia-se evangélicos, Igreja Universal e TV Record) ao governo e à reeleição.

E aí surge Lula pregando a retomada dos antigos valores petistas, corrompidos – segundo diagnóstico dele próprio – por relações escusas em favor das eleições.

Até quando?

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segunda-feira, 22 de outubro de 2012 | | 0 comentários

O Brasil pós-mensalão: uma posição definitiva

A fase de condenações e absolvições no julgamento da ação penal 470, a do chamado “mensalão”, chegou ao fim no STF (Supremo Tribunal Federal). À esta altura, não resta mais dúvida de que a então cúpula do PT se uniu em torno de um plano de poder e, para atingir tal finalidade, recorreu a práticas não-republicanas.

Cooptou, por meio da compra (ou corrupção), partidos e parlamentares. Usou recursos desviados de órgãos públicos simulando empréstimos fraudulentos com apoio de unidades do sistema financeiro.

Formou-se, como concluiu nesta segunda-feira (22/10) o Supremo, uma quadrilha a partir do Palácio do Planalto – a sede do poder Executivo nacional.

Tem-se, por enquanto, que o então presidente da República não participou do esquema, embora tivesse sido um dos maiores (senão o maior) beneficiários dele.

É forçoso reconhecer que o PT cometeu – por meio de seu alto escalão - crimes gravíssimos contra a República e a sociedade. Não há argumentos que possam justificar o recurso a práticas escusas, mafiosas até como manifestou o ministro Marco Aurélio Mello nesta terça no STF, em favor de um projeto de poder.

Deste modo, a história do Brasil é reescrita. O governo Lula ganha uma mancha indelével.

Sim, as conquistas sociais promovidas pelo governo petista não podem ser ignoradas e jamais se apagarão. Ao contrário, é preciso reconhecê-las e enaltecê-las.

Ao mesmo tempo, é preciso entender que o sucesso brasileiro nos últimos 20 anos se deve justamente à continuidade de um processo que teve início em 1993 com o governo Itamar Franco.

Neste sentido, cada governo deu sua contribuição conforme a ocasião exigia. Com Itamar, a estabilidade política necessária pós-impeachment do presidente Fernando Collor de Melo e, depois, as bases para a estabilidade econômica.

Com Fernando Henrique Cardoso, a sonhada estabilidade econômica após anos de hiperinflação e a implantação das bases dos programas sociais (com o vale-gás, bolsa-alimentação, etc). Com Lula, a consolidação e ampliação dos programas sociais, o avanço na geração de empregos e na posição do Brasil no exterior.

Ao mesmo tempo, não se pode esquecer que, nos anos FHC, o Congresso foi também cooptado com recursos (ou seja, comprado) em favor de um projeto político liderado pelo PSDB. O escândalo da compra de votos para aprovação da emenda da reeleição é mais do que conhecido.

Houve ainda fortes evidências de corrupção nos processos de privatização, notadamente das teles.

É, portanto, do saldo entre acertos e erros dos governos tucano e petista que chegamos até aqui como sociedade e nação. Ignorar avanços e desvios de um e outro é simplesmente ignorar a história – ou vê-la de forma míope ou apaixonada.

Com o julgamento do “mensalão”, o STF recoloca a locomotiva nos trilhos. Abre um novo capítulo na história do Brasil. E, espera-se, estabelece um novo patamar para as práticas políticas (e eventuais punições) no país.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012 | | 0 comentários

Maquiavel, o PT e o "mensalão"

Então Lula sabia do “mensalão” desde sempre (e não somente após o suposto alerta do então deputado Roberto Jefferson, do PTB-SP)?

Então o ex-presidente era “líder do esquema”, como teria revelado a amigos o publicitário Marcos Valério, já condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento em andamento do chamado “mensalão”, segundo reportagem da revista “Veja”?

Independentemente destas respostas, acredito que o PT deve um mea-culpa à nação. Para expressar meu pensamento, reproduzo trecho da coluna do jornalista Carlos Heitor Cony, "O PT e suas entranhas", publicada na “Folha de S. Paulo” de domingo (16/9):

“Não tenho nada contra o PT nem contra qualquer outro partido. Tinha até mesmo alguma simpatia pela imagem que ele criara, pelas intenções e posições que tomava, sob a liderança de um homem excepcional como Lula. No entanto é com certo pesar que vejo a sua lenta, mas progressiva deterioração política e moral - que, de alguma forma, afetará o seu patrimônio eleitoral.

Não há dúvida de que o partido ficou seriamente comprometido com o mensalão. Independentemente da decisão final do Supremo, suas entranhas ficaram escancaradas, revelando que em nada se difere dos demais partidos.

Como se não bastassem os recursos ilícitos que empregava para se manter e ajudar seus aliados, dona Dilma deu agora mais uma demonstração de que o PT se utiliza do poder para obter vantagens que, embora lícitas do ponto de vista administrativo, resvalam no mais escrachado fisiologismo.”

Incrível é constatar que petistas que até ontem espinafravam os que recorriam a práticas não-republicanas para conquistar o poder defenderem hoje tais práticas (ainda que não ilegais, porém imorais, como a aliança com os ex-presidentes e agora senadores José Sarney, do PMDB-AL, e Fernando Collor de Melo, do PTB-AL).

De um culto membro do PT limeirense, ouvi recentemente algo do tipo: “se o partido não apoiasse Sarney, a Dilma (Rousseff) não teria sido eleita”.

Então vale tudo pelo poder?

“O objetivo de qualquer partido é conquistar o poder”, respondeu.

Por trás deste pensamento está o princípio de que, no caso do PT, o “vale-tudo” se justifica porque a ideologia do partido seria a melhor, a mais justa e visaria melhorar a vida do cidadão.

Ora, não é o mesmo princípio que os partidos e governos extremistas – de esquerda e de direita – adotaram ao longo da história?

Então porque o PSDB fez uso antes do tal esquema do “mensalão” em Minas Gerais, os demais partidos (PT incluído) têm direito de adotar a mesma prática (ainda mais se for por uma “boa causa”)?

Ah, Maquiavel...

Em tempo: esta postagem terá continuação, pois já programei uma entrevista com o colega petista.

PS: para quem, como eu, achou um tanto estranha a denúncia publicada pela “Veja”, há um indício de veracidade na postagem “A quarta cópia”, escrita pelo jornalista Ricardo Noblat em seu blog nesta segunda-feira (17/9).

segunda-feira, 16 de julho de 2012 | | 0 comentários

Dilma, Lula, SP e BH

(...) Melchiades Filho já escreveu (...) que a eleição de São Paulo reflete o passado, com Lula versus Serra, e a de Belo Horizonte aponta para o futuro. Perfeito.

É ali que todos os principais personagens de 2014 testam forças: Aécio Neves, Eduardo Campos, Michel Temer, Gilberto Kassab. É lá, portanto, a prova de fogo de Dilma, não mais como pupila, mas como líder. Se Lula pode se dar ao luxo de ser quase diletante, Dilma tem de se superar e ser pragmática.

Para Lula, o que interessa é ter o gosto de derrotar a oposição no seu último grande reduto. Para Dilma, o fundamental é fortalecer os laços com o PT e manter unida e sob controle sua imensa e ambiciosa base aliada. O laboratório é BH.

É assim que todas as fichas de 2014 já estão sendo jogadas - e em Minas. Façam suas apostas.

Fonte: Eliane Cantanhêde, “Menos café, mais leite”, Folha de S. Paulo, Opinião, 15/7/12, p. 2 (para ler na íntegra, basta clicar no link - é preciso ter senha do jornal ou do UOL).

quinta-feira, 21 de junho de 2012 | | 0 comentários

"O crime compensa?"

Há uma enorme perplexidade, sobretudo em Brasília, diante dos sucessivos erros de Lula depois de sair da Presidência e assistir, da planície, ao sucesso de Dilma no Planalto e nas pesquisas.

A aliança de Lula com Paulo Maluf, porém, tem uma lógica eleitoral (certa ou errada) e combina perfeitamente com todos os movimentos de Lula durante seus oito anos na Presidência, resumidos numa frase: vale tudo pelo poder.

Ao juntar-se a Maluf e anunciar a aliança no 'bunker' malufista, diante de uma multidão de fotógrafos, Lula sobrepôs o que considera ganhos eleitorais (quantitativos) a inevitáveis perdas políticas (qualitativas).


Explico: ele vendeu o PT a Maluf por um minuto e meio e pelo ainda forte capital de votos de Maluf em setores conservadores e na periferia da capital paulista. E deu de ombros para a evidente reação de petistas, tucanos ou marcianos.


Fazendo o cálculo, Lula concluiu que valia a pena prestar-se ao que Luiza Erundina chamou ontem de "higienização" de Maluf. A imagem do PT? Já não anda lá essas coisas mesmo desde o mensalão...


Pragmatismo em puríssimo estado, tão ao gosto de quem se atirou com tanto prazer nos braços de Collor, de Sarney, de tantos outros inimigos históricos do PT. E, quando se fala de Maluf, a questão não é ideológica, programática, política. A questão é visceralmente ética.


Registre-se, de quebra, o protagonismo de Lula e a inexpressividade do próprio candidato Fernando Haddad. Em todos os episódios, com Marta, Kassab, Maluf, Erundina, ele parece um mero figurante, de cabelo novo, roupa nova, sorriso novo e completamente dispensável - seria deselegante falar em marionete.


Um efeito prático no grave erro político do abraço a Maluf, portanto, é que Haddad vai aumentar e Lula vai reduzir a presença em cena. Nos bastidores, porém, continuará ensinando ao pupilo que o crime compensa.


Fonte: Eliane Cantanhêde, "Folha de S. Paulo", Opinião, 21/6/12, p. 2.

terça-feira, 19 de junho de 2012 | | 0 comentários

política com "p" (minúsculo)

PT e PSDB são faces da mesma moeda.

Ou alguém há de considerar normal a união dos petistas com Paulo Maluf (PP) na eleição paulistana?

Há quem possa dizer que o PSDB se uniu aos “mensaleiros” do PR na capital paulista. É fato. E aí, um erro justifica o outro?

Daí a conclusão: ideologia jogada no lixo, política meramente pragmática, faces da mesma moeda.

+++

Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT), e Silvio Félix da Silva (PDT) são faces da mesma moeda.

Ou alguém há de estranhar a união de um deputado federal rotineiramente envolto em denúncias e que comanda seu partido de modo meramente pragmático e com mão de ferro com um prefeito cassado por denúncias de corrupção e que comanda seu partido de modo meramente pragmático e com mão de ferro?

Em tempo: Félix está atuando na pré-campanha de Paulinho à Prefeitura de São Paulo. Ele foi visto em evento que oficializou a candidatura do deputado.

segunda-feira, 4 de junho de 2012 | | 0 comentários

O crime compensa (! ou ?)

Certa vez, comentei no programa que apresento na TV Jornal de Limeira (“A Hora Informação Verdade”, segunda a sexta, 17h30-19h30) que, no Brasil, infelizmente, o crime compensa. Um telespectador não entendeu bem o sentido da frase e enviou um e-mail reclamando. Disse que eu estava estimulando o crime.

Tomada fora do contexto, de fato a frase pode adquirir outro sentido. O que pretendi dizer, porém, é algo simples: se a pessoa não possuir rígidos valores éticos e morais, diante de certas circunstâncias, recorrer ao famoso “jeitinho” brasileiro (desonesto e aproveitador, via de regra) ou mesmo ao crime é recompensador.

A máxima que vale para as situações do cotidiano não deixaria de valer para o mundo da política. Na última semana, o ex-presidente Lula e o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, fizeram campanha eleitoral durante entrevista ao “Programa do Ratinho”, no SBT. Haddad é pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo – obra exclusiva de Lula.

O fato despertou a ira de partidos adversários, como PSDB e PPS. Ambos recorreram à Justiça cobrando providências contra Lula, Haddad e o PT.

Ao comentar o caso em seu
blog, o experiente jornalista Josias de Souza – colunista da “Folha de S. Paulo” - concluiu que, perante as regras eleitorais, a possível infração cometida por Lula e Haddad (fazer campanha antes do prazo oficial) vale a pena. Na postagem, o jornalista foi objetivo e direto: “crime que compensa”.

Segundo a legislação eleitoral, fazer campanha antes do prazo pode ocasionar multas de R$ 5 mil a R$ 15 mil. Ou seja: nada para quem vai se lançar numa aventura que, sabe-se bem, custará milhões.

Josias lembrou inclusive o episódio em que Lula, ainda presidente, caçoou das multas aplicadas pela Justiça Eleitoral contra ele por fazer campanha antecipada para a então pré-candidata Dilma Rousseff em 2010.

Em Limeira, ocorre fato semelhante – aliás, mais grave diante da extensão temporal em que se dá (há meses). Um pré-candidato a prefeito, dono de uma emissora de TV com programação local, tem recorrido à aparição constante nos programas da casa para divulgar suas propostas para melhorar a cidade. Até programas especiais foram criados para apresentá-lo como empreendedor de sucesso e homem de família.

Em um dos casos, a chamada para o programa não deixou dúvida: “Você vai conhecer o empresário que quer mudar Limeira para melhor”. Parece até slogan de campanha!

Não sei se algum pré-candidato, partido ou cidadão fez representação à Justiça Eleitoral. Tampouco desconheço se existe alguma apuração a respeito do caso.

De um outro pré-candidato, ouvi justamente o que Josias comentou a respeito da entrevista de Lula-Haddad: “A lei eleitoral prevê multa de R$ 5 mil. O que é R$ 5 mil para ele?”. Em outras palavras, a possível infração compensa.

Não sou advogado, promotor ou juiz. Como cidadão, porém, entendo que pode estar ocorrendo abuso do poder econômico – um pré-candidato tem levado vantagem sobre os demais em razão de possuir um veículo de comunicação.

Não custa lembrar que na vizinha Araras, o prefeito eleito em 2008, Pedro Eliseu Filho (DEM), e seu vice Agnaldo Píspico tiveram os registros de candidatura cassados por abuso do poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. O caso envolve a circulação de um jornal com reportagens supostamente negativas em relação a adversários.

A defesa alegou que foram distribuídos apenas mil exemplares do jornal (bem menos do que o alcance de uma TV). Citou ainda que os candidatos eleitos não tiveram participação nas reportagens. Para a Justiça, porém, o jornal teve potencial de influenciar o resultado da eleição e os candidatos foram beneficiados pela ação independentemente de terem participado dela (leia detalhes
aqui).

Então, o que dizer de um país onde se tem a sensação de que o crime compensa?


Em tempo: para ver o calendário eleitoral de 2012, clique
aqui.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011 | | 0 comentários

"Lula, o câncer, o SUS e o Sírio"

As pessoas que estão reclamando porque Lula não foi tratar seu câncer no SUS dividem-se em dois grupos: um foi atrás da piada fácil, e ruim; o outro, movido a ódio, quer que ele se ferre. Na rede pública de saúde, em 1971, Lula perdeu a primeira mulher e um filho. Em 1998, o metalúrgico tornou-se candidato à Presidência da República e pegou pesado: "Eu não sei se o Fernando Henrique ou algum governador confiaria na saúde pública para se tratar". Nessa época acusava o governo de desossar o SUS, estimulando a migração para os planos privados. Quando Lula chegou ao Planalto, havia 31,2 milhões de brasileiros no mercado de planos particulares. Ao deixá-lo, essa clientela era de 45,6 milhões, e ele não tocava mais no assunto.

Em 2010, Lula inaugurou uma Unidade de Pronto Atendimento do SUS no Recife dizendo que "ela está tão bem localizada, tão bem estruturada, que dá até vontade de ficar doente para ser atendido". Horas depois, teve uma crise de hipertensão e internou-se num hospital privado.

Lula percorreu todo o arco da malversação do debate da saúde pública. Foi de vítima a denunciante, passou da denúncia à marquetagem oficialista e acabou aninhado no Sírio-Libanês, um dos melhores e mais caros hospitais do país. Melhor para ele. (No andar do SUS, uma pessoa que teve dor de ouvido e sentiu algo esquisito na garganta leva uns 30 dias para ser examinada corretamente, outros 76, na média, para começar um tratamento quimioterápico, 113 dias se precisar de radioterapia. No andar de Lula, é possível chegar-se ao diagnóstico numa sexta e à químio, na segunda. A conta fica em algo como R$ 50 mil.)

Lula, Dilma Rousseff e José Alencar trataram seus tumores no Sírio. Lá, Dilma recebeu uma droga que não era oferecida à patuleia do SUS. Deve-se a ela a inclusão do rituximab na lista de medicamentos da saúde pública.

Os companheiros descobriram as virtudes da medicina privada, mas, em nove anos de poder, pouco fizeram pelos pacientes da rede pública. Melhoraram o acesso aos diagnósticos, mas os tratamentos continuam arruinados. Fora isso, alteraram o nome do Instituto Nacional do Câncer, acrescentando-lhe uma homenagem a José Alencar, que lá nunca pôs os pés. Depois de oito anos: 1 em cada 5 pacientes de câncer dos planos de saúde era mandado para a rede pública. Já o tucanato, tendo criado em São Paulo um centro de excelência, o Instituto do Câncer Octavio Frias de Oliveira, por pouco não entregou 25% dos seus leitos à privataria. (A iniciativa, do governador Geraldo Alckmin, foi derrubada pelo Judiciário paulista.)

A luta de José Alencar contra "o insidioso mal" serviu para retirar o estigma da doença. Se o câncer de Lula servir para responsabilizar burocratas que compram mamógrafos e não os desencaixotam (as comissões vêm por fora) e médicos que não comparecem ao local de trabalho, as filas do SUS poderão diminuir. Poderá servir também para acabar com a política de duplas portas, pelas quais os clientes de planos privados têm atendimento expedito nos hospitais públicos.

Lula soube cuidar de si. Delirou ao tratar da saúde dos outros quando, em 2006, disse que "o Brasil não está longe de atingir a perfeição no tratamento de saúde". Está precisamente a 33 quilômetros, a distância entre seu apartamento de São Bernardo e o Sírio.

Fonte: Elio Gaspari, “Folha de S. Paulo”, Poder, 2/11/11.

quarta-feira, 15 de junho de 2011 | | 0 comentários

Quincas Borba, Lula e a crise em Campinas

A ascensão do lulismo ao poder – e, por tabela, do Partido dos Trabalhadores – teve um efeito corrosivo para a política brasileira. Ou benéfico, conforme o ponto de vista. Expôs de modo nu e cru a realidade nacional: a de que a conveniência política (umbilicalmente ligada à eleitoral) se sobrepõe à ética e ao interesse público.

Vejamos: nunca antes na história deste país (para usar uma expressão cara ao lulismo) um presidente obteve tanto cacife político junto às massas para mandar às favas as velhas raposas e os viciados modos da República. Contudo, Lula preferiu jogar o jogo (sujo, registre-se) do Planalto Central. Entre usar o respaldo popular para promover reformas estruturais (como a política), optou por ceder aos “300 picaretas” a quem um dia criticou.

Lula e seus asseclas não pecaram pela omissão, que fique claro. Agiram mesmo, nos meandros do poder, nos corredores de Brasília. Assim, defenderam José Sarney (PMDB-AL) e Renan Calheiros (PMDB-AL). Supondo-se enfraquecido pela crise do “mensalão”, criada – e isto é importante dizer – pelos próprios aliados, abriu espaço aos setores mais conservadores da política nacional.

Rapidamente, Lula percebeu que estava aí o caminho da vitória da sua candidata. Somou a isso uma cesta de benesses eleitorais (cujo preço Dilma Rousseff agora paga, lutando para controlar a inflação estimulada pelo antecessor – eis uma “herança maldita”, fina ironia do destino).

Se na soma dos fatores o resultado da conta dos oito anos de governo é sabidamente positivo para o primeiro presidente petista da história do Brasil, isso não significa dizer que erros não foram cometidos. Ao contrário. São justamente os acertos nas áreas econômica e social que expõem ainda mais os desacertos na esfera política.

Lula tinha tudo para mudar as práticas que criticava, mas preferiu aderir a elas. Não só aderiu como cooptou seu partido e aliados a fazerem o mesmo. Foi assim que o PT do Maranhão viu-se forçado a apoiar a candidatura de uma adversária histórica, Roseana Sarney (leia aqui). Não foi de outra forma em Campinas, onde Lula agiu fortemente para que o seu PT entrasse na nau capitaneada pelo médico e ex-deputado federal Hélio de Oliveira Santos (PDT). E o PT entrou com tudo, assumindo não só secretarias, mas participando – com o vice – na chapa vencedora.

E eis que Campinas assiste a um dos maiores escândalos políticos de sua história (se não o maior). O vice-prefeito, do PT, já foi alvo de dois mandados de prisão em menos de um mês e encontra-se foragido. A primeira-dama e ex-chefe de Gabinete é acusada de comandar uma quadrilha. E o prefeito tenta se sustentar na corda bamba (o afastamento dele deve ser votado hoje pela Câmara Municipal) recorrendo – tal qual Lula – à retórica fajuta da perseguição e do golpismo.

Quem te viu, quem te vê... Este é o mesmo PT que atraiu milhões de fieis sonhadores nos anos 1980? Este é o mesmo PT que foi às ruas para afastar um presidente envolvido em negócios não-republicanos (e não estou falando de consultorias milionárias, mas sim de um Fiat Elba...)? Este é o mesmo PT que lutava por valores éticos e justiça social? Definitivamente NÃO!

Nesta quarta-feira, ao ver no site EPTV.com o posicionamento dos vereadores de Campinas a respeito do pedido de afastamento do prefeito, confesso que senti uma mistura – paradoxal - de surpresa e previsibilidade. Vereadores do PT não se manifestaram e, pasmem, o representante do PCdoB no Legislativo campineiro disse que votará contra o afastamento.

Para quem acha pouco, basta acompanhar pelo próprio site da EPTV o tamanho das denúncias de CORRUPÇÃO envolvendo o governo Hélio. Denúncias com fortíssimas evidências que levam até o gabinete do prefeito (ou até a cama dele para ser mais preciso).

Em situações normais de temperatura e pressão, o posicionamento de PT e PCdoB seriam de se espantar. Depois de Lula, porém, não se sabe mais o que é normal.

O que restou se o lulismo destruiu o sonho? O PSOL, talvez.

Ou teremos que entoar Quincas Borda, célebre personagem do genial Machado de Assis: “Ao vencedor, as batatas”.

PS: se o “novo PT” é igual aos que criticava, eis aí o aspecto benéfico citado no início do texto: caíram as máscaras de quem se apresentava como único guardião da moral na política brasileira.

* Em tempo: só para registrar, este blog noticiou a morte do PT (aquele, dos anos 80) no dia 19 de agosto de 2009. A nota de falecimento pode ser lida aqui.

domingo, 8 de agosto de 2010 | | 1 comentários

O encontro de Leandro com Cabral e Lula

As tecnologias trouxeram novos problemas, é fato, mas é indiscutível também a contribuição delas para democratizar a oferta de informação e o acesso a ela. Qualquer cidadão, provido de um celular, pode virar um repórter. E revelar as verdadeiras faces dos nossos políticos.

No vídeo a seguir, um garoto de 16 anos abordou o presidente Lula e o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), durante a inauguração de um complexo esportivo em sua comunidade. Ele cobrou a falta de apoio para treinar seu esporte preferido, o tênis. No que o Exmo. Sr. Presidente da República respondeu que tênis é esporte de burguês, sugerindo que o jovem praticasse natação. Até que ouviu do garoto que o povo não tem acesso à piscina naquele local...

Eis então a reação do Sr. Presidente da República ao Sr. Governador: “O dia que a imprensa vier e pegar um final de semana essa porra fechada, o prejuízo político é infinitamente maior do que colocar dois guardas para tomar conta”.

Esta é a preocupação do Sr. Presidente, o “prejuízo político” (leia-se eleitoral).

E se não bastasse, veja o que o Exmo. Sr. Governador diz ao jovem quando este se queixa do fato de acordar todos os dias com o Caveirão (carro blindado da Polícia Militar do Rio) na sua rua: “Deixa de ser otário moleque”. E Cabral ainda chama o garoto de “sacana”.

São estes políticos que pretendem liderar o Rio de Janeiro e o Brasil até as Olimpíadas de 2016...