Mostrando postagens com marcador Europa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Europa. Mostrar todas as postagens

sábado, 19 de abril de 2014 | | 0 comentários

Debaixo da terra (2)

Já tinha postado aqui uma série de imagens a respeito das estações e sistemas de metrô nos EUA e Canadá. Agora, posto os que flagrei no ano passado num giro pelo Leste Europeu.

Em Berlim (Alemanha):







Em Munique (Alemanha):








E em Viena (Áustria):






Nestas e em várias outras cidades pelas quais passei há também modernos bondes, ou metrôs de superfície, como são chamados no Brasil, mas isto eu mostrarei em outra postagem.

Leia também:

Pelos subsolos

Os metrôs

segunda-feira, 16 de setembro de 2013 | | 0 comentários

Cruzando fronteiras

Na falta de carimbo no passaporte, uma foto para registrar a passagem pelo leste europeu:


Quando você entra na República Tcheca, Eslováquia, Hungria e Áustria de carro é preciso comprar um selo (chamado "vignette") para colocar no vidro do veículo (com exceção do húngaro, que é uma espécie de recibo e você deve guardá-lo para apresentar caso seja parado). 

O selo - que custa entre 12 e 15 euros para dez dias (não encontrei com prazo menor de validade) - pode ser comprado em qualquer posto de combustível próximo à fronteira ou, no caso da Eslováquia (que incrivelmente era o país mais organizado neste sentido), num posto oficial (governamental) de fronteira.


Uma dica: trafegue com o farol ligado. Uma motorista nos parou no posto e fez este alerta. Segundo ela, a ausência do farol ligado rende multa e é "very expensive" (muito caro).

Por falar em fronteira, eu tinha muita curiosidade em saber como seria a fronteira entre os países. Na União Europeia, todas são sinalizadas por uma placa azul, com o símbolo da UE (um círculo de estrelinhas amarelas) e o nome do país onde você está entrando. Não há alfândega, polícia federal, nada disso. Em alguns lugares, como na Eslováquia e Hungria, até havia uma estrutura semelhante a um pedágio, mas ninguém era parado.


A seguir, as fronteiras. Da Alemanha para a República Tcheca:


Da República Tcheca para a Eslováquia:



Da Eslováquia para a Hungria:



Da Hungria para a Áustria:


quarta-feira, 6 de junho de 2012 | | 0 comentários

Crise e corrupção

No momento em que o governo brasileiro busca alternativas para aquecer a economia após o pífio desempenho no primeiro trimestre deste ano, com aumento de meros 0,2% do PIB (Produto Interno Bruto) em relação ao trimestre anterior,  o jornal “El País”, da Espanha, trouxe na edição desta quarta-feira um interessante artigo que tem muito a nos ensinar – ou muito a ver com nossa realidade.

No Brasil, especialistas têm atribuído o fraco desempenho da economia ao baixo investimento dos governos em geral em infraestrutura. Gasta-se muito em custeio, pessoal e programas sociais e pouco em obras que estimulam a indústria, criam empregos e desencadeiam um círculo econômico virtuoso. Em praticamente todos os setores do governo federal, o nível de investimento este ano despencou – o que inclui o propalado PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).


Há, porém, um outro – e decisivo – fator que escapou das principais análises e que está diretamente ligado aos baixos investimentos (e, no caso do artigo do “El País”, à crise europeia): a corrupção (ou a sensação de corrupção). Dinheiro público que deveria servir para obras vai para o ralo – ou para o bolso de cachoeiras e cuecas de mensaleiros em geral.


Escreve Ricardo Martínez de Rituerto no “El País”, com base em levantamento da ONG (organização não-governamental) Transparência Internacional, que dois de cada três espanhois acreditam que o país seja o mais corrupto da Europa. Para 81%, os partidos políticos são “corruptos” ou “muito corruptos”. A percepção é a mesma entre italianos, portugueses e gregos.


Não é à toa que Espanha, Itália, Grécia e Portugal são os protagonistas da forte crise que atinge e ameaça a zona do euro.


Segundo a TI manifestou em seu mais recente informe, os quatro países sofrem de “uma grave carência de responsabilidade dos poderes públicos e uma ineficácia, negligência e corrupção tão enraizadas pela falta de controle e de punição”. “Já não se pode passar por alto os vínculos entre corrupção e a crise financeira e orçamentária nestes países”, aponta a ONG, conforme o “El País”.


Ainda de acordo com o artigo, a TI apontou – em referência aos quatro países europeus - que “'a corrupção consiste com frequência em práticas legais, mas não éticas' fruto da opacidade das regras que regem os grupos de pressão, o tráfico de influências ou a permeabilidade entre os setores público e privado”.


Alguma semelhança com a realidade brasileira?


Daí que aquecer a economia passa também – e necessariamente – pelo combate a esta mazela chamada corrupção, o princípio de todos os males, da falta de educação e saúde aos altos índices de violência.


Daí entendo, como já registrei neste blog, que o nível de intolerância em relação ao desvio de dinheiro público e aos aproveitadores do erário deve ser máximo.


Em tempo: o informe da TI citado no artigo é o “Money, Politics and Power: Corruption Risks in Europa” (“Dinheiro, política e poder: os riscos da corrupção na Europa”).


PS: o título desta postagem teve uma leve inspiração em uma das obras máximas do russo Dostoiévski, “Crime e Castigo”.

terça-feira, 22 de maio de 2012 | | 0 comentários

Será o apocalipse?

Em praticamente dois meses, o dólar passou de R$ 1,72 a R$ 2,08 no Brasil. Reflexo da crise europeia que se acentua a cada dia.

Não sei onde o mundo vai parar – ou melhor, a economia (e ela é determinando para o resto). Paul Krugman previu em seu blog no site do “The New York Times” o colapso do euro. Para breve, questão de meses. O roteiro: a Grécia abandona o euro; Espanha, Itália, Portugal e Irlanda quebram; a Alemanha se vê num impasse. A União Europeia corre riscos.

Nos EUA, a situação também não é cômoda. Segundo Krugman, mais da metade da população norte-americana vive em estados com um nível de desemprego de pelo menos 8%. Só 8% dos norte-americanos moram em estados com desemprego inferior a 6%.

A questão que se coloca na Europa é, de acordo com o “El País” desta terça-feira: como resolver o impasse entre corte de gastos e crescimento econômico. Aparentemente, fazer as duas coisas parece impossível. Este será o tema principal de um encontro informal do Grupo dos 27, no final de junho.

O impasse ganhou um novo – e poderoso – ingrediente com a eleição do esquerdista François Hollande na França. Ele quer uma alternativa ao arrocho proposto (e acordado meses antes pelos líderes dos países da zona do euro, França incluída) em detrimento do crescimento econômico e da geração de empregos.

Na Espanha, um dos países que mais sentem a crise, a saída encontrada pelo governo de Mariano Raroy é conhecida: elevar impostos e reduzir gastos na primeira metade do mandato. As metas propostas por ele levariam a economia da Espanha ao mesmo nível da dos países do leste europeu. Em quatro anos, o nível de investimentos/gastos públicos cairia dos atuais 43,6% do PIB (Produto Interno Bruto) para 37,7%, informa “El País”.

A política de austeridade fiscal está sendo questionada por um motivo básico: seus resultados “escassos”, nas palavras do principal diário espanhol. Como contraponto, porém, apresenta-se a Alemanha: exemplo máximo da tal política, o país exibe os melhores números da economia em toda a União Europeia.

Li hoje que muito em breve, questão de anos, o PIB mundial será comandado pelos ditos emergentes (notadamente os Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Ontem, a presidente Dilma Rousseff manifestou num evento que o Brasil está “300% preparado” para enfrentar a crise. O governo brasileiro, ao contrário da austeridade pregada pela Europa, tem optado desde 2008 por elevar os gastos públicos como forma de impulsionar o consumo. Dilma acaba de reduzir a zero as alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros populares. A medida faz parte de um pacote que totaliza R$ 2,7 bilhões entre isenções e oferta de crédito.

Como disse, não sei para onde o mundo caminha, não sou especialista no assunto, pouco entendo de economia. Leio e tento compreender o contexto atual. Só sei que a situação da Europa me parece sombria. O futuro é incerto. Teme-se um quadro de convulsão social – por lá, os protestos são comuns.

Será o apocalipse neste sombrio 2012?

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012 | | 0 comentários

Notícias pelo mundo

Ontem pela manhã, tirei algumas horas para ler jornais. “Folha de S. Paulo”, “O Estado de S. Paulo”, “Diário de Notícias” e “Expresso” (ambos de Portugal), “Wall Street Journal” e “The New York Times” (ambos dos EUA).

A leitura de jornais nos dá um interessante panorama da situação mundial. Por exemplo: enquanto no Brasil se noticiava o recorde na venda de automóveis e comerciais leves em 2011 (com 3,426 milhões de unidades, alta de 2,89% sobre o desempenho de 2010), em Portugal “foram vendidos 153.433 veículos ligeiros de passageiros”, informou o “Diário de Notícias”, queda de 31,3% ante 2010, de acordo com a Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

É o retrato acabado da crise que atinge a zona do euro (exceção à Alemanha) e da bonança dos países emergentes.

Nos jornais norte-americanos, o destaque era o início da corrida pela Casa Branca, com o caucus em Iowa, o primeiro passo para definir o adversário republicano do presidente Barack Obama na disputa de novembro.

Para o “NYT”, mais do que indicar quem venceria a primeira das 50 prévias pelos estados, o caucus de Iowa seria importante para definir o rumo das próximas votações – a primeira delas já marcada para a próxima terça-feira, em New Hampshire.

E, de fato, o primeiro caucus já produziu seus efeitos. Pelo menos três merecem destaque: 1) a confirmação da liderança do ex-governador Mitt Romney; 2) o surpreendente desempenho do ex-senador Rick Santorus (ficou a apenas oito votos de Romney); 3) e a desistência da deputada Michele Bachmann (em último na votação).

Mais sobre a eleição nos EUA aqui.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010 | | 0 comentários

Ventos que sopram da Europa

Quarta-feira (24/11) foi a greve geral em Portugal, um protesto dos trabalhadores – organizado pelas duas maiores centrais sindicais do país – contra medidas de austeridade fiscal anunciadas pelo governo para 2011: aumento do IVA (o imposto sobre valor agregado, algo como o ICMS no Brasil) em dois pontos percentuais, redução dos salários em média de 5% e redução das pensões, entre outras.

No dia seguinte (25/11), foi a vez dos estudantes ocuparem o Coliseu, em Roma, e a famosa torre da catedral de Pisa protestando contra uma reforma do Ministério da Educação que inclui cortes de verbas do setor.

Recentemente, a França foi agitada por paralisações e protestos contra o aumento – de 60 para 62 anos - da idade mínima para se aposentar.

São os ventos que sacodem a Europa desde que a crise financeira mundial estourou, em outubro de 2008. A ferida do que muitos consideram gastança e outros chamam de estado de bem-estar social foi aberta. Uma bolha que estouraria em algum momento. A Grécia já quebrou. A Irlanda ruma para isso (ambas recorreram ao dinheiro da União Europeia). Especialistas afirmam que Portugal, Espanha e Itália seguem de modo acelerado no mesmo caminho.

Diante deste cenário, duas palavras têm dominado o noticiário nos principais jornais europeus: crise e reforma. Não se fala em outra coisa, não se discute outro assunto, embora muitas vezes com posições diversas – não raramente divergentes. É preciso reformar o Estado, as finanças públicas não se sustentam diante do atual nível de gastos, pregam quase em uníssono.

Isso implica mexer em algo caro para os europeus, o gasto social. Implica também melhorar a eficiência dos gastos públicos, atacar a corrupção, estabelecer freios para o mercado (principalmente o sistema financeiro) e por fim a benesses populistas.

Na Itália, o “la Repubblica” de 19/10 informava sobre um decreto do governo prevendo que a Igreja volte a pagar impostos. Em busca de votos num país tradicionalmente católico, isenções foram concedidas em dezembro de 2005 pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi com vistas às eleições da primavera seguinte. Cerca de um bilhão de euros.

Agora a conta chegou.

Pelo que entendi, a Igreja aceitou uma espécie de acordo de cavalheiros para voltar a pagar tributos a partir de 2014. Funcionará assim: escolas, hospitais, clubes, etc, da Igreja vão pagar os mesmos impostos que qualquer outro empreendimento privado semelhante. Ou seja: a volta de uma concorrência leal.

No “24 Ore” de 31/10 (a mesma edição em que a então candidata – hoje presidente eleita – Dilma Rousseff foi chamada de “alterego feminino do presidente Lula”), vejo a entrevista de uma líder da oposição italiana cobrando reformas drásticas por parte do governo. E urgentes.

Uma brasileira que vive na Itália há anos contou que muitas empresas estão oferecendo dinheiro para que os trabalhadores estrangeiros voltem para seus países de origem. “Aqui já foi bom, o bom agora é o Brasil”, disse, enquanto esperava o trem na estação central de Milão e contava os dias para as férias no Brasil (ela embarcaria dali três dias).

Faz sentido.


Enquanto por lá o desemprego bate na casa de 20% em muitos lugares, como a Espanha, no Brasil ele atingiu o menor índice desde que a série histórica de registros começou, em março de 2002: 6,1% nas seis principais regiões metropolitanas, apontou nesta quinta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Para tomar o exemplo espanhol, quando um em cada cinco trabalhadores está sem uma ocupação formal – e vê ameaçados os benefícios sociais de que os desempregados desfrutam -, as reações são previsíveis. Quando não se vislumbra uma luz no túnel, a situação tende a piorar. Daí ao perigo da volta de um cenário sombrio de 70 anos atrás é um passo.

Sinais nesse sentido já são vistos com certa frequência na Europa. São os efeitos colaterais que surgiram com a crise. A ultradireita avança e conquista espaço em vários países, informou o “Corriere della Sera” em matéria de uma página. Crescem também as manifestações de xenofobia (a França expulsou os ciganos).

Crescem também as ondas separatistas e as respectivas reações contrárias (de resistência), como vi em duas pichações em Pisa.

Não se sabe se reformas serão suficientes para salvar o euro e, de resto, a União Europeia. Se salvarem, não se sabe se a sociedade sobreviverá (no sentido figurado) a uma anunciada convulsão social decorrente das medidas.

Nunca, portanto, Sócrates esteve tão em voga com seu “Só sei que nada sei” (citado por Platão em “Apologia de Sócrates”, já que o filósofo de quem foi discípulo não deixou escritos).

quarta-feira, 25 de agosto de 2010 | | 2 comentários

Dois templos da leitura

Tenho uma dívida com o velho continente – e prometo, de antemão, pagá-la. Nas vezes em que lá estive, nunca (eu disse nunca) entrei numa livraria. Tirando aquelas lojinhas dos museus, nunca gastei um minuto do meu tempo para entrar num desses templos da leitura. Justo eu, um apaixonado pelos livros.

Recentemente, navegando pela Internet, descobri algumas preciosidades que, com certeza, estarão nos meus próximos roteiros. Em Paris, existe uma livraria chamada Shakespeare and Company. Ela foi aberta em agosto de 1951 por George Whitman, um imigrante norte-americano que chegou à capital francesa após a Segunda Grande Guerra.


Durante o tempo em que estudou, ele acumulou uma coleção de livros e usou seu quarto como uma espécie de livraria e biblioteca. Incentivado por um amigo, decidiu abrir um negócio. Nascia a Shakespeare and Company, ao lado de Notre-Dame, no Quartier Latin, centro da criatividade e da “inteligentsia” parisienses. Desde então, a Shakespeare and Company "vem mantendo seus ideais num mundo em transformação".

Para quem não pode ir a Paris agora, uma visita ao site da livraria já vale a pena. Só o design do site merece admiração.

A especialidade da casa são os livros de literatura – clássica e contemporânea -, história, filosofia, ensaios, poesia e arte. Mais parisiente, impossível. O lugar é tão interessante que oferece espaço para estudantes trabalharem, de modo voluntário, como uma espécie de estágio. E também promove eventos, como workshops e festivais.

Mais do que uma livraria, a Shakespeare and Company é uma instituição cultural em Paris.

Em Londres, a dica é a Stanfords, loja surgida em 1901 e especializada em livros de viagens. São guias, mapas, obras com relatos de viagens e aventuras, acessórios, etc. Não faltam guias para os países mais exóticos. Sem falsa modéstia, a Stanfords se vangloria de ter um “conhecimento incomparável de livros de viagens e mapas”.


São três andares dedicados aos amantes das viagens e do turismo. Como diz a jovem que deu a dica dessa livraria no site
“Spotted by locals” (Deanna Romano, autora também da foto acima, tirada do mesmo site), visitar o lugar é uma maneira idílica de passar uma tarde chuvosa em Londres – porque a chuva e a capital inglesa são praticamente inseparáveis.

Para quem também não pode ir a Londres agora, uma passada no
site da Stanfords pode se revelar um grande barato. Entre as seções, estão a “Como obter mais de suas viagens...”, “Comida no mundo”, “Caminhada do mês”, “Nós estivemos lá no Natal...”. No site, é possível também baixar alguns guias gratuitamente.

Então não perca tempo: se você gosta de livros e viagens, reserve já sua passagem para se deliciar nestes dois lugares. Se isso não for possível, faça uma viagem virtual. Garanto que valerá a pena!

* Acrescentado em 27/8: o texto de Deanna no "Spotted by Locals" pode ser visto aqui (a pedido de um dos criadores do site em questão, que deixou uma mensagem nesta postagem).

quinta-feira, 22 de julho de 2010 | | 0 comentários

Um festival para o impressionismo

Algumas cidades, regiões, países, são privilegiados em alguns aspectos. Vago, não? Pois bem. De junho a setembro deste ano, acontece na França, mais precisamente na região da Normandia, o Festival Impressionista. A programação reúne uma série de atividades, como pintura, cinema, teatro, fotografia, música, tudo ligado ao movimento impressionista que aflorou na região no século 19 e teve em Claude Monet talvez o seu maior expoente.

Dois fatos datam o nascimento do impressionismo: o Salon des Refusés (Salão da Recusa), ocorrido em 1863 em Paris e que reuniu os pintores excluídos do salão oficial, e o quadro “Impression, soleil levant”, pintado por Monet em 1872. “Uma tela que reflete maravilhosamente um modo de pintura que pretendia captar momentos efêmeros”, segundo o site oficial do festival, “um modo que prefere a cor à forma e que permite ao público reconstituir o que as pinceladas fragmentadas do artista dissociaram”.

Bem, teve ainda um outro fato: uma crítica (no sentido negativo mesmo) assinada por Louis Leroy sobre o quadro de Monet e que acabou por dar nome ao movimento ao satiricamente classificar os pintores como “impressionistas”.


Se a Normandia já era por si só um local de atração turística, o festival deu-lhe um brilho que promete fazer daquela região o coração do que há de melhor em arte na Europa nesta temporada de verão (lá). Não é à toa que essa área da França foi o destaque do caderno de Turismo da “Folha de S. Paulo” desta quinta-feira.

Encabeçando o festival está a exposição “Uma cidade para o Impressionismo: Monet, Pissarro, Gaughin em Rouen”, no Rouen Fine Arts Museum, em Rouen, uma cidade que Pissarro disse ser "tão bonita como Veneza”, “um lugar simbólico da pintura moderna”. E Rouen é só uma delas. Haverá também projeções de luzes nos monumentos, shows pirotécnicos, cruzeiros pelo rio Sena (cenário frequente dos artistas) e outras atividades ao ar livre, um verdadeiro roteiro pelos caminhos impressionistas na região.

A ideia é proporcionar uma “excepcional celebração” baseada no “espírito deste fascinante e ilustre movimento artístico”.

E se não bastassem os eventos, existem as paisagens da Normandia que tanto fascinaram os pintores impressionistas. Elas estão por toda parte, nas praias e suas falésias, nas igrejas, pelo rio e pelos campos. Os jardins de Monet em Giverny já foram tema de postagem neste blog (veja aqui). Uma mostra dessas paisagens e das atividades do festival pode ser vista no vídeo a seguir (em francês), disponível no site oficial:


Déjeuners sur l'herbe
Enviado por NormandieImpressionniste. - videos de Arte e de animação

O site traz uma lista de pintores por cidade. Tem também informações históricas e sobre os eventos do festival, além da programação completa.

Um aspecto interessante do festival é a união de forças para sua realização, incluindo os governos, as organizações da sociedade e a iniciativa privada – algo muitas vezes raro no Brasil.