Domingão, cervejão, churrasco com os amigos... Foi assim que o dia começou! E terminou com um futebol básico (em tempo: a Inter venceu o Novorizontino por 1 a 0):
E para fechar, imagens captadas no Limeirão:
Fala a verdade, foi um belo domingo com um belo fim de tarde, não?
quinta-feira, 21 de março de 2013
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Rodrigo Piscitelli
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23:07 |
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Parafraseando o ditado, quem é ídolo nunca perde a posto. Um torcedor da Internacional fez uma justa, bonita e singela homenagem ao artilheiro do Campeonato Paulista de 1986 e um dos ícones da equipe que conquistou o inédito e histórico título naquele ano.
O banner estava no Limeirão no jogo da última quarta-feira entre Inter e Itapirense (vitória por 2 a 1 do time de Limeira).
quinta-feira, 14 de março de 2013
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Rodrigo Piscitelli
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Nostalgia. Este é o sentimento que tenho sempre que vou ao "Major José Levy Sobrinho", o famoso Limeirão. Uma mistura de alegria pelas boas lembranças do passado vivido ali, onde fui de gandula a bilheteiro, e um pouco de tristeza pela realidade que encontro hoje.
Enfim, sempre vale como diversão!
Em tempo: o jogo foi Internacional e América (São José do Rio Preto) e valeu pela Série A3 do Campeonato Paulista. Deu empate: 1 x 1.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
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Reproduzo a seguir a reportagem do jornalista Gustavo
Nolasco - veiculada no “Jornal da Cidade” desta segunda-feira (21/1/13) da TV
Jornal - como homenagem a um limeirense e leonino apaixonado pelas coisas da
Internacional de Limeira.
A reportagem mostra um exemplo de amor por um clube e também de amizade.
Antonio Carmo Drago - ou simplesmente Richard, como era mais conhecido - morreu nesta segunda-feira em São Paulo:
PS: a Câmara de Limeira fez nesta segunda-feira um minuto de silêncio em reverência à memória de Richard Drago.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
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Rodrigo Piscitelli
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No final dos anos 1980, a TV Globo levou ao ar uma novela chamada
“O Salvador da Pátria”. Nela, havia um personagem – pelo que me lembro um radialista
– que usava um bordão que se tornou famoso. Ele dizia: “Meninos, eu vi!”
Foi numa noite de 14 de novembro de 1991, véspera de feriado,
no Canindé, o estádio da Portuguesa, às margens da Marginal Tietê, em frente ao
Shopping Center Norte. A partida valia pelo quadrangular semifinal do
Campeonato Paulista. O grupo tinha, além da Lusa, o Corinthians, o Santo André
e a Internacional de Limeira.
Era a segunda rodada. Jogavam Portuguesa e Inter. Os dois
times precisavam da vitória. O tempo corria e o placar apontava um empate sem
gols. O jogo se aproximava dos 40 minutos da etapa final quando a equipe de Limeira
teve um escanteio a seu favor. Eis que a bola sobrou para Dener pouco além da
entrada da grande área da Portuguesa. Um passe vindo da direita. Ele dominou,
driblou um, dois, três, quatro, cinco – incluindo o famoso drible da vaca no
zagueiro Lica.
Aquilo parecia inacreditável. Mágico. Super-humano. Do além.
Quando restou o último jogador da Inter, viu-se uma tentativa em vão de um
carrinho quase criminoso para derrubar o meia-atacante. E aí a tensão: será que
Dener conseguiria fazer o gol? Sim, ele conseguiu. Os “deuses” do futebol não
permitiriam outro final para aquele momento. Um verdadeiro gol de placa,
lembrado mais de duas décadas depois.
Na arquibancada, a pequena torcida lusa foi à loucura. Nos
camarotes, a “portuguesada” (como eu costumava me referir aos carrancudos
portugueses diretores da Lusa) pulava eufórica. Os diretores trocavam abraços,
gritavam, aclamavam o craque do time: “Ele é um gênio!”, diziam – com razão,
admitíamos forçosamente os torcedores da Inter.
Naquele dia, após o jogo, algumas pessoas abordaram o
zagueiro Lica questionando a razão dele não ter cometido uma falta em Dener
para barrar a jogada – e, consequentemente o gol e a derrota que, àquela
altura, praticamente eliminava a Inter da disputa. Ele temeu levar o cartão
vermelho e ser expulso. Havia, ainda, a esperança do atacante fracassar ou do
goleiro barrá-lo. Enfim, milionésimos de segundo para tomar uma decisão.
A derrota da Inter nos entristeceu. Pensando com a distância
e a frieza do tempo, porém, como foi bom Lica não ter derrubado Dener. E a
tentativa de um carrinho criminoso não ter passado disso, uma tentativa. O
jogador merecia aquele gol. O futebol merecia aquele gol.
Foi, sem dúvida, o gol mais bonito que eu já vi em toda a
vida. Porque sim, eu estava lá naquela noite no Canindé.
“Meninos, eu vi!”
PS: infelizmente, as imagens disponíveis na Internet
referentes a este gol não mostram o brilho de toda a jogada, desde o escanteio.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
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Rodrigo Piscitelli
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Acompanhei pela rádio Educadora, neste domingo, a cobertura pós-jogo do dérbi limeirense entre Internacional e Independente, válido pela Série A3 do Campeonato Paulista. O jogo terminou 2 a 0 para o Galo da Vila – para tristeza dos leoninos, que jogaram em casa (no Limeirão).
Uma derrota assim, num dérbi, por mais que o futebol limeirense esteja moribundo, mexe com os ânimos. E, naturalmente, o efeito colateral pelos lados da Inter não foram positivos. Atual presidente da equipe, o advogado e empresário Ailton Vicente de Oliveira manifestou à rádio seu descontentamento com as críticas que recebeu da torcida e de alguns conselheiros em razão do resultado da partida.
Ouvi parte da entrevista do dr. Ailton, como é conhecido. Ele reclamou que não tem apoio da prefeitura nem das empresas locais e dos conselheiros. Manifestou a vontade de deixar o cargo caso continue sem apoio (financeiro inclusive e, talvez, principalmente). Por mais de uma vez, destacou que nunca teve apoio algum da administração municipal, ao contrário do Independente.
É um direito do dr. Ailton reclamar da falta de apoio. Só não entendo porque ele, como presidente da equipe, permitiu que se colocasse na entrada do Limeirão, durante os jogos da Copa São Paulo de Juniores, em janeiro último, uma faixa que dizia justamente o contrário do que agora aponta: “Obrigado ao prefeito Silvio Félix pelo apoio”.
A faixa, aliás, foi alvo de comentários de torcedores. “Por que colocaram aquela faixa? Que apoio o prefeito deu?”, comentou um deles, sentado no degrau logo acima do meu, no Limeirão.
Das duas, uma: ou o dr. Ailton sabia da faixa e foi conivente com ela, de modo que sua crítica agora soa estranha, ou não sabia da faixa e permitiu que algum “puxa-saco” do então prefeito a colocasse lá (o que indica um certo desmando).
Em tempo: embora o atual presidente esteja mantendo (até onde se informa) os compromissos da Inter em dia, é preciso registrar que ele apareceu na cidade vindo de São Paulo com o intuito de lucrar investindo no Leão da Paulista.
Não há nada de ilegal nisso. Contudo, não se pode tirar de foco que ninguém foi atrás dele na capital, onde atua como empresário na famosa – e polêmica - feira da madrugada, no Brás. Foi ele que procurou a Inter (até o estatuto do clube foi alterado para que ele pudesse se tornar presidente). Logo, questionar a falta de apoio financeiro me parece injustificável (ou ele desconhecia a real situação financeira da Inter e o custo de se manter uma equipe de futebol quando se apresentou com a intenção de comandar o clube?).
PS: presidente do Conselho Deliberativo da Inter, o jornalista e empresário Wagner Barbosa tentou colocar panos quentes nas declarações do dr. Ailton. Disse à Educadora que o conselho não aceitaria um pedido de renúncia do atual presidente e que as críticas a ele são injustas.
domingo, 8 de janeiro de 2012
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Dois anos depois, voltei ao "Major José Levy Sobrinho", o Limeirão, para mais uma partida da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o tradicional torneio de juniores que abre a temporada do futebol brasileiro. Em campo, duas partidas: Santos x Assu (RN) e Inter de Limeira x Vitória (PE).
O dia prometia chuva - e fui preparado para isso. No jogo do Santos (vitória santista por 6 a 0), nada de água. Bastou começar o jogo da Inter, porém, um temporal desaguou sobre o Limeirão.
Para alguém, como eu, que durante toda a vida assistiu aos jogos na cadeira cativa ou na tribuna de honra do estádio, protegido, tomar chuva foi uma experiência interessante. Senti na pele o que os torcedores sentem. Entendi porque os comentaristas criticam jogadores que não se esforçam em campo, desrespeitando o torcedor que sofre na arquibancada, debaixo de sol ou de chuva.
E, ainda por cima, lavei a alma (sim, não deixei de encontrar um sentido psicológico nessa experiência).
Em tempo: a Inter venceu por 1 a 0, gol chorado, de pênalti, aos 48 minutos do segundo tempo, quando eu estava exatamente atrás do gol, indo embora, encharcado e feliz.
PS: para quem prometeu fazer de 2012 realmente um ano novo, a primeira semana valeu. Churrascos, bebedeira, noite na chácara, futebol, tomar chuva, sair com amigos para comer Burger King... E vem mais por aí!
terça-feira, 27 de setembro de 2011
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Ontem, aconteceu a festa em homenagem ao jubileu de prata do título de 1986 da Internacional. Ex-jogadores, dirigentes e comissão técnica foram homenageados com o troféu Leão de Ouro.
O grito da torcida emocionou:
Mais um trecho da homenagem:
O discurso do técnico Pepe:
PS: quem não viu o especial de seis reportagens que eu elaborei para a TV Jornal sobre o inédito título paulista da Inter pode conferir aqui.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
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Quando acordei na manhã daquela quinta-feira, 4 de setembro de 1986, repeti tudo o que fazia rotineiramente. Tomei café, banho, troquei de roupa e fui para o grupo escolar “Brasil”. Quando lá cheguei, percebi que havia algo diferente no ar. Éramos centenas de crianças, como de costume, mas existia um alvoroço além do normal. Já na classe, soubemos que não haveria aula. Fora decretado ponto facultativo, uma espécie de feriado fora de hora. Motivo: o time da cidade tinha sido campeão paulista na noite anterior.
Com 9 anos de idade, ainda não entendia bem o “tamanho” daquilo. Sabia que um título sempre era motivo de festa, fosse qual fosse, mas daí a suspender as aulas... Por determinação da professora, tivemos que aprender rapidamente a entoar o hino do time. “Vai chegando o Leão da Paulista e o gramado se faz mais feliz...” O compromisso do dia seria um só: desfilar pela cidade, civicamente, unindo-nos à festividade que agitava a área central e enebriava milhares de limeirenses.
Meio que movido pelo impulso, disse para a professora – naquela época ainda “tia” – que eu tinha em casa uma faixa de campeão. Fomos até lá buscá-la. Em seguida, partimos em fila, como costumávamos fazer nos passeios fora da escola, felizes pelo Centro de Limeira, cantando e repetindo para os quatro cantos: “É campeão! É campeão!”
Hoje, 25 anos depois, estas cenas permanecem na minha memória – e acredito que estarão por todo o sempre. Frescas como se tivessem sido vividas nesta manhã. Vivas como um filme recém-lançado. Vibrantes e heroicas como foram na ocasião. São daquelas experiências na vida que não se apagam jamais.
Quem não acompanha esporte, não torce por nenhum time nem criou esta relação lúdica e maluca com uma “camisa” talvez tenha dificuldade para entender o significado daquela conquista e deste jubileu de prata. Ainda assim, muitos que não acompanhavam futebol entenderam naquele dia que havia algo extraordinário. Afinal, era a primeira vez em mais de oito décadas que uma equipe considerada “pequena”, caipira, chegava ao topo. Pela primeira vez, um time do interior derrubava um “grande” da Capital e conquistava o título do Campeonato Paulista. E isto não era pouco!
Rever esta história 25 anos depois, olhar arquivos de jornais e revistas, reforçou-me a noção do tamanho daquela conquista. Ouvir personagens daquela história reforçou-me a ideia de que, na vida, vitórias e derrotas ensinam lições. Mostrou-se que a linha que separa o sucesso do aparente fracasso é muito mais tênue do que qualquer um de nós pode imaginar. Lembrou-me que nós somos protagonistas de nossa própria história.
E naquela noite de quarta-feira, 3 de setembro de 1986, diante de um Morumbi lotado, uma página importante - e inédita - da história do futebol estava sendo escrita. Um gol de Kita aos 5 minutos do segundo tempo, outro de Tato aos 9 e a Internacional de Limeira sagrava-se campeã paulista. A festa começou ali mesmo, no gramado. Invadiu a madrugada. Chegou às escolas na manhã seguinte. E perdurou por todo aquele dia e pelos dias seguintes e por muitos outros que vieram e ainda virão...
PS: este texto é uma homenagem a todos que ajudaram a escrever este capítulo memorável da história da Inter, de Limeira e do futebol nacional. Homens e mulheres protagonistas e anônimos, que vibraram, torceram, ajudaram com algo. Não quis citar nomes – seria um desatino. Afinal, aquela vitória foi de todos nós!
*A imagem que abre esta postagem foi retirada do site oficial da Inter. As do jornal são do acervo da "Folha de S. Paulo".
** Para ver as três primeiras reportagens da série que preparei para a TV Jornal sobre o jubileu de prata do título inédito de 1986 basta checar as postagens anteriores ou clicar aqui, aqui e aqui.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
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Rodrigo Piscitelli
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Para quem pediu, para quem não viu, para quem quer rever, segue a primeira reportagem da série especial que preparamos na TV Jornal para comemorar o jubileu de prata do título de campeã paulista de 1986 da Internacional de Limeira, a primeira conquista de um time do interior: * Mais detalhes sobre a série podem ser lidos aqui.
domingo, 28 de agosto de 2011
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Rodrigo Piscitelli
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A partir desta segunda-feira, 28/8, o programa "A Hora Informação Verdade" (17h45-19h30, na TV Jornal) começa a exibir a série de reportagens "25 anos de uma conquista", sobre o título paulista da Internacional, conquistado em 1986.
A equipe da TV Jornal viajou mais de 1.300 quilômetros pelo Estado de São Paulo para ouvir alguns personagens desta história. Fomos até Ourinhos, na divisa com o Paraná, falar com o goleiro Silas; também fomos até Santos, no litoral paulista, ouvir o técnico Pepe.
Na capital, entrevistamos o goleiro do Palmeiras, Martorelli, e visitamos os arquivos da Federação Paulista de Futebol.
Em Limeira, entrevistamos o atacante Tato - autor de um dos gols da histórica final - e o massagista Bolão. Também buscamos imagens raras da comemoração do título em Limeira, cedidos pelo cinegrafista Emiliano Bernardo. E procuramos a taça daquele campeonato - afinal, onde ela está?
A série traz histórias curiosas e polêmicas. Silas conta o que fez com a camisa usada na decisão. Tato fala qual foi a última frase ouvida antes da equipe subir a campo. Martorelli questiona a isenção da arbitragem nos dois jogos da final. E Bolão fala sobre a possível existência de "mala preta" (compra de resultados) naquele campeonato.
A série está bem legal, seja como registro histórico, seja como homenagem. Não perca!
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
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18:27 |
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Ao se ver envolvida, ainda que indiretamente, no escândalo que resultou no mandado de prisão preventiva contra o vereador Antônio César Cortez (leia aqui ), do PV, acusado de corrupção passiva, a Prefeitura de Limeira pretendeu, não se sabe a razão, ludibriar a opinião pública.
Em nota à imprensa, a administração Silvio Félix (PDT) manifestou que “a concorrência pública realizada na contratação de empresa para o fornecimento de merenda escolar seguiu a Lei de Licitações. O Tribunal de Contas verificou o edital da concorrência várias vezes e o aprovou. Agora continuamos seguindo a lei, sendo que o próprio Superior Tribunal de Justiça determinou que a Prefeitura seguisse com o fornecimento da merenda escolar dessa forma”.
Pelo menos em um aspecto, a prefeitura mentiu. O TCE julgou irregulares a licitação e o contrato firmado entre o município e a empresa SP Alimentação (cujo dono foi preso anteontem acusado de corrupção ativa – leia mais aqui). O julgamento foi realizado em 30 de outubro de 2007 pela a 2ª Câmara do TCE, conforme consta a seguir:
“ACORDA A SEGUNDA CAMARA DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO, EM SESSÃO DE 30 DE OUTUBRO DE 2007, PELO VOTO DOS CONSELHEIROS RENATO MARTINS COSTA, RELATOR, FULVIO JULIÃO BIAZZI, PRESIDENTE E ROBSON MARINHO, NA CONFORMIDADE DAS CORRESPONDENTES NOTAS TAQUIGRÁFICAS, JULGAR IRREGULARES A LICITAÇÃO E O CONTRATO (...)” “Num relatório de sete páginas, o conselheiro Renato Martins Costa cita uma série de problemas envolvendo a contratação da empresa. O primeiro deles é que o edital da concorrência foi feito mediante ‘cláusulas viciadas que afetaram a competitividade da disputa’. (...)
Outro item previsto no contrato questionado pelo TCE é o que autoriza a utilização de servidores municipais na execução dos serviços terceirizados - as responsáveis por fazer a comida especificada no cardápio diário determinado pela SP Alimentação são as merendeiras da prefeitura que trabalham nas escolas e nas creches. O conselheiro escreveu no relatório que esse fato ‘é repudiado por jurisprudência’. O tribunal também julgou irregular a inabilitação - pela prefeitura - da empresa Geral J. Coan & Cia Ltda., que retirou o edital para participar da concorrência. De acordo com o órgão, a empresa apresentou a documentação descrita. A sua saída do processo ‘violou a isonomia das participantes e implicou julgamento subjetivo dessa fase do certame’. Outro apontamento feito pelo TCE é que a concorrência impôs às empresas interessadas nos serviços de merenda o ônus de relacionar e complementar os equipamentos e utensílios disponíveis nas unidades educacionais. O TCE cita que esta providência deveria ter sido ‘atribuída à Administração’.
É no final do relatório que o conselheiro aponta o que ele classificou como ‘mais grave dos autos’. Trata-se do orçamento estimativo que orientou a concorrência, ‘cuja idoneidade não ficou comprovada’, escreveu Martins Costa. A estimativa de custo prevista no edital pela prefeitura foi de R$ 9.465.708,00. No entanto, o contrato celebrado com a SP Alimentação foi de R$ 15.405.108,00 (aditamento feito em março último prorrogou o contrato por mais um ano ao valor de R$ 16,2 milhões). O conselheiro aponta como ‘injustificada a contratação de proposta significativamente superior’ sob dois aspectos: 1) em relação ao limite estabelecido no edital (os R$ 9,4 milhões) e 2) em comparação ao valor do contrato de fornecimento de merenda anteriormente vigente no município.” (Jornal de Limeira, 31/10/2007 – leia aqui)
Obviamente, o governo Félix e a SP recorreram da decisão. O recurso foi acatado parcialmente, tão parcialmente que significou uma derrota para o município. O TCE retirou de sua decisão original apenas os itens que tratavam da exigência no edital da licitação de demonstração de capital social integralizado e de prestação de garantia de participação. Nas demais questões, mais relevantes, o TCE manteve sua decisão. O julgamento do recurso deu-se em 23 de setembro de 2009 (leia mais aqui).
Atendo-se às questões mais relevantes da licitação, que são os apontamentos de preço acima do mercado (superfaturamento) e restrição à competição (direcionamento), o substituto de conselheiro Marcos Renato Böttcher, em relatório de 13 páginas referente ao recurso, cita que:
“Quanto à errônea inabilitação da empresa Geraldo J. Coan & Cia Ltda., as explicações, assim como o próprio reconhecimento da falha, não descaracterizam a grave irregularidade cometida, pois o fato de a empresa não ter recorrido daquela decisão não é garantia de ausência de prejuízo. Assim, por resultar comprometida a legalidade e competitividade do certame, não há como acolher a argumentação intentada.
Com relação ao valor do ajuste, as razões ofertadas em nada alteram o panorama processual, pois, ainda que o contrato anterior, realmente, não possa servir de parâmetro comparativo, não restou demonstrada a efetiva compatibilidade do preço avençado com aqueles praticados no mercado. Nos esclarecimentos ofertados não restou dirimida a grande discrepância existente entre o orçamento estimativo e o valor contratado, o que não afasta a ofensa ao artigo 48, inciso II, da Lei Federal nº 8.666/93.” (grifos meus - leia a íntegra aqui, com todos os argumentos apresentados pela prefeitura e SP Alimentação e as razões do TCE)
Em tempo: auditoria preliminar, feita pela unidade regional do TCE em Araras, apontou irregularidades também em todos os termos de prorrogação (1º ao 6º) do contrato da prefeitura com a SP e no Termo Aditivo (1º) – que fizeram o contrato somar no total R$ 56 milhões. (veja detalhes aqui)
Diante deste material, resta-me a pergunta: qual o interesse da prefeitura em tentar ludibriar a opinião pública, em deliberadamente mentir sobre o caso da merenda?
PS: ouvi hoje de um vereador governista que analisou os papéis da licitação em questão e que nada havia de irregular (como se casos escusos envolvessem apenas fraude em papéis licitatórios). Só posso concluir que o vereador nunca leu as decisões do TCE...
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
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Rodrigo Piscitelli
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Quando o Inter conquistou a Libertadores da América pela segunda vez em sua história ao derrotar o Chivas Guadalajara, por 3 a 2, e o capitão Bolívar levantou a taça diante de um Beira-Rio lotado, batia mais forte ainda o coração de um pai especial. O "velho" Bolívar reviveu emoção de 24 anos atrás. Em 1986, era ele o autor do gesto de erguer o troféu e fazer a alegria de outro Internacional, o de Limeira. O time do interior de São Paulo ganhou notoriedade naquele ano quando conquistou o Campeonato Paulista ao bater o Palmeiras na final por 2 a 1, no Morumbi. Foram os tempos da "Dinamarca Caipira", uma alusão à seleção europeia que havia se destacado no Mundial do México com um futebol alegre e ofensivo.
Mas o tempo acabou implacável. A falta de patrocinadores e a necessidade de vender jogadores traçaram um caminho descendente para a Inter de Limeira durante esses anos. Hoje, o clube saiu dos jornais. Ocupa a Quarta Divisão paulista. Na equipe que contava com Kita, artilheiro daquela edição com 24 gols - e parou no Flamengo -, Tato e Lê, o capitão Bolívar se destacava na "Dinamarca Caipira". O ex-defensor lamenta a situação na qual se encontra o "Leão da Paulista", como a agremiação é também carinhosamente conhecida:
- Fico muito triste. Mas sempre esperançoso de que o Inter possa voltar a ser grande. A cidade tem que se unir em torno do clube e revitalizá-lo, pois na minha época foi assim. O futebol no Brasil tem que ser mais organizado.
Técnico campeão naquele ano, Pepe, que como jogador viveu glórias com Pelé no Santos e na Seleção Brasileira, se orgulha de ter sido um dos responsáveis pela montagem daquele plantel. Juntamente com Victório Marchesini, o mandatário na época:
- Foi um trabalho muito bem-feito. A própria prefeitura da cidade nos ajudou bastante. O time foi todo montado por mim, desde a excursão na África do Sul. Notei que havia algumas deficiências, então pedi a contratação do Kita, centroavante, e efetivei o Tato como ponta, que já estava um ano, um ano e meio no clube. Tínhamos uma jogada muito boa de contra-ataque, com o Pecos, que era o nosso lateral-esquerdo. Ele metia uma bola, pela esquerda, e o Tato fazia muitos gols.
Se hoje os colorados idolatram o capitão Bolívar, bicampeão da América e Mundial, a culpa é de seu pai, que lhe ensinou desde cedo os caminhos para a vitória:
- Hoje, vendo meu filho tendo essa oportunidade de ser campeão da Libertadores, que não tive, é um motivo de muito orgulho. Ele me viu ser campeão paulista em 1986, estava com seis anos. E me acompanhava em treinos, concentração, estava sempre do meu lado. É uma coincidência ele ser capitão e campeão pelo Inter e eu, paulista. Também pelo Inter, só que de Limeira – recorda Bolívar pai, que morou por 12 anos na cidade, a 156 km da capital paulista.
Além de treinador, Pepe, o "Canhão da Vila Belmiro", também cumpria o papel de tesoureiro naquele tempo:
- O presidente Marchesini, na época, vinha com o dinheiro da renda dos jogos. Quando era nosso mando, jogava o dinheiro para mim e dizia: 'Pode pagar o bicho dos meninos ai'. Não ficou muito tempo como mandatário, pois tinha um pavio muito curto.
De melhor do estado à Quarta Divisão paulista Fundado em 5 de outubro de 1913, o clube deixou de se chamar "Barroquinha" para se tornar Internacional devido à presença de vários imigrantes radicados na cidade na época. Em 97 anos, marcou presença na Primeira Divisão nacional em seis oportunidades (1979, 81, 82, 86, 89 e 1990), além da conquista do Paulistão de 1986.
- Limeira é a terra da laranja e, curiosamente, esse ano, de 86, foi o ano que deu mais laranja por lá, então não faltava dinheiro, pois a cidade exportava a fruta, e a própria prefeitura ajudava o clube com recursos – brinca Pepe.
No entanto, a partir do fim da década de 80, o Inter entrou em declínio:
- Pensando na minha carreira, aceitei um convite do São Paulo. Depois o time se desmanchou e não conseguiu mais se reerguer. Muitos jogadores tiveram que ser negociados, para o clube fazer dinheiro, pagar dívidas antigas, e faltou patrocinador também.
O governo do presidente da República na época, Fernando Collor de Melo, também não ajudou, ainda mais com o plano econômico, que confiscou poupanças e congelou preços.
- O Inter sempre foi trabalhado em torno de muitas pessoas. O prefeito (Jurandir Paixão) da cidade de Limeira, na época, entre as décadas de 80 e 90, via o clube como uma instituição que poderia levar o nome da cidade para muitos outros lugares. Tirava dinheiro do próprio bolso para ajudar a instituição. Mas muitas pessoas se aproveitaram para crescer usando o clube, que, com isso, acabou perdendo recursos – diz o advogado Aílton Vicente de Oliveira, líder do Grupo Gestor, que assumiu a presidência em abril de 2009.
Justiça dificulta processo de reestruturação Junto com um grupo de gestores, Aílton Vicente de Oliveira tenta revitalizar o Inter, que tem uma propriedade de sete alqueires (169.400 m²), porém empossada pela Justiça por falta de pagamento:
- Montamos categoria de base, que está dando suporte para o time profissional este ano. Esse terreno tem sete campos de futebol, lago, salão de festas, piscina olímpica, mas está tudo abandonado. A nossa ideia é transformar este espaço em um CT, no qual já temos até o projeto. O objetivo é chegar ao ano do centenário do clube, que é em 2013, na Primeira Divisão do Campeonato Paulista.
No entanto, para que a atual gestão se mantenha até lá, 82 conselheiros, via estatuto, terão que aprovar.
- Quando assumi o clube, o primeiro ‘presente’ que ganhei foi a interdição do estádio (Major Levy, o Limeirão), que estava totalmente abandonado.
Fonte: Marcello Carrapito, do site Globoesporte.com. Material divulgado hoje (15/9), coincidentemente no aniversário de Limeira. Para ver, clique aqui.
Repórter da TV Cultura, apresentador e mestre de cerimônia.
Ser jornalista está no meu DNA. Logo, sempre gostei de escrever. Adoro ouvir histórias, conhecer pessoas e lugares. Portanto, adoro viajar.
Este blog foi criado como ferramenta para estas paixões - a escrita e a viagem. Minha intenção com as crônicas e dicas postadas aqui é simplesmente inspirar outros viajantes a descobrir novos lugares (ou, quem sabe, a se aventurar por novos recantos em lugares já conhecidos).
Se você ainda está em dúvida sobre o destino e se pergunta "por que ir...?", a resposta pode estar aqui!
Boa viagem!