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quarta-feira, 3 de setembro de 2014 | | 0 comentários

Pitacos cotidianos

- Já escrevi aqui sobre a crise na USP e disse algo que um especialista apontou agora em artigo na “Folha de S. Paulo”: se fosse uma empresa (ou uma universidade particular), a USP estaria falida.

- O mesmo princípio vale para o ministro da Fazenda, Guido Mantega: fosse diretor de alguma empresa e apresentasse os resultados da economia brasileira dos últimos anos (sem contar as previsões desastradas), já estaria na rua!

- As universidades estaduais paulistas levam 9,57% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), uma das principais fontes de receita do Estado, e têm autonomia para administrar o dinheiro como quiserem. São quase dez bilhões de reais este ano! Gastam mal e agora cobram maior aporte de recursos do Estado. E os funcionários e alunos ainda criticam o governo quando, na verdade, deveriam aceitar que a administração das universidades é, no mínimo, temerária, para não dizer irresponsável (fruto de politicagens).

* Leia também (acrescentado em 8/9):

- Crise na USP

quinta-feira, 10 de abril de 2014 | | 0 comentários

Palavras traiçoeiras

Algumas vezes, as palavras dizem mais do que se pensa - ou se pretende. Elas traem. O noticiário desta quinta-feira (10/4/14) traz bons exemplos:

- “Não dá mais para ter desculpa porque a máquina agora está do jeito que a gente quer.”
Mauro Zeuri, agora secretário de Gestão Estratégica (antes Governo e Desenvolvimento) da Prefeitura de Limeira, em reportagem da “Gazeta de Limeira”

Taí o que dá falar sem pensar. A manifestação de Zeuri parte de dois pressupostos que o governo Paulo Hadich (PSB), do qual o secretário faz parte, tanto critica quando citados pela imprensa.

Ao dizer que “não dá mais para ter desculpa”, Zeuri deixa claro: 1) que antes dava-se desculpa pela ineficiência da máquina administrativa; e 2) havia ineficiência na máquina administrativa – e continua havendo, só não será mais possível dar desculpa, embora a previsão seja que o serviço melhore em razão das mudanças feitas na administração.

Hadich e seus asseclas, principalmente aqueles que gostam de perseguir a mídia, não tem do que reclamar se o próprio secretário – peça-chave no governo – admite uma coisa dessas.

Ô frase infeliz!

- “Poderíamos estar melhor, e a Dilma vai ter que dizer como é que a gente vai melhorar.”
Do ex-presidente Lula, em entrevista a um grupo de blogueiros amigos

"Se o próprio Lula diz que 'poderíamos estar melhor', é porque estamos bem mal. E ele apontou a culpada - que tem de se explicar, ou a coisa vai ficar feia para o lado dela (a sucessora dele, a presidente Dima Rousseff)."
(Fonte: Eliane Cantanhêde, “Lula no palanque”, Folha de S. Paulo, Opinião, 10/4/14, p. 2.)

- Temos que retomar com muita força essa questão da regulação dos meios de comunicação do país. (...) Queremos uma coisa mais digna, mais respeitosa. Quando vejo o tratamento a Dilma, é de falta de respeito e de compromisso com a verdade.”
Do ex-presidente Lula, em entrevista a um grupo de blogueiros amigos

"De onde se vê que, ao contrário das alegações formais, se trata realmente do controle de conteúdo. Com a 'regulagem' defendida pelo PT o Estado daria as balizas do tratamento considerado respeitoso em relação a autoridades, bem como firmaria os termos da verdade para com a qual os meios de comunicação estariam compromissados."
(Fonte: Dora Kramer, “Sem palavras”, O Estado de S. Paulo, Política, 10/4/14, p. A6.)

Nos dois casos de Lula, só não dá para dizer: “Ô língua solta” porque não se pode crer que o ex-presidente cometeu equívoco. Lula só fala de caso pensado.

- “Ela (inflação) subiu agora, acho que está no máximo, e a partir do próximo mês já ficará um pouco menor, depois, em maio, vem menor ainda e, em junho, menor ainda. Então ela é passageira."
Guido Mantega, ministro da Fazenda, em entrevista à imprensa

Neste caso, nem é preciso se alongar no comentário. A realidade nega o que diz o ministro. Aliás, tem alguém mais sem credibilidade em suas previsões econômicas do que Mantega? Faz quatro anos que ele fala que a inflação vai baixar e o PIB (Produto Interno Bruto) vai subir...