Fonte: Ricardo Semler, “Tortura escolar nunca mais”, Folha de S. Paulo, Opinião, 28/4/15.
quarta-feira, 6 de maio de 2015 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 07:16 | 0 comentários
A escola que conhecemos faliu, acabou...
Fonte: Ricardo Semler, “Tortura escolar nunca mais”, Folha de S. Paulo, Opinião, 28/4/15.
Marcadores: Brasil, educação, Ricardo Semler
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 08:43 | 0 comentários
Na Suécia, escola ensina a mudar
Marcadores: educação, Estocolmo, reportagem, Suécia, trabalho, TV Cultura, viagens
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 05:13 | 0 comentários
Estelionato eleitoral petista chega à educação em SP
Faça o que eu digo, não faça o que eu faço... Ou: ouça o que eu digo, mas não repare no que eu faço... Ou: critico o que tu fazes, digo que não faço, mas faço.
segunda-feira, 15 de setembro de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:32 | 0 comentários
Lições que vêm da Finlândia
Em tempo: o ensino básico na Finlândia dura 12 anos. O médio é dividido entre técnico (vocacional) ou tradicional (“high school”) - ambos de três anos.
terça-feira, 17 de junho de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 15:00 | 0 comentários
A crônica falta de educação brasileira
Marcadores: Brasil, comportamento, educação, Janio de Freitas, sociedade
segunda-feira, 9 de junho de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:34 | 0 comentários
"Autonomia" universitária: um debate necessário
Afinal, as universidades públicas paulistas consomem mais de 10% das receitas do ICMS do Estado mais rico da federação, um modelo único no mundo. Parece-me um custo desproporcional no que diz respeito ao conjunto da sociedade.
Mas em relação à USP mal se pode tocar no assunto...
Que ao menos as alternativas sejam debatidas com racionalidade, sem dogmatismos ideológicos."
Marcadores: educação, Estado, Hélio Schwartsman, universidade, USP
domingo, 16 de fevereiro de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:22 | 0 comentários
Frase
quarta-feira, 23 de outubro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 12:49 | 0 comentários
Para anotar na agenda
Afinal, Dilma e Mercadante prometeram uma “revolução” (pequena, mas revolução) e um “salto extraordinário” (e nada menos que extraordinário).
Marcadores: Brasil, Dilma, educação, Mercadante, pré-sal
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 15:41 | 0 comentários
Piora desempenho de limeirenses no Enem
O sinal amarelo acendeu nas escolas de ensino médio de
Limeira – públicas e particulares. Todas as que tiveram nota no Enem (Exame
Nacional do Ensino Médio) de 2009 pioraram o desempenho em 2011. Algumas delas
não só apresentaram um desempenho inferior de seus alunos como também perderam
posições no ranking municipal, casos do Colégio Acadêmico e da Einstein.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 10:30 | 0 comentários
Educação brasileira: o "x" da questão
Pesquisa da
Faculdade de Educação da USP mostrou que quase metade dos alunos que ingressam
nos cursos de licenciatura em física e matemática da universidade não estão
dispostos a tornar-se professores. O detalhe inquietante é que licenciaturas
foram criadas exatamente para formar docentes.
Marcadores: educação, ensino, Hélio Schwartsman
quinta-feira, 16 de agosto de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:49 | 0 comentários
"Jamaica ou Finlândia?"
Terminada a Olimpíada de Londres, aqui e ali escuta-se que o país deveria investir nas escolas, verdadeiros "celeiros de atletas", a fim de obter um desempenho melhor em 2016 no Rio. Com a massificação das práticas esportivas, dizem os especialistas, inevitavelmente surgiriam campeões.
De fato, é muito frustrante, a cada quatro anos, acompanhar o desempenho brasileiro na competição. Dia após dia, a Olimpíada vai se transformando numa sucessão interminável de fracassos. Com honrosas exceções, nossos atletas só perdem. Nem o 'massificado' futebol escapa.
Mas, considerando a fragilidade do ensino brasileiro, será mesmo que descobrir atletas deve ser uma prioridade das nossas escolas? Um país que não consegue ensinar português e matemática adequadamente aos seus alunos deve realmente se preocupar em achar talentos olímpicos? Afinal, preferimos ser uma Jamaica, potência no atletismo, ou uma Finlândia, que nem uma medalhinha de ouro conseguiu em Londres?
É evidente que não se trata aqui de desmerecer a importância do esporte na formação do indivíduo. Os benefícios físicos e psicológicos obtidos com a prática esportiva são inegáveis. A questão é de foco. O objetivo é estimular hábitos saudáveis nas escolas - para os quais bastam uma bola, uma quadra e um bom professor de educação física - ou vamos gastar milhões em diversos equipamentos esportivos para formar campeões em dezenas de modalidades?
Antes de pensar em mudar de patamar olímpico, o Brasil precisa elevar o seu padrão de ensino. Dados como os divulgados anteontem pelo governo federal sobre o grau de conhecimento dos nossos estudantes são inconcebíveis, muito mais do que os resultados esportivos. A nota do estudante do ensino médio é de apenas 3,7, para se ter uma ideia.
Se até 2016 o Brasil conseguir melhorar significativamente os indicadores educacionais, aí sim teremos algum motivo para comemorar.
Fonte: Rogério Gentile, "Folha de S. Paulo", Opinião, 16/8/12, p. 2.
Marcadores: Brasil, educação, esporte, Rogério Gentile
sexta-feira, 4 de maio de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:56 | 0 comentários
Novos jornalistas
PS: discurso proferido por mim, na qualidade de professor homenageado, na formatura da turma 2011 de Comunicação Social (Jornalismo e Publicidade/Propaganda) do Isca Faculdades em 4/5/12.
Marcadores: amigos, celebração, educação, formatura, Isca Faculdades, jornalista
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:41 | 1 comentários
No Chile, consciência política é coisa séria!
terça-feira, 30 de agosto de 2011 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 07:44 | 0 comentários
O desafio da educação de qualidade
Mas não estamos falando do Brasil e, sim, do Chile. Aliás, os estudantes chilenos de 15 anos ficaram no primeiro lugar na América Latina, no mais recente exame internacional comparativo, o Pisa, conforme lembrou ontem, em "El País", o colunista Andrés Oppenheimer.
Esses números indicam que são ingratos os estudantes chilenos, que não saem das ruas há meses, reclamando educação pública gratuita e de qualidade? Não. Indicam duas coisas, a saber:
1 - O chileno, ao contrário do acomodado brasileiro, é um bicho afeito à mobilização desde sempre.
2 - O sistema educacional chileno nem é público nem é gratuito nem é de qualidade.
O Chile, como o Brasil, resolveu o problema da quantidade (conseguiu universalizar o acesso ao ensino básico), mas não o da qualidade: 40% dos alunos deixam o ensino fundamental sem entender o que leem (como no Brasil).
Vale o mesmo raciocínio para a universidade. No modelo chileno, o Estado praticamente afastou-se do ensino superior, limitando-se a financiar as escolas privadas para que aceitem o maior número possível de alunos.
Em consequência, a metade praticamente dos jovens em idade universitária está na escola superior, índice melhor do que o de quase todos os vizinhos. Mas a legislação é frouxa no que tange ao controle da qualidade do ensino (como no Brasil).
Pior: o custo é o mais elevado da América Latina, o triplo do italiano, 19 vezes maior do que o francês, conforme os dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o que levou o endividamento (do estudante e de sua família, avalista do débito durante a graduação) a um ponto insuportável e empurrou a moçada para a rua.
Em um país em que o salário médio (não o mínimo) equivale a R$ 1.755, os jovens desembolsam entre R$ 580 e R$ 1.370 mensais conforme o curso escolhido.
Consequência inescapável: 70% dos estudantes estão endividados e 65% dos mais pobres interrompem os estudos sufocados por problemas financeiros insuperáveis.
Os custos levam ainda à reprodução, no acesso à universidade, da desigualdade que existe no conjunto da sociedade (como no Brasil, aliás): entre os 10% mais pobres, só 16% conseguem chegar ao ensino superior, ao passo que, nos 10% mais ricos, a taxa é de 61%.
Tudo somado, fica evidente que a América Latina tem um nó formidável na educação, posto que há deficiências colossais nos dois modelos (o público gratuito do Brasil, complementado por proliferação descontrolada do ensino privado, e a escola privada financiada pelo Estado, como no Chile, também com setor estritamente privado igualmente sem controle de qualidade).
O que surpreende, pois, não é que os jovens chilenos ganhem a rua, mas que os brasileiros só o façam para reivindicar meia entrada.
Marcadores: Brasil, Chile, Clóvis Rossi, educação, ensino
sexta-feira, 1 de abril de 2011 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:08 | 0 comentários
"Livros"
Eram várias filas de meninos e meninas, quase todos negros e de famílias pobres, que organizadamente saíam da escola. Um detalhe fez com que essa fosse para mim uma das mais inesquecíveis imagens de indivíduos que se transformam, apesar de todos os obstáculos, em seres apaixonados pelo prazer de aprender.
Muitas daquelas crianças, embrulhadas em imensos casacos e carregando pesadas mochilas, tinham dificuldade de caminhar. E por um simples motivo: estavam entretidas lendo livros enquanto andavam. Nem quando desciam as escadas interrompiam a leitura, segurando o corrimão com a mão livre.
Naturalmente, ninguém tinha pedido a eles que lessem coisa alguma, afinal isso seria um convite a tropeções.
A imagem se torna ainda mais interessante quando sabemos que o bairro onde fica essa escola em Nova York, chamado Crown Heights, é povoado de gangues, drogas, casos de gravidez precoce e famílias desestruturadas. A maioria dos adolescentes não consegue completar o ensino médio e os que conseguem têm notas ruins, o que os impede de ir para as melhores faculdades.
Não é difícil entender a cena quando se está sentado diante do diretor dessa escola pública, chamada Always Mentally Prepared Academy (traduzindo livremente, Academia das Mentes Sempre Preparadas).
Negro, com cabelos trançados, Ky Adderley foi treinado durante um ano em algumas das melhores universidades americanas para desenvolver a habilidade de gestão. Assim, aprendeu a recrutar equipes, estimular os professores, economizar dinheiro e trabalhar com metas. "As notas não são minha grande meta, apesar de serem o jeito de sermos avaliados. Nossos alunos têm notas altas. Minha meta é que sejam pessoas autônomas e com gosto por aprender."
A melhor tradução do sucesso dessa escola está num simples número: 70% dos alunos conseguem entrar na faculdade.
Desde o primeiro dia na escola, a criança recebe uma camiseta com um número grande escrito nas costas. É o ano em que ela vai entrar na faculdade. "Não é apenas o estudante que entra na nossa escola. A família entra junto", conta Ky, dizendo que é feito um trabalho especial com os pais para compartilhar os desafios.
As salas de aula têm nomes de universidades. Durante os feriados ou nas férias, são programadas viagens para várias dessas instituições.
Como está numa escola pública independente (recebe dinheiro do governo, mas pode escolher o currículo e os professores), Ky pode demitir o professor que não funciona.
Muitas vezes, ele fica no fundo da sala assistindo às aulas e, depois, conversa com os professores para ajudar a explicar as matérias. "Como sempre gostei de esporte, trouxe esse técnica inspirado nos técnicos", conta.
No dia em que eu estava lá, ele protagonizou uma cena insólita. No fundo da sala, Ky dava dicas em tempo real usando um quase imperceptível microfone para se comunicador com o professor, que tinha um receptor no ouvido. "Aprendi que, se cuidamos diariamente dos pequenos problemas, mesmo que pareçam insignificantes, eles não ficam grandes."
Os sinais da busca da excelência, da necessidade de esforço e do encanto do aprender estão em todos os lugares. Estão nas salas arrumadas e coloridas, estão nos corredores onde se pode ouvir tanto o som de jazz contemporâneo como obras clássicas e até música brasileira. "Sou louco pelo Brasil, especialmente pela Bahia."
As paredes dos corredores estão forradas de frases e ensinamentos de pensadores e escritores, como se fossem um livro aberto.
Assim, fica fácil explicar aquela cena na fila: se o livro entra vida das pessoas, as pessoas entram na vida dos livros.
PS - Uma ironia. Naquela escola, existe um professor baiano (Sabiá Silveira) que dá aula de capoeira. Ele transformou nossa luta-dança em fonte de ensinamentos sobre diversidade cultural, equilíbrio emocional, física e geometria. Ainda dá aula de português. Tive de viajar para tão longe do Brasil para ver o melhor uso da capoeira na educação.
Fonte: Gilberto Dimenstein, “Folha de S. Paulo”, Cotidiano, 27/3/2011.
Marcadores: Brasil, Dimenstein, educação
terça-feira, 8 de março de 2011 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 16:58 | 0 comentários
Jornalismo, internet, educação e legislação
O governador Eduardo Campos (PSB), responsável pela exoneração, afirmou que o respeito aos direitos humanos e à liberdade de imprensa embasou a decisão e defendeu o direito ao sigilo da fonte. "Nosso governo é transparente por princípio e por decisão política. Nós consideramos essencial à democracia o preceito constitucional segundo o qual é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional", disse.
***
Tramita no Senado uma proposta de emenda à Constituição (PEC 6/11) que quer tornar o acesso à internet um direito social do cidadão brasileiro. O senador Rodrigo Rollemberg, autor da proposição, pretende popularizar o acesso à rede, garantindo que o Estado seja provedor deste direito.
Na justificativa de apresentação da PEC, protocolada no último dia 2/3, o senador argumenta que a internet se tornou uma ferramenta importante para a formação pessoal, intelectual e profissional de todos os cidadãos. (...)
Segundo o estudo, no ensino fundamental, 17,2% dos alunos das escolas públicas usam a internet, enquanto que nas escolas particulares o número é de 74,3%. No ensino médio, o percentual de estudantes das escolas públicas com acesso à internet é de 37,3%, contra 83,6% nas escolas privadas.
Leia a notícia completa aqui.
Fonte: Idem.
Marcadores: educação, Internet, jornalismo, lei
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:59 | 0 comentários
Limeira fora de mais uma lista...
Uma resolução - número 38, de 29 de dezembro de 2010 – do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) é o mais recente indicativo da falta de prestígio ou de competência de Limeira junto ao governo federal. O documento apresentou os municípios contemplados na primeira chamada com creches do Programa Pró-Infância e com quadras escolares do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).
Em todo o país, 223 municípios receberão verba para a construção de 520 creches e 98 para 213 quadras. Segundo a Agência Brasil, São Paulo é o estado com o maior número de projetos atendidos: 103 creches.
Da região, foram contempladas com creches Americana (duas unidades), Amparo (1), Araras (2), Campinas (8), Cosmópolis (1), Engenheiro Coelho (1), Jaguariúna (1), Mogi-Guaçu (1), Mogi-Mirim (1), Nova Odessa (1), Paulínia (1), Rio Claro (3), Santa Bárbara d'Oeste (2) e Sumaré (2). Ou seja, quase todo mundo...
Araras (2), Rio Claro (1) e Santa Bárbara d'Oeste (1) ainda foram contempladas com verbas para quadras.
De acordo com a resolução, o processo seletivo foi realizado no último trimestre de 2010 pelo Ministério da Educação. Coordenador-geral de Infraestrutura Educacional do FNDE, Tiago Radunz explicou à Agência Brasil que “a seleção é feita com base no número de projetos inscritos e na demanda por vagas em creches que há naquela região”.
Ainda conforme a agência oficial do governo, essa primeira lista incluiu “municípios com mais de 50 mil habitantes e localizados em regiões metropolitanas”. Repare que o texto cita “e” (ou seja, os dois fatores juntos) e não “e/ou”, o que abriria a possibilidade de um ou outro fator ter sido considerado.
No entanto, basta verificar a lista de cidades mencionadas aqui para concluir que grande parte delas não faz parte de nenhuma região metropolitana – no caso, a de Campinas (RMC), formada por 19 cidades (a saber: Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d´Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo).
Engenheiro Coelho, com 10 mil habitantes, não se encaixa na faixa populacional prevista, embora faça parte da RMC (valeria então apenas um dos dois fatores)? Sendo assim, Limeira poderia estar na lista pois, mesmo fora de qualquer região metropolitana, tem mais de 50 mil habitantes – como Jaú (1), Lins (1), Matão (1) e São Carlos (2), contempladas com verbas para creches.
Alguém, portanto, poderia responder se Limeira ficou fora porque não inscreveu projetos (o fator incompetência) ou porque não teve os projetos selecionados (o fator falta de prestígio)?
Seja qual for a opção, é grave e triste.
Em tempo: a resolução do FNDE foi publicada no Diário Oficial da União no último dia de 2010, nas páginas 49 e 50. Para ver, clique aqui e aqui.
Já a reportagem da Agência Brasil pode ser vista aqui.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:55 | 0 comentários
O futuro do Brasil
O Ministério da Educação apresentou hoje o novo Plano Nacional de Educação. Ele fixa 20 metas para a próxima década. São elas:
Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.
Meta 2: Criar mecanismos para o acompanhamento individual de cada estudante do ensino fundamental.
Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.
Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.
Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade.
Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.
Meta 7: Atingir as médias nacionais para o Ideb já previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.
Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.
Meta 11: Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.
Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.
Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores.
Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.
Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.
Meta 17: Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.
Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.
Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Fonte: Agência Brasil
Marcadores: educação
segunda-feira, 19 de julho de 2010 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:03 | 1 comentários
10 dicas para uma boa educação
Praticamente uma semana depois do presidente Lula enviar ao Congresso um projeto de lei que proíbe os castigos físicos contra crianças (leia aqui e aqui), nada melhor do que ajudar a plantar a cultura da paz.
Para isso, recorri às dez dicas para evitar conflitos entre crianças, adolescentes e adultos citadas pelo Programa de Combate à Violência contra a Criança e o Adolescente, apresentado recentemente em Limeira.
1) Acalme-se! Respire fundo antes de chamar a atenção da criança. Evite discutir sob o efeito da raiva.
2) Converse sempre com a criança e o adolescente. Entender porque algo está acontecendo é o primeiro passo para que, juntos, encontrem a solução.
3) Jamais recorra a tapas, insultos ou palavrões. Devemos tratar a criança de maneira respeitosa.
4) Não deixe que outras preocupações (cansaço, raiva ou estresse) sejam descarregadas na criança ou adolescente.
5) Converse sentado, somente com os envolvidos na discussão. Isso contribui para uma melhor comunicação.
6) Mantenha um tom de voz baixo e calmo, segure as mãos da criança enquanto você conversa, porque o contato afetuoso ajuda a gerar maior confiança e acalma a criança.
7) Considere sempre as opiniões e idéias da criança ou adolescente. Eles têm direito à liberdade e expressão e opinião.
8) Elogie quando a criança ou adolescente se comportar bem e quando não. Ao invés de dizer “você é um desastrado, nunca faz nada direito”, que tal tentar “Olha o que acaba de acontecer, como podemos evitar que aconteça de novo?”.
9) Busque expressar de forma clara quais são os comportamentos que aborrecem. Explique o motivo de suas decisões.
10) Se sentir que errou, peça desculpas à criança e ao adolescente. Eles aprendem com nossas atitudes.
E só para lembrar: o artigo 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) diz que “é dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”.
quinta-feira, 8 de julho de 2010 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:13 | 0 comentários
O ensino em Limeira e o desafio brasileiro
Quanto mais difícil o ensino fica, menor é o nível de conhecimento dos alunos no Brasil. É o que revelou o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgado recentemente pelo Ministério da Educação (MEC). Feito a cada dois anos, ele aponta a qualidade do ensino no país a partir de dois conceitos: aprovação e desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. As notas variam de zero a dez (leia mais aqui).
Na região, o cenário não foge à regra nacional. Estudantes da 8ª série/9° ano do ensino fundamental têm nota inferior aos do chamado primeiro ciclo (4ª série/5° ano). Nas duas faixas, houve evolução em Limeira (após uma queda em 2007), Americana, Piracicaba, Araras e Rio Claro.
No primeiro ciclo, os melhores desempenhos são de Americana e Araras (notas 6,1 e 6,0 respectivamente). Piracicaba, Rio Claro e Limeira estão juntas com 5,6.
4ª série/5° ano
Cidade .......... 2005 .......... 2007 .......... 2009
Americana ....... 5,2 ........... 5,3 ............ 6,1
Piracicaba ....... 4,9 ........... 4,9 ............ 5,6
Araras ........... 5,2 ........... 5,2 ............ 6,0
Rio Claro ........ 5,1 ........... 5,3 ............ 5,6
Limeira ......... 5,3 ........... 5,1 ............ 5,6
No segundo ciclo, Araras e Rio Claro têm as melhores notas (4,9). Limeira aparece em seguida, com 4,8. Americana tem 4,7 e Piracicaba 4,5. Considerando as duas faixas, pode-se dizer que Araras tem o melhor ensino da região – ou que ao menos seus alunos têm os melhores desempenhos.
8ª série/9° ano
Cidade .......... 2005 .......... 2007 .......... 2009
Americana ....... 4,5 ........... 4,7 ............ 4,7
Piracicaba ....... 3,8 ........... 4,2 ............ 4,5
Araras ........... 4,3 ........... 4,4 ............ 4,9
Rio Claro ........ 4,7 ........... 4,7 ............ 4,9
Limeira ......... 6,4 ........... 4,5 ............ 4,8
No caso de Limeira, a nota do primeiro ciclo está dentro da meta (5,6) fixada pelo MEC – a da rede municipal é ainda maior (5,7). No segundo ciclo, porém, o cenário é outro. A nota dos alunos limeirenses está bem distante da meta (vale lembrar que este ciclo é oferecido apenas pela rede estadual).
4ª série/5° ano
Ano .......... Nota .......... Meta
2005 ......... 5,3 ............. ---
2007 ......... 5,1 ............. 5,3
2009 ......... 5,6 ............. 5,6
2011 ........................... 6,0
2013 ........................... 6,2
2015 ........................... 6,5
2017 ........................... 6,7
2019 ........................... 6,9
2021 ........................... 7,1
8ª serie/9° ano
Ano .......... Nota .......... Meta
2005 ......... 6,4 ............. ---
2007 ......... 4,5 ............. 6,5
2009 ......... 4,8 ............. 6,6
2011 ............................ 6,8
2013 ............................ 7,0
2015 ............................ 7,3
2017 ............................ 7,4
2019 ............................ 7,6
2021 ............................ 7,7
A educação é o grande desafio brasileiro no século 21 (até porque a melhoria do ensino provoca impactos positivos na saúde, na segurança e no emprego). Só ela poderá garantir o salto de qualidade e desenvolvimento de que o país necessita.
Para se ter uma ideia, a Coreia do Sul registrou em 2007 um total de 7.061 patentes, 18,8% a mais do que no ano anterior. Ficou em quarto no ranking mundial. A China somou 5.456 registros (sétimo lugar no ranking), uma alta de 38,1%, segundo dados da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI).
O Brasil ficou num modesto 24° lugar, com 384 patentes naquele ano – 14 vezes menos do que a China e 18 vezes menos que a Coreia do Sul (leia mais aqui). Há 30 anos, Coreia e Brasil estavam no mesmo patamar. O que garantiu o salto da primeira foi o investimento em... educação.
No Brasil, a falta de mão de obra qualificada até em funções básicas, como a de pedreiro, e o déficit de profissionais, como engenheiros, indicam que o ensino é, talvez, o grande gargalo estrutural que dificulta um crescimento maior da economia. Um gargalo que parece ter surgido do dia para a noite, já que durante anos falou-se somente na necessidade de investimentos em infraestrutura de transporte e energia, por exemplo.
Apenas como exemplo do abismo em que o Brasil se encontra, “cerca de 30 mil engenheiros saem das universidades por ano. Na Coreia do Sul, este número chega a 80 mil. Na China são 400 mil engenheiros por ano e na Índia 250 mil”, informou recentemente a Agência Brasil (leia aqui). Ressalvando o tamanho das populações, de cinco a seis vezes maior na China e Índia do que no Brasil, ainda assim o número brasileiro é muito pequeno.
Portanto, o desafio está colocado.
Sobre este assunto, o ministro da Educação, Fernando Haddad, concedeu uma interessante entrevista esta semana à rádio CBN comentando os resultados do Ideb – que tem como um de seus méritos o fato de estabelecer metas de melhoria do ensino.
Marcadores: Brasil, China, Coreia do Sul, educação, ensino, Fernando Haddad, Ideb, Limeira, ministério