domingo, 31 de agosto de 2014 | | 0 comentários

2ª Bienal de Fotografia de Lima (Peru)

Lima sedia desde abril a 2ª Bienal de Fotografia. O evento, espalhado em 21 pontos da capital peruana, teve como um dos destaques o Brasil. A galeria “Pancho Fierro”, no centro histórico, abriga 86 imagens da fotografia modernista brasileira da coleção Itaú Cultural. Muitas exibem uma íntima ligação com a arquitetura, que teve no modernismo um dos seus momentos de glória no Brasil.

Estão lá nomes como Paulo Pires, Ademar Manarini, José Yalenti, Geraldo de Barros e Thomas Farkes.

“Nos interessava ter uma mostra da fotografia brasileira, o Brasil para nós é um vizinho muito importante, talvez mais em termos de comércio e turismo, e há certas similaridades, como com todos os países sul-americanos, mas há algumas diferenças em alguns casos, como no caso da fotografia. Neste caso, a fotografia modernista brasileira entre os anos 50 e 70 é muito distinta do que tínhamos nessa época na fotografia peruana. Então é um espelho interessante para que os fotógrafos peruanos possam ver como houve uma história distinta na fotografia do Brasil”, diz o curador Carlo Trivelli.



  
A bienal traz também fotos documentais, artísticas e contemporâneas de fotógrafos peruanos e internacionais. Num outro espaço, também no centro, o destaque é o fotolivro latino-americano com imagens da venezuelana Caracas, da cubana Havana e de São Paulo, por exemplo. 

 


Também chama a atenção o trabalho do fotógrafo Shahidul Alam, de Bangladesh. Suas fotos impressionam pela plasticidade e o caráter de denúncia social. A riqueza de detalhes ressalta, por exemplo, a expressão sofrida de muitos rostos.

 


  
Já no centro cultural da PUCP, os visitantes podem conferir uma mostra antológica com trabalhos de Roberto Fantozzi.








E num outro espaço, as fotos de Luz María Bedoya, artista plástica e fotógrafa peruana que retrata de modo intimista as relações do homem com o espaço. “Meu trabalho trata de investigar problemas vinculados ao espaço, tanto urbano como natural. A cidade, a costa peruana, o deserto, e fazer um vínculo entre eles e a linguagem verbal como um instrumento que permite desmontar a experiência que temos das coisas. Creio que é uma maneira de compreender e entender as coisas que temos ao redor”, diz ela.


 
  
Ao todo, serão mais de 30 exposições na bienal. A expectativa dos organizadores é superar os 250 mil visitantes da primeira edição. A programação segue até o dia 22 de agosto e a entrada em todos os recintos é livre.

* Texto originalmente escrito para o programa "Mais Cultura" (TV Cultura, seg. a sex., 13h)

sexta-feira, 29 de agosto de 2014 | | 0 comentários

Frase

“Carlitos é o meu herói. E acho que hoje, depois de cem anos, ele ainda está vivo. Ainda é uma inspiração para todos. Ele representa uma forma de resistência à autoridade. Acho que todos precisam disso, de alguma forma. Todos precisam desafiar um pouco as estruturas.
Geraldine Chaplin, filha de Charles Chaplin, em entrevista ao UOL

quarta-feira, 27 de agosto de 2014 | | 0 comentários

Sobre a barba alheia

Confesso que nunca tinha pensado na barba como um símbolo político - embora isto seja mais do que evidente. Tampouco havia imaginado como a barba (e de resto as vestimentas e outros acessórios) mudou ao longo das décadas e séculos conforme não apenas os padrões sociais, mas também (e talvez acima de tudo) em razão de aspectos políticos.

Quem apresentou a questão foi Marcelo Coelho em artigo na "Folha de S. Paulo", publicado neste 27/8/14, ao constatar a volta da moda das barbas longas:

(...) A volta da barba grande coincide, não sei se por acaso, com o retorno a táticas mais violentas de protesto. Assim como as balaclavas, a barba corresponde ao desejo de dificultar a identificação policial. 

Passemos, terá dito alguém, da teoria à prática! Dos contestadores com rosto de anjo, dos atletas de brinco e dos skatistas críticos do sistema, transita-se para uma versão mais enfezada e radical. (...)

terça-feira, 26 de agosto de 2014 | | 0 comentários

Trabalhando...

Homens gostariam de trabalhar menos para dar mais atenção à família:


A expressão “homem com ‘H’” pode estar com os dias contados:

| | 0 comentários

"Ricos meninos pobres"

Em sua autobiografia "O Filho do Trapeiro", Kirk Douglas escreveu: "Meus filhos não tiveram a vantagem que eu tive. Nasci pobre". Kirk, filho de judeus russos, tinha 30 anos quando fez seu primeiro filme. Isso foi em 1946. Mas, dois ou três filmes depois, tornara-se um astro de Hollywood e seus meninos já nasceram com uma colher de prata na boca.

Reportagem de Flávia Barbosa, correspondente de "O Globo" em Washington, publicada há dias, descreve como alguns dos homens mais ricos dos EUA decidiram legar grande parte de sua fortuna a projetos de caridade, pesquisa e educação, deixando aos filhos apenas um trocado para o bonde e o cafezinho - para obrigá-los a descobrir e investir em suas capacidades, em vez de se contentarem com a profissão de herdeiros. (...)

Fonte: Ruy Castro, “Folha de S. Paulo”, Opinião, 22/8/14, p. 2 (íntegra
aqui).

| | 0 comentários

Nós e os outros - gratidão e raiva

Um guerreiro da luz nunca esquece a gratidão. Durante a luta, foi ajudado pelos anjos; as forças celestiais colocaram cada coisa em seu lugar, e permitiram que ele pudesse dar o melhor de si.

Os companheiros comentam: "Como tem sorte!". E o guerreiro às vezes consegue muito mais do que sua capacidade permite. Por isso, quando o sol se põe, ajoelha-se e agradece o Manto Protetor a sua volta. 

Sua gratidão, porém, não se limita ao mundo espiritual; ele jamais esquece os amigos, porque o sangue deles se misturou ao seu no campo de batalha. 

Um guerreiro não precisa que ninguém lhe recorde a ajuda dos outros; ele se lembra sozinho, e divide com eles a recompensa.

Fonte: blog do Paulo Coelho, “Um guerreiro da luz nunca esquece a gratidão”, postado em 25/8/14.

***

Nilton Bonder nos comenta sobre os altos custos de um conflito com o próximo. "Odiar o outro é desenvolver uma forma de dependência".

Criamos uma situação que - embora não seja clara para nós, já que estamos com raiva - termina por dar ao adversário um enorme poder sobre tudo o que fazemos. O resultado é o estabelecimento de laços que irão persistir por muito tempo. 

"Temos que ser muito cuidadosos com o envolvimento dos outros em nossas vidas. Se alguém nos causa repulsa ou raiva, e real­mente queremos estar o mais longe possível desta pessoa, tudo que temos que fazer é não odiá-la. Se nos permitimos cair na armadil­ha de rancor, principalmente das rixas, viveremos a ingrata experiência de ter esta pessoa sempre próxima de nós", diz Bonder.

Fonte:
blog do Paulo Coelho, “As armadilhas da raiva”, postado em 26/8/14.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014 | | 0 comentários

100 anos do canal que mudou o destino de um povo


O famoso Canal do Panamá completa hoje 100 anos de atividade.

Em novembro de 2013 estive lá gravando uma reportagem para a TV Cultura. O material resultou numa reportagem para o programa "Matéria de Capa", que pode ser vista aqui.

Leia também no blog "Piscitas - travel & fun" mais sobre o Panamá e especificamente sobre o canal.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014 | | 0 comentários

Frase

“Uma criança não é palestina ou israelense. Uma criança é uma criança.”
Henry Sobel, rabino, no documentário “Henry Sobel – Luz e sombras de um rabino

| | 0 comentários

Pode isto, Arnaldo?

(...) Um sujeito usa a rede do Planalto e não deixa a impressão digital? Admitamos que uma pessoa resolva fazer isso para transmitir dados confidenciais, segredos de Estado. A Chelsea Manning e o Edward Snowden contrabandearam segredos, mas não usaram a rede do Estado para passá-los adiante. (...) O que seu governo diz é que não rastreia permanentemente as comunicações de sua rede. Esses dados precisam ficar armazenados pela eternidade, não por seis meses.

Senhora, a segurança de suas comunicações está bichada. Além da necessidade do rastreamento e do arquivo, nenhum servidor público pode tratar de assuntos oficiais com endereços eletrônicos privados. Faço-lhe uma confidência, há funcionários do seu palácio que, além de manterem endereços privados, armazenam assuntos de Estado na memória de seus computadores pessoais, sem passá-los aos arquivos oficiais. Acham que estão seguros porque podem apagá-los. São tolos. Apagar disco é tarefa complexa e demorada. Se por acaso o computador vai para oficina, um curioso esperto pode extricar do disco quase tudo o que foi apagado. Ademais, arquivando em computadores pessoais informações do Estado, cometem uma infração. (...)

Fonte: Elio Gaspari, "De Obama@edu para Dilma@gov", Folha de S. Paulo, Poder, 13/8/14.

| | 0 comentários

Trabalhando...

Globalização da beleza impulsiona cirurgias plásticas:



Aplicativo que permite compartilhar segredos pode ser proibido no Brasil:

| | 0 comentários

Sobre o politicamente correto

(...) Ao contrário de outros defensores do humor sem patrulhas, não vejo o politicamente correto como o inimigo a ser esmagado. Prefiro descrevê-lo como o efeito colateral de um movimento civilizador, que foi a mobilização da sociedade para conter seus impulsos racistas e sexistas. É claro que o fato de o PC (politicamente correto) ter uma origem bacana não elimina a necessidade de combater seus exageros.

Se há algo tão ruim quanto uma pilhéria de gosto duvidoso, é perder a capacidade de rir das incongruências do mundo. A diferença é que, enquanto a primeira tende a ser resolvida com o silêncio que reservamos às piadas sem graça, a falta de humor priva a vida de seus sabores.

Fonte: Hélio Schwartsman, "Juventude carrancuda", Folha de S. Paulo, Opinião, 13/8/14, p. 2.

| | 0 comentários

Perda nacional

Com a morte de Eduardo Campos, o Brasil perde indiscutivelmente um jovem e promissor político.

* Leia também:

- Campos, questões, discussões

terça-feira, 12 de agosto de 2014 | | 0 comentários

"O mágico de Oz"

O filme que considero mais encantador e que marcou minha infância faz 75 anos!

Sempre que o vejo na TV, assisto novamente. E assim farei quantas vezes puder. 



Lembre-se que a coragem, o coração e a consciência moram dentro de você.

Ah, e não esqueça de seguir o caminho de pedrinhas amarelas...

segunda-feira, 11 de agosto de 2014 | | 0 comentários

Só greve pode salvar o futebol brasileiro

O Bom Senso FC divulgou na semana passada uma dura nota contra a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), provocando seus principais dirigentes, em razão da divulgação do calendário 2015.

Ao ler a nota, reforcei uma convicção que alimento há tempos: só uma greve geral pode salvar o futebol brasileiro. E isto está nas mãos exclusivamente dos atletas.

Pode soar radical, mas para certas situações na vida apenas medidas extremas são cabíveis.

Abaixo a nota:

Marin e Del Nero 7 x 1 Futebol Brasileiro

O Calendário de 2015 também tomou de 7 a 1, e ainda tem gente comemorando o gol de honra
 
Aos 7:
1 - O calendário não foi reestruturado, foi apenas espremido. Com os campeonatos iniciando em 1º de fevereiro e terminando em 6 de dezembro, os clubes jogarão praticamente as mesmas datas em menos dias. 
2 - Qualquer reestruturação significativa do calendário trataria de resolver a sua maior deficiência: a escassez de jogos dos clubes do interior. A maior parte dos clubes pequenos continua jogando menos de 20 partidas oficiais por ano, ao longo de pouco mais de três meses - o que significa desemprego para cerca de 12 mil jogadores de futebol. 
3 - O formato de nenhuma das competições significativas foi alterado. Assim, um grande clube pode continuar fazendo inacreditáveis 84 partidas oficiais por ano, 43% a mais que qualquer clube alemão. Vale lembrar que o campeonato alemão tem média de público nos estádios três vezes maior que a nossa. 
4 - Nas datas FIFA não há jogos de clubes, mas os há na véspera destas datas. Assim, a Seleção joga partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo em terças-feiras e há jogos de clubes no Campeonato Brasileiro às quartas-feiras, por exemplo. Então basta torcermos para que nossos clubes não tenham jogadores de alto nível para não serem convocados, certo? Ou, em caso de tê-los, vemos o nosso campeonato enfraquecido sem a presença dos principais atletas em datas importantes. Ainda não entendemos como os patrocinadores e os próprios clubes admitem isso. 
5 - O horário dos jogos continua fora da pauta. Vemos o metrô mudar os seus horários, mas não vemos a CBF zelar pelo bem daqueles que de fato sustentam o futebol, os torcedores. Conforme a audiência diminui, em breve veremos nossos campeonatos na sessão Coruja. 
6 - Estabelece-se um limite de 65 jogos anuais por atleta em competições organizadas pela CBF e Federações. Esta é a famosa medida "me engana que eu gosto". De onde veio este número 65, CBF? Quantos atletas disputaram mais que 65 jogos no ano passado? Já falamos algumas vezes: não se trata de limitar o número de jogos dos atletas; é preciso organizar o calendário em torno dos clubes. Deixar um atleta impedido de jogar não oferece tempo de treinamento para o aperfeiçoamento técnico e tático da equipe. 
7 - Grande parte das rodadas do Campeonato Brasileiro continuam sendo em meios de semanas, quando seria mais interessante que todos elas, ou pelo menos a grande maioria, fossem em fins de semanas. 
Ao 1: 
- O quase mês de pré-temporada não foi inserido pensando na modernização do futebol brasileiro, qualificando-o tecnicamente, mas sim pensando no próprio umbigo, uma vez que a audiência do futebol no mês de janeiro tem caído vertiginosamente. 
Bom Senso Futebol Clube 
Por um futebol melhor para todos

sexta-feira, 8 de agosto de 2014 | | 0 comentários

Frase

“Só os bons amigos têm a coragem de corrigir os erros de quem ama. Falam-lhe com carinho, mas sinceridade.”
Ives Gandra da Silva Martins, jurista, em "Reflexões sobre a vida"

quinta-feira, 7 de agosto de 2014 | | 0 comentários

"Para la memoria"

Con la carroña apiñada, los nudos de otra madera 
Apuran chispas hirientes y encienden lumbres de ojeras 
Cargando en ancas los hombros van se quedando los años 
no se han cerrado las puertas ni las heridas de antaño. 

Fantasma viejo y roído, capullo de los rosarios 
cuando se postran las sombras detrás del abecedario 
si lapidando al poeta se cree matar la memoria 
que más le queda a esta tierra que va perdiendo su historia 

Es la sutil diferencia de un cromatismo de negros 
lo que separa el anverso en la palma del mismo dueño 
cual si eso fuera importante en una caligrafía 
dejando sentado en blanco cosas que el negro diría... 

Surten menguar las ideas pues que se frena la clara 
con dos monedas de cobre cubriéndome la mirada, 
Cargando en ancas los hombros se van quedando los años 
no se han cerrado las puertas ni las heridas de antaño. 

Camino al sol, que hace la sombra de todo igual 
si al estrujar el viento contra un pecho labriego 
ya no hay heridas que marquen los brazos de un hombre entero 
ni hay canciones que apañen lo que no guarda en el pecho. 


(De Ignacio Hurban)

| | 0 comentários

Provocações

Do filósofo Hélio Schwartsman, em coluna na “Folha de S. Paulo”:

Outra coisa incrível nessa novela é descobrir que existem jovens que defendem teses esdrúxulas como foquismo e revolução socialista, entre outras utopias regressivas desabonadas pela história.

São o comunismo, o socialismo e afins “teses esdrúxulas” e “utopias regressivas desabonadas pela história”?

| | 0 comentários

Pitacos político-eleitorais

- Li na “Folha” que apenas três empresas – JBS (Friboi), Ambev (bebidas) e OAS (construtora) – doaram 65% do financiamento das campanhas para presidência da República até aqui.

Reafirmo meu pensamento: nenhum político será digno do meu voto a partir de 2014, tampouco capaz de promover as mudanças de que o Brasil necessita, enquanto o sistema político-eleitoral brasileiro não mudar (o que provavelmente exigirá uma revolta).

Não é plausível crer que três empresas doem milhões para os candidatos sem esperar nada em troca, até porque afinidade não há - nem política nem ideológica, é pragmatismo mesmo, troca de favores (a JBS, por exemplo, doou R$ 5 milhões para a campanha da presidente Dilma Rousseff, do PT, e outros R$ 5 milhões para a de seu principal opositor, o senador Aécio Neves, do PSDB).

- Quando estourou o escândalo do “mensalão”, o então presidente Lula apressou-se para dizer que o PT fizera “apenas” caixa dois, o que “todos os partidos fazem”. Agora, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que combinar depoimentos numa CPI, como a da Petrobras, “vem desde Pedro Álvares Cabral”.

Ambos falaram a verdade, só ignoraram dois fatos: 1) do PT, o partido que empunhou durante duas décadas a bandeira da ética e da moralidade e colocou o dedo na cara dos adversários, esperava-se outro tipo de atitude; e 2) é para mudar o que “todos fazem” e o que se faz “desde Pedro Álvares Cabral” que os políticos são eleitos.

Certa vez, assisti a uma palestra de um jurista que fez a seguinte colocação: o fato do seu vizinho sair todos os dias na contramão lhe dá o direito de fazer o mesmo, cometendo uma infração?

A resposta é óbvia e deveria servir de lição para os Lulas e Bernardos da vida...


Em tempo (acrescentado em 11/8): a explicação para o apoio da JBS, por exemplo, pode ser encontrada na notícia de que a empresa recebeu do BNDES (leia-se do governo federal) nada menos do que R$ 10 bilhões para se transformar na gigante da carne no Brasil.

Toma lá, dá cá...

quarta-feira, 6 de agosto de 2014 | | 0 comentários

"A Ópera da Lua" por "osgemeos"

Um cenário de sonho, colorido, psicodélico e lúdico, acompanhado de uma trilha sonora envolvente. 

É a mais recente exposição dos irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo, mundialmente conhecidos como "osgemeos".

A mostra "A Ópera da Lua" ocupou três ambientes da Galeria Fortes Vilaça, na Barra Funda. O primeiro, um amplo salão todo decorado com pinturas e peças.














O segundo espaço abrigou "o gigante", um típico personagem de "osgemeos" que trazia na barriga uma apresentação também psicodélica.




Por fim, uma casa, tipo barraco, decorada com a simplicidade e a força visual da dupla.





Entre os espaços, peças para distrair e alegrar.






Simplesmente empolgante!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014 | | 0 comentários

O que não vi do Templo de Salomão

Cobrir a inauguração do Templo de Salomão - a nova sede mundial da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) - foi, digamos, um exercício de antijornalismo.

A imprensa foi monitorada, cercada e vigiada durante todo o evento, que se deu obviamente do lado de dentro do novo templo, enquanto os jornalistas foram obrigados a acompanhar tudo do lado de fora, por meio de duas televisões.

Logo na chegada ao templo, a imprensa era recebida por uma espécie de guia, reunida em grupos de cinco pessoas (repórteres, fotógrafos, cinegrafistas e auxiliares) e encaminhada ao local de onde deveria acompanhar a cerimônia – um pequeno espaço demarcado por grades na lateral esquerda do templo, ao lado de uma espécie de gruta chamada pela igreja de cenáculo.

Dali ninguém podia sair. Em tese, a saída era até permitida, mas ouvia-se um alerta: “Quinze minutos antes da presidente (Dilma Rousseff) chegar ninguém mais poderá entrar. Se você sair, corre risco de não poder voltar”. Ou seja: melhor ficar onde está.

Pedi a um assessor que vigiava o acesso ao local reservado à imprensa para ir alguns metros adiante porque, afinal, tínhamos que gerar para a emissora imagens externas do templo e a visão de onde estávamos se limitava a uma gigantesca parede lateral, vista muito de perto, o que reduzia o ângulo da câmera.

Pedido recusado.

O cinegrafista tentou, então, virar a câmera para a lateral a fim de captar algumas imagens do tal cenáculo. Foi impedido sob alegação de que “isto não é para hoje”, ou seja, a imagem na inauguração deveria mesmo se limitar à parede lateral e nada mais.

Um auxiliar quis ir ao banheiro, tendo sido acompanhado até a porta por um guia-segurança, que o aguardou e o trouxe de volta ao espaço da imprensa.

Ali, fotógrafos faziam cliques da tela das TVs enquanto a cerimônia ocorria dentro do templo.

Por fim, o púlpito reservado para um pronunciamento da presidente acabou se mostrando inútil, já que ninguém se dispôs a falar com a imprensa.

Na saída, após duas horas de evento e mais de três horas de “cobertura”, mais uma vez grupos eram formados, de modo que metade da minha equipe foi embora e eu teria que aguardar um novo grupo ser formando – o que, naturalmente, não fiz. Irritado, ignorei as ordens e acompanhei a equipe.

O guia, porém, estava lá, acompanhando-nos até a saída do templo.

Em tempo: antes do evento, um comunicado da IURD adiantava que imagens internas estavam proibidas e seriam cedidas pela TV Record, emissora à qual a igreja é ligada. Eu só não imaginava que até mesmo do lado externo a imprensa não poderia se movimentar.

Confesso que, mais do que frustração pelo trabalho limitado, saí de lá irritado – bem como outros colegas. A sensação era de ter sido convidado para uma festa da qual não pude participar. Cheguei a citar para um segurança da IURD se eles tinham convidado a imprensa para ficar vendo um muro...

Até compreendo que as relações da IURD com a imprensa são um tanto conflituosas, mas a falta de gentileza num evento como aquele gerou mal estar. Faltou, sem dúvida, sensibilidade dos organizadores e sobrou a impressão de que havia algo a ser escondido das lentes e olhares dos jornalistas.

* Leia também:

| | 0 comentários

Lições de jornalismo na Flip

(...) o colunista Clóvis Rossi disse que ir à rua é a melhor forma de exercer o jornalismo. "É a graça da profissão. O que me atrai mais nela é a possibilidade de ser testemunha ocular da história." (...)

Para Greenwald, o jornalismo que expõe dois lados só serve para consolar, e não tem valor. "Não há jornalistas sem opinião. A questão é se você as expõe ou finge que não as tem e engana seus leitores."

Fonte: Cristina Grillo, Fernanda Reis, Marco Rodrigo Almeida e Sylvia Colombo, “Debate sobre jornalismo domina quarto dia de festival literário”, Folha de S. Paulo, Poder (Ilustrada), 3/8/14.

* Leia também:

| | 0 comentários

Trabalhando...

Cuidado com as explosões de raiva:



Dados da economia dão um tom nada otimista ao Brasil: