terça-feira, 31 de dezembro de 2013 | | 0 comentários

Feliz 2014!

Quantas estradas um homem precisará andar
Antes que possam chamá-lo de homem?
Quantos mares uma pomba branca precisará sobrevoar
Antes que ela possa dormir na areia?
Sim, e quantas balas de canhão precisarão voar
Até serem para sempre banidas?

A resposta, meu amigo, está soprando ao vento
A resposta está soprando ao vento

Sim, e quantos anos uma montanha pode existir
Antes que ela seja dissolvida pelo mar?
Sim, e quantos anos algumas pessoas podem existir
Até que sejam permitidas a serem livres?
Sim, e quantas vezes um homem pode virar sua cabeça
E fingir que ele simplesmente não vê?

A resposta, meu amigo, está soprando ao vento
A resposta está soprando ao vento

Sim, e quantas vezes um homem precisará olhar para cima
Antes que ele possa ver o céu?
Sim, e quantas orelhas um homem precisará ter
Antes que ele possa ouvir as pessoas chorar?
Sim, e quantas mortes ele causará até saber
Que pessoas demais morreram

A resposta, meu amigo, está soprando ao vento
A resposta está soprando ao vento?

(“Blowin’ in the Wind”, de Bob Dylan, em tradução da letras.mus.br)


Recentemente, fui convidado para participar do programa "Tribuna Independente", da Rede Vida, apresentado por Dalcides Biscalquin. Na ocasião, o convidado foi o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), autor e entusiasta da lei da renda básica cidadã. 

Ao final da entrevista, sabendo que o senador é conhecido pela cantoria na tribuna do Senado, pedi que ele cantasse. Sugeri que escolhesse uma música que simbolizasse o ano de 2013 e/ou indicasse desejos para 2014. 

A música escolhida - cujo refrão final tivemos que cantar juntos, por determinação dele - é a que ilustra esta postagem de encerramento do ano. 

A canção, famosa na voz de Bob Dylan, diz muito sobre um período em que a humanidade sonhou e lutou por ideais. Que seja inspirador para o Ano Novo!

* Foto de Paulo Galvão

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013 | | 0 comentários

Frase

“É preciso quebrar essa lógica silenciosa que perpetua o fracasso.”
Raul Henry, deputado federal, em entrevista à revista “Veja” (edição 2.351, ano 46, número 50, 11/12/13, p. 21, 24-5)

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Mais de São Paulo em fotos

Um especial feito no feriado de 15 de Novembro, data da proclamação da República. Fiquei procurando um prédio meio antigo para gravar a passagem, o momento da reportagem em que o repórter aparece. E, num feriado, quase nada consegui. Restou mesmo o fundo do Teatro Municipal.







E às vezes o "nada", ou nada de especial, rende imagens bonitas. É o caso da foto abaixo:


Na prefeitura paulistana, a fachada institucional e a arte do hall:



Uma esquina famosa (e são tantas em São Paulo...):


... a cidade dos arranha-céus:


E das igrejas (apenas três entre tantas):




Prédios de estilo clássicos (atenção: isto não é uma definição arquitetônica), no Centro:



E os populares do Cingapura, feitos sem nenhuma preocupação estética, mas que ganharam vida com a arte do grafite:


Por fim, uma São Paulo vista do alto, com seus conhecidos contrastes: um mar de concreto com pequenas ilhas verdes (sobreviventes), o cinza predominante com cores borradas aqui e acolá:


PS: fotos foram acrescentadas e texto modificado em 28/1/14.

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Uma visão estrangeira sobre a Copa no Brasil

Sou velho o bastante para não precisar do YouTube para reviver a mágica do Brasil na Copa de 1970. Tenho as imagens gravadas na cabeça. A sutileza de Tostão, a exuberância de Jairzinho, a fúria alegre de Rivellino, o gênio felino de Pelé, a mente sinfônica de Gérson. Consigo ver, agora mesmo, o gol que Carlos Alberto marcou na final contra a Itália, Clodoaldo superando quatro jogadores em seu campo de defesa, passando a bola para Rivellino, que a dá a Jairzinho, que a bate para Pelé, que a desliza, tão casualmente como um leão lambendo a pata, para Carlos Alberto, que a atira na rede com força imbatível. E tanto, tanto mais, especialmente as gloriosas, espetacularmente inventivas e inesquecíveis bombas de Pelé que por pouco não acertaram o alvo contra o Uruguai e a Checoslováquia.

Não importa sua idade, não importa onde tenha nascido, se você leva a sério o futebol, terá visto imagens em preto e branco do Brasil vencendo a Copa do Mundo em 1958 e 1962, do time que deveria ter ganhado em 1982, mas, cruelmente, não o fez. Nomes como Garrincha, Sócrates, Zico, Ronaldo e Ronaldinho evocam sorrisos instantâneos de Madagascar a Manchester, da Cidade do Cabo à Cidade do México. Todos sabem o significado das duas palavras brasileiras "jogo bonito", e, mesmo que o Brasil já não apareça há algum tempo com um time que emocione o mundo como a seleção fazia, nunca perdemos a fé. Vimos o surgimento de um jogador como Neymar e ansiamos por acreditar que, mais uma vez, o Brasil iluminará o planeta, surpreendendo-nos com novas variações inimagináveis do velho, velho jogo.

Falava sobre isso outro dia com um amigo na cidade onde o jogo foi inventado, há um século e meio. Estávamos em uma rua de Londres e chovia, mas nosso entusiasmo era tamanho que não percebemos que começávamos a ficar molhados. "Mesmo quando eles são uma porcaria, nós os adoramos!", exclamou meu amigo. "O Brasil é sempre o segundo time de todo mundo em uma Copa." Foi por isso que nós dois ficamos alarmados com a notícia que vínhamos escutando havia algum tempo de que um número grande de brasileiros teria preferido que seu país não sediasse o torneio no ano que vem, que alguns estariam planejando realizar protestos — até tumultos — quando os jogos começassem. Como isso pode acontecer? O futebol é o maior fenômeno social da humanidade, o principal tema das conversas planetárias, e, fora das fronteiras do Brasil, o consenso é absoluto: não pode haver lugar mais adequado para celebrar a maior festa de futebol do mundo.

O que virá a seguir — Rússia, Catar — dificilmente provoca vibração. A Rússia é um país sombrio, com influências ocultas e desagradáveis de racismo e homofobia. Mas pelo menos tem uma tradição futebolística, ao contrário do Catar, que tem areia e dinheiro, gás e petróleo, mas pouco mais para excitar a alma. A Fifa parece estar fazendo o possível para destruir a Copa do Mundo; Brasil 2014 nos dá a esperança de que o evento sobreviverá fornecendo-nos o oxigênio necessário para manter a chama acesa além de 2022.

Claro, não é absurdo argumentar que o dinheiro dos estádios, os novos e os reformados, poderia ser mais bem gasto em escolas, hospitais e no transporte público. Mas razão não é o ponto aqui, da mesma maneira que não o é quando você decide convidar uma centena de pessoas para o casamento de sua filha. A fria lógica financeira diz que seria mais sábio esquecer a festa e comprar para o jovem casal um sofá, uma cama e utensílios de cozinha. Mas que tipo de concepção de vida humana é essa? Vivemos e morremos, o mundo está repleto de desapontamento, sofrimento e guerras, e, quando surge a oportunidade de fazer algo memorável e grande, algo que pode unir não apenas um país, mas toda a espécie humana, deixando uma feliz marca que permanecerá para sempre — como aconteceu com a Copa do Mundo de 1970, no México —, então certamente devemos aceitar isso com gratidão e alegria. A alternativa é comemorar a Copa do Mundo todas as vezes no Catar, onde dinheiro não é problema, onde se pode ter a certeza de que o povo nunca vai reclamar.

Isso não é alternativa, como sabem na África do Sul, onde morei durante anos e onde tenho passado muito tempo ultimamente. Ainda há alguns avarentos que insistem numa afirmação: sediar a Copa do Mundo ali em 2010 foi um desperdício criminoso de recursos estatais. Mas eles são uma elite intelectual desconectada. A grande maioria dos sul-africanos, não importa se vivem em casas com piscina ou em barracos de chapa ondulada, não julga a Copa do Mundo segundo critérios financeiros. Eles a enxergaram como uma chance de mostrar sua melhor face para o mundo, de se orgulhar de seu país, de convidar pessoas de todas as panes e de se divertir muito. Se virar o foco feliz da atenção mundial por um mês, se reforçar a marca nacional traria benefícios econômicos duradouros para os sul-africanos, porque não? É quase impossível quantificar tais coisas. O certo é que conceber sediar um evento de tal magnitude, seja a Copa do Mundo, sejam os Jogos Olímpicos, como um investimento econômico não é o curso inteligente. Você o faz porque quer fazê-lo, não porque precise fazê-lo. Você o faz por seu valor inerente, não em função do lucro ou prejuízo.

Se ainda há uma proporção significativa de brasileiros que, por razões totalmente racionais, é contra sediar a Copa do Mundo em 2014, bem, sinto muito. É tarde demais. O bonde já passou. Não há sentido em lamentações estéreis, nenhuma vantagem em estragar a festa para o resto das pessoas. A Copa é um presente do Brasil para a humanidade. Celebre-a com um sorriso generoso. Nós vamos nos divertir, seremos eternamente gratos e, se tivermos sorte e Neymar e companhia empregarem a mágica no velho modo brasileiro, nunca a esqueceremos.

Fonte: John Carlin, "Chega de lamentações estéreis", Veja, edição 2.351, ano 46, número 50, 11/12/13, p. 152-3.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013 | | 0 comentários

"A Terra vista do céu"

Durante dois meses, entre 15 de outubro e 15 de dezembro, paulistanos e turistas puderam conferir um trabalho fantástico em plena Avenida Paulista, no democrático vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo): trata-se da exposição itinerante “A Terra vista do céu”, do fotógrafo e ativista ambiental francês Yann Arthus-Bertrand. 

Segundo o site oficial da mostra, mais de 200 milhões de pessoas em 110 países já viram as fotos de Yann. Elas mostram a força e a fragilidade da natureza mundo afora, sempre de uma vista aérea, o que confere um novo sentido aos lugares fotografados. Eles ganham cores e movimentos dificilmente captados a partir do chão.

Ainda conforme o site oficial, a ideia da mostra – apresentada pela primeira vez no ano 2000 na França - surgiu durante a Eco-92, a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, ocorrida no Rio de Janeiro em 1992. Ao todo são 130 fotos, que “revelam um planeta incrivelmente belo e, ao mesmo tempo, frágil diante da degradação causada pelas ações do homem”.



Para fechar a visitação, em espaço aberto e gratuita, havia um planisfério de 200 metros quadrados feito no chão, sobre o qual as pessoas podiam caminhar. O mapa identificava todos os locais fotografados na mostra. Uma experiência interessante, que despertou a atenção de crianças e adultos.

E o planisfério combinava de modo contrastante e ao mesmo tempo harmonioso com a paisagem paulistana ao fundo.




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Frases do ano

A frase mais motivadora:

"Bola pra frente para ser milionário!"

A frase mais hipócrita:

"Você demonstrou estar convicto que eu não dou valor algum à sua amizade. Me limito a dizer que não é verdade."

A frase mais leal:

"´Tamo´ junto, brother!"

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"Dos que tanto amam odiar a imprensa"

Primeiro, eles acusavam a imprensa de ser um "partido de oposição" e pouca gente se incomodou. A acusação era tão absurda que não poderia colar. Numa sociedade democrática, relativamente estável e minimamente livre, os jornais vão bem quando são capazes de fiscalizar, vigiar e criticar o poder. O protocolo é esse. A normalidade é essa. Logo, o bom jornalismo pende mais para a oposição do que para a situação; a imprensa que se recusa a ser vista como situacionista nunca deveria ser atacada. Enfrentar e tentar desmontar a retórica do poder, irritando as autoridades, é um mérito jornalístico. Sendo assim, quando eles, que se julgavam aguerridos defensores do governo Lula, brandiam a tese de que a imprensa era um "partido de oposição", parecia simplesmente que os jornalistas estavam cumprindo o seu dever - e que os apoiadores do poder estavam simplesmente passando recibo. Não havia com o que se preocupar.

Depois, as autoridades subiram o tom. Falavam com agressividade, com rancor. A expressão "partido de oposição" virou um xingamento. Outra vez, quase ninguém de fora da base de apoio ao governo levou a sério. Afinal, os jornais, as revistas e as emissoras de rádio e televisão não se articulavam nos moldes de um partido: não seguiam um comando centralizado, não se submetiam a uma disciplina tipicamente partidária, não tinham renunciado à função de informar para abraçar o proselitismo panfletário. Portanto, acreditava-se, o xingamento podia ser renitente, mas continuava sendo absurdo.

Se os meios de comunicação tivessem passado a operar como partido unificado, com o intento de sabotar a administração pública, o que nós teríamos no Brasil seria um abalo semelhante ao que se viu na Venezuela em 2002.

(...) No Brasil, não tivemos nada parecido. Nossa imprensa, convenhamos, é preponderantemente de direita e, muitas vezes, apresenta falhas de caráter, algumas inomináveis, mas nunca se perfilou com a organicidade de um partido político. Por todos os motivos, a acusação continuava sem pé nem cabeça.

Mas o fato é que começou a colar e o cenário começou a ficar esquisito. Agora, as inspirações até então submersas daquela campanha anti-imprensa afloram com mais nitidez. (...) Na falta de uma oposição de verdade que pudesse servir de vilã cruel, na falta de um satanás mais ameaçador para odiar (a "herança maldita" de FHC não funciona mais como antagonista imaginária), querem fazer valer essa ficção ufanista de que o País vai às mil maravilhas, só o que atrapalha a felicidade geral é esse maldito partidarismo da imprensa. A tese pode ser doidona, mas está funcionando. Alguns quase festejam: "Viva! Achamos um inimigo para combater! Vamos derrotar os editores de política deste país!".

Deu-se, então, um fenômeno estranhíssimo: as forças instaladas no governo, como que enfadadas do ofício de governar, começaram a fazer oposição à imprensa. Dilma Rousseff jamais embarcou na cantilena, o que deve ser reconhecido e elogiado, mas está cercada de profetas que veem em cada redator, em cada fotojornalista, uma ameaça ao equilíbrio institucional. (...)

Fonte:
Eugênio Bucci, “O Estado de S. Paulo”, Opinião, 26/12/13, p. 2 (íntegra aqui).

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013 | | 0 comentários

Luzes & reflexos



 


 


Em tempo: as fotos foram tiradas nos shoppings Iguatemi, em Campinas, e Bourbon, em São Paulo.

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A diferença entre Pedro e Judas: erro e perdão

Todos nós somos capazes de atitudes sombrias. Erros graves, que afetam vidas de outros, com consequências terríveis.

Na Última Ceia, Jesus acusou, com a mesma gravidade – e na mesma frase – dois de seus apóstolos. Ambos cometeram os crimes previstos por Jesus. Judas Iscariotes caiu em si, e condenou a si mesmo. Pedro também caiu em si, depois de negar por três vezes tudo aquilo em que acreditava.

Mas, no momento decisivo, Pedro entendeu o verdadeiro significado do amor. Pediu perdão, e seguiu em frente, mesmo humilhado.

Ele também podia ter escolhido o suicídio. Ao invés disso, encarou o Senhor e seus apóstolos, e deve ter dito: “OK, falem do meu erro enquanto durar a raça humana. Mas deixem-me corrigi-lo”.

Pedro entendeu que o amor perdoa. Judas não entendeu nada.

Fonte: blog do Paulo Coelho, "Da negação", postado em 18/12/13.

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Frase

"(...) Se sou independente, é por necessidade e também com alguma dor. Os passos que caminhei não foram dados com a calma dos fortes, mas forçadamente. Não só porque sou indiferente aos modelos que me cercam. Meu caso não é de indiferentismo ou independência, é de solidão. E talvez seja isso que me garante uma certa objetividade. (...)"
Luiz Fernando Carvalho, diretor de televisão, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”

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Palavras numa mesa


terça-feira, 24 de dezembro de 2013 | | 0 comentários

Cidade provinciana (?!)

Programas como “Castelo Rá-Tim-Bum”, “Ilha Rá-Tim-Bum”, “Cocoricó” e mais recentemente “Quintal da Cultura” fizeram e fazem sucesso junto ao público infantil, ganharam prêmios nacionais e internacionais e deram à TV Cultura o selo de melhor emissora com programação infantil no país, mas minhas lembranças são um pouco mais antigas. Não, não assisti ao histórico “Vila Sésamo”, sou do tempo do “Bambalalão” (era fã da Gigi).

Depois veio “Munda da Lua” (alô Lucas Silva e Silva!). “Confissões de Adolescente” não vi, preferia mesmo “Mundos Incríveis”, ambos marcaram época – e gerações. Adorava e continuo apreciando o “Repórter Eco”, um dos pioneiros na TV em abordar um tema recorrente hoje em dia, ecologia e sustentabilidade. O “Roda Viva” era – e é – imperdível (lembro de uma entrevista do Sebastião Salgado). Ao “Matéria Prima” assistia com meu irmão, programa comandado por um tal Serginho Groisman (“Fala garoto!”). E a garotada falava livre e democraticamente.

Sonhando ser jornalista, desde pequeno curtia o “Vitrine”, com os bastidores da mídia. O “Grandes Momentos do Esporte” me apresentou nomes e momentos que eu só pude ver pela TV. Pela TV Cultura. Também acompanhava sempre o “60 Minutos”, um telejornal diferente, esteticamente bem acabado, leve e informativo na medida certa, que trazia uma novidade para a época, a figura do vídeo-repórter, hoje comum.

Sem falar no Campeonato Alemão, que começou por lá e revolucionou as transmissões esportivas com as supercâmeras, bem como o “Cartão Verde”, que introduziu nomes hoje consagrados no telejornalismo esportivo – eu vibrava com a conhecida “ranzinzice” do José Trajano.

Tal como eu, creio que milhares de limeirenses cresceram assistindo à TV Cultura. Uma emissora pública, mantida pelos impostos dos paulistas – os de Limeira incluídos. Infelizmente, por uma decisão unilateral da prefeitura, os limeirenses irão pagar para não ver. O governo Paulo Hadich (PSB), como já amplamente divulgado, decidiu tirar o sinal da Cultura para cedê-lo à TV Opinião, de Araras.

Desde já quero registrar que não tenho nenhuma oposição à tal TV ararense. Na democracia, todas as vozes devem ter espaço, ainda mais na mídia televisiva, uma concessão estatal. Não posso, contudo, deixar de engrossar o coro daqueles que lamentaram a infeliz decisão do governo Hadich de tirar o sinal da Cultura.

Não quero nem vou entrar no mérito da avaliação do governo. Até porque há alguns meses estou distante da cidade e tampouco este é o propósito deste artigo. Quero apenas manifestar o que senti e ouvi diante de tal decisão. Deixo claro que escrevo como cidadão. Embora atue como repórter da TV Cultura (com orgulho!), a decisão da prefeitura em nada afeta meu trabalho, visto que a emissora historicamente nunca se pautou pelas amarras do Ibope (e ainda que o fizesse, a medição da audiência não ocorre em Limeira).

Portanto, sinto-me livre para considerar um despropósito inexplicável a decisão de Hadich. Não há motivo técnico que justifique a exclusão de uma emissora com reconhecida programação de qualidade em detrimento do que quer que seja. No pouco tempo em que estou na Cultura, a emissora foi indicada ao Emmy Kids Award 2013 (o Oscar da TV na área infantil) com a série “Pedro & Bianca” e acaba de ganhar mais um prêmio pelo “Repórter Eco” como melhor programa nacional de meio ambiente.

Não sei qual seria a alternativa para abrigar eventualmente novos canais, mas alguma há de existir que não simplesmente a exclusão da Cultura – decisão tomada sem nenhuma discussão com a sociedade, o que não combina com um governo que se pretende transparente e democrático.

Como limeirense que nasceu nesta terra e sente orgulho de carregar o nome da cidade por onde vai (inclusive na TV Cultura), senti-me triste ao ouvir o comentário feito por uma colega de redação após saber da decisão do governo Hadich: “Coisa de cidade provinciana...”. Tive que calar-me. Não queria que minha cidade fosse vista deste modo, mas não há como ser diferente.

Conhecendo o prefeito Hadich, quero crer que tal decisão não tenha passado de um deslize, um desatino. Não creio que o prefeito jogaria no lixo o que lhe restava de popularidade neste primeiro ano de administração - embora tema que este governo possa ter caído na mesma armadilha de tantos outros, a de sobrepor questões políticas ao interesse comum. Falo isto porque sei, de bastidor e fonte segura, há pelo menos dois meses, da intenção da prefeitura de trocar o sinal da Cultura pelo da TV Opinião.

Corrobora tal sensação o fato da TV Opinião não ser conhecida especificamente por sua programação de qualidade, educativa e/ou voltada aos interesses limeirenses. Como também temo haver por trás da intenção desta emissora outras questões além da meramente midiática. Isto tudo somado, chego perto de me decepcionar com o governo. Não simplesmente pela exclusão da Cultura (um fato que seria por si só lamentável), mas por ter fortes indícios do que esconde esta decisão, algo que jogaria Hadich na vala dos comuns, dos políticos comuns (algo que definitivamente não é o que se esperava dele).

Escrevo estas linhas com dor no coração e com a tranquilidade e liberdade de quem falaria (se tivesse a oportunidade) tudo isto diretamente ao prefeito, como o fiz algumas outras vezes sobre outros assuntos, já que sempre pautei minha relação com ele pelo mais estrito respeito e consideração.

Até por isto, ainda espero que Hadich possa refletir melhor, reconhecer o erro e recuar. A humildade é marca dos fortes.

* Artigo enviado para publicação no "Jornal de Limeira"

domingo, 22 de dezembro de 2013 | | 0 comentários

Trabalhando...

Matéria sobre brigas no trânsito no minuto 27:45:


Matéria sobre o mercado de luxo no minuto 38:30:

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"A porta de saída do Bolsa Família"

O Bolsa Família, título que Lula deu ao conjunto de programas sociais herdados do governo FHC, completou dez anos de êxito. Na realidade, ao longo de mais de duas décadas, os programas de transferência condicionada de renda têm sido uma experiência vitoriosa em todo o mundo, embora sujeita a erros de interpretação. Um deles é rotulá-los de assistencialistas; outro é achar que criar empregos é a porta de saída para eliminar a dependência do benefício.

Tais programas começaram a ser pensados nos anos 1970, quando se provou a correlação positiva entre educação, produtividade e crescimento econômico. Este é maior quanto menor for a pobreza. Depois, a neurociência constatou que existe um período crítico durante o qual a criança se prepara para o continuado avanço no conhecimento. É aí que ela deve estar na escola.

A ideia inicial era assegurar uma renda mínima às famílias pobres. O pioneiro foi o economista americano Milton Friedman (1912-2006), um conservador. Mais tarde, evoluiu-se para condicionar a concessão do benefício à obrigação de pôr os filhos na escola e de levá-los aos postos de saúde para vacinação e outros cuidados. No Brasil, o programa surgiu em 1995, em Campinas e no Distrito Federal. Depois se espalhou por outros locais. No período FHC, recebeu o apoio federal. Ficou conhecido como Bolsa Escola.

A área acadêmica se interessou pelo assunto. Foi o caso do economista José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio. Ele mostrou que as famílias pobres dependiam do trabalho dos filhos para sua própria sustentação. As crianças não iam para a escola e por isso seriam os pobres de amanhã. E assim sucessivamente. José Márcio defendeu uma versão ampliada do Bolsa Escola, o que permitiria reduzir drasticamente a pobreza e a desigualdade. O círculo vicioso se interromperia. As famílias "receberiam" para retirar os filhos do trabalho e colocá-los na escola. José Márcio escreveu um texto com Francisco H.G. Ferreira que propunha a unificação dos programas existentes (o Bolsa Escola e outros como o Vale-Gás). O estudo, que deve ter inspirado o Bolsa Família, está no endereço http://www. econ.puc-rio.br/pdf/td443.pdf.

Além de ideias para evitar fraudes e desperdícios, o estudo abordava formas de assegurar a oferta de serviços públicos de saúde e educação. Lula tinha outra proposta, a do inviável Fome Zero, mas, a exemplo do que fizera em relação à gestão macroeconômica de FHC, resolveu manter os programas herdados e ampliá-los. Sábia decisão. Infelizmente, ainda não foi possível prover educação de qualidade às crianças abrangidas pelo programa.

O Bolsa Família atende 13,8 milhões de famílias ao custo relativamente baixo de 0,5% do PIB. Contribuiu para reduzir a pobreza e a desigualdade. Se receberem educação de qualidade, as crianças beneficiadas pelo programa se tornarão adultos capazes de chefiar famílias livres da pobreza. Por isso, esse é o único programa social autofágico.

Uma das consequências positivas do programa é permitir às mães abandonar o mercado de trabalho e dedicar-se aos seus filhos. Elas recebem os pagamentos mensais e gerenciam as despesas familiares. Assim, caiu a oferta de empregadas domésticas, o que é um bom sinal. Erra quem pensa que isso é ruim. O programa acelerou a transição natural observada em outros países, nos quais o acesso à educação permitiu às mulheres disputar melhores postos de trabalho, diminuindo o universo das que buscavam o emprego doméstico. A menor oferta provocou o aumento dos respectivos salários.

O Bolsa Família não é assistencialista. Seu objetivo é assegurar que as próximas gerações das famílias assistidas não sejam pobres. Quanto à saída, esta não é o emprego, pois os pais não têm habilitações para preencher as respectivas vagas. Tenderão a permanecer em trabalho de menor remuneração. A saída é preparar as crianças para futuramente disputarem o mercado de trabalho, o que exige o cumprimento da condicionalidade básica do programa, isto é, mantê-las na escola. Sem isso, a pobreza continuará a reproduzir-se e se terá garantido apenas uma renda mínima sem ascensão social das famílias. O desafio é a educação de qualidade.

Fonte:
Maílson da Nóbrega, “Veja”, edição 2.351, ano 46, número 50, 11/12/13, p. 34.

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Frase

“A noite é o palco das nossas grandes lembranças.”
Elcio Oliveira, vocalista da banda Terra Celta

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013 | | 0 comentários

"Flash back": a Kombi e o Mappin

As reportagens a seguir não são minhas, foram produzidas pelo repórter Carlos Bighetti. Fazem parte da série “Flash back”, exibida recentemente pelo “Jornal da Cultura” (seg. a sáb., 21h).

A primeira matéria fala sobre o histórico Mappin, que marcou época e revolucionou o varejo no Brasil:


A segunda reportagem fala sobre a Kombi, que está deixando de ser fabricada e também marcou época:


PS: o "brother" Danilo Fernandes vai curtir ambas, pela temática, edição e elaboração.

Em tempo: já parabenizei o Bighetti pessoalmente pela ideia da série e execução criativa, mas parabenizo-o também publicamente.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013 | | 0 comentários

Uma saída (séria) para a violência no futebol

Sobre o episódio de violência (mais um, apenas mais um...) no jogo entre Atlético-PR e Vasco na rodada final do Campeonato Brasileiro, em Joinville (SC), recomendo a leitura da entrevista do antropólogo Marcos Alvito à “Folha de S. Paulo”, em matéria assinada por Thais Bilenky.

Extraí três trechos apenas como degustação. Vale a pena ler na íntegra. 

Qualquer coisa além do que Alvito apresenta terá sido, mais uma vez, mero blá-blá-blá de autoridades.

Folha - O que o Brasil pode aprender com o policiamento britânico nos estádios?
Marcos Alvito - A Inglaterra tentou primeiramente a solução que o Brasil ainda procura adotar: escoltar torcedores, encarando-os todos como violentos. Chegou a um ponto, na época da Margaret Thatcher, de pensar em cadastrar os torcedores.

(...) Como evoluiu o modelo na Inglaterra?
A polícia continuou a tentar repreender com mais violência. Os estádios passaram a ser campos de concentração para torcedores enjaulados. Até a tragédia de 1989 [no estádio Hillsborough, em Sheffield, quando torcedores não conseguiram evacuar por conta das grades, e 96 morreram]. Hoje, como medida de segurança, não há grade entre a torcida e o campo, como no Maracanã, por exemplo.

Como a polícia inglesa age?
A polícia passou a adotar um sistema nacional de inteligência do futebol, com uma autoridade central que detém todos os dados sobre os torcedores, sabe quais são os perigosos que ainda não puderam ser incriminados. A polícia brasileira não tenta incriminar, enquanto a inglesa passa 24 horas por dia pensando em como tirar essas pessoas de circulação. E lá ela fiscaliza 92 clubes. Aqui são 30, 40 clubes importantes. Seria até mais fácil. A polícia inglesa trata cada jogo como uma tragédia em potencial. Os estádios têm um corredor de ambulância para dar acesso ao hospital. O perímetro ao redor fica interditado. Existe um sistema de câmera com monitoramento de médico, polícia, bombeiro. (...)

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Numa certa terra celta

A festa era alemã, mas a música foi celta.

Eu já ouvia falado a respeito dos caras por meio do “brother” Danilo Fernandes, mas nunca tinha assistido a nenhuma apresentação.

Agora posso garantir: o som da Terra Celta é animal! Em poucos minutos você está pulando e dançando ao som de gaitas de foles, banjo e sei lá mais o que. Com um pouco de espírito aventureiro e uma boa dose de inspiração você se sente em Dublin, na Irlanda, ou na Escócia, na terra dos celtas.

A descrição da banda no site oficial faz jus ao que se vê: “Um bando de fanfarrões, de roupas e instrumentos exóticos que por onde passa deixa um rastro de alegria, surpresa e muita diversão!”. Sem contar o vocalista Elcio Oliveira, uma figuraça!

Criada em 2005, a Terra Celta mistura tradições musicais da Escócia, Irlanda, França e Galícia (região da Espanha). “O grupo oferece em suas apresentações a oportunidade de uma experiência única seja pelo fascínio, dos mais curiosos, aos instrumentos e figurinos peculiares ou pela algazarra generalizada, onde diferentes ‘tribos’ se juntam em uma ‘catarse musical’”.

É exatamente o que ocorre, uma catarse.


Para conhecer mais, vá ao site oficial. Ou procure no Youtube, tem um monte de apresentações da trupe.

Em tempo: devo algumas muitas boas descobertas deste 2013 ao Danilo. Valeu "brother" por manter a diversão em alta!!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013 | | 0 comentários

O desafio do transporte público numa grande cidade

(...) Vivemos no mundo em que congestionamento foi promovido a "problema de mobilidade" e carros, ônibus, metrô e trens ganharam status de "modais de locomoção". Fora da linguagem dos seminários, uma coisa é fato: transporte público nunca foi prioridade por aqui. E até um guarda de trânsito percebe que não basta tinta na caneta ou cal no asfalto para mudar esse quadro do dia para noite.

O prefeito age diferente. "Todos para os coletivos", decretou, numa espécie de paródia da coletivização forçada. Naquela, Stálin decidiu acabar à força com as pequenas propriedades no campo em proveito de fazendas coletivas, quando não havia condições materiais para isso. O resultado: espalhou a fome, jogou pobres contra pobres e matou milhões. Nas devidas proporções, o paralelo é sobretudo de método, não de resultado: como mandar todos para os coletivos se não há coletivos para todos? Tente imaginar 20%, 30% dos que andam de carros migrando repentinamente para os pontos de ônibus ou estações de trem e metrô já abarrotadas. Mudaria o congestionamento de lugar.

Fazer a coisa certa implica confrontar tanto a máfia do transporte coletivo como o cartel que transformou metrô, trens e afins em "modais de corrupção". A primeira maneja as linhas de ônibus ao bel prazer; pouco se lixa para a qualidade e quantidade dos serviços. Já o cartel usa dinheiro do povo para irrigar campanhas emplumadas. Duetos em Paris não apagam a realidade de que esses são os verdadeiros adversários ­- não o sujeito que comprou um carro a perder de vista, incentivado pelo partido do prefeito. (...)

Fonte: Ricardo Melo, “Haddad e a ‘coletivização’ forçada”, Folha de S. Paulo, Poder, 16/12/13.

sábado, 14 de dezembro de 2013 | | 0 comentários

"Sobre a vida"

(...) Não adianta querer encurtar o caminho: é preciso equilibrar o rigor e a misericórdia, a disciplina e a entrega.

Nada acontece sem esforço, nem mesmo os milagres. Para que um milagre ocorra, é preciso ter fé. Para ter fé, é preciso vencer a barreira dos preconceitos. Para derrubar barreiras, é preciso coragem. Para ter coragem, é preciso dominar o medo. E assim por diante.

Vamos fazer as pazes com os nossos dias. É preciso não esquecer que a vida está ao nosso lado. Também ela quer melhorar. Vamos ajudá-la.

Fonte:
blog do Paulo Coelho, postado em 7/12/13.

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Trabalhando... (matérias legais!)

Matéria sobre a vinheta de fim de ano da TV Cultura no minuto 56:30:


Matéria sobre uso da neurociência nas eleições:

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10 coisas sobre namorar um jornalista

1 - Como os jornalistas vivem intensamente o trabalho, pode até parecer que eles amam mais a profissão do que amam seus (suas) parceiros (as). Em alguns casos, muitos casos, isto é verdade, mas também não chega a ser assim muuuito mais.

2 - O jeito meio “reclamão” dos jornalistas é uma questão cultural, histórica, antropológica, metafísica. E um pouco de charme.

3 - O jeito meio chato é chatice mesmo.

4 - Numa briga ou DR, não tente entender por que eles insistem em perguntar o que, quem, quando, onde, como e por quê.

5 - Não é por mal que eles riem dos erros de português da pessoa amada.

6 - É normal eles passarem a madrugada em frente a um computador.

7 - É normal eles serem um pouco anormais.

8 - Levar um bloquinho de anotações para o jantar de aniversário de namoro é apenas precaução. É que a notícia não marca hora.

9 - Acredite: a Patrícia Poeta também tem crises existenciais e o William Bonner também brocha.

10 - Apesar de tudo, é comum as pessoas sentirem orgulho de namorar um jornalista.

PS: não sei quem é o autor deste "decálogo jornalístico", recebi por e-mail. Só sei que ele é 100% verdadeiro!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013 | | 0 comentários

10 de dezembro

Ontem passado.
Amanhã futuro.
Hoje agora.

Ontem foi.
Amanhã será.
Hoje é.

Ontem experiência adquirida.
Amanhã lutas novas.
Hoje, porém, é a nossa hora de
fazer e de construir.
(Trecho do poema de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

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Trabalhando... (versão especial)

No dia do aniversário, um ao vivo natalino no minuto 47:



Foi o aniversário em que eu mais trabalhei. Na TV, até 22h30. Depois, faxina...

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Direto do toca-CD (44)

How can I just let you walk away, just let you leave without a trace
When I stand here taking every breath with you, ooh
You're the only one who really knew me at all

How can you just walk away from me,
when all I can do is watch you leave
'Cause we've shared the laughter and the pain and even shared the tears
You're the only one who really knew me at all

So take a look at me now, who has just an empty space
And there's nothing left here to remind me,
just the memory of your face
Well take a look at me now, who has just an empty space
And you coming back to me is against the odds and that's what I've got to face

I wish I could just make you turn around,
turn around to see me cry
There's so much I need to say to you,
so many reasons why
You're the only one who really knew me at all

So take a look at me now, who has just an empty space
And there's nothing left here to remind me, just the memory of your face
Now take a look at me now, 'cause there's just an empty space

But to wait for you, is all I can do and that's what I've gotta face
Take a good look at me now, 'cause I'll still be standing here
And you coming back to me is against all odds
It's the chance I've gotta take
Take a look at me now

("Take a look at me now" - compositor não encontrado)

sábado, 7 de dezembro de 2013 | | 1 comentários

Aos amigos de verdade: obrigado!

"Brindo por mis amigos, los que deseando vivir, viven simplesmente deseando. Que lleguen a tiempo. O que no exista el tiempo para que puedan llegar que funden su reino que encuentren su magia que hagan la fiesta que nunca se pierdan."
(E. Syms)

Amigos de verdade são aqueles que estão juntos em momentos importantes. Que abrem mão de coisas para celebrar, prestigiar, compartilhar.

Amigos de verdade são capazes de pequenos gestos, uma cerveja, um livro sobre churrasco, um marcador de livros com uma mensagem especial, uma torta de morango.

Amigos de verdade são simplesmente assim, capazes de lembrar de algumas datas, de antecipar comemorações, de se fazer presentes em momentos especiais - e eles talvez não saibam como a presença de cada um deles é importante.

Muito obrigado ao "brother" de todas as horas Danilo Fernandes, à Gauchinha, ao Thiago que sempre lembra da gente, à Bárbara sempre quieta e de sorriso singelo, ao "seo" Thales companheiro das cervejas (né bando de bundão das Cocas), a todos enfim...

Ontem ouvi no rádio que amizade de trabalho são aquelas que sobrevivem a cinco anos de contato. Estamos no caminho, de cinco, dez, quinze... Porque amizade de verdade é assim, capaz de superar o tempo e a distância.

Agora vocês sabem que não precisam mais de hotel na capital. Agora vocês sabem que há alguém de braços abertos. E eu sei que existem pessoas especiais. Capazes de gestos especiais. De lembranças especiais.

Pessoas a quem simplesmente chamamos de amigos.

Muito obrigado por serem presentes e fiéis!

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013 | | 0 comentários

Destino: Panamá

A vida é mesmo um mistério. Por mais que planejemos, há uma boa dose de um ingrediente chamado acaso que tira tudo do controle, ou mostra que não temos o controle absoluto sobre nosso destino.

Coisas ocorrem nos momentos mais inesperados e da forma mais inesperada.

Eu, por exemplo, há alguns dias sequer imaginava, pensava, sonhava, planejava conhecer o Panamá e seu famoso canal. Até que um belo sábado de plantão, minha chefe chegou e disse: você irá para o Panamá.

E lá fui eu para minha segunda (a primeira para a TV) cobertura internacional - será o pontapé de uma futura carreira?






Em breve detalhes aqui e no blog Piscitas - travel & fun.

Ah, a reportagem vai ao ar em janeiro no "Matéria de Capa" (TV Cultural, dom., 19h)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013 | | 0 comentários

Genoino, cegueira ou dissimulação?

(...) “Como é possível que, do início de 2003 até meados de 2005, o PT passasse a ter tanto dinheiro para distribuir para tanta gente, e essa súbita facilidade não levasse José Genoino a perguntar ‘de onde vem esse dinheiro? O que é isso? Como se conseguiu isso?’.''

Só Genoino pode salvar o epílogo de Genoino. Ele não diz na carta que nova causa defenderá nesse “inicio de uma nova batalha”. Que tal abraçar a causa da verdade? Ante as provas recolhidas pela PF de Lula, denunciadas pelo procurador-geral indicado por Lula e julgadas por um STF majoritariamente composto por magistrados escolhidos por Lula e Dilma, Genoino não merece descer ao verbete da enciclopédia como um cego atoleimado, incapaz de enxergar uma manada de elefantes.

Fonte: Josias de Souza, “Só Genoino pode salvar o epílogo de Genoino”, postado em 3/12/13.

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Sonhar custa

Sonhar não é tão simples como parece. (...)

Seguir um sonho tem um preço. Pode exigir que abandonemos nossos hábitos, pode nos obrigar a que passemos dificuldades, pode nos levar a decepções, etc.

Mas, por mais alto que seja ele, nunca é tão alto como o que é pago por quem não viveu sua Lenda Pessoal. Porque este, um dia, vai olhar para trás para ver tudo o que fez, e escutará o próprio coração dizer: “desperdicei minha vida”.

Acreditem, esta é uma das piores frases que alguém pode ouvir.

Fonte: blog do Paulo Coelho, “Do preço II”, postado em 5/12/13.

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Trabalhando...

Ao vivo em 7:50 e reportagem aos 12:15:


Matérias aos 9:30 e 32:30: