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quinta-feira, 7 de agosto de 2014 | | 0 comentários

Pitacos político-eleitorais

- Li na “Folha” que apenas três empresas – JBS (Friboi), Ambev (bebidas) e OAS (construtora) – doaram 65% do financiamento das campanhas para presidência da República até aqui.

Reafirmo meu pensamento: nenhum político será digno do meu voto a partir de 2014, tampouco capaz de promover as mudanças de que o Brasil necessita, enquanto o sistema político-eleitoral brasileiro não mudar (o que provavelmente exigirá uma revolta).

Não é plausível crer que três empresas doem milhões para os candidatos sem esperar nada em troca, até porque afinidade não há - nem política nem ideológica, é pragmatismo mesmo, troca de favores (a JBS, por exemplo, doou R$ 5 milhões para a campanha da presidente Dilma Rousseff, do PT, e outros R$ 5 milhões para a de seu principal opositor, o senador Aécio Neves, do PSDB).

- Quando estourou o escândalo do “mensalão”, o então presidente Lula apressou-se para dizer que o PT fizera “apenas” caixa dois, o que “todos os partidos fazem”. Agora, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que combinar depoimentos numa CPI, como a da Petrobras, “vem desde Pedro Álvares Cabral”.

Ambos falaram a verdade, só ignoraram dois fatos: 1) do PT, o partido que empunhou durante duas décadas a bandeira da ética e da moralidade e colocou o dedo na cara dos adversários, esperava-se outro tipo de atitude; e 2) é para mudar o que “todos fazem” e o que se faz “desde Pedro Álvares Cabral” que os políticos são eleitos.

Certa vez, assisti a uma palestra de um jurista que fez a seguinte colocação: o fato do seu vizinho sair todos os dias na contramão lhe dá o direito de fazer o mesmo, cometendo uma infração?

A resposta é óbvia e deveria servir de lição para os Lulas e Bernardos da vida...


Em tempo (acrescentado em 11/8): a explicação para o apoio da JBS, por exemplo, pode ser encontrada na notícia de que a empresa recebeu do BNDES (leia-se do governo federal) nada menos do que R$ 10 bilhões para se transformar na gigante da carne no Brasil.

Toma lá, dá cá...

segunda-feira, 16 de junho de 2014 | | 0 comentários

Eles não entenderam nada (ou o povo com nariz de palhaço)

O PMDB há 20 anos está na base dos governos tucanos em São Paulo e, agora, com candidato próprio, ataca o atual governador por não ter feito as obras do sistema de abastecimento de água previstas desde 2004.

Ora, por que o PMDB não fez o alerta antes e, diante da omissão do governo, não deixou a base de apoio?

O PSC acaba de lançar a candidatura do pastor Everaldo para a Presidência da República mediante críticas ferozes ao governo da presidente Dilma Rousseff. “É um governo ausente, omisso e incompetente”, disse o candidato, segundo a “Folha de S. Paulo”.

Ocorre que o PSC fez parte da base governista até março deste ano. Será que o governo tornou-se “ausente, omisso e incompetente” nos últimos dois meses apenas?

Isto sem contar as recentes alianças do PT com o PP de Paulo Maluf em São Paulo, sem contar as alianças petistas com os “300 picaretas” que Luiz Inácio tanto criticou. Como se não fosse o PT o arauto da ética e da moralidade até 15 anos atrás... (porque os demais partidos sempre estiveram do “lado de lá” mesmo, daí serem normais alianças com Malufs, Renans e Sarneys, mas o PT não, os petistas sempre atacaram e combateram esta gente!).

São apenas alguns exemplos que confirmam a regra de um sistema político doente e viciado.

Como escreveu o jornalista Ricardo Mello em coluna na "Folha":

Políticos em sua totalidade, sem distinção partidária, costumam responder aos críticos das alianças heterodoxas de que participam com uma frase padrão: "Política não se faz com o fígado". Tudo bem, mas se faz também com memória. Cada vez que um candidato do PT aparece numa foto com olhar subserviente diante de um Paulo Maluf, uma legião de gente bem-intencionada torce o nariz. Por essas e por outras eu repito o que disse certa vez: em dia de eleição, só saio da cama depois das cinco da tarde.

Daí se constatar que os partidos e os políticos realmente não entenderam nada dos recados dados pelas ruas nas jornadas de junho de 2013.

Se a eleição deste ano tiver recorde de votos brancos e nulos não terá sido mera coincidência.

Por isto, enquanto não mudar o sistema, o Brasil estará fadado a um eterno mais do mesmo – corrupção, fisiologismo, aparelhamento do Estado, toma-lá-dá-cá.

É, pois, por um novo sistema de representação popular que devemos lutar!

sexta-feira, 27 de setembro de 2013 | | 0 comentários

Frase

“Está virando uma contabilidade. Partidos, parlamentares estão valendo por frações de segundo, de recursos do Fundo Partidário. Isso um dia tem que parar. É impossível organizar uma democracia forte, consolidada, com partidos nitidamente programáticos, com esse número de partidos.”
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara Federal, comentando a criação de mais dois partidos, o Solidariedade e o PROS – já são 32 no Brasil

quarta-feira, 14 de agosto de 2013 | | 0 comentários

PT + PSDB = sujeira

Para o PT o julgamento do mensalão é uma armação. Para o PSDB, na investigação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica em torno do propinoduto alimentado por grandes empresas de equipamentos em São Paulo, o órgão vem "se comportando como polícia política". As duas condutas são radicalizações teatrais que tentam blindar hierarcas metidos em maracutaias.

(...) O PSDB diz que o PT protege corruptos e o PT diz que o protetor de corruptos é o PSDB. E se os dois estiverem certos? Desacreditam e corroem tanto a política como a própria democracia. (...)

Fonte: Elio Gaspari, “O PSDB e o PT minam a democracia”, Folha de S. Paulo, Poder, 12/8/13.