sábado, 1 de outubro de 2016 | | 2 comentários

Recordar é viver - Eleições 2012

Primeiro debate com os candidatos a prefeito de Limeira em 2012 - TV Jornal:



Segundo debate com os candidatos a prefeito de Limeira em 2012 - TV Jornal:

sexta-feira, 30 de setembro de 2016 | | 0 comentários

Série IFA 2016 - o admirável mundo novo da tecnologia

sábado, 20 de agosto de 2016 | | 0 comentários

Museu da Imigração

O belo jardim e o prédio histórico aberto em 1887 para receber os imigrantes chamam a atenção na divisa entre o Brás e a Mooca, na zona leste de São Paulo. 


Lá dentro, kits de barbear, objetos médicos, placas e fotos lembram as primeiras atividades dos dois milhões e meio de estrangeiros que passaram pela hospedaria em quase um século: o controle de saúde e o registro. Búlgaros, portugueses, ucranianos, japoneses, italianos, alemães... Pessoas que deixaram suas origens e se aventuraram em longas viagens até uma terra distante e desconhecida. ]


“Migrar, passar de um lugar para outro, uma definição que não consegue traduzir a força e a importância desse ato que é inerente ao ser humano.” O museu - aberto em 1993 - mostra de modo didático como as migrações contam a história da humanidade há dois milhões de anos.





No final do século 19, o governo brasileiro incentivou a criação de núcleos coloniais para atrair mão de obra. A maior parte dos imigrantes teve a hospedaria como primeiro abrigo. 



Os refeitórios e dormitórios são reproduzidos hoje no museu ao lado de móveis e máquinas do passado. Nas cartas, como a da esposa italiana para o marido, os registros da nova vida e a da saudade. 






“As pessoas estão muitas vezes procurando entender o próprio percurso. A gente é eternamente um país novo , mas a gente é um pais que tem uma boa história e o museu de fato traz essa contribuição para essa construção dessa identidade, mesmo no nível mais individual”, diz Marilia Bonas, diretora executiva do Museu da Imigração.



O museu abre de terça a sexta, das nove às cinco da tarde, e aos sábados, domingos e feriados das dez às seis.

* Texto original de reportagem feita para o programa "Ordem do Dia" (TV Cultura, sex. 23h30, sáb. 8h30)

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Jornalismo espetáculo

Para entender um pouco mais sobre como o jornalismo virou espetáculo, lembrando Guy Debord, e como a forma está se sobrepondo ao conteúdo - aqui.

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Movimento Boa Praça ("Ordem do Dia")

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Memorial da Resistência

Na exposição temporária, a história do prédio de 1914 criado como armazém e escritório da antiga estrada de ferro sorocabana e que sediou a partir de 1940 o temido Dops. Um lugar marcado pelo sangue de muitos brasileiros, como cita a placa. 


No vídeo, a trajetória de um dos principais órgãos de polícia política do país, criado em 1924 e extinto no fim do regime militar. “Ele foi inaugurado em 2002 como Memorial da Liberdade, mas como não havia atividades educativas e culturais, mais ou menos em 2006, 2007 os ex-presos políticos solicitaram ao governo do Estado que o lugar fosse melhor aproveitado em termos educativos e culturais. Nós queríamos, de fato, trabalhar neste lugar de memória um conceito de resistência, porque ela não pode ficar só lá no passado, é uma coisa atual e que deve continuar no futuro. Neste lugar as pessoas podem tomar conhecimento de fatos que aconteceram no Brasil recente, então ela pode se educar para cidadania, para valorização dos princípios democráticos, do respeito aos direitos humanos”, diz Katia Regina Neves, coordenadora do memorial.

Em uma sala, uma linha do tempo histórica mostra casos de repressão e resistência desde a proclamação da República, em 1889. Episódios que nem a redemocratização do país impediu, como o assassianto do líder seringueiro Chico Mendes em 1988, as chacinas do Carandiru, em 92, da Candelária e de Vigário Geral em 93 e o massacre de Eldorado dos Carajás em 96.

O ponto alto da visita são as celas que abrigaram presos políticos. Uma delas reproduz o ambiente na época da ditadura. Os rabiscos na parede são atuais, um grito silencioso de quem sobreviveu. Nas celas, o som da abertura da porta indicava o destino de cada um. 





As máscaras representam 436 desaparecidos políticos. “Muitas continuam desaparecidas até hoje. E outras morreram em consequência da tortura." Aqui, como diz o painel, lembrar é resistir. 


“Isso é tão impressionante porque eu acho que as pessoas , quando elas visitam o memorial, conseguem entender isso, se a gente olhar, por exemplo, no livro de visitas que as pessoas deixam comentários, falam assim: ‘as pessoas falam que deveria voltar a ditadura porque não conheceram este lugar, eles não falariam um absurdo desses’. É impossível uma pessoa sair de um lugar como este, se ela tiver disponibilidade para aprender, e para perceber o que é você viver numa ditadura, etc, que ela não se eduque para ser um cidadão de fato, que exija seus direitos, mas também que respeite o direito dos outros”, fala Katia.
 
 

O Memoria da Resistência fica no largo General Osório, 66, junto da Estação Pinacoteca. A entrada é grátis. 
* Texto de reportagem feita para o programa “Ordem do Dia” (TV Cultura, sex. 23h30, sáb. 8h30)

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O caminho mais fácil para a audiência (2)

escrevi neste blog que existe um caminho - ou vários - fácil para a audiência. O chamado "jornalismo justiceiro" é um destes caminhos. É o que se viu com uma equipe de um programa policial que forçou a entrada num hospital público, onde sabidamente é necessária autorização para captação de imagens (a não ser que o assunto justifique o uso de câmera escondida, o que deve ser exceção da exceção). 

Para quem não sabe como funciona a imprensa, pode parecer corajosa e ousada a atitude da repórter. Quem faz jornalismo sério, porém, sabe que o caminho escolhido não é o adequado. 

A questão é saber se o público faz essa distinção. Por mais que muitos tendam a dizer que não, arrisco-me a afirmar o oposto. Pode-se argumentar que tais programas dão audiência. É verdade. Há uma boa parcela da população que responde a esse tipo de chamado sensacionalista. Mas e quanto a todos os outros programas que estão sendo exibidos no mesmo horário? E quanto aos que não assistem a nada? Não será um número maior? Certamente é.

O caminho fácil para audiência mostra-se, portanto, limitado. Para quem quer ir além das migalhas tradicionais no Ibope pode funcionar - mas deve-se saber que nunca se chegará ao topo pela via mais fácil.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016 | | 0 comentários

"Ordem do Dia" - Guarda Compartilhada

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"Ordem do Dia" - Inclusão do deficiente

domingo, 7 de fevereiro de 2016 | | 0 comentários

As 20+ do Instagram

Recentemente, atingi a marca de mil fotos postadas no Instagram - uma das poucas redes sociais a que aderi, motivado pela paixão por fotografar e pela oportunidade de compartilhar registros do cotidiano.

Desde o início não me propus a ficar postando fotos pessoais, embora eventualmente elas tenham aparecido. 

Sempre pensei em criar uma espécie de "exposição" virtual, aqui no blog, com as dez melhores fotos das mil que postasse. Confesso que foi muito difícil escolher - impossível eu diria, visto que o resultado final a seguir tem 20 fotos (o que representa 2% de tudo o que postei).

O principal critério para a escolha das fotos foi o artístico (havia fotos mais bonitas, mas o cenário embelezava a imagem por si só, o que reduzia o valor da arte de fotografar). 

Espero que gostem da minha seleção:
















 


 

Em tempo: para me seguir no Instagram é só clicar aqui.

sábado, 6 de fevereiro de 2016 | | 0 comentários

A reportagem que não exibi

Nunca vi com bons olhos os famosos programas policialescos que atraem audiência - e, em alguns casos, dinheiro - para as emissoras. Até que me vi no epicentro de um deles.

Por dois anos, apresentei (não digo comandei porque minha participação na produção era mínima) um desses programas no interior de São Paulo. Foi uma experiência rica do ponto de vista de aprendizado (para colocar em teste todas as teorias e [pre]conceitos que tinha em relação ao formato).

Naturalmente, continua o reprovando de modo geral. Há um apelo barato e por vezes desrespeitoso, uma temática que pouco estimula a reflexão ao tratar a violência pela violência, sem contar o tom justiceiro e, em muitos casos, o desrespeito às leis - um levantamento divulgado recentemente apontou 12 leis afrontadas por diversos programas no país.

Claro que, ao assumir um programa com tais características, procurei na medida do possível mudar o tom. Não sou a pessoa mais adequada para dizer se isto foi alcançado (embora tenha ouvido depoimentos nesse sentido de muitos telespectadores).

A quem me pergunta, porém, costumo dizer que minha maior vitória à frente do programa foi justamente o que não foi exibido. 

Um episódio singular exemplifica isto: certa vez, recebi um telefonema na Redação dando conta de que um homem estaria vivendo numa casa com um cavalo. Detalhe: o cavalo não ficava no quintal, e sim dentro do imóvel. Quem fazia o relato era um vizinho preocupado com a situação do homem, um jovem.

Dirigi-me até o endereço com o cinegrafista e confirmei a situação. O jovem vivia de fato com o cavalo, que tinha um quarto à disposição, cheio de feno (ou algo semelhante). Em resumo, o rapaz era usuário de drogas e tinha sido de alguma forma "abandonado" pela família, que não aguentava mais cuidar dele. Coloquei aspas no verbo porque a família dava um dinheiro ao jovem, ou pagava o aluguel do imóvel (não me recordo). 

Fiz as imagens e entrevistei o jovem. Ele admitiu o uso de entorpecentes, criticou a família e disse que o cavalo era seu melhor amigo. Também cobrou a antecipação por parte de familiares de uma suposta herança (ou da parte que supostamente lhe caberia). 

A cena era indigna e degradante. Um homem dividindo um espaço sujo com um cavalo.

Ao chegar à Redação, entrei em contato com um parente e relatei o caso. Ouvi que "não adiantava ajudá-lo, que a família já tinha feito de tudo e tentado de tudo, mas que o jovem não tinha jeito". Também ouvi que os familiares ajudavam com pagamento de contas de água, luz ou algo assim e que a suposta herança não podia ser paga simplesmente porque não existia (não naquele momento).

Refleti muito se deveria ou não colocar a reportagem no ar. Conversei com alguns colegas. Pensei de que forma exibir o material contribuiria com aquele rapaz e com a promoção da cidadania. Não encontrava respostas satisfatórias. Até que ouvi de um colega a senha para a decisão. Disse ele: 

- Se for pro ar, será apenas mais uma dessas reportagens.

De tantas semelhantes que o programa historicamente tinha feito.

Naquele momento, diante daquela manifestação, eu - ainda no início de minha participação como apresentador - decidi que o material não seria exibido. E não foi.

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"Ordem do Dia" - Direito Esportivo

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A violenta América Latina

Algo de errado acontece na América Latina que a faz ter nada menos que 42 cidades entre as 50 mais violentas do mundo, conforme ranking divulgado recentemente.

Tenho impressão que isto tem a ver com o nosso processo de colonização, que levou a desigualdades gigantes e gritantes, reforçadas pelos coronelismos e pelo histórico populismo.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016 | | 0 comentários

Democracia não é valor absoluto

IMPORTANTE: esta análise não se propõe a discutir o mérito dos métodos usados pela Polícia Militar para dispersar manifestantes (eu particularmente acho abusivo o recurso das bombas quase que “de ofício”, como primeiro ato, mas esta – como registrei – é outra questão).

Democracia não é um valor absoluto – como sequer o é o direito à vida (vide a previsão legal de aborto em determinadas situações, bem como a da retirada de órgãos diante do registro de morte cerebral).

Pois bem: não sendo uma democracia um valor absoluto (embora nobre), não se pode considerar como direito de qualquer cidadão fazer o que se deseja. Vier em sociedade – e numa democracia – implica OBRIGATORIAMENTE seguir regras determinadas por esta mesma sociedade.

No caso dos protestos de rua, a Constituição da República Federativa do Brasil é clara em seu artigo 5º, inciso XVI:

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente (grifos meus)
 

Neste sentido, como a PM havia alertado por volta das 17h aos manifestantes do Movimento Passe Livre, não seria possível seguir o trajeto pretendido (divulgado pelo MPL duas horas antes via redes sociais – a lei não especifica qual o tempo necessário do “prévio aviso”) visto que outro ato ocorria na mesma região.

Ainda assim, o movimento insistiu no percurso (decisão que resultou no ataque da PM – que, repito, não é discutido no mérito desta análise).

Só não se pode falar, como manifestou uma representante do MPL, que a PM impediu o direito de manifestação.

A corporação exigiu apenas o estrito cumprimento do que prevê a Constituição. Aquela mesma citada frequentemente por manifestantes como garantia do direito de manifestação. Esquecem estes, porém, que este direito tem regras previstas na própria norma constitucional.

Não dá para considerar só o que interessa. Nas duas ocasiões anteriores (quarto e quinto protestos do MPL), em que as regras foram seguidas, não houve ataques da PM ou confronto.

Democracia, repito, não garante o direito de se fazer o que se quer impunemente.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016 | | 0 comentários

Frase

"We are born to a time. What you do with it is on you. Do the best you can. Try to be good. And live."
Charlie LeDuff, em "Detroit" (p. 286)