Mostrando postagens com marcador negócios. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador negócios. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 8 de agosto de 2013 | | 0 comentários

O petróleo é nosso - e o dinheiro perdido também!

Em 2005, uma refinaria de petróleo em Pasadena, no Texas (EUA), é vendida por US$ 42,5 milhões. Depois, chega a nossa Petrobras e paga US$ 1,18 bilhão pela dita cuja (por metade do negócio, em 2006, a estatal brasileira pagou US$ 360 milhões à então sócia que havia comprado 100% da refinaria um ano antes por oito vezes menos – depois a Petrobras adquiriu a totalidade do negócio). Agora, posta à venda, a refinaria não tem oferta superior a US$ 100 milhões.

A Petrobras parece o “New York Times”, que comprou o “Boston Globe” em 1994 por US$ 1,1 bilhão e o vendeu agora por US$ 70 milhões.

A diferença é que o “NYT” é uma empresa privada e o dinheiro perdido era dos seus acionistas, enquanto a Petrobras é majoritariamente do governo brasileiro (embora tenha também acionistas privados, muitos dos quais trabalhadores atraídos pelas ofertas de ações feitas há alguns anos). E, sendo do governo, pode-se dizer que o dinheiro perdido é NOSSO.

Há ainda uma outra diferença substancial: o “NYT” comprou o “Boston Globe” num momento em que a mídia impressa norte-americana não vivia a crise atual, portanto fez uma aposta. Já a Petrobras comprou uma refinaria que todos diziam não ter valor algum e que tinha sido comprada um ano antes por um valor dez vezes menor do que ela pagou na totalidade.

Depois não entendem porque uma das principais empresas brasileiras em todo o mundo vive uma crise – financeira e institucional. Depois não entendem porque investidores têm dúvida sobre a eficiência e seriedade do governo brasileiro.

Talvez seja porque há alguns anos a Petrobras vem servido para politicagem, nada mais. Sérgio Gabrielli, o ex-presidente da estatal, que o diga. Deu declarações deprimentes no Congresso esta semana ao tentar justificar o injustificável, explicar o inexplicável: a compra da refinaria em Pasadena.

O assunto, aliás, foi alvo de comentário do jornalista Carlos Alberto Sardenberg no “Jornal da Globo”.

Em tempo: a compra da refinaria é apurada pelo Ministério Público Federal (MPF) e Tribunal de Contas da União (TCU).

PS: confirmada a evidente lesão ao erário e o assalto ao bolso do povo brasileiro, esta gente deveria ir para a CADEIA!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013 | | 0 comentários

Boa notícia: o “Washington Post” já era

Calma, eu explico: o título desta postagem não se trata de nenhuma manifestação de desejo ou profecia pessimista. Até porque, como se sabe, o principal jornal da capital norte-americana e um dos principais diários do mundo não acabou – nem está prestes a acabar. Foi apenas vendido: por US$ 250 milhões passou das mãos da tradicional família que o controlava há décadas para a do novo rico Jeff Bezos, dono da Amazon.

O negócio pegou quase todo mundo de surpresa e virou um dos principais assuntos do noticiário nos últimos dois dias. Várias análises já foram feitas, principalmente porque envolve um setor considerado crucial para a vida democrática de qualquer sociedade: a imprensa.

Ao mesmo tempo, envolve questões até hoje sem respostas. A principal delas é: qual o futuro dos jornais?

Será a venda do "WP" um prenúncio do fim? Ou de um (re)começo?

A depender das palavras – e do perfil executivo – do novo proprietário, o “WP” pode ser a resposta para a perturbadora pergunta sobre o futuro dos jornais.

Sinais para isto já existem. Em carta aos funcionários do “WP”, Bezos fez questão de avisar que o diário passará por mudanças nos próximos anos. Mudanças que ele chamou de “experimentação”.

A carta, aliás, é uma boa lição de jornalismo, ou de seus princípios, muitos dos quais abandonados por grande parte da imprensa atual (residirá aí um dos motivos da crise da mídia impressa?):

"O jornal vai continuar servindo os interesses de seus leitores, e não os interesses particulares de seus donos. 

Vamos continuar a seguir a verdade, onde quer que ela nos conduza, e vamos trabalhar duro para não cometer erros. Quando os cometermos, vamos reconhecer o fato rapidamente e por completo. 

(...) Haverá mudanças no 'Post' nos próximos anos, é claro. Isso é essencial e teria acontecido com ou sem novos proprietários. A internet está transformando quase todos os elementos do setor dos jornais: encurtando os ciclos de notícias, erodindo fontes de renda que foram constantes durante anos e possibilitando novos tipos de concorrência, alguns dos quais arcam com pouco ou nada dos custos da produção de notícias. Não existe mapa, e não será fácil mapear o caminho a seguir. 

Precisamos inventar, o que significa que teremos que fazer experimentos. Nossa pedra de toque serão os leitores, entender o que interessa a eles - política, líderes locais, aberturas de restaurantes, tropas de escoteiros, empresas, organizações beneficentes, governadores, esportes - e trabalhar com base nisso. Estou animado e otimista com a oportunidade de invenção."

Ao citar expressamente a Internet, Bezos fala de uma área que conhece bem. Foi por meio da rede mundial de computadores que ele revolucionou o mundo da venda de livros num primeiro momento e posteriormente o do varejo em geral ao criar o maior site de compras do mundo.

Portanto, quando Bezos fala em experimentar e inventar, pode-se presumir que o “WP” será campo de nada menos do que uma revolução no meio jornal. Esta é a expectativa.

Se os experimentos trarão resultados positivos é algo que sequer o novo dono se arrisca a dizer. O que não se pode negar é o faro dele para os negócios e a coragem e a ousadia necessárias para buscar novos caminhos num setor em franca decadência financeira nos EUA.

Decadência causada em grande parte por novidades como a rede mundial de computadores e suas infinitas possibilidades. “É simbólico que o ‘Post’, ícone do jornalismo impresso, acabe nas mãos da Amazon, que ajudou a tirar do mercado milhares de livrarias dos Estados Unidos”, escreveu o jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva em artigo publicado na “Folha de S. Paulo”.

Em recente entrevista ao jornal alemão “Berliner Zeitung”, Bezos não mediu as palavras ao prenunciar o fim dos jornais tal como os conhecemos num futuro breve.

Não parece ser mesmo de meias palavras o novo dono do “WP”. Embora suas intenções ao comprar o jornal não sejam claras (há muita especulação; para o assunto, recomendo a leitura dos links ao final desta postagem), é bom ficar de olho no que o “Washington Post” fará a partir de agora. Pode estar aí a chave para um novo jornalismo. Ou melhor: uma nova ferramenta e um novo jeito para o bom e velho jornalismo.

Em tempo: você pode pensar o que temos no Brasil a ver com isto. Muito. Espera-se que eventuais novidades introduzidas pelas experimentações anunciadas por Bezos no “WP” possam influenciar os jornais brasileiros, cada vez mais chatos e com menos utilidade diante das novas ferramentas virtuais.

Sobre isto, recomendo a leitura do artigo de Pedro Katchborian para o "youPIX".

Leia também:



terça-feira, 23 de abril de 2013 | | 0 comentários

O mercado do futebol no Brasil

Apostar na paixão do torcedor.

Esta foi uma das conclusões de uma espécie de mesa redonda promovida pela ESPN por meio do programa "Segredos do Esporte" nesta terça-feira (23/4). A questão colocada era: qual o tamanho do futebol no Brasil?

Um dos expositores lembrou que o Brasil ruma para ser a quinta economia do mundo, estando à frente de Espanha e Itália por exemplo (esteve no ano passado à frente da Inglaterra, perdeu a posição este ano, mas as projeções indicam uma retomada em dois anos). Isto significa que grande parte do dinheiro do futebol hoje circula no Brasil. Bem mais do que na Espanha e Itália.

Por que, então, o Brasil não consegue ter campeonatos tão decentes (no que diz respeito à infraestrutura e desempenho geral)? Por que os clubes brasileiros estão longe de dominar o ranking dos melhores e mais ricos do planeta se o dinheiro circula aqui?

Alguns aspectos foram abordados. Por exemplo: ao contrário das ligas espanhola, italiana, alemã e inglesa, os times brasileiros ficam de quatro a cinco meses do ano disputando campeonatos deficitários e pouco atrativos - os estaduais. 

Tome-se o caso do Paulistão, o mais rico e de maior visibilidade entre todos: o campeonato perde valor a cada ano devido a fórmulas que reduzem a disputa a poucas rodadas, sem contar a falta de infraestrutura e conforto nos estádios e a baixa qualidade técnica das equipes.

Naturalmente, a geografia serve como um argumento em favor dos estaduais (os países europeus possuem dimensões bem menores, "dispensando" campeonatos regionais).

Há quem possa dizer que, no Brasil, a corrupção impera. Isto é verdade, mas os efeitos disto no futebol como espetáculo são relativos. Problema semelhante atinge a Europa e nem por isto os clubes e torneios lá são ruins.

Sandro Rossel, presidente do Barcelona, um dos clubes mais bem sucedidos do mundo, está envolvido em sérias denúncias de corrupção (inclusive no Brasil no caso do amistoso da seleção contra Portugal em Brasília). Uli Hoeness, presidente do Bayern de Munique - que ruma para a final da Copa da Uefa e é provavelmente o time mais bem sucedido da Alemanha -, é acusado de evasão fiscal.

Daí relativizar a questão da idoneidade dos dirigentes para a qualidade do esporte. (Importante: isto não significa que esta questão deva ser relegada a segundo plano, mas sim que ela não é a única a ser combatida.)

Houve consenso de que atualmente, no Brasil, ir para um jogo de futebol é quase uma aventura. Falta lugar para estacionar o veículo, falta transporte público decente e que deixe o torcedor próximo do estádio, falta segurança dentro e fora das arenas, entre outros fatores.

Como resultado de tudo isto, a média de público nos estádios do Brasil atinge níveis incompatíveis com a riqueza dos atletas e do nosso futebol atualmente. Para se ter uma ideia, a média por jogo na Alemanha é de 45 mil pessoas. Até EUA (onde o futebol não é popular) e China (sem evidência nesse esporte) aparecem na frente do Brasil no ranking.


Outro dado: na Inglaterra, a média de ocupação dos assentos por jogo é de 97% - no Brasil é de 44%.

Eis uma provocação: quem é mesmo o país do futebol?

E qual seria a solução? Para o diretor de conexões com o consumidor da Ambev, Marcel Marcondes, a saída é óbvia: apostar e investir na figura do torcedor.

De acordo com ele, o Brasil tem cerca de 350 mil sócios-torcedores num universo de 150 milhões de jovens e adultos. Isto dá 0,2% do total - o Benfica (Portugal) tem 4% de torcedores como sócios.


Se um dos grandes clubes brasileiros tivesse 100 mil sócios pagando R$ 30 por mês, citou Marcondes, acrescentaria a suas finanças R$ 36 milhões/ano. É metade da receita de um clube como o Botafogo (RJ). Não custa lembrar que os maiores clubes do país têm milhões de torcedores (daí a marca de 100 mil ser absolutamente factível).

Uma projeção: se o Flamengo conseguisse ter 1% de seus torcedores como sócios, teria R$ 260 milhões no ano. Se atingisse o nível do Benfica, atingiria R$ 900 milhões.

Contudo, como disse um dirigente de um clube brasileiro, o que interessa é o dinheiro da televisão e dos patrocinadores. Traduzindo: o torcedor é apenas detalhe.

Deveria, pois, ser a razão do espetáculo. E do negócio.

Enquanto esta lógica não for invertida, os clubes seguirão penando com administrações amadoras e resultados ineficientes (salvo uma ou outra exceção). E nossos campeonatos seguirão em posições ingratas nos rankings mundiais, apesar do dinheiro estar circulando por aqui.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011 | | 0 comentários

Compras de Limeira batem recorde em 2010

Nunca Limeira comprou tanto de outros países como em 2010. O resultado recorde das importações no ano passado acompanha a tendência da balança comercial brasileira e está diretamente ligado à queda do dólar – que desvalorizou 4,5% em um ano.

No total, Limeira comprou US$ 174,513 milhões em 2010. Isso representa 39% a mais do que no ano anterior (US$ 125,310 milhões) e quase cinco vezes mais do que o verificado no ano 2000.

O ranking dos países de onde Limeira mais comprou em 2010 consolidou a ascensão da China. As importações oriundas do gigante asiático somaram no ano passado US$ 30,485 milhões, o que representa 17,5% do total. Em 2009, esse volume totalizou US$ 19,131 milhões (ou 15% do total). Em 2008, os chineses apareciam no segundo lugar no ranking das importações limeirenses, como este blog já mostrou.

Limeira também fez volumosas compras da Itália (US$ 24,145 milhões), Japão (US$ 19,855 milhões) e Estados Unidos (US$ 19,635 milhões).

As exportações limeirenses também subiram em relação a 2009 e registraram o terceiro melhor desempenho da década. No total, a cidade vendeu para o exterior US$ 446,913 milhões, 18% a mais do que no ano anterior (US$ 378,906 milhões).

Os principais destinos dos produtos limeirenses foram os Estados Unidos (US$ 120,929 milhões ou 27% do total, US$ 32 milhões a mais do que no ano anterior), o Japão (US$ 57,298 milhões) e a Argentina (US$ 40,556 milhões).

Se por um lado Limeira compra cada vez mais da China, por outro vende cada vez menos para aquele país. A posição chinesa no ranking das exportações limeirenses seguiu em queda. Em 2008, o país asiático aparecia em segundo lugar. Em 2009, caiu para a quinta posição. No ano passado, foi apenas o oitavo destino dos produtos locais. O volume vendido para a China caiu de US$ 15,581 milhões para US$ 10,138 milhões de 2009 para 2010.

Tanto nas exportações quanto nas importações, dois setores predominam nos negócios limeirenses: autopeças e alimentação. Em outras palavras, as multinacionais TRW Automotive, ArvinMeritor, Ajinomoto e Döhler América Latina.

Os principais produtos vendidos por Limeira são “rodas, partes e acessórios para automóveis”, “ácido glutâmico” e “sais do ácido glutâmico”. Na lista de compras, destacam-se “caixas de transmissão e redutores de velocidade”, “freios e partes para tratores e automóveis” e “máquinas e aparelhos mecânicos”.

O saldo comercial de Limeira fechou 2010 em US$ 272,399 milhões (ou US$ 19 milhões a mais do que no ano anterior).

Exportações de Limeira ano a ano:


2000 .......... US$ 271.520.968,00
2001 .......... US$ 264.219.131,00
2002 .......... US$ 252.190.664,00
2003 .......... US$ 281.594.368,00
2004 .......... US$ 302.695.350,00
2005 .......... US$ 449.564.541,00
2006 .......... US$ 439.849.457,00
2007 .......... US$ 413.318.031,00
2008 .......... US$ 498.888.787,00
2009 .......... US$ 378.906.439,00
2010 .......... US$ 446.913.661,00


Importações de Limeira ano a ano:

2000 .......... US$ 37.557.213,00
2001 .......... US$ 65.018.375,00
2002 .......... US$ 55.945.923,00
2003 .......... US$ 59.118.103,00
2004 .......... US$ 70.750.779,00
2005 .......... US$ 84.320.688,00
2006 .......... US$ 91.073.177,00
2007 .......... US$ 112.862.189,00
2008 .......... US$ 140.902.298,00
2009 .......... US$ 125.310.080,00
2010 .......... US$ 174.513.963,00

Fonte: Ministério do Desenvolvimento

terça-feira, 5 de outubro de 2010 | | 0 comentários

"No papel do papel em branco"

Já vão dois anos desde que deixei de acompanhar os detalhes da operação diária do meu grupo para me dedicar a necessidades mais intangíveis do que a manufatura, mas mais relevantes aos negócios hoje: ideias e relacionamentos.

Tenho rodado o mundo atrás deles. Um mundo cada vez mais plano, em que o Brasil é um dos "hot topics". O interesse externo abre tantas possibilidades, mas ainda vejo poucos empresários e lideranças brasileiros nesses fóruns globais. Se há mercados emergentes, há também obrigações emergentes.

Meu papel no Grupo ABC é o do papel em branco, prestes a ser preenchido. Desocupado dos pequenos desafios presentes, de olho no momento seguinte.Se todos estiverem focados no dia a dia e no que está perto da empresa, o futuro vai passar longe ou chegar tarde demais. Por isso, invisto metade do meu mês em viagens pelo mundo. Grandes histórias de sucesso nos negócios cada vez mais são forjadas fora dos ambientes de trabalho rígidos das empresas e das corporações.

Peter Drucker, o guru da gestão, disse que o "management" era a maior inovação do século 20. Mas o velho "management" está morto, decretou artigo recente do "Wall Street Journal".

As grandes corporações, ápices da antiga forma de gestão, tendem hoje a se tornar burocracias, e as burocracias atuam pela autoperpetuação e pelo status quo, resistindo às forças de mercado que antes as impulsionaram.

São tendências fatais num mundo de acelerada "destruição criativa", em que as forças de mercado foram dramaticamente fortalecidas pela globalização e pelas novas tecnologias. Gigantes morrem (Lehman Brothers) e nascem (Twitter) com incrível rapidez.

Nesse ambiente, o conhecimento novo e a troca de experiências são insumos essenciais para o desenvolvimento que só são conquistados ao derrubar paredes de escritório e fronteiras de qualquer tipo.

E não é só a web que aproximou as pessoas e os pensamentos.

Criou-se hoje no mundo uma teia de nós globais onde empreendedores, pensadores, políticos e ativistas se encontram regularmente para debater o que estão fazendo e o que querem fazer.

É isso o que busco hoje, esse "crowd sourcing" presencial, e vejo ao meu lado as principais lideranças mundiais.

Em setembro, participei do encontro asiático do Fórum Econômico Mundial, na China, e do encontro anual da Clinton Global Initiative, em Nova York. Falei ainda em evento do "Financial Times" em Hong Kong com o título: "Doing Business in Brazil".

Nos três, encontrei interesse e entusiasmo enormes com o novo Brasil, que precisam ser respondidos com interesse e entusiasmo enormes do novo Brasil com o mundo, por mais que o país emergente dentro do nosso país emergente nos atraia e nos consuma.

Anunciei na reunião do Fórum Econômico Mundial, na China, a criação de um clube de negócios Brasil-China, que será composto por cerca de dez empresários de cada lado.

A ideia é que dessa troca direta e informal de visões saiam modelos novos de relacionamento e de negócios com o nosso maior parceiro comercial. Temos muito a aprender e a ensinar uns aos outros. E precisamos nos encontrar.

Por mais criativa e estimulante que seja sua vida profissional neste momento transformador da economia brasileira, ela será ainda mais rica se você (e/ou alguém da sua organização) tiver tempo livre para expandir sua visão não só de dentro para longe, mas também de longe para dentro.

Vivemos uma nova era de grandes descobrimentos. O homem só descobriu que a Terra era azul ao sair do planeta. Eu só descobri que o futuro do Grupo ABC era global ao sair do Brasil.

Alguém na sua empresa precisa fazer essa jornada e assumir o papel mais interessante e desafiador da organização: o papel em branco.

Fonte: Nizan Guanaes, publicitário, em sua coluna quinzenal na "Folha de S. Paulo" (5/10/10)

PS: eis meu sonho, poder preencher papéis em branco...

terça-feira, 13 de julho de 2010 | | 0 comentários

Exportações se recuperam - e Limeira vende até para o Irã de Ahmadinejad

A balança comercial de Limeira no primeiro semestre confirma o reaquecimento da economia este ano após uma queda de 24% nas vendas para o exterior verificadas em 2009 (leia mais aqui).

De janeiro a junho, o volume de exportações da cidade chegou a US$ 216,687 milhões (ou R$ 381 milhões pelo cotação do dólar nesta terça-feira, 13/9). Isso representa um aumento de 20,15% em relação ao volume registrado no mesmo período do ano passado (US$ 180,337 milhões).

As importações também cresceram: 42,9%. Saltaram de US$ 53,927 milhões no primeiro semestre de 2009 para US$ 77,070 milhões este ano (ou R$ 135,643 milhões).

Chama a atenção o desempenho da China no comércio com Limeira. O país caiu da segunda posição em 2008 para o 15° lugar este ano no ranking dos principais destinos dos produtos limeirenses - em 2009, já havia registrado uma queda, ficando na quinta posição. O principal destino dos produtos de Limeira, disparadamente, são os Estados Unidos. Os norte-americanos responderam por US$ 61 milhões das nossas vendas no primeiro semestre, 28% do total. Para efeito de comparação, a China comprou US$ 3,577 milhões em produtos limeirenses (1,65% do total).

Os chineses caíram também no ranking das importações. Depois de atingir no ano passado o topo na lista dos países que mais venderam para Limeira, a China voltou para o segundo lugar este ano, posição que ocupou em 2008 (em 2007, era a quinta colocada).

Até junho, os chineses tinham vendido para Limeira US$ 10,620 milhões (13,78% do total das importações limeirenses), pouco menos do que as vendas norte-americanas, que somaram US$ 11,442 milhões (14,85% do total). O terceiro lugar é da Itália, com US$ 10,567 milhões em vendas - 13,71% do total, muito perto do desempenho chinês. Estes mesmos três países lideravam o ranking no ano passado, em posições diferentes (China, Itália e EUA).

Os dados do comércio exterior, fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, apresentam um fato curioso. Na lista de destinos dos produtos limeirenses, em 29° lugar está o polêmico Irã, terra do presidente Mahmoud Ahmadinejad. O país islâmico comprou de Limeira no primeiro semestre deste ano um total de US$ 980.765 (ou R$ 1,726 milhão). Isso representa modestos 0,45% do total das exportações limeirenses.

Parece pouco, mas é mais do que Limeira vende para a Espanha, a 30ª colocada (US$ 882.491 ou 0,41%). Cuba, dos irmãos Raul e Fidel Castro, é a 28ª no ranking com um total de US$ 1,013 milhão comprados de Limeira no primeiro semestre (0,47% do total).

Tentei apurar quais produtos Limeira vende para o Irã, sem sucesso. No setor de folheados, alguns dos principais empresários e diretores da Associação Limeirense de Joias (ALJ) disseram desconhecer alguma negociação com o país de Ahmadinejad. No setor de alimentos, uma multinacional japonesa também negou ter vendas para aquele país. No setor de autopeças ninguém soube – ou quis - dar informações.

Na lista do Ministério do Desenvolvimento, os principais produtos vendidos por Limeira ao exterior este ano são “rodas, partes e acessórios para automóveis”, “ácido glutâmico”, “sais do ácido glutâmico”, “pectinas”, “papel fibra”, “aminoácidos e sais”, “freios e partes para tratores e automóveis”, “amidas acíclicas, derivados e sais”, “partes para motores a diesel ou semidiesel” e “outros bronzes”.