Pensei em escrever algo a respeito das novas denúncias de espionagem dos Estados Unidos sobre o Brasil, mostradas no último domingo (1/9) pelo "Fantástico", da TV Globo, mas li algo que resume bem o que penso. Foi escrito por Hélio Schwartsman, colunista da "Folha de S. Paulo", e publicado nesta terça-feira (3/9):
"A espionagem é tão velha quanto a civilização. Não serão o Itamaraty nem o governo Dilma Rousseff que acabarão com a prática. Ainda assim, a notícia, revelada pelo "Fantástico", de que a presidente e seus principais assessores foram diretamente bisbilhotados pela NSA norte-americana não pode passar sem resposta vigorosa.
(...) Os EUA, como potência com múltiplos recursos e um número ainda maior de interesses, sempre espionaram, tanto seus inimigos como seus aliados. E qualquer um que não fosse um romântico ingênuo já sabia disso antes do WikiLeaks e de Snowden. Mas há uma diferença entre saber em teoria e dar de cara com provas materiais. Dilma, a exemplo do pedagogo espartano, precisa reagir."
No México, também citado na reportagem como alvo da espionagem norte-americana, o assunto ficou em segundo plano ao menos no dia seguinte. No site do jornal "El Universal", um dos principais do país, a informação de que o governo brasileiro cobrou explicações dos EUA recebeu um comentário interessante de um leitor identificado como Javier, de Cuauhtémoc, Distrito Federal: "Aqui no México nosso governo não deu nem um pio contra os EUA, o que demonstra que nossos governantes estão vendidos e submetidos aos gringos".
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