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sexta-feira, 14 de novembro de 2014 | | 0 comentários

São Paulo, Brasil

Talvez nenhum outro lugar no Brasil sintetize e simbolize tanto nossas gritantes desigualdades e nosso fracasso do que São Paulo. A maior cidade do hemisfério sul guarda exemplos do luxo e do lixo:

 





São Paulo desperta - ou deveria - sentimentos tão diversos quanto a diversidade que ela abriga e representa. Nessa cidade, a humanidade de qualquer ser está na capacidade de admirar o belo e de se indignar diante das injustiças e do abandono.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014 | | 0 comentários

Juízes também terão auxílio-moradia

Então os juízes terão direito a R$ 4,3 mil de auxílio-moradia?

Pedido – registre-se - feito pela Associação dos Magistrados Brasileiros e Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho.

Engraçado: se um cidadão se candidata a uma vaga no serviço público em outra cidade e é aprovado, ele arca com os custos de moradia tirando do próprio salário. Ou não? 

Por que juízes têm que receber ajuda - se já ganham suficientemente bem para pagar um aluguel razoável?

Abaixo todos os privilégios!

A sociedade tanto critica os parlamentares e governantes, mas pouco fala a respeito dos magistrados – também envoltos em redomas de poder (das palavras incompreensíveis às vestimentas e à postura superior em audiências e juris; dos privilégios como a aposentadoria com o salário integral ao auxílio recém-aprovado).

A Constituição brasileiro prega que todos são iguais, mas cada vez mais alguns são mais iguais que outros...

Em tempo: para quem acha que outro mundo é possível, recomendo a leitura de “Um país sem excelências e mordomias”, da jornalista Claudia Wallin.

PS (acrescentado em 2/10) - surge uma luz no túnel: governo quer vetar auxílio-moradia a juiz.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013 | | 0 comentários

Desigualdade nacional

(...) No Brasil desigual, Alexander é tão caricato que poderia ser fictício; mas, se fosse invenção, não soaria implausível e poderia ser real. O rei do camarote, no fundo, é uma metáfora de certa elite brasileira. Seus hábitos são extravagantes, suas preocupações são burlescas. O país seria melhor sem pessoas nessa condição?

Paulo Henrique representa outro tipo social. Apesar de sua miséria grotesca, a ninguém ocorre que seja ficção; dá-se de barato sua existência verdadeira. O menino do lixo escancara uma pobreza que ainda campeia Brasil afora, violenta, rotineira. O país certamente seria melhor sem pessoas nessa condição. (...)

Fonte: Uirá Machado, “O camarote é um lixo”, Folha de S. Paulo, Opinião, 7/11/13, p. 2.