"Se um táxi poluente pode rodar, eu também posso".
Eis a frase síntese do pedicab, meio de transporte alternativo-improvisado que virou mania-moda em Nova York (EUA).
Como tudo por lá prospera rápido, já tem até associação. São centenas de motoristas-ciclistas - competindo por passageiros e, logo logo, pelo domínio da paisagem urbana com os tradicionais táxis amarelos.
No vídeo da "The New Yorker", um passeio pela cidade com Gregg Zuman, o autor da frase que abriu esta postagem:
Segundo a revista, o sucesso do negócio depende da arte da negociação oral. "Tem que ser bom nisso para sobreviver".
Zuman, porém, acrescenta um outro ingrediente - e "ele acredita no que vende", cita a New Yorker": promover um passeio agradável. "Estamos buscando tornar a cidade um lugar melhor, então a negociação difícil - quando eu gasto quatro minutos falando para um potencial cliente depois deles dizerem não cinco vezes - muitas vezes realmente vale a pena. Eu posso fazer as pessoas felizes, sabe?".
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terça-feira, 24 de setembro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 13:28 | 0 comentários
Um giro de pedicab por NY
quarta-feira, 6 de março de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 03:30 | 0 comentários
Tortura em Limeira, um registro histórico
Fuçando dia desses no arquivo digital da revista “Veja”,
deparei-me com um registro histórico. O Brasil vivia plena ditadura militar e
Limeira foi destaque numa matéria que tratava de uma prática muito comum no
período: a tortura.
A reportagem – publicada na página 26 da edição número 200,
de 5 de julho de 1972 – tratava de uma máquina de choques encontrada na cidade.
Título da matéria: “Os torturadores”. Uma pequena foto mostrava o aparelho
achado em Limeira. No texto, um dos acusados menciona o famoso delegado Fleury.
Trata-se de Sérgio Fernando Paranhos Fleury, morto em 1979, homem-forte
do DOPS paulista, o Departamento de Ordem Política e Social, organismo central
da máquina de tortura do governo militar.
Parte da reportagem está reproduzida a seguir:
Confiante, o investigador Lázaro Pacheco dizia a jornalistas
sobre o inquérito em que o juiz de Piracicaba, SP, ouve presos que se dizem
torturados: “Não adianta denunciar torturas às autoridades porque tenho
proteção na Secretaria de Segurança”.
Lázaro (ou, como ele prefere, o famoso “Lazinho de São Paulo,
da equipe do delegado Fleury”) talvez esteja enganado quanto aos favores da
autoridade que porventura o acoberte. Mas dois inquéritos iniciados também na
semana passada – no Recife e em outra cidade paulista, Bebedouro – indicam que ele
pelo menos não está sozinho quanto aos métodos que emprega.
Exemplos paulistas - O juiz de Piracicaba, Alfredo Miglori,
já colheu o depoimento de quinze presos. Um deles, estudante, contou: “Lazinho
me espancava, enquanto o investigador Jurandir pisava na minha garganta,
obrigando-me a confessar que tinha entorpecentes em casa. Fui solto porque meu
patrão pagou 500 cruzeiros”. Outra vítima, uma moça, contou: “Fui levada para a
sala de torturas, despida e amarrada. Quando o investigador Édson me amarrou, Lazinho
pediu a ele que molhasse bem o pano, para não deixar marcas. Depois me deram
choques e me bateram na sola dos pés”.
Num terceiro depoimento, as palavras de
um dono de bar: “Lazinho e o investigador ‘Fininho’ revistaram tudo na minha
casa, em busca de drogas. Nada encontraram, mas levaram um relógio, um rádio
portátil, um aparelho de televisão e uma máquina fotográfica”. Levaram também o
dono do bar e o torturaram.
Na delegacia de Bebedouro, onde apurava denúncias de
torturas, o juiz Álvaro Breves de Menezes encontrou uma engenhosa máquina de
dar choques, movida a manivela, usada para obter confissões. Máquina idêntica
fora encontrada, meses antes, na cidade de Limeira, pelo juiz Ernani Miglori. O
delegado de Limeira, para que o juiz tivesse inteira liberdade de investigar, foi
removido para Piracicaba. (...)
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