Fonte: Ibsen Martínez, “Caos, chavismo e uma telenovela”, “Folha de S. Paulo”, 8/4/14 (texto originalmente publicado na seção “Intelligence” do jornal “The New York Times”).
terça-feira, 8 de abril de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:10 | 0 comentários
A vida (latino-americana) como ela é
Fonte: Ibsen Martínez, “Caos, chavismo e uma telenovela”, “Folha de S. Paulo”, 8/4/14 (texto originalmente publicado na seção “Intelligence” do jornal “The New York Times”).
Marcadores: América Latina, história, Ibsen Martínez, novelas, populismo
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:15 | 0 comentários
Vik Muniz na novela
Até hoje, só vi pessoalmente uma obra de Vik Muniz - um "Self-Portrait" ("Autorretrato"). Foi no High Museum, o museu de arte de Atlanta, nos Estados Unidos.

Em tempo: o High Museum tem trabalhos de Van Gogh, Monet, Renoir, Michelangelo e principalmente de artistas norte-americanos. Os trabalhos de arte contemporânea, onde está a obra de Muniz, chamam a atenção. Em todo o museu, são 11 mil peças, incluindo pinturas e quadros americanos, europeus e africanos.







quarta-feira, 19 de maio de 2010 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:50 | 2 comentários
A emoção das novelas
O que faz com que a dona-de-casa se emocione ou até mesmo sinta raiva diante de uma cena de telenovela? Por que este tipo de dramatização suscita sentimentos e reflexões sobre a própria condição do telespectador? Para responder a estas e outras questões sobre a telenovela brasileira, a psicóloga Cristiane Valéria da Silva mergulhou em estudos teóricos sobre o tema, com foco na psicologia social. Ela quis entender as estratégias narrativas que prendem o telespectador em uma trama que perdura, em média, de seis a sete meses.
“Trata-se de um fenômeno que atinge todas as idades e gêneros e chama a atenção em qualquer lugar que se vá. Mesmo quem não acompanha uma determinada novela, sabe do que trata o enredo, muitas vezes em detalhes. Por outro lado, o assunto é permeado pelo preconceito, principalmente na academia”, destaca Cristiane.
Suas considerações acerca do tema resultaram em dissertação de mestrado apresentada no Instituto de Artes (IA), sob orientação da professora Cláudia Maria Braga. Cristiane partiu do princípio de que o processo de identificação com o personagem e com a situação da dramatização em questão indica necessidades de se emprestar experiências que não podem ser vividas. “Existe a necessidade de que fagulhas de uma vida não vivida se apresentem como possibilidades de experiência, mesmo que emprestada”, destaca.
Segundo Cristiane, um conceito de Umberto Eco, a consolação, ajuda a pensar a telenovela como uma fuga ilusória do cotidiano. Muitas vezes o telespectador funde o cotidiano concreto e o ficcional e isto leva ao envolvimento na trama de tal forma que o faz refletir sobre suas próprias situações. “São configurações psíquicas que são acionadas diante da necessidade de consolação que a sociedade possui. Um sofrimento ou impedimento de superação engendra uma fuga ilusória do cotidiano como mecanismo de defesa”, explica.
O fenômeno está cada vez mais presente no cotidiano da população. Se há alguns anos uma única emissora apresentava as novelas em dois horários, hoje se observa um número espantoso de diferentes histórias em horários e emissores diferentes. Este fato desperta críticas e questões em torno da alienação. No entanto, em sua pesquisa, a psicóloga defende que a telenovela não é a vilã da história. “A questão da alienação passa por uma organização social que promove o embotamento dos sentidos. Há que se pensar ainda que as possibilidades de formação cultural são praticamente nulas e, por isso, a telenovela parece substituir a experiência”, esclarece.
Fonte: "Dissertação de mestrado analisa estratégias narrativas de telenovelas", Raquel do Carmo Santos, Jornal da Unicamp, ano 24, nº 462.
Marcadores: análise, novelas, psicologia, TV