"Pensei 'E se eu girar a maçaneta? E se eu não girar a maçaneta? Quem gira maçanetas? Deuses? Demônios? Anjos? O acaso? Eu? Quem manda na estrada? O que fé tem a ver com isso?'. Foi nessa hora, com os pés formigando e o coração acelerado, que entendi.
Quem gira a maçaneta é você."
Dodô Azevedo, “Fé na Estrada” (p. 300-1)
sexta-feira, 12 de outubro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 08:30 | 0 comentários
A decisão
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quarta-feira, 10 de outubro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:48 | 0 comentários
A lição
"- Entenda o seu pesar, encare-o e ultrapasse-o. Lembre-se de que todo o sentimento de posse que você está sentindo agora é justamente o que te impede de possuir de fato as coisas. Assista e aprenda.
Como qualquer aprendizado, aquilo doeu pra caramba. (...) Durante o banho de cachoeira, Gabriela perguntou pra mim se havia doído. Eu, desanimado, assumi que sim. Ela respondeu:
- Ótimo. E o que você aprendeu hoje? (...)
- Eu aprendi que se me perco, não me encontro mais."
Dodô Azevedo, “Fé na Estrada” (p. 275-6)
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| Postado por Rodrigo Piscitelli às 13:00 | 0 comentários
O xingamento
“'Eu quero foder! Eu quero morrer! Eu quero te matar, seu filho da puta!’ Depois disso, me senti bem como nunca. Automaticamente, voltei a escrever.”
Dodô Azevedo, “Fé na Estrada” (p. 166)
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terça-feira, 9 de outubro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:34 | 0 comentários
A dor
“Havia marcas típicas no meu rosto. Marcas típicas de quem há muito tempo não se alimentava de elogios. Meu rosto era rico em experiência e mais nada há muito tempo. (...) porque a vida nos aproxima exatamente do tipo de pessoa que mais nos incomoda, nos coloca justamente nas situações que mais nos incomodam e nada acontecia no Nebraska.
(...) A gente sente falta de alguém. Dói. A gente encontra alguém. Dói. Na mistura se dá. Dói. E não queremos mais ninguém. Não queremos mais nada. Vinagre branco. Raiva. Indiferença. Dói. Quando nada acontece ficamos nus e dói. Nada acontecia no Nebraska.”
Dodô Azevedo, “Fé na Estrada” (p. 137-8)
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