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quinta-feira, 27 de setembro de 2012 | | 0 comentários

Relatos de uma paixão

Sem ter o que fazer, decidi assistir na Internet ao que considero um dos melhores programas da TV brasileira, o “Dossiê Globo News”. O entrevistado era Gay Talese, ícone do jornalismo mundial e um dos expoentes do chamado “new journalism”, o “novo jornalismo”.

A entrevista me deixou com um nó na garganta, com vontade de chorar. Por razões diversas, pessoais e profissionais. É inspiração no seu estágio mais puro. Todo jornalista (aliás, todo mundo) deveria assisti-la. Dois grandes jornalistas (o entrevistador é Geneton Moraes Neto) falando de jornalismo e de vida.


Perdoe-me o desabafo grosseiro, mas é assim que ele precisa ser feito: eu amo essa merda chamada jornalismo, é só o que sei fazer, mas a realidade que se impõe me afasta cada vez mais dele. Da profissão, dos sonhos, de tudo.

Por isso vejo a areia descer pelo espaço miúdo da ampulheta.

domingo, 26 de setembro de 2010 | | 0 comentários

A volta de Geraldo Vandré

“Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.”
(Trecho inicial do poema “Canção do Tamoio”, de Gonçalves dias. Para ler a íntegra, clique aqui)

O jornalista Geneton Moraes Neto faz um trabalho excepcional no programa “Dossiê GloboNews”. São entrevistas em que ele consegue tirar do entrevistado revelações e o âmago do seu pensamento. Geneton faz parte do time dos melhores entrevistadores brasileiros, alguém em quem se espelhar.

O último “Dossiê GloboNews” foi especial. “Depois de quatro décadas de isolamento, o cantor e compositor Geraldo Vandré, que se transformou em um dos maiores enigmas da MPB, resolve finalmente quebrar o silêncio. Autor de clássicos como ‘Disparada’ e ‘Pra Não Dizer que Falei das Flores’ – esta, transformada em hino de manifestações contra a ditadura militar - Vandré deu uma entrevista ao repórter Geneton Moraes Neto no dia em que completava 75 anos de idade. Desde que voltou do exílio, no segundo semestre de 1973, ele não falava para a televisão”, resume o link disponível no site da GloboNews.

Para quem não viu, recomendo. É revelador e emocionante, como de praxe nas entrevistas de Geneton. São 50 minutos de música, história e vida.



“Já sabia que arte é cultura inútil. Mas hoje eu consegui ser mais inútil do que qualquer artista. Eu sou advogado num tempo sem lei. Quer coisa mais inútil que isso?”

“As razões pelas quais eu me afastei continuam sendo preponderantes no que se apresenta como realidade brasileira.”

Geraldo Vandré, no "Dossiê GloboNews"