Então Iracemápolis vai mesmo receber uma unidade da Mercedes-Benz.
Excelente notícia!
Iracemápolis, assim, fecha um ciclo que começou em Limeira muitas décadas atrás.
Muita gente não sabe, mas o jardim Mercedes - na região do antigo zoológico de Limeira, hoje praticamente uma extensão do centro - tem este nome justamente em razão da montadora alemã. A empresa tinha adquirido aquela área em Limeira bem como a antiga Machina S. Paulo com a intenção de instalar uma fábrica na cidade.
Não sei exatamente por qual motivo, mas o fato é que o projeto não foi adiante. Tempos depois, a prefeitura decidiu lotear a área da empresa. Houve uma negociação direta entre a Mercedes e o então prefeito Paulo D´Andréa - que chegou a receber de presente da montadora um belo relógio de parede, segundo me contou na sua última entrevista. Por ética, ele cogitou recusar o presente.
A Mercedes topou vender a área com a condição de que o loteamento levasse o nome da empresa.
A Machina S. Paulo foi vendida muitos anos depois.
E Limeira nunca recebeu uma unidade da montadora alemã - uma das marcas mais conceituadas de veículos do mundo.
Coisa que Iracemápolis agora consegue.
É inevitável citar: Piracicaba com a Hyundai, Sumaré e Itirapina com a Honda, Indaiatuba com a Toyota e agora Iracemápolis com a Mercedes. E Limeira...? De protagonista vai assumindo o papel de coadjuvante...
Limeira ficou sem nada porque faltou-lhe política e políticos.
Em tempo: para não dizer que Limeira ficou sem nada, a cidade recebeu empresas satélites das montadoras, ou seja, algumas fornecedoras de autopeças.
Complemento postado em 1/10 - O investimento da Mercedes em Iracemápolis chegará a 170 milhões de euros (cerca de R$ 510 milhões na cotação de hoje). Um valor que Limeira provavelmente não atingirá em dois anos (se não levar mais...).
segunda-feira, 30 de setembro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:00 | 0 comentários
Iracemápolis completa uma história inacabada em Limeira
Marcadores: desenvolvimento, Iracemápolis, Limeira, Mercedez-Benz
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 14:06 | 0 comentários
Memória cinematográfica
Não sei bem o motivo, mas o fato é que quando vejo este lugar assim, com rinque de patinação, lembro do filme "Esqueceram de Mim", sucesso nos anos 1990:
Em tempo: trata-se da praça do Rockefeller Center, em Nova York (EUA). Nem sei se ela aparece no filme, mas tenho certeza que a patinação no gelo aparece.
Aliás, lembrar de paisagens de cinema em NY é a coisa mais fácil que tem...
Marcadores: cinema, Nova York, Rockefeller Center, viagens
domingo, 29 de setembro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 10:26 | 0 comentários
Nós (mídia) x eles (juízes) - uma reflexão (provocação)
Marcadores: Celso de Mello, Imprensa, jornalismo, Justiça, mensalão, mídia, STF
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 10:20 | 0 comentários
Casa própria
Olha aí o "Minha Casa, Minha Vida" da Eslováquia, o MRV, a CDHU...
Em tempo: os prédios podem ser vistos logo na chegada à capital do país, Bratislava, para quem faz o caminho a partir da Áustria.
Marcadores: curiosidade, Eslováquia, viagens
sexta-feira, 27 de setembro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 09:40 | 1 comentários
Roubos e furtos só crescem em Limeira - até quando?
* Até agosto
Marcadores: criminalidade, Limeira, segurança
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 06:09 | 0 comentários
Flores, flores!
Há flores em tudo que eu vejo
Para esta postagem, trago imagens das flores vistas no auge da primavera em abril de 2012 nos Estados Unidos e Canadá. Além da cor, elas sempre dão uma nova energia às cidades ao simbolizarem o renascimento da vida após o tempo cinzento.
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 05:29 | 0 comentários
"A aparência da rebeldia"
Marcadores: comportamento, Contardo Calligaris
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 04:45 | 0 comentários
Frase
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 04:39 | 0 comentários
Cadê a notícia???
Marcadores: Bild, jornais, jornal, jornalismo
quarta-feira, 25 de setembro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 05:00 | 0 comentários
Tortura nunca mais: novo capítulo
A confusão foi causada pelo deputado federal e oficial da reserva, Jair Bolsonaro (PP-RJ).
Bolsonaro é uma das "viúvas" da ditadura e defende a classe. Suas opiniões a respeito deste e outros assuntos revelam o que há de mais conservador e retrógrado na sociedade brasileira. Em alguns casos, beiram o crime.
Reconheço que Bolsonaro - como seus votos indicam - representa uma parcela da sociedade. É legítimo o direito dele de se manifestar, seja como parlamentar ou cidadão.
Já agressão física (ainda que tenha sido um mero empurrão, como o próprio deputado reconheceu) é inaceitável. Revela truculência típica de quem defende práticas da ditadura. Tratando-se de um parlamentar (ainda mais agindo contra um senador da República), é caso de falta de decoro.
A dúvida é se a Câmara Federal terá coragem de colocar o dedo nesta ferida.
Bolsonaro à parte, dois aspectos muito mais relevantes chamam a atenção no fato. O primeiro deles é a incapacidade do Brasil como sociedade e governo de lidar com sua própria história.
Países vizinhos, como o Chile e a Argentina, e distantes, como a Alemanha, tratam de suas ditaduras e as atrocidades por elas cometidas de forma muito mais direta e transparente. Entendem que é preciso lembrar para não repetir. Sabem que nenhum povo poderá avançar sem conhecer sua trajetória. Falam do passado para virar a página e escrever uma nova história.
Na Argentina, por exemplo, ex-oficiais e colaboradores do regime (inclusive os que ocuparam cargos de alto comando na esfera militar e no Executivo, como presidente da República) foram colocados no banco dos réus e condenados pelas práticas nefastas ocorridas naqueles tempos sombrios. No Brasil mal se pode tocar no assunto - e estamos em pleno século 21!
O segundo aspecto, tão preocupante quando o primeiro, é a reação ensandecida (e em muitos casos ignorante) de parte da sociedade, manifestada por comentários na Internet. Apenas como exemplo retirei algumas mensagens postadas junto da reportagem do UOL sobre a confusão no antigo DOI-Codi:
"Tem que apanhar mesmo. Pelo menos para aprender a falar como homem. Esse bando de aproveitadores da comissão da mentira tem que entrar na peia para saber o que é ditadura mesmo e não a ditabranda dos militares."
(Louroferreira)
"temos uma lei de anistia - AMPLA, GERAL E IRRESTRITA! pq comissão da verdade para os militares e não para os terroristas comunistas que nunca, nunca lutaram pela democracia ou pelas liberdades democráticas no Brasil! (...) Pena que o DOI CODI não trabalhou melhor. Iríamos ter menos dor de cabeça hoje!"
(Francisco Jose Rabello)
"O Brasil na época dos militares era mil vezes melhor. Que sirva para eles de lição, da próxima vez que voltarem ao poder, não deixarem escapar nínguém, para não haver tempos depois comissões do tipo desta de meia verdade."
(Alberon Santista)
"Total apoio!!!!!!!!!!!!!! Antes tivessem feito o que o ditador Pinochet fez no Chile, fazendo sumir 20.000. Hoje o Chile é o país mais desenvolvido da América Central e Sul..."
(ivan de Bauru)
"Como não poderia ser diferente, mais dinheiro público indo pro ralo. Até quando estes revanchistas vão tentar inventar mortos e torturados para ganhar às custas do povo brasileiro? Por que nunca consultaram os brasileiros comuns que viveram durante o "regime" para verificar se eles tem queixas contra os militares? Por que não investigam as atrocidades cometidas pelos comuno-socialistas? na verdade, não adianta investigar, já que todos estão aí, dilapidando o patrimônio público e cobertos pelo $TF. Acorda Brasil!
(Schneiderus)
"Sou contra qualquer tipo de limite à liberdade da vida. Mas era estudante universitário nessa época, pagava o meu curso, trabalhava de dia a estudava a noite. Nunca fui impedido de ir a aula. Não apanhei nem fui preso. Sou democrata, contra qualquer regime de ditadura, daí o comunismo, porque não conheço nenhum país comunista que não seja ditadura no seu regime. Se alguém fez alguma coisa para que meu País não tivesse caido nas garra de um comunista eu agrdeço e torço por ele."
(leão falante)
Três observações necessárias:
1 - todas estas pessoas esquecem que se hoje elas podem manifestar-se livremente é justamente porque a ditadura ficou para trás. Naquela época o cidadão não tinha direito à livre manifestação do pensamento.
2 - naturalmente, houve abusos do "outro lado", como citam, não se nega isto. O que está em questão, porém, é o recurso a práticas ilegais e arbitrárias por parte do Estado brasileiro na época.
3 - o fato do Brasil ter hoje uma série de problemas e desafios a enfrentar, como corrupção e insegurança, jamais deve servir de pretexto para louvar qualquer tipo de ditadura. Como diz o ditado, não se deve confundir alhos com bugalhos.
PS: os comentários foram reproduzidos tal como aparecem na Internet, com eventuais erros de ortografia e gramática.
terça-feira, 24 de setembro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 14:54 | 0 comentários
A comunicação é uma ilusão
Marcadores: Ciro Marcondes, Imprensa, jornalismo, mídia
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 13:28 | 0 comentários
Um giro de pedicab por NY
"Se um táxi poluente pode rodar, eu também posso".
Eis a frase síntese do pedicab, meio de transporte alternativo-improvisado que virou mania-moda em Nova York (EUA).
Como tudo por lá prospera rápido, já tem até associação. São centenas de motoristas-ciclistas - competindo por passageiros e, logo logo, pelo domínio da paisagem urbana com os tradicionais táxis amarelos.
No vídeo da "The New Yorker", um passeio pela cidade com Gregg Zuman, o autor da frase que abriu esta postagem:
Segundo a revista, o sucesso do negócio depende da arte da negociação oral. "Tem que ser bom nisso para sobreviver".
Zuman, porém, acrescenta um outro ingrediente - e "ele acredita no que vende", cita a New Yorker": promover um passeio agradável. "Estamos buscando tornar a cidade um lugar melhor, então a negociação difícil - quando eu gasto quatro minutos falando para um potencial cliente depois deles dizerem não cinco vezes - muitas vezes realmente vale a pena. Eu posso fazer as pessoas felizes, sabe?".
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 13:20 | 0 comentários
Shinwari, um afegão - uma história de esperança e decepção
A revista "The New Yorker" trouxe este mês a emocionante história do afegão que salvou a vida de um oficial norte-americano durante a guerra contra os talibãs no Afeganistão. Detalhe: a ação ocorreu quando os próprios superiores do oficial o deixaram numa emboscada.
Mohammad Janis Shinwari aprendeu inglês assistindo a filmes e passou a atuar como intérprete das Forças Armadas dos EUA durante os anos de guerra. "Mudou de lado", como muitos disseram, em razão de um sonho: garantir uma vida melhor para ele e a família ajudando a derrubar o governo radical talibã.
Ao fim da guerra, com a "cabeça" a prêmio, Shinwari candidatou-se no programa que concede vistos para afegãos e iraquianos que contribuíram com os EUA nas guerras antiterror nos dois países. Não conseguiu o documento.
Na luta pelo visto, ele contou com o apoio do oficial Matt Zeller. "Ele deve ser apenas um nome e um número para o serviço de imigração dos EUA, mas para mim ele é da família. Ele salvou minha vida."
A reportagem completa pode ser lida aqui (infelizmente, apenas em inglês).
Marcadores: Afeganistão, EUA, guerra, The New Yorker
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 07:48 | 0 comentários
Duas verdades inconvenientes
A segunda é que talvez o irlandês Edmund Burke tivesse razão quando afirmava que o mal só triunfa quando os homens de bem nada fazem. (...)
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 07:33 | 0 comentários
Alguns
Já que numa recente postagem expus alguns quadros de alguns dos meus pintores favoritos, aí vão mais alguns. Começando com o surrealismo de Salvador Dalí:
A obra acima é "As acomodações do Desejo" (1929). O que segue abaixo é "Visões da eternidade" (1936-7):
Na sequência, a explosão de cores de Joan Miró (não anotei os títulos das obras):
Os quadros estão no MoMA, em Nova York, e no Instituto de Arte de Chicago (EUA).
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 05:53 | 2 comentários
Golpe contra a democracia em Limeira?
Há cheiro de golpismo no ar em Limeira.
A notícia de que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara de Limeira abriu procedimento que pode levar à cassação (ou ficar numa advertência) dos mandados de José Roberto Bernardo, o Zé da Mix (PSD), e Júlio César Pereira dos Santos (DEM) é preocupante.
Os dois vereadores são os expoentes (quase os únicos) da oposição ao governo Paulo Hadich (PSB) numa Câmara que se mostra subserviente ao Executivo como de praxe - apesar dos discursos em contrário.
Assim, falar em cassação de mandato em razão dos dois parlamentares terem apontado o possível sumiço de um parecer, algo depois explicado, parece golpe baixo.
Lembra os tempos do ex-prefeito Jurandyr Paixão e a perseguição que os vereadores de oposição sofriam.
Não combina com a base de um governo que se anunciou durante toda a campanha eleitoral como democrático.
Mais: não combina com um Legislativo presidido por Ronei Costa Martins (PT), justo ele que ingressou naquela Casa de Leis - ainda como suplente - tendo sido submetido a uma punição injusta apenas porque cumpria seu dever de fiscalizar os atos do Executivo.
Ronei, faça algo para restabelecer o equilíbrio necessário na Câmara.
Ainda que os dois vereadores tenham levantado suspeitas indevidamente, não é nada que uma conversa não possa resolver. Afinal, eles exerceram o direito de manifestar (ou denunciar, que seja) algo que naquele momento parecia suspeito.
Embora se saiba que oficialmente o presidente da Câmara não tem poder sobre as decisões da CCJ, tampouco o governo municipal, quem acompanha minimamente os bastidores de um parlamento sabe bem como tudo funciona - e o poder de uma conversa da parte de quem tem poder.
Marcadores: Câmara, Paulo Hadich, política, vereadores
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 05:24 | 0 comentários
Calendário sentimental
É curioso a gente estar pensando em algumas coisas, lembrar de uma canção e constatar que foi exatamente o que a gente pensou um ano atrás, como indica postagem neste blog.
Sinal de que o tempo passa e não passa...
Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim tão diferente
Marcadores: reflexão
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 05:19 | 0 comentários
Assanhados
O quadro a seguir me fez lembrar das aulas de semiótica da professora Lúcia Helena na faculdade: fálico, fálico, fálico!
É um Salvador Dalí, "Torre Antropomórfica" (1930):
E tem também Pablo Picasso, "Sem título (Demônio)", de 1952:
E ainda Joan Miró, "Viticultura" (1924):
Este outro Miró, cujo nome não anotei, também é sugestivo:
E, para fechar, mais um Dalí, "Invenções de Monstros" (1937):
Eta povo erotizado!
Todas estas obras estão no Museu de Arte de Chicago.
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 04:47 | 0 comentários
O casamento é mera burocracia
Marcadores: casamento, comportamento, Hélio Schwartsman, relacionamento, sociedade
domingo, 22 de setembro de 2013 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 15:30 | 0 comentários
Natureza viva
Resquícios da natureza numa cidade de concreto:
PS: esta postagem fica como celebração à primavera, que começa hoje (22/9).