"Sempre fica uma dor. Se
você vê a pessoa, se lê um e-mail antigo, ainda tem uma mágoa. Eu penso: Que
falsidade...'"
Bianca Mangraviti, administradora
de empresas, na reportagem "Não tem como curar 100%, fica uma mágoa"
O sentimento de rejeição é provavelmente a ferida
psicológica mais comum e recorrente nas nossas vidas, afirma o livro
"Emotional First Aid" (Primeiros Socorros Emocionais), recentemente
lançado nos Estados Unidos.
Não há quem não tenha sido preterido em alguma brincadeira
infantil, esquecido na hora de uma festa, perdido o emprego ou sofrido
desilusão amorosa, enumera o doutor em psicologia e especialista em terapia de
casais Guy Winch, autor da obra.
"As rejeições são os cortes e arranhões psicológicos
que machucam a pele emocional e penetram na carne", diz ele. Mesmo com a
frequência das ocorrências, o rejeitado pode não conseguir formar uma carapaça
- muitos sofrem tanto que a dor lhes inunda de raiva e solapa a autoestima.
(...) A sensação é profunda, diz ela: "Dói no peito,
parece que estão enfiando uma faca".
Não se trata de figura de linguagem. Em seu livro, Winch
cita estudos que, por meio de ressonância magnética, mostram que a dor da
exclusão social ativa no cérebro as mesmas áreas acionadas pela dor física.
(...)
Fonte: Rodolfo Lucena, “A dor da rejeição”, Folha de S.
Paulo, Equilíbrio, 20/8/13.
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