Sim, os maias estavam certos. O mundo acaba em 2012.
Todo mundo já deve ter ouvido falar, ainda que sem profundidade, da tal teoria maia que teria previsto o fim do mundo para 21 de dezembro próximo.
Desde que o tema ganhou certa evidência, surgiu uma outra corrente buscando explicar que não se trata do fim do mundo tal como imaginamos, apocalíptico, e sim de uma passagem, uma transformação, digamos assim.
Para mim (e para muitos com os quais tenho contato), 2012 foi um ano estranho. De alguma forma, um ano que serviu para abalar estruturas, colocar abaixo certas certezas, mexer com sentimentos e provocar com tudo isso um turbilhão. A vida foi, inevitavelmente, chacoalhada.
Talvez não seja mera coincidência que muitas pessoas que conheço tenham manifestado ao longo do ano (e mais precisamente agora) dúvidas e incertezas a respeito do próprio futuro.
É natural que seja assim, diriam os maias?
A resposta, confesso, não sei ao certo (aliás, nada mais sei ao certo depois deste 2012). O fato é que, sob determinado aspecto, sim, o mundo acaba este ano. Ao menos aquele mundo de algum modo confortável no qual havíamos ancorado nossas vidas.
PS: não esperava que este processo todo fosse tão dolorido quanto se apresentou. Infelizmente, ou inevitavelmente (sei lá), as pessoas (algumas delas, frise-se) fizeram ou fazem questão de tornar tudo mais difícil quando um pouco mais de amor e diálogo entre os seres humanos poderia ajudar a enfrentar estes "mares nunca dantes navegados".
Até isto, porém, talvez faça parte do "fim do mundo". Afinal, neste aspecto, 2012 me colocou diante de situações com as quais nunca tinha convivido. Perdas doloridas como poucas vezes senti, palavras doloridas como poucas vezes ouvi.
Espero que o mundo novo que surgir após 21 de dezembro traga algumas respostas (ou ao menos algumas explicações) e, quem sabe, algum conforto. Afinal, ninguém resiste a um segundo "fim do mundo".
terça-feira, 27 de novembro de 2012 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:24 |
Sim, o mundo acaba em 2012
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